A Maldição de San Valentin

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

PARTE 1

Tempo estimado de leitura: 18 minutos

Olhei ao redor duas vezes. Talvez três, antes de encaixar meu carro perfeitamente no cubículo destinado a ele. As vagas haviam sido sorteadas novamente, a pedido da maioria dos condôminos, que reclamavam que as melhores vagas pertenciam às pessoas com menos necessidade de espaço — pessoas como eu, que tinha um pequeno Ford K ao invés dos reclamões que dirigiam enormes SUVs. Não que eu me importasse; para ser sincera, a vaga isolada veio a calhar em um bom momento.
0
Comente!x

  — %Emília%? — Fechei meus olhos em pesar antes mesmo de trancar o carro. Maldita hora que decidi fazer as compras do mês em mercado que não era 24 horas. Só porque o quilo do tomate estava mais barato e eu simplesmente não consigo viver sem minha fruta favorita. — %Emília%, do 151A?
1
Comente!x

  Prazer, meu nome é %Emília%. %Emília% do 151A. Também conhecida como a guru do amor. Pelo menos é assim que as pessoas se referem a mim.
1
Comente!x

  Se você me perguntar, lhe direi que sou mais uma amaldiçoada.
0
Comente!x

  Minha família tem um dom. Veio de mãe para filha. Filha mais velha, considerando que sou a primeira de quatro garotas, e minha mãe é a mais velha de duas.
0
Comente!x

  Nós, como meu pseudônimo dizia (o segundo, não o que informa o número do meu apartamento), trazemos o amor que a pessoa deseja. Não é como aqueles anúncios “TRAGO SEU AMOR IMEDIATO” ou qualquer outra farsa que as pessoas inventam para abusar das mais, hum, sensíveis.
0
Comente!x

  Meu dom é bem simples. As pessoas trazem a foto de quem quer que se apaixone por elas, eu visualizo a foto, dou algumas dicas do que a pessoa tem de fazer — só para ela não se sentir excluída do processo todo — e jogo um pó produzido por uma árvore de cerejeira que cresce na fazenda dos meus avós. A árvore, mágica, é sempre muito eficiente em proliferar seus pólens e produzir mais árvores, de modo a acompanhar as gerações da nossa família.
0
Comente!x

  Uma vez por ano, no dia de São Valentin, ao invés de sair em encontros com meus amores (nunca tive um), devo comparecer ao ritual de renovação de votos, onde eu, mamãe e vovó prometemos usar o pó para benefício geral, não próprio. Como qualquer coisa que se parece com uma profissão, há regras a serem seguidas:
0
Comente!x

  1. Não desacreditar no poder do amor;
0
Comente!x

  2. Quando lançar a magia, exalar os sentimentos mais sinceros (é bem difícil, mas com o tempo a coisa vai se tornando mais automática);
0
Comente!x

  3. Não desejar o mal do casal a ser unido;
0
Comente!x

  4. Nunca negar atendimento a um(a) necessitado(a) (o ser que criou essa regra não sabe quão importuno foi);
0
Comente!x

  E, o mais importante:

  5. Não quebrar a corrente do amor.
0
Comente!x

  Não ache que a cada vez que atendemos uma pessoa, ganhamos algo em troca. Não podemos cobrar pelo serviço, já que a regra fundamental da magia de San Valentin diz que cada vez que cobrarmos, perderemos um item importante de nossa vida. Contudo, se as pessoas, por vontade própria, querem me dar um agrado, não preciso recusar, já que gratidão para muitos significa bens materiais. Além disso, vovó costuma dizer que San Valentin nos presenteia com itens valiosos, de modo a nunca deixar que passemos por dificuldades, afinal, o Santo também entende que seres humanos precisam ser recompensados. Isso pelo menos garantiu que eu nunca tivesse problemas financeiros ou em qualquer outra área que não fosse o amor. Não que eu tenha sorte e seja rica. Eu só não tenho o azar de perder um emprego e não encontrar outro, ou morar em um lugar legal, com um proprietário gente boa. Ou ganhar quilos desnecessários. Posso comer muita coisa e não engordar tanto.
1
Comente!x

  É claro que eu já tentei cobrar. Não sou uma boa samaritana como mamãe ou vovó, que vivem para realizar o pedido das pessoas em ser felizes com seus amores. Quando dei início à magia, assim que completei 18 anos, usei meus poderes para separar Carla, de Diego, o ex-namorado da minha melhor amiga, que a traiu e fez questão de espalhar para a escola inteira.
0
Comente!x

  Foi aí que percebi que não importa se minhas razões são para o bem de uma pessoa. Eu não posso acabar com o amor de outra, muito menos julgar a veracidade dela, e não ser punida.
0
Comente!x

  Minha punição, como devem ter percebido (eu disse mais cedo), foi o atraso do amor em minha vida.
0
Comente!x

  Mas %Emília%, use a magia em você mesmo. Eu o faria, se ele funcionasse.
0
Comente!x

  Mamãe disse que essa foi a punição que San Valentin me deu por ter quebrado o amor de duas pessoas, mas não quer dizer que eu não vá, nunca, encontrar o meu amor. Eu apenas não posso utilizar a minha magia (criada para exatamente isso) em mim mesma.
0
Comente!x

  E assim se explica a razão de eu não querer, na maior parte do tempo, ou apenas metade dela, atender as pessoas que correm atrás de mim.
0
Comente!x

  — A Juliana Maraú passou o seu endereço, ela disse que você poderia me ajudar...
1
Comente!x

  Olhei para a mulher assim que tranquei meu carro. Ela não devia ter menos do que 30 anos. Usava um conjunto de saia lápis e camisa social, o que significava que perdeu grande parte da vida dela estudando e trabalhando, até perceber que estava na hora de arranjar um namorado, mas já era tarde demais para cometer erros “adolescênticos”.
1
Comente!x

  — Seu nome? — perguntei, tentando não parecer incomodada por sua súbita visita. Assim como qualquer outra pessoa que trabalha com consultas, eu tenho uma agenda. Se você quer ser atendida, agende. Mas se aparece de surpresa, que bom para você que uma das regras, a número 4, diz bem claro que eu não posso negar qualquer atendimento.
0
Comente!x

  — Gabriela — ela respondeu.
0
Comente!x

  Mexi a mão para que ela continuasse.
0
Comente!x

  — A-ah... Luz. Gabriela Luz.
0
Comente!x

  — Só isso?
0
Comente!x

  — É. Eu deveria ter marcado hora? — Ela mordeu o canto do lábio.
0
Comente!x

  Balancei a mão e peguei as compras.
0
Comente!x

  — Nah, me siga.
0
Comente!x

  Gabriela Luz me acompanhou hesitante e silenciosamente. Segurou a porta do elevador para mim e então a sacola com uma das minhas compras, para que eu pudesse destrancar a porta de casa.
0
Comente!x

  — Fique à vontade. Ali. — Apontei para um conjunto de poltronas e sofás que havia na sala. Era minha sala de espera.
0
Comente!x

  Depositei as compras na cozinha e olhei no relógio. Lá se vai a chance de tomar um café da tarde, antes da bateria de atendimentos que iria receber até às dez da noite. Suspiro e preparo um chá, pelo menos para forrar a barriga, e tiro a comida congelada que costumo preparar nos finais de semana, para poupar o tempo durante a semana.
0
Comente!x

  — Aceita algo para beber? — gritei para Gabriela, que gritou em retorno negando.
0
Comente!x

  Fui até uma pequena sala, localizada a uma porta de distância da sala de estar/espera. Lá, o ambiente era perfumado pela mini-cerejeira que devia manter no ambiente onde fazia minha magia. A cerejeira extraía o melhor das pessoas, fazendo com que se tornasse mais fácil de eu saber se os sentimentos delas, pelos amores desejados, eram genuínos, facilitando a magia.
0
Comente!x

  Borrifei um pouco de água e retiro algumas folhas que caíram. Abri a janela para tornar o ambiente mais fresco e preparei uma pequena manta para o caso da pessoa sentir frio.
0
Comente!x

  — Você tem uma foto da pessoa? — perguntei, quando voltei à sala de espera e vi Gabriela roendo uma de suas unhas.
0
Comente!x

  — Sim. — Ela retirou da bolsa.
0
Comente!x

  — Legal. Existe um pequeno ritual que é necessário você fazer para que eu consiga trabalhar — falei, vendo sua postura se endireitar, algo comum quando começava a dar as orientações. — Primeiro, você precisa ficar descalça. Pode usar as meias, mas preciso que tire os sapatos. — Imediatamente, Gabriela retirou os sapatos de salto desgastados e sem graça dos pés. — Segundo, desligue o celular. Não é modo avião, é desligar mesmo. O aparelho solta ondas que podem atrapalhar a magia. — Mais uma vez, de imediato, a mulher obedeceu à orientação. — E por último, você não pode ter mais nenhuma outra pessoa senão essa da sua foto em sua mente.
0
Comente!x

  — Tudo bem.
0
Comente!x

  — Entre. — Fiz um leve sinal para que ela me acompanhasse.
0
Comente!x

  Antes mesmo de Gabriela entrar, o som da porta abrindo chamou minha atenção, mostrando %Manuela%, minha melhor amiga e a pessoa com quem dividia o apartamento. Nós decidimos morar juntas porque sempre fomos inseparáveis, desde a época do colégio. Quando eu disse à %Manuela% que viria para a capital, para estudar administração, ela disse que iria me acompanhar e então poderíamos morar sozinhas.
0
Comente!x

  Não moramos sozinhas até dois anos depois de nos formarmos na faculdade. Até eu encontrar um emprego em uma empresa multinacional fantástica e conseguir pagar por um apartamento legal. %Manuela% é minha parasita. A falta de uma figura materna a fez se tornar uma pessoa mais prática e menos sentimental. Seu pai, um médico que realmente gostava do que fazia (a ponto de trocar os dois filhos pelo trabalho) não gostou muito quando ela disse que viria para São Paulo, para fazer uma faculdade de psicologia. Ele achava que, por conta de seu gene, %Manu% poderia arriscar em medicina como seu irmão mais velho e, pelo menos, seguir a carreira de psiquiatria. Mas ela não quis. O único traço que manteve (teimosamente) da mãe, foi a profissão.
0
Comente!x

  — Estou atrasada? — Ela olhou no relógio de parede.
0
Comente!x

  — Não. — Mandei um olhar de quem dizia “fui abordada na rua”. Era muito comum isso acontecer. Eu e %Manu% costumamos brincar que a propaganda mais eficiente que existe, é o boca-a-boca.
0
Comente!x

  Deixei minha amiga de fora, para que ela pudesse preparar as coisas conforme estamos acostumadas. Enquanto isso, observei Gabriela sentada em seu lugar, olhando bastante para a mini-cerejeira. Abri um pequeno sorriso. Só quem possui um sentimento puro tem sua atenção desviada para a árvore.
0
Comente!x

  — Bem — me sentei em frente à mulher, que se remexeu em sua cadeira. —, você pode deixar sua foto aqui no centro da mesa. Bem em baixo dessa luz rosa. Eu farei algumas perguntas para você. Não tem problema se você não souber responder; caso aconteça, é melhor que diga “não sei”. Para que a magia funcione, você precisa ser sincera com ela. Se não houver sinceridade, a magia não irá funcionar.
0
Comente!x

  Vi a mesma reação de 80% das demais pessoas: inquietação, ansiedade, nervosismo e excitação.
0
Comente!x

  — Você sabe o nome inteiro dele?
0
Comente!x

  — Sei.
0
Comente!x

  Peguei uma folha sulfite cor de rosa e o entreguei a ela com uma caneta.
0
Comente!x

  — Esse é o formulário do seu amor. Eu farei a pergunta em voz alta e, se você souber a resposta, basta escrevê-la aí. Se não souber, como disse, não tem problema. Antes, gostaria de deixar algumas coisas informadas.
0
Comente!x

  Gabriela me olhou com atenção.
0
Comente!x

  — O amor é uma faca de dois gumes. Minha magia traz o amor para você, com a pessoa que você deseja, mas não é ela que irá garantir o amor eterno. Como qualquer outra situação de nossas vidas, existe o livre arbítrio. Isso faz com que seus sentimentos ou da pessoa dessa foto mude, podendo resultar em casamento e final feliz, ou também um término. A magia que vou praticar aqui é somente para trazer este amor — apontei para a foto do homem — até você. Mantê-lo, desenvolvê-lo e sustenta-lo é uma responsabilidade somente sua.
0
Comente!x

  — Isso quer dizer que ele pode querer terminar comigo?
0
Comente!x

  — Se você mudar de sentimentos, a magia irá saber. E se você decidir que, no final das contas, ele não é a pessoa certa, o encantamento irá finalizar. Isso pode resultar em você terminando ou ele.
0
Comente!x

  — Como um relacionamento normal.
0
Comente!x

  — Exatamente. — Respirei fundo. — A única coisa que eu faço, é trazê-lo para você e fazê-lo se apaixonar por ti. O resto, como deve estar ciente, é somente com você.
0
Comente!x

  Gabriela mordeu o lábio, nervosa, mas acabou concordando com a cabeça. As pessoas que vêm nunca pensam que para tudo se existe o outro lado da moeda. Ninguém, quando fazia a propaganda da minha magia, dizia que existia uma possibilidade do relacionamento não dar certo. O que realmente importava, era que para o calor do momento, eu traria o amor que a pessoa queria para ela, desde que fosse plausível, concreta (vocês não têm noção do tanto de adolescente que vem com a foto do artista favorito).
1
Comente!x

  — Compreendendo a magia, peço que assine aqui, mostrando que está ciente de que foi avisada sobre todas as consequências que o amor pode causar.
0
Comente!x

  Ninguém nunca não assinou. Tampouco recebi reclamação de um amor não ter dado certo ou alguma pessoa vir me cobrar justificativas pela magia não ter funcionado. Preferia pensar que todo mundo era inteligente em compreender as minhas explicações, ao invés de achar que era uma obra de San Valentin para que eu não perdesse a animação de trabalhar para ele.
0
Comente!x

  O nome do alvo era Gustavo da Costa Ologré. Ele era um dos sócios da empresa em que Gabriela Luz trabalhava e nunca deu sinal de sequer saber da existência dela, mesmo a mulher trabalhando no escritório há sete anos.
0
Comente!x

  — Ele já namorou praticamente todas as mulheres do escritório — Gabriela disse, envergonhada. — E mesmo eu tendo tentado de todas as maneiras esquecê-lo, eu não consigo.
0
Comente!x

  — Para você, o que falta em ti para que ele a perceba?
0
Comente!x

  — Hum... minha... aparência? — Ela tocou nas pontas de seus cabelos. — Talvez... confiança?
0
Comente!x

  Gabriela Luz não era uma mulher feia ou com falta de confiança. Para sobreviver em um dos maiores escritórios de advocacia de São Paulo, ela era, no mínimo, muito capacitada e inteligente. Sua aparência se deveu ao excesso de dedicação ao trabalho e, ao meu ver, isso não devia ser um obstáculo para que ela não fosse percebida. A timidez era a verdadeira causa de sua falta de sucesso em ser percebida não só por Gustavo Ologré, mas por todos os outros funcionários do escritório.
0
Comente!x

  — Existirá um problema nessa magia, que irei lhe dizer antecipadamente. — Ergui um dedo assim que terminei minha análise após toda a conversa. Gabriela arregalou os olhos, assustada por ter mais uma condição depois de todas as regras que ouviu no início da consulta. — A magia fará com que Gustavo da Costa Ologré a perceba e se apaixone por você. No entanto, a felicidade e o amor é um sentimento que emana do ser humano. Ao ser amada, você irá mudar, e essa mudança fará com que outras pessoas a percebam. Isso quer dizer que pode haver ciúmes e insegurança do seu amor. E caberá a você saber lidar com ele.
0
Comente!x

  — Tem como a magia evitar que ele se sinta inseguro?
0
Comente!x

  — Tem como o seu amor mostrar a ele que você só possui uma pessoa em seu coração.
0
Comente!x

  Essa era somente uma das maneiras que fui orientada a agir para não desanimar ou fazer o cliente perder a fé na magia. Informar sobre os obstáculos era um bônus que costumava sempre passar em minhas consultas; isso fazia com que as pessoas não se deixassem relaxar, achando que a magia faria todo o trabalho sozinho, quando, na verdade, tudo dependeria da própria pessoa.
0
Comente!x

  — Certo — Gabriela concordou.
0
Comente!x

  Olhei bem em seus olhos antes de suspirar e fazer um movimento leve com as mãos. Um girar de pulso e o foco no amor que Gabriela sentia por Gustavo... pronto.
0
Comente!x

  — Devo fazer alguma coisa? — ela perguntou.
0
Comente!x

  — Não vá com muita sede ao pote — disse, olhando para a fotografia do homem. Ele era uma pessoa que estava acostumada em ter várias mulheres em seus braços. Se Gabriela soubesse lidar com ele sem pressa, tinha fé que eles seriam um casal para a eternidade.
0
Comente!x

  — Quanto devo a você? — ela perguntou, pegando sua bolsa.
0
Comente!x

  — Nada — respondi, guardando a folha com a assinatura de Gabriela, concordando que havia sido informada de tudo o que precisava e jogando o sulfite rosa com os dados do amor dela na fragmentadora, para que não houvesse nenhum resquício do trabalho dos dois no ambiente. Além disso, também acalmava o cliente, fazendo-o ver que não guardava nenhuma informação sobre o alvo.
0
Comente!x

  — Posso deixar algo mesmo assim?
0
Comente!x

  — Como quiser.
0
Comente!x

  Uma nota de cem reais foi colocada na mesa. Não demonstrei a minha verdadeira alegria de ter começado meu dia com um valor alto. Geralmente as pessoas vão embora agradecidas ou deixavam alimentos, ou objetos que acreditavam serem úteis para mim.
0
Comente!x

  Assim que Gabriela Luz saiu, olhei ao redor, onde a mini-cerejeira fazia a limpeza do ambiente. Quando a névoa rosada sumiu por completo, apenas disse:
0
Comente!x

  — Próximo!
0
Comente!x

PARTE 1
0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest
6 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Ray Dias
  — %Emília%? — Fechei meus olhos em pesar antes mesmo de trancar o carro. Maldita hora que decidi fazer as…" Leia mais »

UHSAUSHAUHSAUHUSHAUHAUSH “Só porque o quilo do tomate estava mais barato”. A vida adulta nos humilha.

Ray Dias
  Prazer, meu nome é %Emília%. %Emília% do 151A. Também conhecida como a guru do amor. Pelo menos é assim que…" Leia mais »

Eita, aposto que não funciona direito pra si. Só pros outros.

Ray Dias
  Não ache que a cada vez que atendemos uma pessoa, ganhamos algo em troca. Não podemos cobrar pelo serviço, já…" Leia mais »

Tô achando que vou devotar o Santo.

Ray Dias
  — A Juliana Maraú passou o seu endereço, ela disse que você poderia me ajudar..." Leia mais »

EU AMEEEEEEEEEEEEEEEI O NOME!

Ray Dias
  Olhei para a mulher assim que tranquei meu carro. Ela não devia ter menos do que 30 anos. Usava um…" Leia mais »

isso me doeu

Ray Dias
  Gabriela mordeu o lábio, nervosa, mas acabou concordando com a cabeça. As pessoas que vêm nunca pensam que para tudo…" Leia mais »

eu seria uma delas kkkkkkkkkkkkk ai jeon jungkook, tu que não deixe sua cueca perto de mim

Todos os comentários (9)
×

Comentários

Você não pode copiar o conteúdo desta página

6
0
Adoraria saber sua opinião, comente.x