Fanfic do Mês
Original, Finalizada

A Maldição de San Valentin

escrito por Natashia Kitamura

Vinda de uma família que possuía o dom de trazer o amor desejado, ela se viu presa em uma maldição quando desobedeceu uma das regras de San Valentin: Não quebrar uma corrente de amor. Ela havia feito porque o garoto havia traído sua melhor amiga. Mas uma corrente é uma corrente, e agora, quase 15 anos depois, ela ainda sofre com o castigo de San Valentin. Nunca namorou.
Mas será que o santo do namoro e do relacionamento é assim tão maldoso?

leia a história →



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Quem é você na narração?

|| terça-feira 18 de abril de 2023 às 15:00 - Comentários
|| Arquivado em: Colunas, Como eu faço?, Postagens


– Por Fe Camilo.

Olá, meus amores! Como estão?Aqui estou mais uma vez com alguns insights e dicas de como melhorar ainda mais sua escrita. O tema de hoje é como indicar o ponto de vista e as maneiras de indicar mais de um ponto de vista na narrativa. Gostaria de iniciar pontuando que este é um assunto mais complexo do que aparenta ser, e que pode ter suas variações de percepções a depender da autora e do universo que ela deseja criar; portanto não leiam essa coluna com a intenção de encontrar uma  regra universal sobre como narrar diferentes POV, mas sim como um guia norteador que pode ampliar sua percepção sobre o assunto.

Para ficar tudo bem organizado, do jeitinho que eu gosto, vou separar esse assunto em três partes, pois assim podemos entender cada uma delas separadamente. Sigam-me os bons!

// Tipos de ponto de vista e como indicá-los

Todas vocês já sabem que uma história pode ser narrada por diferentes perspectivas, certo? E essas diferentes maneiras de narrar uma história é chamada de foco narrativo ou – como denominamos nessa coluna – ponto de vista (POV).  O foco narrativo basicamente determina o desenrolar de toda a trama, portanto a escolha do que melhor se encaixa na sua história é fundamental para que você crie uma obra-prima perfeita.

Ao criar uma história, você pode escolher entre três tipos de narradores, são eles:

Narrador personagem: Nesse caso, é usada a primeira pessoa e o narrador é um personagem da história, o qual narra os fatos conforme os vive.

Narrador observador: Utilizamos a terceira pessoa nesse tipo de narração, e ele é apenas capaz de narrar o que observa – ou seja – não tem conhecimento do que se passa na cabeça dos personagens ou suas histórias de vida, o foco está nos fatos que estão acontecendo.

Narrador onisciente: Nesse também devemos utilizar a terceira pessoa, porém ele tem total conhecimento dos fatos e dos personagens. É possível narrar as motivações, sentimentos e pensamentos dos personagens com clareza, pois ele tudo sabe.

Agora vem a pergunta de milhões: como podemos indicar o ponto de vista no decorrer da história?

Se você está utilizando um narrador personagem, é fundamental que você demarque quando um ponto de vista termina e o outro começa. Dessa forma, se você quer intercalar entre os dois protagonistas, você pode colocar “POV – Personagem 1” e “POV – Personagem 2” sempre que fizer a mudança de um para outro.

Caso você utilize um narrador observador, não é necessário indicar mudança de ponto de vista, afinal o narrador será o mesmo a todo momento, e ele estará sempre narrando os acontecimentos da trama.

No narrador onisciente, particularmente acredito que também não é necessário indicar mudança de ponto de vista, afinal o narrador é onisciente e transitará por diferentes cenários e personagens, mas ele continua sendo o mesmo narrador, logo não há mudança de foco narrativo para que seja necessário demarcar um ponto de vista diferente.

// Formas de abordar mais de um ponto de vista.

A partir dos pontos analisados acima, já deu para notar que para abordar mais de um ponto de vista o ideal é fazer uso de um narrador personagem ou narrador onisciente, certo? Vamos explorar três formas de abordar mais de um ponto de vista dentro das duas opções:

Intercalando: Você pode intercalar o ponto de vista de dois ou mais personagens centrais na trama, e isso pode ocorrer de um capítulo para o outro ou mesmo dentro de um mesmo capítulo. Acredito que o narrador personagem seja o ideal para esse tipo de transição, porém é necessário tomar o cuidado de não criar muitos personagens diferentes e fazer mudanças constantes entre eles; pois além de correr o risco de ficar confuso, também pode ocorrer de todos ficarem parecidos demais, então a pessoa A acaba tendo os mesmos trejeitos e ideias da pessoa D, por exemplo.

Esporádico: Nesse modelo, a narração segue um personagem central a maior parte do tempo, e – esporadicamente – desloca o foco narrativo para seguir um outro personagem/acontecimento na história.  Para esse formato – tanto o narrador onisciente quanto o narrador personagem – podem ser utilizados, inclusive é possível até mesmo mesclar ambos. Por exemplo, você pode ter um narrador personagem que conta toda a trama, porém caso queira trazer alguns elementos extras que esse narrador-personagem não sabe (mas que são relevantes para a trama) você pode fazer uso de um narrador onisciente que traz alguns flashs de informação para o leitor.  

Pontual: Nesse formato, a intenção do autor é que a história siga um ponto de vista específico de um personagem ou evento, porém pode se fazer necessário utilizar de algum outro ponto de vista para explicar algo fundamental para a história, por exemplo, e aí é quando o autor pode utilizar o recurso de utilizar um outro foco narrativo. Perceba que é pontual porque pode ocorrer apenas uma vez no decorrer de toda a trama.

// O melhor ponto de vista para a sua história.

Escolher um foco narrativo que combine bem com a sua trama é fundamental e é claro que haverá variações a depender de suas intenções e criatividade. Para facilitar seu trabalho, decidi criar uma pequena lista pontuando casos em que é melhor se ater a um ou outro ponto de vista:

Seu personagem-foco fará longas ruminações ou discursos (romance/drama): Narrador personagem.

O leitor deve se identificar profundamente com o personagem-foco (romance/drama): Narrador personagem.

Prefere baixa identificação entre o leitor e o personagem (comédia/terror): Narrador observador.

Prefere que o leitor não saiba diversas coisas na trama (suspense/mistério): Narrador observador.

Intercalar suas opiniões com a do personagem (romance/drama/comedia): Narrador onisciente.

Deseja criar um universo denso com diferentes cenários e personagens (aventura/fantasia): Narrador onisciente.

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— Você passou por todos esses anos nos escuro, é normal achar que está sonhando ainda.
— E não estou? [...]
— Se estiver sonhando... — ela se aproximou de mim e me beijou novamente com suavidade. — Não o deixarei acordar.

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