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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Mentes Furiosas – Temporada 1

Escrita porJosie
Revisada por Lelen

Capítulo 1 • O Começo de uma Jornada

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

  O crepúsculo de Brasília tingia o céu de tons alaranjados e púrpuras quando Agudo Costa, 30 anos, caminhava sem destino pelas calçadas irregulares do centro. Havia três anos dedicando-se a causas silenciosas: recolher mantimentos para famílias carentes, consolar crianças órfãs, servir como voluntário em abrigos para idosos. Era um homem de poucas palavras, olhar profundo e sorriso tímido, acostumado à solitude que escolheu como refúgio depois de perder a irmã em um acidente. Aquela dedicação o tornara um vulto discreto, quase invisível, admirado por alguns — mal compreendido por outros.
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  Naquela tarde quente de agosto de 2017, Agudo seguia em direção à Rodoviária do Plano Piloto, pensando em retornar para casa cedo. A mochila nas costas guardava apenas uma muda de roupa, o bloco de anotações onde anotava suas ideias de projetos solidários e um exemplar surrado de poesia contemporânea. Sentia no corpo o cansaço dos últimos dias, mas havia ainda em seu peito um sopro de esperança: pensava em reunir mais voluntários para pintar as paredes descascadas de um orfanato no Lago Sul. Caminhava com passo lento, mãos levemente enfiadas nos bolsos do casaco, quando percebeu um grupo de jovens surgindo à sua frente.
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  Eram quatro rapazes, aparentando entre 18 e 20 anos, rostos bem-cuidados, tênis de marca e celulares prateados na mão. Ao encontrá-lo sozinho e imóvel, trocaram olhares curiosos. Um deles, o mais alto, aproximou-se de forma estratégica, brincando com a lamparina de pulso.
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  — Ei, tiozão, que faz por aqui tão solitário? — Agudo ergueu apenas o olhar, tentou um aceno respeitoso, mas o nervosismo apertou seu peito. Ergueu a voz para responder, porém foi interrompido por risadas zombeteiras.
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  Em instantes, sentira sua camisa sendo puxada, seu corpo empurrado contra o muro grafitado. Um toque impróprio, desrespeitoso, seguido de provocações cruéis:
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  — Você é homem de verdade? — cutucava o líder do quarteto.
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  O silêncio de Agudo, antes quase paternal, tornara-se alvo de escárnio. Um soco lhe acertou o abdômen, outro, o rosto. A respiração ficou ofegante, o coração disparou. Ainda tentou defender-se, mas cada gesto era recebido com nova onda de agressões. Os rapazes riam como se participassem de um jogo macabro, chutando, atirando farpas sobre sua timidez, sobre o modo dócil de olhar o mundo.
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  Agudo sentiu o impacto brutal de cada golpe. O mundo girava em vertigem quando, finalmente, seus joelhos dobraram-se sobre o chão frio. O asfalto absorvia o sangue que escorria de seus lábios feridos. Seu último pensamento antes da consciência esvair-se foi dedicado às crianças que ajudara, ao orfanato que ainda não pintara. Quis apenas poder continuar a fazer o bem. Mas a violência não teve clemência: ao soerguer-se, o líder lhe desferiu o golpe final, e o corpo de Agudo caiu inerte, estirado entre as sombras.
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  Ficaram para trás as vozes piedosas do passado — o calor humano que ele sempre buscara transmitir —, e a cena transformou-se em silêncio cortante. Ao longe, um guarda noturno passava por ali, iluminou o corpo estendido, chamou reforços. A ambulância chegou tardiamente: Agudo fora declarado morto antes mesmo de alcançar o hospital. Carregaram-no como se fosse só mais um número perdido na imensidão da cidade. Ninguém entendeu direito por que, ninguém se importou em verdadeiras investigações. Era apenas o fim de um homem bom e calmo, vítima das mãos erradas no momento errado.
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  — Dois anos se passaram — anunciava-se no rádio policial, já em 2019, enquanto o delegado registrava o boletim. A tristeza do quartel pairava no ar, mas a ficha caía em muitas prateleiras empoeiradas da memória.
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  Campinas fervilhava sob o sol de outono quando %Bosmath% %Garcia%, de 12 anos, desceu do ônibus escolar que a trazia do interior. Menina de olhar sereno e sorriso suave. Era seu primeiro dia na escola nova. Ela estava animada. Mas algo lhe tirava a paz. A morte de seu primo, Agudo Costa, o que a fazia se sentir como se ela se sentisse impotente por não ter feito nada para ajudar. Ela respirou fundo e entrou na escola. Passou pela porta da secretaria, onde assinou sua presença e se preparou para se apresentar. Após se apresentar, sentou-se na carteira perto de Henrique Tury. Henrique Tury estava sentado conversando com seus amigos, pensando na namorada, Manu Maia, quando o professor iniciou a aula:
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  — A diversidade dos povos indígenas no Brasil é vasta, com diferentes línguas, organização social, crenças e manifestações culturais, como a arte plumária, cestaria e pintura corporal. Existem centenas de etnias, como os Guarani, Yanomami, Ticuna, Kayapó e Caingangue, cada uma com sua forma de viver, mas todas contribuem para a identidade cultural brasileira — começa a aula o professor de História.
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  Tanto Henrique Tury quanto %Bosmath% tentavam prestar atenção na aula, mas não conseguiam, embora por motivos diferentes.
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*********

  Enquanto isso, na mansão Scribbel, Vinicius e Gabriel Scribbel estavam sentados conversando enquanto as irmãs Calliano também conversavam, os quatro planejavam mais um vídeo normal, um vídeo que prendesse a atenção dos fãs. Em meio a isso, Manu Maia conversa com a irmã, Milena Maia, sobre como estava indo seu namoro com Henrique Tury. À tarde Henrique foi para casa, onde começou a gravar seus vídeos. Enquanto isso, %Bosmath% %Garcia% observava os irmãos Venecho e Bruna %Garcia%, conversando entre si. A mãe, Nice, parecia estar fazendo o café da tarde. A família estava bem, mas por quanto tempo, isto ninguém sabia...
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