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Escrita porRay Dias
Editada por Natashia Kitamura

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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

Ouça aqui a playlist da história


Prólogo

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

  O sonho de %Lara% sempre foi ser uma escritora de sucesso, e um dia poder ser uma roteirista de um grande drama coreano. Por isso, ela se desafiou e, após terminar a faculdade de Educação Física, a mulher decidiu estudar roteiro na Coréia do Sul.
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  Os primeiros anos não foram nada fáceis! Mas, no penúltimo ano do seu curso, ela pôde ver seu sonho se realizar. Estagiava numa empresa de mangás e, um dia, Sang Chang, o seu sunbae na empresa lhe deu a notícia que ela não sabia, mas iria mudar sua vida.
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  — %Lara%, poderíamos falar um momento? – Ele perguntou próximo à mesa de trabalho dela.
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  Todos os seus colegas encararam %Lara% de volta. No início, ela sofreu uma resistência absurda de alguns ali por sua nacionalidade brasileira, e ainda havia um colega ou outro que a olhava torto, mas dentro da equipe de Chang, %Lara% poderia se considerar uma roteirista de sorte! A Mangaká Enterteinament também era uma excelente empresa para se trabalhar.
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  Sang Chang era poucos anos mais velho que %Lara%, e começou na empresa dois anos antes dela, portanto, ele era líder da equipe de roteiros auxiliares da empresa. Ele vislumbrava chegar a líder da equipe dos roteiros principais, ou seja, dos principais mangás de sucesso da empresa. E assim também, seus subordinados esperavam entrar ao grupo de escritores principais. Para isso, Chang era sério em seu trabalho, de pouco diálogo ou amizade. Era um chefe tranquilo, mas pontual em sua liderança. Não era carrasco, e sim cordial, mas evitava se expor demais aos funcionários.
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  %Lara% se levantou e seguiu o homem descolado, dentro de sua figura calada, aos olhares atentos de todos. Chang sentou-se à mesa grande de madeira da sala de reunião coletiva, e %Lara% se sentou ao lado dele, observando o envelope sob suas mãos.
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  — Eu fiz algo errado, sunbae?
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  Ela não conseguiu conter a curiosidade, Chang a olhou curioso e, ajeitando os óculos, sorriu.
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  — Eu diria que você fez algo muito certo, %Lara%.
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  — Como? – ela arregalou os olhos, confusa.
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  Chang retirou um maço de papéis presos em um clip de dentro do envelope e entregou a ela.
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  — Você não iria jogar isso fora, não é?
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  %Lara% percorreu os olhos no título e nas primeiras frases, reconhecendo seu manuscrito.
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  — Ah… Isso é só um esboço de um manuscrito meu para... Eu achei que um dia poderia se tornar um livro, mas foi rejeitado.
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  A expressão no semblante da mulher era de derrota, então Chang, surpreso por ter escutado que alguém foi capaz de ter rejeitado aquele esboço e também por ela não tê-lo mostrado aquilo, foi logo enchendo %Lara% de perguntas:
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  — Você realmente iria jogar fora?
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  — Ah não, não, sunbae! Na verdade, eu achei que havia perdido esta cópia... Como a encontrou?
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  — Estava caída aqui na sala de reuniões, segundo a senhora da limpeza que me entregou esta manhã.
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  Como um flash em sua mente, %Lara% recordou-se da última reunião que tivera ali e quais as probabilidades de seu manuscrito ter caído enquanto ela se apressava a juntar as suas coisas.
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  — Ah, claro. Foi isso então. Mas... Você gostou, sunbae?
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  — Er... – Chang observou o olhar aflito da mulher e tomou coragem para pedir algo a ela que há algum tempo já queria fazer: — Quando estivermos apenas os dois... Você pode me chamar pelo meu nome. %Lara% se espantou com aquilo, sabia a importância da hierarquia na sociedade coreana até mesmo entre amigos, e Chang e ela nem eram assim tão amigos. Estava mais para um coleguismo profissional.
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  — Ah, sim. Chang então. Mas você gostou?
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  — %Lara%, me espanta isso ter sido rejeitado! Tudo bem que é apenas um esboço, mas... Dá para desenvolver uma grande história. Quem rejeitou seu manuscrito?
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  — Meu professor. Da escola de roteiros. Ele tem uma entrada no mercado editorial e se disponibilizou a ler o meu manuscrito, ainda que não estivesse acabado. Ele leu e... Bem, talvez por não o ter terminado, ele não viu potencial.
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  — %Lara%, você não mostrou este manuscrito sem o registro, não é?
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  — Claro que tem registro, Chang! Eu não sou assim tão fácil de iludir.
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  A mulher fez um biquinho descontente que Chang não admitiria, achou fofo.
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  — Bem, isso é ótimo. Talvez tenha sido uma pergunta desnecessária para uma roteirista. – ele assumiu e ela sorriu concordando — Mas %Lara%, também me espanta você não ter me mostrado este manuscrito. Não se passou à sua mente que eu poderia ajudar?
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  — Você? Como poderia...?
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  Realmente ela não conseguia compreender o que o líder dos roteiristas de sua empresa poderia fazer. Um ato ingênuo de %Lara%. Chang riu fracamente e a olhou por cima dos óculos, a fim de parecer chateado:
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  — Uwa... Você tem tão pouca fé assim em mim? – ela o observou, confusa — Logo eu, o líder dos roteiristas desta equipe?
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  E, de repente, um estalo a sobressaltou ao observar a expressão de falsa chateação de Chang.
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  — Você acha que a mangaká pode se interessar por esta história?
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  — %Lara%... Eu me interessei pela história! Este pode ser o seu primeiro trabalho independente aqui dentro... Quero dizer... O primeiro que você assine como escritora, já que toda a equipe trabalharia com você.
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  — Oh my God, Chang! Realmente acha que “Garota Ocidental” pode ser um bom mangá?
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  %Lara% irradiava felicidade e esperança num amplo sorriso, que fizera até mesmo Chang sorrir igual. Ele apoiou os cotovelos à mesa, cruzando os braços e sorriu pacífico para %Lara%.
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  — Por que não?
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  A garota se levantou de repente dando pulos e gritinhos silenciosos, afinal, não poderia gritar dentro da empresa. Chang a observou feliz, mas sentindo-se um pouco constrangido pela reação, já que do outro lado do vidro da sala de reuniões, toda a sua equipe os encarava curiosos. O que %Lara% havia feito para estar pulando daquele jeito contido e ao mesmo tempo animado?
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  Meses se passaram e muito trabalho foi feito e, por incrível que pareça, %Lara% %Diias% era agora o alvo da curiosidade nacional. “Garota Ocidental” foi o primeiro mangá na Coréia escrito e pensado por uma brasileira, com uma história bastante original e que ganhou as estantes de todos os públicos e idades em um curto tempo. Um tremendo sucesso! E a mangaká agora tinha no seu hall uma preciosa escritora, que lhe rendeu mais prestígio e atenção. %Lara% rompeu as barreiras do preconceito e da xenofobia, e mal podia acreditar que estava ali, agora, num camarim de uma emissora de TV coreana, onde em alguns instantes seria uma das entrevistadas da noite.
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Liv
  A mulher fez um biquinho descontente que Chang não admitiria, achou fofo." Leia mais »

iiih, esse bofe parece estar gostando dela

Ray Dias

Velha história, Liv hehe

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