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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

O Espaço Criativo não se responsabiliza pelo conteúdo das histórias hospedadas na sessão restrita ou apontadas pelo(a) autor(a) como não próprias para pessoas sensíveis.

Chaos

Escrita porLelen
Editada por Lelen

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ATENÇÃO! Essa história pode conter gatilhos. Se você está em um momento sensível, talvez essa não seja a leitura ideal.


Capítulo 1

Tempo estimado de leitura: 25 minutos

Caos:

  1. Mitologia - Em diversas tradições mitológicas, vazio primordial de caráter informe, ilimitado e indefinido que precedeu e propiciou o nascimento de todos os seres e realidades do universo.

  2. Física - Comportamento de um sistema dinâmico que evolui no tempo, de acordo com uma lei determinista e é regido por equações cujas soluções são extremamente sensíveis às condições iniciais, de modo que pequenas diferenças acarretarão estados posteriores extremamente diferentes.

Teoria do Caos

  A ideia central da Teoria do Caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro.


  13 de Setembro

  Taehyung abriu os olhos aos poucos, o sol batia em sua face de forma desconfortável o que o fez colocar os braços sobre o rosto. Ele não estava animado para o dia que se seguiria. Com relutância ele se virou de lado no colchão em que estava deitado e apalpou o bolso da camisa que vestia tirando de lá uma foto antiga.
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  — Bom dia, omma. — murmurou encarando a foto de uma mulher com um bebê no colo. Depois de observar a imagem por alguns instantes, se levantou e foi em direção à sua mochila. Pegou-a e começou a fazer a inspeção diária, verificando se estava tudo ali. A mochila estava sempre pronta. Um símbolo de sua vontade, mas também de sua covardia.
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  Com um suspiro, guardou a mochila num canto do quarto e rumou para algumas caixas que lhe serviam de guarda-roupas. Pegou um moletom qualquer e, depois de despir a camisa, jogou o blusão por cima da camiseta que já tinha no corpo. Deu mais uma olhada ao seu redor, pegou a foto que sempre carregava consigo e inspirando para tomar coragem, saiu do quarto.
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  A casa estava silenciosa e o cheiro de álcool predominava, assim como as dezenas de garrafas espalhadas em todo o canto possível do lugar. Taehyung resmungou enquanto pegava as garrafas que podia e levava para o lado de fora do pequeno apartamento em que morava. Antes de sair, voltou seu olhar para uma porta fechada e ficou preocupado. %Nayeon% não costumava demorar para se levantar… A noite anterior devia ter sido uma daquelas noites. Tae suspirou e saiu de vez do apartamento, deixando as garrafas ao lado da porta para a coleta.
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  Yoongi estava sentado em frente ao piano enquanto tentava compor alguma coisa. Havia passado a madrugada toda ali, compor e tocar piano eram as coisas que costumavam ajudar quando queria se livrar daquela sensação de sentimentos não expressados. O que estava se tornando algo frequente.
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  O rapaz largou o lápis que usava para fazer anotações nas folhas de partitura e esticou as costas ao se espreguiçar. No mesmo instante ouviu-se o barulho da fechadura da porta de seu apartamento.
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  — Hyung, você já está acordado? — Jungkook perguntou ao entrar no apartamento que consistia em um cômodo dividido em dois ambientes - quarto e sala -, uma cozinha pequena e um banheiro.
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  Yoongi soltou uma risada sem a menor vontade, o que fez o mais novo deixar o que trazia consigo na mesinha de centro para encarar seu hyung.
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  — Você passou a noite acordado de novo? — JK perguntou fazendo expressão séria.
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  Yoongi se levantou do banco do piano e foi até onde Jungkook havia deixado o que seria o seu café da manhã.
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  — Não tava com sono. — Respondeu simplesmente, se jogando no sofá puído depois de pegar um dos copos de café que o amigo lhe trouxera.
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  Jungkook ficou encarando o mais velho com expressão desacreditada. Apesar de não ser o seu papel cuidar de Min Yoongi, o rapaz era seu melhor amigo, praticamente um irmão, e amigos ou irmãos não deixavam de cuidar uns dos outros. JK tinha acabado de completar 19 anos, e apesar da diferença de 5 anos com Yoongi, ele às vezes fazia papel de mais velho. 
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  — Hyung, isso não faz bem para você. — Disse finalmente, indo se sentar na poltrona ao lado do sofá, pegando o copo restante e abrindo um pacote de rosquinhas. — %Kate% vai ficar uma fera se souber.
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  — Eu tô bem, Jeon. — Ele respondeu sério. — E não vamos falar sobre isso.
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  Já fazia algum tempo que Yoongi não dormia direito, algo o incomodava, mas ele não queria se abrir com ninguém, o que deixava Jungkook chateado. Um devia confiar no outro, afinal, certo?
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  — Você conseguiu compor mais alguma coisa?
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  Yoongi concordou se levantando e caminhando de volta ao piano com seu copo na mão. Após se acomodar e deixar o copo de café ao seu lado, começou a tocar. Era uma melodia profunda e ao mesmo tempo triste. Os dedos de Yoongi trabalhavam freneticamente no ritmo da composição e seus olhos permaneceram fechados durante todo o minuto em que havia tocado.
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  — Wow, hyung. Eu gostaria de poder tocar como você. — JK murmurou encarando o amigo com admiração.
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  — Se você tivesse continuado a estudar, poderia ser até melhor. — Suga - como alguns amigos o apelidaram por ser branco como açúcar - resmungou voltando seu olhar sério para Jungkook.
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  O garoto riu e deu de ombros. Jungkook havia começado a aprender a tocar piano quando era criança, mas logo que entrou na adolescência deixou o instrumento de lado e passou a procurar por outros hobbies, nunca parando em nada por tempo o bastante para se dedicar.
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  — Não era exatamente o que eu queria.
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  Yoongi revirou os olhos e voltou-se novamente para o piano, depois de tomar um gole do café que já começava a esfriar, pegou o lápis e voltou a fazer anotações.
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  — Você não disse por que veio aqui hoje. — Soltou de repente.
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  — Ah… — JK sorriu um pouco amarelo. — Eu não queria ficar em casa, então decidi vir visitar e trazer o café.
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  Suga revirou os olhos novamente. Jungkook tinha alguns problemas familiares e costumava fugir deles o quanto pudesse, depois que completou certa idade então, toda vez que as coisas começavam a ficar complicadas, ele escapava de sua casa para caminhar por aí, e quando Yoongi foi morar em seu próprio apartamento, a presença do rapaz era constante por lá.
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  — Ao invés de se preocupar comigo, devia tentar resolver as coisas na sua casa.
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  Jungkook baixou o olhar dando um pequeno sorriso triste para o amigo, não era a primeira vez que entravam naquele assunto, mas os dois sabiam que nada mudaria. Pelo menos não ainda.
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  Hoseok se encarava seriamente no espelho a sua frente. Respirou fundo algumas vezes e então deu play no aparelho de som. A música começava lenta e aos poucos ia mudando sua batida para algo mais forte e marcado. O rapaz se movia com fluidez e com movimentos limpos no ritmo da música que tocava alta na sala de ensaios, sua concentração era tanta que mal percebeu quando alguém entrou.
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  — Ah, Jimin. — Hoseok se virou assim que terminou de ensaiar. — Desculpe, eu não te vi. — Sorriu sem graça.
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  — Trouxe água. — O recém-chegado disse estendendo a garrafa que tinha em mãos.
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  — Obrigado.
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  — Eu posso gravar o ensaio se quiser. — Jimin disse indo se sentar no seu canto usual já sacando seu telefone celular.
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  — Obrigado, Jiminnie! — Hoseok sorriu largamente e começou a fazer a contagem para recomeçar o ensaio.
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  Namjoon estava sentado à mesa dentro do vagão vazio de trem de carga que ele chamava de casa. Tinha acabado de tomar seu café da manhã e agora encarava uma lista de tarefas que precisava fazer. Precisava comprar alguns materiais para a construção de sua futura casa, alguns ingredientes para um bom café e almoço dos próximos dias, e também precisava arrumar o encanamento do vagão. Ele não estava lá muito animado para começar aquelas tarefas, mas se forçou a levantar e arrumar a pequena mesa quadrada de cozinha.
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  Namjoon morava dentro daquele vagão no terreno de sua futura casa de certa forma por opção. Ele podia muito bem continuar morando com seus pais enquanto finalizava a construção, no entanto, desde que havia conseguido um pequeno gosto de liberdade, ele havia decidido que dependeria o menos possível de seus progenitores. Não era como se ele vivesse como um sem-teto ou em condições absurdas, na verdade, ele havia feito um ótimo trabalho com o vagão ao transformá-lo em lar temporário.
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  Ao sair para o terreno, ele encarou a base da casa que estava construindo. Tudo ainda estava no começo, mas ele conseguia enxergar o projeto tomando vida e ficando pronto para ele se mudar. O sorriso satisfeito foi quase automático.
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  Ele estava pronto para sair e fechar a entrada do vagão quando ouviu o telefone fixo tocar. Ele ergueu a sobrancelha e voltou a entrar para atender. Namjoon não precisava sequer perguntar quem era. Apenas uma pessoa costumava ligar naquele número.
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  Jin encarava a janela de seu quarto com certo interesse. Fazia um bom tempo que observar a interação humana era seu passatempo favorito. Adorava ver pessoas interagindo, se expressando, vivendo. Era um dia bonito, o sol brilhava intensamente e não eram sequer dez da manhã. Seria um bom dia, aquele.
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  Depois de mais alguns minutos à janela, Jin fechou a cortina e voltou sua atenção para o local que chamava de quarto. Era pouco mobiliado, havia uma cama de solteiro com lençóis brancos lisos, uma cômoda num canto e um espelho coberto por um lençol noutro canto. Ele não havia perdido muito tempo com decorações ou qualquer coisa que fosse pessoal demais. A única coisa realmente pessoal que ele possuía eram as fotos polaróides que estavam presas num tipo de mural acima da cômoda. 
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  Ele caminhou até lá e observou as fotos que ele mesmo havia tirado tempos antes, dos amigos, das paisagens, dos bons momentos. Jin não pôde deixar de sorrir. Ele havia feito uma boa escolha, afinal. Seokjin pegava a foto de uma praia em sua coleção quando o celular sobre a cama vibrou e soou indicando a chegada de uma nova mensagem.
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  Taehyung estava deitado sobre o colchão velho no chão da piscina vazia do antigo clube da cidade, lugar em que costumava se encontrar com seus amigos. Eles haviam achado aquele lugar abandonado por acaso, mas desde que o encontraram e ninguém havia aparecido para proibi-los de entrar, lá estavam.
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  Tae olhou para o céu vendo as nuvens se moverem lentamente com a leve brisa que soprava naquele dia. Um dia para momentos felizes. Ele estava observando novamente a foto que sempre carregava consigo quando ouviu o barulho de pés esmagando a alta vegetação que cercava os arredores da piscina. Logo o rosto de Namjoon surgiu tapando a visão do céu de Taehyung.
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  — Hei, o que você está fazendo? — o mais velho perguntou abrindo um sorriso para o melhor amigo e estendendo a mão para que ele levantasse.
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  Taehyung sorriu de volta e aceitou a ajuda, logo sendo abraçado por Joon e os outros quatro.
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  — Eu tava com saudades. — Tae deu de ombros depois de cumprimentar todo mundo. — Eu queria ver vocês.
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  — É, já fazia um tempo que não vínhamos aqui. — Jungkook murmurou olhando ao redor. — Ei, é o Jin hyung! — apontou o mais novo do grupo para a beirada da piscina, onde o mais velho do grupo estava parado com sua câmera portátil em mãos, filmando os amigos.
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  Jin pulou da beirada para dentro onde o grupo de amigos estava reunido e foi abraçar Taehyung.
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  — Ei, hyung, quanto tempo. — Tae murmurou sorrindo e então puxando a filmadora do mais velho e voltando-a para si. — Aqui é Kim Taehyung para o mundo!
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  — Eu também! Eu também! — Jimin entrou em foco junto do amigo.
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  — Ei! Eu também quero! — Jungkook exclamou e os três mais novos do grupo se amontoaram para caberem no enquadro da filmadora.
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  Seokjin encarou aquela cena e sorriu agradecendo internamente por aquele grupo de garotos que acabaram se tornando seus melhores amigos, sua família. Ele deixou que os meninos se divertissem um pouco com a câmera, mas logo ela já estava de volta às suas mãos e ele voltou a registrar aquele momento. Jin também havia levado a sua câmera de foto instantânea, pouca coisa lhe interessava mais do que a sua coleção de polaroids. 
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  Os sete passaram o dia e a tarde juntos, rindo e se divertindo como há tempos não faziam. Eles haviam se conhecido havia alguns anos. Na verdade, os seis — sem contar Jin — eram amigos de infância, suas famílias haviam emigrado da Coréia para a América antes mesmo do mais velho deles ter nascido, havia sido simplesmente inevitável o encontro de cada um anos depois durante a escola.
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  Taehyung brincava com seu spray, fazendo o contorno de Namjoon na parede da piscina. Desenhar com a tinta spray era uma das coisas que Tae aprendeu a gostar ainda na adolescência, era uma forma de se expressar. 
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  Jin olhava ao seu redor procurando bons ângulos para tirar fotos e aproveitou para gravar aquele momento de Tae e Joon. Estava dando voltas com a câmera em posição quando Yoongi passou cutucando-o de leve, chamando sua atenção a Hoseok que estava encostado na parede, aparentemente dormindo. Seokjin estava pronto para bater a foto de Suga ao lado de um Hobi desacordado quando Jungkook chegou correndo para entrar na brincadeira, esbarrando de leve em Yoongi, que acabou por esbarrar em Hoseok, que despertou um pouco confuso.
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  — Xiis! — JK exclamou fazendo pose, e os outros dois o acompanharam.
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  — Yah, Hobi, aconteceu alguma coisa? — Suga perguntou sentando-se mais confortavelmente ao lado do amigo que se espreguiçou ainda sonolento.
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  — Fiquei ensaiando até tarde ontem e hoje acordei cedo para poder ensaiar mais. — Ele deu de ombros. — A apresentação é importante, sabe. — Hoseok murmurou deixando transparecer um pouco de seu nervosismo.
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  — Você é o melhor dançarino que eu conheço, Jung Hoseok. — Yoongi deu um tapinha animador nas costas de Hobi que sorriu. — E a %Holly%? Você já falou com ela sobre a parceria?
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  — Ah, ainda não, não consegui encontrar com ela esses dias. — Hoseok murmurou coçando a nuca.
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  — Não dá para mandar uma mensagem? — Yoongi questionou erguendo a sobrancelha.
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  — Ah, hyung, ela quase nunca visualiza mensagens. É mais fácil encontrar com ela e perguntar.
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  — Ela parece uma garota legal. — Suga murmurou balançando a cabeça como que em aprovação. — Apesar de nunca termos trocado uma palavra, ela te faz sorrir, então está aprovada.
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  — Hyung! — Hobi exclamou gargalhando.
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  — O quê? 
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  — %Holly% é só minha amiga. — Esclareceu. — Ela me faz sorrir sim, mas não é dessa forma que você está querendo dizer.
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  Yoongi ergueu uma sobrancelha com ar de dúvida, mas deixou passar quando o amigo se levantou para se espreguiçar.
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  — Mas e você e a %Kate%? 
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  Ao ouvir o nome da moça, Yoongi fechou a expressão não parecendo nada feliz.
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  — Ela está viajando, foi para o Canadá visitar algum parente. — Jungkook entrou na conversa ao perceber que o melhor amigo parecia prestes a amaldiçoar o mundo todo com sua ira.
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  — Oh, entendi. — Hobi murmurou captando a mensagem. — Sabe, hyung, você poderia se inscrever nesse concurso com seu piano. É uma grande oportunidade mesmo se não vencermos. Ouvi dizer que haverão muitos olheiros.
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  Suga apenas abanou o ar dispensando a ideia completamente. O piano para ele era algo para relaxar, não queria começar a trabalhar com algo que amava e acabar por odiar aquilo por culpa de alguma pressão com a qual não conseguiria lidar. Ele ganhava a vida fazendo pequenas composições para propagandas, era o suficiente para sobreviver.
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  — Hobi tem razão, você poderia até mesmo vencer o concurso, hyung. — JK tentou.
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  — Não. — O mais velho respondeu a contragosto e se afastou.
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  Hoseok olhou confuso para Jungkook que suspirou pesadamente.
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  — O hyung não anda muito bem desde que a %Kate% disse que talvez precisasse voltar para o Canadá. — O mais novo explicou. — Yoongi hyung anda meio estressado por causa disso.
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  — Mas ela vai voltar assim, sem mais nem menos?
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  — Parece que a avó dela está doente e a mãe precisa de ajuda em casa…
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  — Bem, isso é importante. — Hobi murmurou sério. — Família é importante.
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  — Eu sei, mas você conhece o hyung… — Jungkook murmurou fazendo careta.
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  Min Yoongi tinha alguns problemas com relações familiares. Os pais nunca aceitaram de fato a escolha do rapaz de trabalhar com música, tinham a aspiração de que o filho prodígio se formasse em direito ou medicina e se tornasse importante, mas Min Yoongi não estava nem um pouco interessado em agradar ninguém, mesmo sendo os pais. Quando o rapaz se rebelou completamente contra a ideia de seguir qualquer carreira sugerida, o senhor e a senhora Min decidiram deixá-lo à própria sorte e voltar para o país de origem, deixando o filho na América. Por conta disso, ele tinha certo ressentimento quando o assunto era família e tendia a pré-julgar as situações envolvendo isso.
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  — Ele devia conversar com a %Kate%. — Hoseok disse por fim e Jungkook apenas concordou.
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  — YAH! JIMIN! — ouviram o berro de Jin ao longe, ele corria atrás de um Jimin que também corria às gargalhadas.
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  — Desculpa, hyung! Foi sem querer! — O mais novo exclamava enquanto continuava a correr.
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  — Volte aqui, Park Jimin! — Seokjin gritava segurando uma garrafa de água aberta, o cabelo estava ensopado.
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  — Yah, o que vocês estão fazendo? — Namjoon apareceu intervindo, segurando Jin antes que este conseguisse alcançar Jimin.
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  — Eu meio que sem querer derrubei água no Jin hyung… — Jimin murmurou com a expressão mais inocente do mundo.
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  — Ah esse…
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  — Oi, hyung! — Joon exclamou rindo da expressão do mais velho.
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  — Agora eu estou encharcado, Jimin-ah! — Seokjin finalmente deixou a garrafa de lado e desistiu de revidar a brincadeira.
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  — Desculpa, hyung. — Jimin sorriu e Jin se aproximou dando um leve soquinho no braço do mais novo e ambos riram.
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  Namjoon apenas balançou a cabeça rindo e pensando seriamente em quem era o mais novo e o mais velho naquele grupo. Às vezes dava para duvidar.
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  — Hyung, eu preciso ir embora. — Taehyung disse se aproximando do grupo.
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  — Mas ainda é cedo. — Jimin murmurou depois de se livrar de um cafuné dolorido de Jin.
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  — Preciso ver se %Nayeon% precisa de alguma ajuda em casa. — Ele respondeu baixando o olhar.
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  Todos apenas acenaram com a cabeça compreendendo.
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  — Certo, a gente podia se encontrar de novo essa semana. — Jungkook sugeriu e todos exclamaram animados.
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  — Sim, vamos fazer isso! — Jimin sorriu e olhou para Taehyung que apenas balançou a cabeça.
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  — Eu tenho que ir. — Disse mais uma vez antes de acenar um tchau desanimado e começar a caminhar para longe.
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  Era pouco antes das cinco quando Tae chegou à entrada do conjunto de prédios no qual passara a morar com a irmã. Era um lugar feio e sem cor, antigo e desanimado. Simplesmente combinava com a vida dele, era o que pensava. Passou por algumas poucas pessoas antes de chegar ao seu bloco e subir as escadas para o seu apartamento. Nada parecia ter mudado enquanto ele estivera fora. As garrafas da manhã continuavam ali na porta, as janelas permaneciam cobertas pelas cortinas…
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  Taehyung respirou fundo antes de colocar a chave na fechadura, e quando girou a maçaneta, já pôde ouvir os gritos irritados do marido da irmã. Tae mordeu o lábio reprimindo a raiva antes de entrar e fechar a porta.
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  Quando a mãe de Taehyung morreu, ele e %Nayeon% haviam ficado sozinhos no mundo. Eles não tinham contato com nenhum parente na Coréia e não havia nenhum outro familiar próximo na América, haviam sobrado apenas os dois. Alguns anos depois, quando Tae tinha dezessete anos, %Nayeon% apareceu em casa com um rapaz dizendo que estava noiva e logo se casariam. Tae havia ficado feliz pela irmã, mas logo a pinta de bom moço do homem foi caindo. Quando se mudaram para o apartamento de Andy naquele conjunto, as coisas simplesmente foram de mal à pior. 
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  O homem era um bêbado possessivo, e com o tempo começou a abusar de seu “poder” de dono da casa. Andy vivia reclamando que %Nayeon% era uma imprestável e que não servia para fazer sequer um prato de comida que prestasse, além da agressão verbal, também havia a agressão física. O marido da irmã batia nela quando estava muito bêbado, e muitas das vezes voltava sua raiva para Taehyung o espancando por ele tentar defender %Nayeon%.
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  Geralmente as coisas estavam muito ruins quando a gritaria começava cedo. Como naquele dia.
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  — Você é uma vadia preguiçosa e imprestável, %Nayeon%! — Andy gritava com agressividade para a moça que apenas ouvia encolhida em um canto.
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  Taehyung observava da fresta da porta entreaberta do quarto do casal.
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  — Me desculpe, Andy, eu vou tentar melhorar… — A voz baixa e trêmula da irmã se fez ouvir.
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  — Eu saio para trabalhar e sustentar você e aquele seu irmão de merda e você fica de graça com o vizinho enquanto eu não tô? — Andy deu um passo feroz na direção de %Nayeon%. — VADIA! — Gritou e com o punho cerrado desferiu um soco forte no rosto da mulher.
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  Naquele momento Taehyung irrompeu no quarto, furioso. Ele havia prometido à sua mãe que seria o homem da casa. Que ajudaria %Nayeon%. Que cuidaria dela como um bom irmão. Não podia deixar que um canalha daqueles encostasse nela sequer mais uma única vez. Com a ira transbordando de si, Tae empurrou Andy contra a parede com o máximo de força que havia conseguido juntar, separando o máximo o homem da irmã.
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  — Não toca nela! — Berrou.
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  — Seu fedelho desgraçado! — O homem gritou com raiva afastando Tae e lhe dando um soco no queixo que fez o rapaz cambalear e cair no chão perto da irmã.
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  — Tae! — A voz de %Nayeon% soou assustada, ela fez menção de ajudar o irmão, mas Andy a empurrou bruscamente para fora de seu caminho.
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  — Moleque desgraçado!
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  Taehyung foi chutado enquanto o homem descontava toda a sua raiva nele. Desgraçado. Imprestável. Covarde. As palavras soavam em sua mente sem parar, uma após a outra, ecoando e ecoando. Foi quando a ira tornou a se fazer sentir. Quando Andy voltara a sua atenção novamente à %Nayeon%, Taehyung se arrastou para perto da cômoda, pegou uma das dezenas de garrafas espalhadas pelo chão e juntando toda a força que lhe restava, quebrou-a na quina da cômoda e correu até o agressor de sua irmã. Com um grito de agonia que estivera preso em seu interior por anos, ele desferiu os golpes fatais com a garrafa contra o abdômen do homem que havia feito a sua vida e a vida de sua irmã um inferno por anos. 
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  — Eu disse pra não tocar nela! — Gritou quando seu olhar encontrou com o de Andy uma última vez.
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  Apenas quando %Nayeon% gritou em desespero é que Taehyung parou e voltou a si. O rapaz soltou a garrafa e empurrou o corpo mole do agressor para longe e, quase em choque, se afastou, encostando as costas na parede oposta do quarto e se deixando escorregar até o chão.
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  Era tanto sangue… E tantas lágrimas… O que ele havia feito?
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Julia N.

Miga, POR QUE EU NÃO TÔ ALI DO LADO DO MEU AÇÚCAR?

E por que ele não quer falar comigo? Tô bolada com ele. Atualiza logo.

E não quero sofrer não.

Ray Dias
  Taehyung abriu os olhos aos poucos, o sol batia em sua face de forma desconfortável o que o fez colocar…" Leia mais »

JÁ GOSTEI DA DATA, PORQUE 13 É MEU NÚMERO E JÁ COMEÇAMOS A FIC COM MEU MARIDO! ♥

Ray Dias
  — Eu saio para trabalhar e sustentar você e aquele seu irmão de merda e você fica de graça com…" Leia mais »

OK, EU QUERO M4T4R ESSE BABACA! Espero que ele tenha o PIOR desfecho de todos!

Ray Dias

PQP O TAE! MDS! EU TO TREMENDO! Porque eu não estava esperando por isso. Achei que ele iria realmente esmurrar o cara, e justíssimo, aliás, mas daí… Eu tô com medo do que vai acontecer com o meu Tetequinho!

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