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|| Arquivado em: Colunas, Como eu faço?, Postagens
– Por Fe Camilo.
Olá, pessoal!
Todo mundo que já escreveu uma longfic, principalmente aquelas gigantescas, sabe que é muito fácil se perder no meio do caminho, esquecer algumas coisas ou se confundir com alguns elementos da história, certo? E é por isso que hoje estou aqui com a missão de trazer algumas dicas que podem ajudar MUITO na construção de um roteiro para sua história.
Os roteiros servem justamente para que possamos organizar nossas ideias de uma forma concisa de modo a desenvolver uma história coesa e que enrede o leitor do início ao fim. Porém para fazer um roteiro que cumpra ao que se propõe, é fundamental saber como elaborá-lo da melhor forma.
Eu sou extremamente dependente de roteiros e tenho até histórias que nunca foram escritas, mas que tem o roteiro prontinho e perfeito para quando eu decidir colocá-las em prática. Sempre que vou criar um, tenho cinco passos infalíveis que sigo fielmente e vou compartilhar aqui com vocês.
Passo 1 – Tenha em mente qual será o gênero da sua história
Na criação do roteiro é importante saber qual gênero abordar de modo a construir sua história a partir dele. Se a história for uma comedia romântica, por exemplo, é imprescindível encontrar momentos no roteiro para encaixar aquelas cenas cômicas e fofas ao mesmo tempo, que nos fazem sentir aquelas borboletas no estômago e se apaixonar junto com a personagem. Da mesma maneira, caso queira escrever um drama é necessário saber os momentos certos para fazer as leitoras se debulharem em lágrimas.
Passo 2 – Você precisa conhecer o lugar onde a história acontece como ninguém
Acredito que poucas coisas são tão “broxantes” quanto ler uma história que se passa em determinado lugar, mas não ter referências claras que situe as personagens naquele local de fato. Principalmente quando estar nesse espaço é basicamente o motivador do enredo.
Pense em Emily in Paris, por exemplo, toda a história se baseia no fato dela ser uma americana que foi morar em outro país a trabalho, e precisa se adaptar à rotina e cultura de um lugar completamente diferente do que está acostumada. A série jamais seria um sucesso tão grande se os criadores não se propusessem a mergulhar no universo francês e lançar diversos choques de cultura, além de transitar por lugares e points gastronômicos que nos levam a experienciar junto com a personagem toda essa vivência.
Tome um tempo para conhecer bem o lugar onde quer situar a sua história (ainda que seja um lugar imaginário criado por você) e faça questão de colocar no seu roteiro momentos que levem o leitor a visualizar perfeitamente o cenário e se sentir parte da aventura.
Passo 3 – Tão importante quanto o lugar é o tempo
Se atente ao tempo no qual você irá situar o seu enredo, pois é importante demarcar no roteiro os elementos que irão sustentar essa premissa. Portanto, não dá para fazer uma história que se passa no século 19 e colocar diálogos informais e com gírias atuais, da mesma maneira que é impossível construir um enredo no futuro e simplesmente ignorar a existência da tecnologia completamente. No primeiro caso, você pode procurar por termos e gírias específicas da época e criar um glossário como parte do seu roteiro; e na segunda situação, você precisa pelo menos justificar o fato de não haver tecnologia (como em um futuro distópico, por exemplo).
Passo 4 – Qual é o seu problema?
Ter em mente qual será o(s) conflito(s) que fará parte da história e manterá a narrativa interessante é extremamente importante, pois é o que instiga os leitores a permanecerem presos no enredo. Pense em todos os problemas que precisarão ser solucionados no decorrer da trama e tenha certeza de inseri-los no roteiro de forma tal que todos tenham sua chance de brilhar e – também – de serem resolvidos.
Passo 5 – Afinal, qual o desfecho?
Quando temos uma ideia, mas não temos a menor noção de onde pretendemos chegar com ela, a chance é de que não chegaremos a lugar nenhum. Saber qual é o ponto final da história é necessário não somente para que você consiga pensar na melhor forma de fazê-lo, como também para que você saiba o que colocar no caminho para chegar até ele.
Pensando de maneira prática, vamos pensar em um dos maiores clássicos do cinema: Titanic. Esse filme parece ter tido uma leve inspiração na história de Romeu e Julieta com o conceito de lugares sociais opostos e fim trágico. O autor usou algo que de fato aconteceu – o naufrágio do Titanic – como pano de fundo para a criação de um romance único e inesquecível. Ele definitivamente queria um final trágico, portanto construiu todos os elementos da história (falta de bote salva vidas para todos, demora para a chegada de ajuda da guarda costeira, a personalidade altruísta e heroica de Jack etc.) de forma que, no fim, esse seria o resultado. Perceba que o fim é essencial para o desenrolar do enredo.
Uma vez que você tenha feito todos os passos abordados acima, você verá que ficará muito simples parar para escrever seu roteiro com facilidade, pois as ideias fluirão automaticamente. Não perca de vista que é sempre interessante reler e reajustar o roteiro quando achar necessário, mas tendo ele como ponto de partida suas histórias ficarão cada vez melhores!
Esperto ter ajudado, e até a próxima! 😉
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