
escrito por Natashia Kitamura
Vinda de uma família que possuía o dom de trazer o amor desejado, ela se viu presa em uma maldição quando desobedeceu uma das regras de San Valentin: Não quebrar uma corrente de amor. Ela havia feito porque o garoto havia traído sua melhor amiga. Mas uma corrente é uma corrente, e agora, quase 15 anos depois, ela ainda sofre com o castigo de San Valentin. Nunca namorou.
Mas será que o santo do namoro e do relacionamento é assim tão maldoso?
|| quarta-feira 13 de janeiro de 2016 às 01:37 - Comentários Fechados
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Alguma vez você já deu um duro danado para continuar um capítulo porque ele simplesmente não fluía? Seja lendo ou escrevendo, o problema nem sempre é a personagem ou a trama, mas sim a escrita.
Por exemplo, digamos que estejamos lendo uma história e de repente a personagem principal dá de cara com o fantasma da sua tia falecida:
“O fantasma apareceu na frente de Angela. Ela tremeu de medo ao reconhecer a tia que faleceu há dois meses.”
Esse trecho nos disse tudo que precisávamos saber: a aparição do fantasma e o medo de Angela, nossa pobre protagonista.
Porém, uma escrita assim não ajuda o leitor a se conectar com a personagem. Vamos melhorar esse trecho usando uma técnica chamada “Show, don’t tell” (“Mostre, não conte”):
“Uma figura estranha apareceu na frente de Angela, veias azuis saltavam de sua pele fina como papel encerado e olhos fundos arregalavam-se para ela. O rosto de sua falecida tia formava-se por trás dos cabelos negros emaranhados. Angela tropeçou para trás, suas pernas gritando por ajuda para mantê-la de pé. As mãos suadas dela agarram a cadeira, que serviu de apoio para seu corpo. Seu coração batia rápido demais e sua respiração falhava, tornando impossível para Angela reagir.”
Não fica bem mais fácil imaginar o fantasma, a reação de Angela e até saber que ela está morrendo de medo mesmo que a palavra “medo” não apareça? Então, seguindo esse exemplo, não diga que sua personagem está com vergonha, diga que ela desviou o olhar, que ela escondeu o rosto nas mãos, que ela riu olhando para o chão… Lembre-se, o seu leitor tem um cérebro, faça-o botar ele pra trabalhar!
Veja, eu não defini o “show, don’t tell” para vocês, eu mostrei no que ele consiste.
É legal também pensar nos cinco sentidos na hora de escrever uma cena. Há cheiros estranhos, um vento frio? Ou será que a personagem sentiu o sangue ferver quando o namorado saiu pra balada sem ela? Pensar nisso é divertido e vai ajudar a desenhar a cena na mente do leitor, mas cuidado, é sempre bom lembrar que NADA em excesso é bom. Exagerar no “show, don’t tell” pode deixar seu texto cansativo. Equilíbrio é a chave.
Então, divirta-se e deixe sua imaginação escorrer para o teclado do computador!
Coluna por Gabi
— Você passou por todos esses anos nos escuro, é normal achar que está sonhando ainda.
— E não estou? [...]
— Se estiver sonhando... — ela se aproximou de mim e me beijou novamente com suavidade. — Não o deixarei acordar.
I Need U {K-pop, BTS, Finalizada}
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