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Sem informações no momento.

We Don’t Talk Anymore

  “Mais incerto que o futuro, é o agora. Todo segundo é um futuro que mal imaginamos que está ocorrendo embaixo de nosso nariz.” L.L. Fernandes.

  O despertador anunciava a hora que mais odiava: 6h30. Seus olhos escuros relutavam para enxergar a claridade que surgia em sua janela marrom. Dando-se por vencida, rolou para o seu lado direito e levantou enrolada ainda no cobertor personalizado do filme Psicose¹- presente de sua prima, – caminhou até a cozinha. Encarou a geladeira e pegou o leite, procurando já pelo pó de café que lembrara que havia deixado na bancada. Ligou a cafeteira e despejou o pó e a água lá dentro, esperando poucos e dolorosos minutos até o líquido preto cair em sua xícara. Preencheu o que faltava com o leite e tomou um gole, sentindo seu saboroso gosto. Levou a sua boca um pedaço de bolo que tinha feito no dia anterior. Riu ao relembrar que quase deixou passar do ponto e de como e riam de seu desespero. Pensando agora, a cena era de proporcionar bastante risada, por mais que tenha ficado brava no momento. Ao terminar, despejou a louça na pia e voltou ao seu quarto, largou o cobertor na cama e foi tomar seu banho. Feito isso, apanhou sua bolsa e suas chaves e direcionou-se ao ponto de ônibus. O percurso até seu trabalho era de vinte e cinco minutos, quando não chovia. Encostou sua cabeça no assento e pôs a música no aleatório. O vento batia levemente em seu rosto, trazendo consigo uma sensação estranha. A garota de cabelos enrolados não sabia se era algo bom ou ruim, mas optou por não pensar nisso, já que se imaginar muito, não conseguiria fazer nada certo ao final do dia. O celular vibrou, mostrando uma mensagem de . Rapidamente ela se prontificou de ler, vendo que não era algo de se preocupar. Respondeu e guardou o objeto na sua mochila, retirando os fones e pondo-os na parte frontal da mochila. Pediu licença ao senhor que estava ao seu lado e puxou a cordinha, avisando ao motorista que aquele era seu ponto. Desejou bom dia e desceu, andando por mais dez minutos até adentrar o prédio. O local era antigo, porém, com aspecto de novo. Não havia passado por muitas reformas, todos que ali frequentavam cuidavam bem dele. Na entrada ficava o balcão do porteiro, Frank, que é um homem beirando seus 50 anos e um pouco grisalho. Simpático sempre abriu a porta do elevador para , que agradeceu e sorriu termalmente a Frank. Olhou seu reflexo no espelho e gostou do que viu, mesmo que por baixo de seus óculos escuros havia olheiras bem marcadas. Não dormia bem há alguns dias, o estresse a consumia nas últimas semanas. Amava o quê fazia, mas administrar um noivado juntamente com seu novo cargo de chefe superior no departamento de design era pesado.
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  Ao passar pela porta de vidro, o barulho de um sino ecoou, fazendo seus colegas a olharem. Todos a cumprimentaram e voltaram aos seus afazeres, enquanto guardava seus pertences e vistoriava os desenhos postos em sua mesa. O segundo andar era composto por duas equipes, a de e a de . As primas trabalhavam juntas, sempre quiseram isso, desde pequenas. atuava na área gráfica com a sua equipe que era formada por mais três pessoas: Corey, Norman e Catherine. Já optou pelo meio digital, e seu time era composto por mais duas pessoas, Gary e Scott. Por ser a chefe daquele andar, o trabalho diminuíra, porém a correria com prazos e perfeição não. Ambas se completavam, ajudava uma à outra, e acima de tudo, a amizade era de anos. Terminando os retoques em um dos desenhos de uma nova marca de roupa, ligou para , que dez segundos depois apareceu em sua sala.
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  - Bom dia, flor. Invocou-me, agora explane o quê quer. – disse , com seu bom humor de sempre.
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  - Olá, estou bem, se você quer saber. – riu – Os relatórios já estão prontos? E o site do Johnson, como anda? Você sabe que ele é um porre quando quer!
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  - Minha querida, sou a eficiência pura, esqueceu?! Está tudo certo e já te enviei, de nada. – sentou na beirada da mesa – Nem me fale dele, por favor, minha manhã está tão agradável. Precisa de algo?
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  - Na verdade, você está muito ocupada? – negou com a cabeça – Então, eu estou com aquela sensação novamente! Não sei o real motivo, mas eu só me sentia assim quando…
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  - Quando o guri estava por perto. É, eu sei, eu convivi essa época toda com os dois. Mas ele tá bem longe, relaxa, não tem com o que se preocupar, beleza, florzinha? – levantou e pegou sua pasta.
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  - Eu sei, mas obrigada mesmo assim. Deve ser passageiro isso, é o estresse. Ah, vai comigo e com o no cinema? – perguntou, já sabendo a resposta.
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  - Não sou vela, querida. Bom filme pra vocês e me tragam aquele Browne maravilhoso de nutella da Dona Flora. Amo-te, adeus. – dito isso, saiu da sala.
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   nem ligava para os pedidos da prima, pois eram sempre os mesmos. Prestou atenção no desenho e tentou deixar aquela sensação de lado. O garoto estava longe, em outro país ou estado, a garota não sabia ao certo. Afastou os pensamentos e finalizou o maldito esboço para a marca de Johnson, um executivo insuportável, mas que pagava bem. A convivência com ele era apenas de “bom dia, como que irá querer a logo e o site?”, e nada mais. Se desse muita corda, o homem encheria a cabeça delas com baboseiras e gabação, o quê a jovem odiava. Dirigiu-se a Corey e entregou o esboço, supervisionou o restante e foi produzir mais.
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*

  O restante do dia fluiu bem, e por mais que estivesse cansada, havia combinado de sair com seu noivo. Adentrou sua casa com um ar pesado, e logo correu para o banheiro ao ver o horário. Foi ao encontro de seu guarda-roupa e tirou de lá um short jeans e uma blusa branca de manga. Vestiu-se e calçou seu all star branco, depois passou máscara para cílios e um batom claro. Colocou a bolsa em seu ombro direito e seguiu o rumo para o cinema. As ruas de Portland eram calmas, possibilitando algumas crianças brincarem nelas. Essa semana era a dos festivais de cinemas estrangeiros, e não perdia uma. Se ela não amasse tanto os filmes ali passados, nem teria saído de casa. Aquilo compensaria o seu cansaço, com certeza. Apressou o passo, pois temia chegar um pouco atrasada. Avistou o letreiro e uma felicidade invadiu seu corpo, estava no lugar certo e veria a pessoa certa. Uma combinação que sempre gostou, particularmente. Procurou em sua volta por , mas não o viu. Depois de um tempo, seu celular apitou.
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“Oi, amor, sei que estou atrasado, fui liberado só agora. Daqui a pouco chegarei, beijos.”

  A felicidade foi momentânea. Ela odiava atrasos, e mal parou em casa por causa disso. Respirou fundo, contando de um a dez, para que pudesse se acalmar. Resolveu ir adiantando, comprou os ingressos e foi para a fila do lanche, que estava grande. Não queria ficar chateada ou nervosa, apenas não gostava daquilo. Parece que o destino gostava de brincar com a garota, bom, é o quê ela pensava. E talvez esteja certa. 
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*

  - Duas Cocas, uma pipoca grande e uma barra de chocolate. Aqui está, senhorita. – o rapaz entregou o pedido para , que se limitou em sorrir sem mostrar os dentes.
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  Caminhou para um banco, e ali parou, esperando chegar. Sua impaciência começara, e o seu humor mudaria rapidamente, mas, antes que isso acontecesse alguém a chamou.
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  - Desculpe-me, mas você poderia me informar onde eu compro os ingressos? Há anos que não venho aqui, estou perdido. – o sujeito riu, sem jeito.
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  - É no primeiro balcão após a parte do lanche. – disse sem olha-lo.
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  - Obrigado… Qual seu nome? – perguntou.
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  - . – Continuou a digitar a mensagem para , sem se importar com quem estava tendo um diálogo.
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  - Obrigado, . – sua voz saiu arrastada, e isso chamou a atenção da garota.
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  No mesmo momento, subiu seu olhar, e numa fração de segundos, reconheceu aquele rosto.
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“We don’t talk anymore
Like we used to do

  Os traços fortes de sua face, sua barba e sua voz arrastada permaneceram. O castanho claro de seus olhos não brilhava mais, porém seu sorriso cativante continuava. Descendo a visão, observou cada tatuagem, como se detalhasse cada uma, como se fosse ela quem tivesse feito. Os desenhos não eram complicados, eram simples e de traços leves, talvez levassem bastante tempo para serem feitas, mas vendo o resultado, valeu a pena. Não pôde deixar de reparar no estilo de roupas e no maço de cigarros posto no bolso da frente de sua calça. O volume que a caixa causou possibilitava a nitidez do que ele carregava. Assim como a garota, prendeu seu olhar nela, fitando cada particularidade do corpo de . Constatou que várias coisas haviam mudado, como a cor de seu cabelo e sua forma de agir. admirava a beleza da guria, quase boquiaberto. 
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  Cinco anos. Não eram cinco segundos; Cinco noites; Cinco semanas. 1825 dias. Não tinham notícias um do outro desde que partiu.
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“I just heard you found the one you’ve been looking
You’ve been looking for
I wish I would have known that wasn’t me
Cause even after all this time I still wonder
Why I can’t move on
Just the way you did so easily”

  No primeiro ano, sentia-se angustiada, mal conseguia dormir por causa dele. Os estudos e a ida do garoto a faziam ficar nervosa, triste e exausta. Ainda tentava entender como passara pra sua tão sonhada faculdade de design, já que naquela época vivia que nem um zumbi. A verdade é que os dois se amavam numa intensidade tão grande, que você, caro leitor, poderia ficar impressionado. Alguns diriam que ambos tiraram a sorte da caixinha de surpresas que é a vida, pois o que eles tinham era tão puro e sincero. Entre altos e baixos, e Zaz construíram não só um relacionamento, e sim, um forte laço, que julgavam ser de vidas passadas.
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  Do segundo ano até o terceiro, conformou-se com a ideia de não ter mais com ela, todos os dias. Nem informações havia. E nesse tempo a garota permitiu-se conhecer novas pessoas, mas mantinha a esperança do portador de olhos castanhos voltar. A faculdade já havia começado o quê a possibilitou em esquecer um pouco do ano anterior. fora fundamental para não deixar que a situação se agravasse, podendo gerar até uma depressão em , e era a única fonte de . A prima sentia-se culpada por não dar notícias, sabia que não era o certo, a outra tinha todo direito de saber sobre seu amado, mas não podia fazê-la sofrer mais. E também, depois de meses ficara sem notícias do melhor amigo, e sua consciência entendia que ele não podia continuar com nada daquilo. Não mais.
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  No quarto ano, deu espaço para , que cursava medicina. Conheceram-se numa festa que o pessoal de artes fizeram. Lá, trocaram números de celular e flertes, o quê ocasionou várias noites em claro de conversas e risadas. As saídas duraram cerca de cinco meses, até que propôs o namoro, e desde então estão juntos. Recém-formada, conseguiu um trabalho na Lotus, empresa a qual permaneceu. Seu coração estava sossegado, o emprego era ótimo, era um cara bem legal e sua vida voltou aos eixos. 
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  Quinto ano, no início, a pediu em casamento. Um pouco precoce, mas eles não pensavam em se casar de imediato. Com a ajuda de alguns amigos, ele fez uma surpresa linda para , na praia onde se conheceram. A vivência deles era ótima, e melhorava cada vez mais. A subida de cargo foi muito boa, porém, como nada é um mar de rosas, aquela sensação estranha misturada com o estresse do trabalho fazia o humor de desandar muito, o quê resultava em discussões entre o casal. A mulher tinha noção do que podia ser, mas não cogitava em contar para seu noivo. Contara para , porque não aguentava mais, e ela sabia que havia algo de diferente.
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  Hoje, exatamente no quinto ano, sonhara com , por isso ficara estranha e tentou falar sobre com , mais uma vez, mesmo que a outra tenha cortado o assunto como sempre.
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  Olha-lo parado, sem reação, na sua frente é confuso. A confusão de informação na mente de e de não parava de crescer, os dois não sabiam o quê falar, o quê fazer. O relacionamento que durou três anos revivia em seus olhares, assim como as mágoas, a tristeza e a dor que sentiam. Como algo tão forte e moldado tão serenamente tornou-se cinzas levadas pelo vento? 
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   queria indaga-lo, queria respostas, tinha tanta dúvida.
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   queria dar uma explicação, mostrar o seu motivo.
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  A vontade de juntarem seus corpos num abraço era o mais desejado. Sentir aquela sensação boa, de paz e tranquilidade. Mas, eles não tinham mais 17 anos. Não estavam mais no terceiro ano. Não havia mais planos juntos. Não estavam mais juntos. A dor estabelecida há cinco anos ainda mantinha-se viva, e por coincidência ou não, ambos permaneceram parados, como estavam há bons minutos. 
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   graduou-se na faculdade de Letras, sempre gostou da sala de aula e de ficar lá na frente. Pensava que assim poderia ajudar seus alunos do mesmo jeito que foi ajudado, queria passar conhecimento não só da matéria, mas também de experiências de vida. Amava o que fazia, e nunca se arrependeu de sua escolha. Apenas de uma.
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  O silêncio foi interrompido pelo toque de mensagem do celular de , que demorou até perceber que era o seu. Leu e guardou o aparelho, voltando à realidade na sua frente.
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“Don’t wanna know
What kind of dress you’re wearing tonight
If he’s holding onto you so tight
The way I did before”

  - Bonito o anel. – pigarreou.
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  - O seu também. – Respondeu, desviando o olhar do objeto dourado.
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“Don’t wanna know
If you’re looking into her eyes
If she’s holding onto you so tight
the way I did before”

  Após meia dúzia de palavras, calaram-se novamente. Ambos amadureceram, cresceram profissionalmente e em suas relações amorosas. O destino é um brincalhão, se diverte a custa dos outros. chegou à conclusão de que quando sua vida está boa e sadia, alguma coisa tende a ocorrer e ferrar a situação agradável. As memórias eram como frascos de substâncias tóxicas que alguém deixara cair. E a pior parte é que se esqueceram de avisar a eles para colocarem as máscaras de proteção.
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  Agora, noivos e felizes, tiveram esse reencontro. Um dia aconteceria, ou em 1825 dias. Era evidente que não iam pronunciar muitas palavras, apenas não conseguiam. Qualquer cálculo errado poderia desencadear dores piores. Sim, aquilo doía, era suportável, mas machucava.
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“I overdosed
Should’ve known your love was a game
Now I can’t get you out of my brain
Oh, it’s such a shame”

  Esse encontro inesperado foi necessário, para colocar um ponto final na história que um dia tiveram a sorte de ter. pôs o lanche em seus braços, sem jeito, que quase tudo foi ao chão. Com ajuda de , arrumou de um jeito que não cairia mais. Quando começou a andar, parou e virou-se para ele, aproximando um pouco mais.
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  - Boa sorte, . – deu-lhe uma última olhada e um sorriso sincero.
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  - Para você também, my Lucky. – observou-a ir embora.
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  Na mesma intensidade, agora era quem ia embora, dizendo as mesmas palavras que havia pronunciado quando se foi. O destino poderia descansar em paz, sem pregar suas peças como uma criança querendo doce.
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  “As sensações estranhas não me incomodarão. Não mais.” Pensou. Encontrou-se finalmente com , selando seus lábios demoradamente, e seguiu para o filme. Não quis olhar para trás, o passado não precisava ser perturbado e estava prestes a começar um novo futuro com seu noivo. Isso é o que importava. É o quê realmente importava.
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“That we don’t talk anymore”


  ¹ Psicose é um filme norte-americano de suspense de 1960.

Fim

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Voce sabe quem é
Voce sabe quem é
2 anos atrás

Quando eu tiver uma filha quero que ela seja igual você, aliás bela capa

Comentário originalmente postado em 05 de Abril de 2016

Liv
Liv
2 anos atrás

Nhaaaa, obrigada, big Z. E todos os créditos da capa para a linda da Mels <3

Comentário originalmente postado em 12 de Abril de 2016

Rafa
Rafa
2 anos atrás

Migs, short lacradora, como sempre né

Comentário originalmente postado em 05 de Abril de 2016

Liv
Liv
2 anos atrás
Reply to  Rafa

Hahaha obrigada, migx! <3

Comentário originalmente postado em 12 de Abril de 2016


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