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– Por Fe Camilo.
Olá, minha gente!
A coluna de hoje trata de uma explicação breve sobre a diferença dos termos história e estória, os quais sempre geram uma discussão um tanto polêmica entre os aficionados em Língua Portuguesa que preferem defender a grafia “raiz”.
Para começar acredito ser importante ressaltar que ambas as grafias existem e estão corretas, embora tenham sido historicamente separadas por seus usos. Além disso quero pontuar que antes da criação das regras ortográficas, que criaram uniformidade na nossa língua, já foram usadas grafias diversas como: istória, estória e até mesmo hestoria.
Agora vamos à explicação da diferenciação desses dois termos. Utilizando uma lógica parecida com a do inglês com as palavras “story” e “history”, a palavra estória era utilizada para se referir às narrativas ficcionais (mitos, fábulas, contos), enquanto história para designar narrativas fatuais, ou seja, baseada em acontecimentos reais.
Como a língua é viva e está sempre em constante transformação, através dos tempos as duas grafias acabaram se “fundindo” e essa distinção foi perdendo sentido e caindo em desuso naturalmente. Porém, em 1943 iniciou-se a vigência do nosso sistema gráfico, e a Academia Brasileira de Letras eliminou oficialmente a obrigatoriedade de distinguir os dois termos. Estória não se tornou uma palavra proibida ou errada da noite para o dia – até porque seu desuso foi um processo histórico – mas a recomendação passou a ser utilizar a grafia história para ambos os contextos, realidade ou ficção.
Atualmente, apesar de algumas pessoas ainda fazerem questão de utilizar o termo estória, ele é considerado um tipo de arcaísmo (palavras que, por serem muito antigas, já não são mais usadas). Dessa forma, não tem mais por que ter qualquer dúvida, basta utilizar o termo história em qualquer contexto!
Espero ter ajudado, e até a próxima! 😉
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