Coletâneas de Amor – vol 02

Escrita porRay Dias
Revisada por Mariana

Faixa 1 • Pra Falar de Amor

Tempo estimado de leitura: 25 minutos

“Eu vou falar besteira baixinho no ouvido. Te dar mais mil razões pra não me escutar. Já, já são onze e vinte e eu já 'tô saindo. Mas não vou ser feliz se eu não te levar...”
Ouvir

2010

  — João! João! Pra onde você está me levando, droga?
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  Flávia era arrastada pelo melhor amigo pelo punho, e não entendia exatamente onde ele queria chegar com aquela história de “você precisa ver uma coisa”.
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  O garoto continuava a arrastando, embora rápido, com todo o cuidado do mundo para não machucá-la. A amiga não quis acreditar quando ele contou a ela que o rapaz que ela gostava, havia mentido para ela.
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  — Eu espero que você não esteja mais uma vez tentando flagrar o Marcos em alguma das suas invenções imaginativas! – ela falou categórica.
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  No mesmo momento João parou de andar, e ajeitou os óculos em seu rosto e apoiou as mãos na cintura. Bufou pesaroso e encarou o chão.
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  — Sabe o que me mata de raiva, Flávia? Você escolher acreditar naquele bosta do Marcos, e não em mim, que te conheço desde que éramos do fundamental!
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  — João, você tem que entender que o Marcos mudou! Ele não é mais aquele adolescente do primeiro ano que pegava todas as meninas do colégio com o mesmo papinho, tá? – Flávia gesticulava nervosa enquanto o amigo a encarava com pena.
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  — Não mesmo, porque todas elas aprenderam a lição. Agora ele é um moleque imaturo do terceiro ano, que logo vai entrar numa faculdade e aprender novos truques com as universitárias.
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  — Você é digno de pena, sabia?
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  — Ah! Eu? Eu você tem certeza? – João cruzou os braços debochado encarando a amiga.
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  — Só porque você não tem ninguém que te ame, como eu amo o Marcos.
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  Aquela foi à gota d’água. Ele não precisava ouvir aquilo, logo dela. João ergueu as mãos em defesa, e deu as costas para Flávia.
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  — Aonde você vai agora?
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  Ela perguntou sabendo que havia pegado pesado com o amigo.
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  — O mal-amado aqui vai embora. Se quiser saber o que eu ia te mostrar, segue em frente. Mas segue rápido.
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  — João, espera... João... João!
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  Ele não esperou. Flávia furiosa decidiu sair dali, mas no fundo, ela tinha medo. João era seu melhor amigo e com certeza ele queria o bem dela. Contudo cogitar que o garoto por quem ela era apaixonada não era quem ela pensava, soava muito triste. Então, ela decidiu não acreditar naquilo e seguiu em frente só para poder provar para o João, mais uma vez, que ele estava errado.
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  Caminhou pela rua estreita, que mais era um beco de atalho e ao virar a esquina viu o carro do pai de Marcos. O garoto tinha o hábito de pegar o carro do pai para andar pela cidade. Flávia se escondeu um pouco atrás da parede do beco e ficou observando.
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  As lágrimas turvavam sua visão, mas não o suficiente para ela não enxergar os fatos. Marcos beijava calorosamente uma garota no banco de trás do carro.
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  Explosiva e impetuosa era a Flávia. Ela limpou as lágrimas de modo grosseiro, e procurou no chão ao seu redor qualquer pedaço de tijolo, pedra ou projétil. Encontrou um pedaço de entulho, um tijolo quebrado mais precisamente. Com toda vontade pegou-o, caminhou até a frente do carro e jogou com toda força no para-brisa. Marcos, sem camisa, de dentro do carro olhou para trás assustado e deparou-se com a expressão cruel de Flávia.
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  Antes que pudesse vestir sua roupa e ir atrás dela, Flávia já saia da rua e percebendo João escorado no paredão da rua de onde vieram de braços cruzados e cabeça baixa. Ela olhou para ele, chorosa e arrependida, mas ambos eram orgulhosos demais para fingir que não se havia trocado ofensas minutos antes.
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  — Vamos. – ele disse.
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  — Eu vou sozinha.
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  — Larga de ser estúpida, Flávia! – ele bronqueou segurando a mão dela: — Eu te trouxe até aqui e eu vou te acompanhar de volta.
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  Ela não disse nada, apenas subiu na bicicleta do amigo e deixou as lágrimas caírem enquanto ele pedalava até a casa dela de volta. Quando chegou à rua da casa dela, Flávia nem mesmo quis que João a acompanhasse até seu portão. Ela simplesmente desceu sem trocar nenhuma palavra com ele, nem um obrigado, nem um pedido de desculpas. Desceu chorando, irritada e caminhou pisando fundo até sua casa, entre olhares furiosos que lançava ao João boquiaberto.
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  O garoto não conseguiu acreditar que ela realmente iria culpá-lo por ter feito com que ela descobrisse a verdade. Girou seu boné para trás, como fazia quando estava de cabeça quente, ajeitou os óculos de grau e pedalou puto da vida com a amiga.
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  No dia seguinte, Tati estava na casa da garota ouvindo sua história e a aconselhando. Tati sabia que João só queria proteger Flávia e tentava a convencer disso. Mas, a menina estava sofrendo absurdamente. Marcos foi o seu amor platônico de infância, crush de adolescência, e agora que estavam no fim do Ensino Médio, ela finalmente havia conquistado o rapaz. Ou achou que tinha o conquistado. Ele era não só o seu primeiro amor, como foi o primeiro para quem ela se entregou. A garota sentia-se burra demais por ter cedido a ele da forma como cedeu, e o viu fazer igual com outra garota um dia atrás.
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  — Você não pode culpar o João, cara! Ele estava certo, afinal. – Tati defendia-o.
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  — Posso sim! Eu vou culpar o João por tudo de errado que me aconteceu!
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  — Deixa de ser infantil? O João se preocupou com você! Ele só queria te alertar! Ele cuida de você... Como sempre, aliás.
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  — Pega essa porra de amor encubado que tem por ele, Tatiana, e vai lá, vai à casa dele esfregar na cara do João!
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  — Nossa como você é escrota quando as coisas não saem do seu jeito, não é mesmo? – a amiga levantou-se brava e antes de fechar a porta do quarto da garota concluiu: — Quem me dera ter um cara como o João na minha! E sabe... Eu devia mesmo ir até lá, provar pra ele que ao contrário do que você disse, ele não é nada mal-amado.
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  As duas levaram menos tempo para voltarem a se falar do que Flávia e João. Mas, depois de um tempo sóbria por seu chifre, arrependida pela maneira como tratou o amigo, e claro... Extremamente curiosa pelo fato de João ainda não ter ido procurar ela, como sempre fazia quando os dois brigavam, Flávia foi até ele.
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  Andou calma com as mãos no bolso, e olhos ao chão pela calçada da casa dele até que pudesse vê-lo. Ela parou em frente ao portão gradeado e ficou pensando em como iria começar a falar com ele. O garoto estava sem camisa, com seu boné virado para trás, os óculos de grau na ponta do nariz, lendo compenetrado mais um de seus HQ’s colecionáveis. Era um geek e aquilo nunca iria mudar. Tocou a campainha e ouviu a mãe dele gritar para ele atender. Quando ele olhou em direção ao portão e viu Flávia mordendo o lábio, com o rabo entre as pernas, demorou-se para sair de sua rede e ir até ela.
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  Flávia percebeu pelo modo como ele pegou a camiseta para vestir, que João estava sem a menor paciência para ela. Observou o amigo vestir a blusa caminhando até ela, e pela primeira vez, notou como João estava mais forte desde a última vez que ela se deparou com aquele abdômen. A mãe dele gritou perguntando quem era e ao abrir o portão ele respondeu:
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  — É pra mim!
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  Encostou-se ao portão e ficaram os dois observando um ao outro.
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  — Achei que diria que não era ninguém.
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  — Eu não sou babaca como você.
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  — Você não precisa começar ofendendo, eu sei que estou errada!
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  — O que você quer, Flávia?
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  — Eu posso entrar pra gente conversar?
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  Ele deu passagem a ela, meio a contragosto por ser tão coração mole. Os dois entraram e subiram para o quarto dele, mas antes a mãe de João cumprimentou a garota que era a amiga favorita de seu filho.
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  Logo que entrou no quarto dele, Flávia se jogou preguiçosa na cama dele.
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  — Eu nunca me canso da sua cama! – falou rolando no colchão apertando um travesseiro dele.
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  — Anda, desembucha. O que você quer?
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  A postura fria de João – a qual Flávia não sabia quão difícil estava sendo para ele, manter – fez com que a garota se arrumasse sentando à cama e encarando as mãos, envergonhada.
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  — Desculpa.
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  — Só isso?
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  — Argh João! Me ajuda, né! Não é sempre que eu faço isso com você.
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  — Você nunca foi a primeira a se desculpar, Flávia.
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  Ele afirmou puxando a cadeira de rodinhas de sua mesa de computador e sentando frente a ela.
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  — Exatamente, então... Pega leve.
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  — Desculpa pelo quê? Por não acreditar em mim, ou me ofender?
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  — Por tudo. Eu fui uma idiota. Você não é mal-amado, nunca foi. Eu amo você, a Tati ama você... – ela falou revirando os olhos, cansada pelo sentimento escondido da outra amiga — E acredito que tenham muitas outras garotas embora você fique fazendo esse jogo de santinho.
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  — Eu já sabia disso tudo. Não me abalou você ter dito aquilo. Eu sabia que você só queria me ofender por eu te mostrar a verdade.
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  — É... Desculpa por isso também, digo, por não acreditar e te acusar... Mas o Marcos...
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  — É um babaca, e você gosta de babacas.
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  — João, para... Por favor, me escuta.
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  Ele assentiu de braços cruzados e ela continuou.
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  — Eu fiquei com medo de te dar ouvidos por várias questões, mas as duas principais eram constatar que Marcos de fato, me traía como você dizia, ou que você tinha se apaixonado por mim, e por isso falou aquelas coisas. E no final, você estava certo.
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  — Você também estava. – ele tomou a coragem de muitos anos enclausurada: — Eu sou apaixonado por você.
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  — O quê?
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  Flávia piscou algumas vezes e jogou o corpo no colchão. João continuava sério e imóvel observando ela.
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  — Eu sabia que a gente não deveria ter transado aquelas vezes... – ela afirmou.
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  — Foi muito antes disso, Fla. Eu sempre amei você na verdade, e quando entramos naquela de amizade colorida, eu achei que ia dar certo de verdade, mas aí o Marcos te notou e você sempre foi idiota por ele.
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  — E agora, João?
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  — E agora? Nada. Eu sempre fui seu amigo, sempre te protegi, e sempre irei. Não quero migalhas só porque você sabe que eu te amo agora. Eu sei que você não sente nada, e estou disposto a esquecer de você. Não é por falta de tentativas. Eu tentei, eu lutei, eu te mostrei isso... E sinceramente, Flávia, você sabia disso.
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  — Nossa... Uau! Você nem fraquejou.
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  — Flávia. Você não gosta de mim, mas tem quem goste. E eu acho que depois do que aconteceu entre nós, a maneira como você escolheu acreditar no Marcos deixou claro para mim que não importa o tempo que nós nos conheçamos, você sempre vai escolher o lado que te toca mais. E esse lado não é o meu, então...
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  — Você está saindo com alguém?
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  — Ainda não.
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  — Por que “ainda”? – ela perguntou fazendo aspas com a mão.
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  — Você já pediu suas desculpas?
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  — João, sério... Não quero perder você.
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  — Eu te desculpo, com a condição de que a gente não se meta mais nos relacionamentos um do outro.
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  — Tá... – ela respondeu contrariada, apenas para não levar o momento de fazer as pazes em outras discussões sem nexo.
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  Ele puxou a menina para um abraço e ela retribuiu. Mas, a conversa foi totalmente ao contrário do que Flávia esperava. Na verdade, ela saiu da casa dele muito assustada e confusa com a postura dele.
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2014

  Flávia se recuperou depois de terminar o colégio. Ela e João continuavam amigos de infância e vizinhança, mas não estudavam mais juntos. Então, entre as saídas de faculdade, Flávia recém-caloura em 2012, se jogou em vários relacionamentos casuais. Prometendo-se nunca mais deixar alguém partir seu coração. Coitadinha, tão imatura. Já João, que também curtia sua faculdade e curso, começou a namorar Tati.
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  A amiga de Flávia teve coragem para dar em cima dele, primeiramente como quem nada queria. Ele queria esquecer Flávia, e a distância imposta pelos estudos ajudou, embora os dois se vissem vez ou outra na vizinhança, na casa um do outro, e em passeios combinados. Tati teve coragem para contar depois de um tempo que já era a fim dele muito antes. João lembrou-se de desconfiar daquilo, e de ter a melhor amiga confirmando a retórica, tempo atrás. E de pouco em pouco um do outro, os dois foram se amarrando mais e mais.
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  Foi no aniversário de Flávia, depois de dois anos de faculdade, que ela percebeu o quanto João lhe fazia falta. O quanto ela queria ter o amigo mais perto, e o quanto a amizade deles não mudou nem um pouco. E a amizade não ter mudado, de repente fê-la notar uma frustração que não deveria existir.
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  — Puta merda, a essa altura do campeonato, Flávia? – ela falou para si, enquanto pegava uma bebida na cozinha de sua casa.
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  — Hm... Que merda você fez agora hein, garota? – João surgiu atrás dela e perguntou.
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  — Quem disse que eu fiz merda?
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  — Eu te conheço, não mete essa. – ele puxou a bebida dela para si, obrigando-a a pegar outra.
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  — Eu me apaixonei por quem não devia.
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  — Sério? Depois de todo esse tempo se apaixonou de novo?
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  — Sei lá, João... Acho que eu já era apaixonada... Mas, sei lá... Eu acabei de notar isso e na verdade eu acho até que quero vomitar.
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  Ele deu uma gargalhada sonora e divertida.
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  — Lute por ele. Mesmo que vocês não fiquem juntos, no fim vale a pena lutar e tentar. ‘Cê sabe né?
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  A pergunta nostálgica dele levou as memórias de Flávia a, todas as vezes que ele fizera questão de mostrar para ela, o quanto ela era importante para ele. E Flávia quis realmente chorar como não fazia há muito tempo.
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  — E... Você...? – ela perguntou titubeante.
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  — Eu o quê?
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  — Você... – pensou um pouco e decidiu mudar o assunto: — Como você está e o que vai fazer ano que vem...?
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  — Europa! – ele disse sorrindo largo.
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  — Como?
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  — Consegui o intercâmbio, a Tati também, a gente vai juntos! Não é o máximo!? Eu sempre te disse que era meu sonho, lembra?
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  — Lembro... – a cabeça dela começou a rodar e a visão embaçar: — Eu... Eu não ‘tô muito bem...
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  — O que foi?! Fla? O que foi?
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  João preocupado como sempre, largou a bebida e foi acudir a amiga que de repente estava pálida. Quando Tati e outra amiga de Flávia surgiram na cozinha, a garota pediu para Carol a acompanhar até a varanda.
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  — Amiga, tem certeza que não precisa de mim? – Tati perguntou tão preocupada quanto.
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  — Tudo bem, eu... Eu precisava mesmo falar umas coisas com a Carol. A gente se vê já, já.
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  Carolina sabia que não tinha nada a ser dito, apenas acompanhou Flávia e a deixou respirar mais calma.
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  — Porra, como eu sou burra, Carol. – ela afirmou quando estavam a sós e a amiga riu concordando.
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  Assim como João aconselhou, Flávia tentou. João estava a um dia de embarcar no avião e foi pego de surpresa com a amiga o esperando em seu quarto.
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  — Fla? O que houve?
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    — Eu te amo
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  — Ah... Eu também te amo, mas o que acon...
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  — Não, João! – ela falou alto e forte interrompendo-o: — Eu realmente descobri que amo você! Eu... Não vai embora, por favor. Fica comigo! Eu vou... Eu vou fazer todo o possível para recuperar o tempo perdido.
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  João encarou Flávia com um semblante triste e sentou em sua cama, segurando sua toalha de rosto na mão. Pegou a mão dela puxando-a para sentar ao seu lado.
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  — Sabe quantas vezes esperei te ouvir dizer isso?
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  Ela começou a chorar e ele continuou cuidadoso:
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  — Fla... Eu não posso largar o intercâmbio agora... E, e nem a Tati.
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  — Você gosta dela, eu sei... Mas eu precisava tentar.
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  — Eu gosto. – João falou pesaroso por saber que seria mentira dizer que amava à Tatiana: — Mas, não é isso. Eu não posso agora, depois de tanto tempo recomeçar tudo, sabe?
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  — Eu sei. Eu te perdi.
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  — Não. Você só me perde se você quiser. Eu não vou permitir que outro continente, afaste mais nós dois. Eu vou continuar te perturbando lá da Europa, é só que... Esse nosso momento já passou...
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  — Eu sei.
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  — Puta que pariu, que merda. – ele falou rindo triste.
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  — É, merda mesmo. Logo agora.
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  — Ei... Era de mim que você falou aquele dia na cozinha da sua casa?
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  Flávia concordou silencioso.
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  — Porra, Fla! Logo agora?
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  — Eu sei, eu sei... Eu sou uma babaca, você sempre esteve certo quanto a isso.
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  Os dois riram, e Flávia se levantou chorando e limpando o rosto. João se levantou com ela e a abraçou apertado, protetor.
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  — Ei, promete que vai ser feliz quando eu não estiver aqui?
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  — Eu prometo tentar.
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  — Eu ‘tô falando sério, Fla. Não quero voltar e não te ver realizada.
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  — João... Quando você voltar... Se você estiver sozinho, me procura?
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  — Eu vou te procurar estando ou não sozinho, garota. Que papo é esse?
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  — Eu não estou falando disso.
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  — Flávia. Eu acho que já deu, de você evitar quebrar a cara de novo, sabe? Vive a sua vida, cara, como você merece! – ele segurou o rosto dela obrigando-a a encará-lo: — Para com essa porra de não se envolver com ninguém e se liberta do passado! E se isso que você sente por mim agora, te atrapalhar... Se liberte de mim também.
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  — Caralho, que péssima hora pra descobrir que eu te amo... – ela falou rindo apoiando a cabeça no peito dele.
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  Despediram-se, e a vida os separou, guardando em seus segredos profundos aqueles sentimentos.
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