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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

O Espaço Criativo não se responsabiliza pelo conteúdo das histórias hospedadas na sessão restrita ou apontadas pelo(a) autor(a) como não próprias para pessoas sensíveis.

Lady Lewis

Escrita porPams
Revisada por Lelen

VIII • Domingo ao ar livre

Tempo estimado de leitura: 27 minutos

  Em um mundo cheio onde a Revolução Industrial vem a cada dia sendo uma mudança constante, quando uma pequena peça indesejável cai dentro de máquina a vapor travando toda a sua engrenagem, o resultante desta equação é um colapso no sistema. E era exatamente assim que nosso libertino sentia ao receber a notícia da visita de vosso primo, o príncipe de Mônaco.
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  — Desejo alguns minutos com vossa majestade — disse %Cedric% ao se apresentar diante da rainha.
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  — Olha só quem ainda está vivo. — O soar irônico da mulher assentada ao trono deixava o ambiente mais tenso. — Lembrou-se que tens uma casa?
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  — Por favor, majestade — pediu ele, mantendo o olhar baixo.
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  — Não estou inclinada a aceitar vosso pedido, volte daqui alguns dias — disse ela, mantendo o tom suave.
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  — Posso então pedir alguns minutos de atenção de uma mãe para um filho? — Ele levantou seu olhar e a encarou.
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  A rainha respirou fundo, não sabia os motivos do filho, mas estava curiosa.
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  — Todos, deixe-nos a sós — ordenou ela.
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  Assim que suas damas de companhia se retiraram com os demais criados, ela voltou o olhar atento para ele. Analisando todas as suas expressões.
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  — Diga agora, o que o trouxe a presença de sua mãe? — indagou ela.
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  — É verdade que Grimaldi está vindo para Londres? — Ele foi direto e preciso.
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  — Ah, então é por isso que está aqui. — Ela soltou uma gargalhada maldosa, mantendo o tom ponderado. — Está preocupado com a concorrência? Não será o único príncipe da estação.
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  — És a minha mãe, deveria ser mais condescendente comigo — reclamou ele.
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  — Se fosse um filho de orgulhar o coração de uma mãe — retrucou ela. — Foi-me enviada uma carta direta de Mônaco, não pude recusar e vosso primo deve chegar em alguns dias.
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   %Cedric% se manteve em silêncio, irritado com tal confirmação.
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  — Eu vos conheço, %Cedric%, se está tão nervoso pela vinda de August é porque está com medo de perder algo para ele. Ambos sempre foram assim desde pequenos, para provoca-lo August conquistava tudo que lhe atraía o interesse. — A rainha começou a formular teorias em sua mente. — Devo entender que tenhas uma donzela em mente que lhe tenha roubado os olhares?
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  — Não existe tal donzela — disse ele, relutante consigo mesmo em admitir algo muito provável.
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  — Vou fingir que acredito por saber sempre quando mente para mim. — Ela sorriu de leve. — Pois agora vejo que estás a mentir para si mesmo.
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  Vossa majestade, mesmo em seus momentos extravagantes, tinha uma sutil sabedoria nos momentos precisos. Seu olhar clínico para o filho a deixava entender tudo o que ocorria com o jovem libertino. Algo que lhe deixou com um misto de preocupação e alívio.
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   %Cedric% se retirou da presença de sua mãe e seguiu em direção ao clube. Se sentia tão sufocado internamente que precisava de breves momentos de diversão. Assim que chegou fora servido por um dos funcionários e, permanecendo um pouco distante, ficou observando alguns cavalheiros apostarem na mesa de cartas.
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  — Vossa alteza?! — A voz de Robert Magnus soou ao lado dele. — Tem frequentado bastante o clube.
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  — Marquês, digo o mesmo de vós. — %Cedric% tomou um gole do vinho em sua taça. — Veio jogar esta noite?
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  — Não, não jogo às segundas, apenas aos finais de semana — contou o homem.
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  — Na vida não se perde em ter um pouco de controle — comentou o príncipe. — Veio ver a má sorte de alguns cavalheiros?
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  — Sim. — Ele riu. — Há um jogador que me deve e deu-me certeza de pagar tal dívida hoje.
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  — Bem, desejo-lhe sorte para que recebas. — Ele voltou seu olhar para a mesa de jogos.
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  — Ouvi os boatos sobre vossa alteza estar interessado na senhorita Bridgerton — comentou o marquês, entrando no assunto.
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  — As pessoas têm comentado muita coisa sobre mim ultimamente. — %Cedric% não deu importância àquilo.
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  — Então é verdade?! — O olhar curioso de Magnus se voltou para ele.
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  — Por que tanta curiosidade? — %Cedric% o olhou intrigado pela insistência do homem.
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  — Bem, sabes que estou a cortejar a senhorita Sollary — iniciou ele, sua explicação.
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  — E o que isso tem relacionado a vossas indagações? — O príncipe continuou desconfiado do homem ao lado.
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  — A senhorita Sollary convidou-me inesperadamente para um passeio ao parque no próximo domingo, um passeio entre casais no qual a senhorita Bridgerton estará presente acompanhada do duque de Whosis — contou o homem com um ar presunçoso.
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  %Cedric% controlou sua raiva momentânea e tomou o último gole em sua taça a deixando no móvel ao lado.
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  — Interessante, presumo que eu não deveria saber de tal passeio — insinuou o príncipe —, afinal, %Sebastian% é vosso amigo.
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  — Bem, achei que ele já havia mencionado isso a vós, alteza. — Suas intenções não pareciam tão generosas assim, ainda mais se tratando dele. — A senhorita Sollary me pediu para levar um amigo que pudesse apresentar a uma amiga e…
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  — Será um prazer participar — %Cedric% o interrompeu.
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  — Vossa alteza fora a única pessoa que me veio à mente — alegou ele —, já que Whosis já tem sua companhia.
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  — Agradeço a consideração, só gostaria que mantivesse a discrição de minha presença até o encontro — pediu ele.
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  Sete dias nunca passaram tão lentamente quanto naquela semana. 
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  E quanto mais se aproximava do momento planejado pelas pedras preciosas, mais o coração de %Amelia% se apertava. Nosso doce rubi não se sentia pronto para ver o duque ao lado da amiga, e quanto mais a pobre donzela se forçava a não pensar em tal homem, mais a imagem de %Sebastian% tocando vosso tornozelo lhe invadia a mente, deixando seu corpo em sensações de arrepios.
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  — %Amelia%. — O olhar de %Annia% para a amiga, seguido de um sorriso a deixou mais reconfortada. — Boa tarde.
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  — Boa tarde, %Annia%. — %Amelia% se encolheu um pouco e manteve o olhar baixo, ao perceber a presença de vossa graça ao lado da amiga. — Boa tarde, vossa graça.
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  — Boa tarde, senhorita Bourbon. — A voz de %Sebastian% soou como um sino para ela.
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   %Amelia% sentiu seu corpo estremecer de leve, segurando seus sentimentos reprimidos. Como poderia estar tão inclinada a um cavalheiro em tão pouco tempo, ainda mais sendo alguém tão inalcançável como vossa graça. Havia um toque de esperança para este coração aflito?
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  — %Adeline% não chegou ainda? — perguntou %Annia%, olhando à sua volta, percebendo os olhares das pessoas para eles.
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  — Ainda não — respondeu %Amelia%, tentando não olhá-los.
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  — Devemos esperá-los então. — %Annia% olhou para o duque, que discretamente mantinha o olhar no rubi.
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  — Sim, não seria cordial iniciarmos nosso passeio já que marcamos com vossa amiga. — Assentiu o duque.
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  Ambas assentiram. Felizmente não precisaram esperar tanto pela chegada do segundo casal, entretanto, a surpresa de lord Magnus fora seu amigo acompanhante, nosso príncipe libertino. Os olhos arregalados de %Annia% deram lugar a sua expressão boquiaberta, já %Sebastian%, sempre inexpressivo, voltou o olhar para %Amelia% que, na teoria, seria o par de %Cedric% naquele encontro. Por dentro, nosso duque sentiu um gosto amargo como se estivesse recebendo o troco de vossa alteza.
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  — Boa tarde, senhoritas e vossa graça — disse o príncipe, dando um sorriso de canto presunçoso.
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  Ambos reverenciaram cordialmente e as jovens donzelas seguiram na frente, todos surpresos com o acontecimento, recebendo mais olhares intrigados ainda. Estou curiosa para saber como este passeio ao final de uma tarde de domingo vai terminar, afinal, nossos casais ainda não estão de fato definidos e há a ausência de um certo lord Bridgerton.
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  Que rufem os tambores, pois meus dedos estão ávidos a escrever mais este capítulo cheio de planos, acordos e paixões ocultas.
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  — %Adeline%, de onde vossa alteza surgiu em nosso encontro? — perguntou %Annia%, sentindo seu coração acelerado pelos olhares marcantes do príncipe para ela.
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  Ela demonstrou em seu olhar uma pequena insatisfação, pois aquele dia havia sido preparado com tanto cuidado nos detalhes, que agora se sentia frustrada por lorde Magnus não ter convidado vosso irmão como sugeriu %Adeline%. Claro que nossa pérola intocável estava planejando causar uma pequena distração e troca de casais para que vosso irmão tomasse o lugar do marquês e obtivesse o prazer de passar uma tarde com a Sollary.
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  E no final, não estaria em falta com Amélia já que lorde Magnus também era um bom partido para ela, de boa família e várias posses.
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  — Eu juro que não sei o que houve — disse %Adeline%, num tom mais baixo para que os cavalheiros atrás não ouvissem. — Eu pedi para ele convidar o lorde Bridgerton, como indicou.
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  — Deverias ter convidado pessoalmente. — %Annia% bufou de leve.
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  — Eu?! — %Adeline% se impressionou com as palavras da amiga. — E o que vosso irmão iria pensar de mim? Sendo cortejada por um, enviando convites a outro?
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  — Meu irmão não pensaria tal coisa, pelo contrário, acharia curioso e viria — retrucou %Annia%. — Estamos aqui para ajudar %Amelia%, e não para me deixar em uma situação estranha e embaraçosa.
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  — Não se preocupem comigo, acho que já me conformei com o casamento às escuras que meu pai está a promover. — %Amelia% manteve o olhar baixo a todo momento, escondendo sua profunda tristeza.
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  — Não digas isso, %Amelia%, vamos reverter esta situação, de alguma forma. — %Annia% olhou para %Adeline%.
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  A Sollary por sua vez não entendeu tamanha revolta da amiga por algo que ela não tinha culpa. Imprevistos acontecem e dizem que quem manda nessas situações é o destino... Que neste momento está mesmo pregando algumas peças na vida das três donzelas. A senhorita Bridgerton começou a pensar o que poderia fazer para ajudar a amiga e afastar lorde Magnus de %Adeline%, se ao menos vosso irmão estivesse ali, poderia projetar um plano B para deixar tudo em ordem como imaginou inicialmente.
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  Meus caros leitores, ando impressionada com nossa casamenteira amadora. Será que ela conseguirá obter sucesso?
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  — Confesse que está surpreso com minha presença — cochichou o príncipe para vossa graça.
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  — O que faz aqui %Cedric%?! — indagou o duque, num tom sério.
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  — Fui convidado por um amigo e estou curioso para conhecer nosso rubi. — A voz dele soou com uma sutil ponta de malícia, o que atraiu o olhar atravessado de %Sebastian%, que parou para encará-lo. — O que? Não me diga que não gostou da minha mudança de opinião? — %Cedric% manteve o olhar de confronto para o amigo. — Apesar de não ser o melhor em administração, lord Bourbon ainda é um homem muito respeitado e sua filha se revelou ser tão bela quanto a mãe.
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  — Aonde quer chegar?! — reforçou %Sebastian%, ardendo de raiva por dentro.
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  — Ser o sexto na linha de sucessão me dá vantagens de não ser obrigado a desposar uma princesa ou duquesa, acho que viscondessa seria uma boa ideia… — Ele manteve o sorriso de canto.
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   %Sebastian% pela primeira vez não mediu a consequência de seus atos, pela primeira vez agiu por impulso e sem pensar duas vezes, socou a cara de vossa alteza. Algo que chocou a todos os presentes no lugar. Até mesmo a mim. Vossa graça, como consegues guardar tamanha ousadia dentro de vós? Ando inquieta em descobrir vossos reais sentimentos por nossa delicada senhorita Bourbon. Quando finalmente %Sebastian% voltou a si, notou os olhares assustados de %Annia% para ele, o que o fez se sentir um tanto envergonhado por seus atos.
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  — Agora sei seu ponto fraco — disse %Cedric%, rindo daquilo, ao sentir o gosto de sangue no canto da boca.
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  — Vossa alteza?! — %Annia% se abaixou e tocou de leve o rosto do príncipe, então voltou seu olhar para o duque. — Vossa graça?!
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  Em sua mente nossa pérola imaginava ser a causa de tamanho gesto de agressividade. Mal ela sabia que o verdadeiro motivo era sua aparente amiga rejeitada pelos nobres da sociedade.
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  — Deixe-me ajudá-lo — disse lorde Magnus ao se aproximar do príncipe.
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  — Perdoem-me por meus atos, preciso me retirar. — %Sebastian% reverenciou com o olhar e se afastou deles com pressa.
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  — O que houve?! — perguntou %Adeline%, ainda perplexa com tal cena.
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  — Um desentendimento. — %Cedric% olhou para %Annia%, mantendo o sorriso presunçoso.
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  Algo que a fez desaprovar com o olhar sério para ele.
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  — Bem, perdoem-me, mas este passeio também encerrou para mim. — Ela se afastou deles, seguindo em direção ao duque que já estava a uma distância considerável.
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  — Acho melhor seguirmos para casa também — aconselhou %Adeline%, voltando o olhar para lord Magnus. — Poderias me levar?
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  — Claro, farei isso. — O marquês sorriu de leve e lhe deu o braço.
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  — %Amelia%, eu… — %Adeline% tentou se explicar.
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  — Não se preocupem, eu a levarei para casa, se me permitir é claro — disse o príncipe sendo cordial.
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  — Agradeço, vossa alteza — disse %Amelia%.
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  A senhorita Bourbon sabia que vossa alteza não estava ali por ela, mas sim pela amiga, entretanto, jamais negaria tal ato vindo dele. Talvez, sendo vista em sua companhia, poderia ser algo positivo para sua imagem que é somente lembrada pela falência financeira do pai. Cada casal seguiu em sua direção, e %Cedric% permaneceu por um tempo em silêncio olhando fixamente para %Amelia%, que se sentiu envergonhada.
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  — Vossa alteza está a me constranger com o olhar — confessou a moça, com o soar tímido da voz.
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  — Perdoe-me por tal indelicadeza de minha parte. — Ele desviou o olhar para o lado.
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  — Sem problemas. — Ela manteve o olhar curioso nele. — Posso lhe fazer uma pergunta? Um tanto pessoal?
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  — Diga. — Ele voltou a olhá-la.
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  — O senhor tem sentimentos pela senhorita Bridgerton? — indagou ela, extraindo do fundo sua ousadia.
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  — O que a faz pensar isso? — %Cedric% manteve a suavidade no olhar.
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  — A forma como a olha, é exatamente a mesma forma que meu pai olhava para minha mãe — explicou ela.
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  — E como seria essa forma? — Ele se viu curioso pela observação da moça.
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  — Uma mistura de encantamento e desejo — revelou a Bourbon. — É como uma mulher sempre espera ser olhada pelo marido, por isso eu acho que esteja apaixonado por ela.
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  — Para haver um casamento ambos devem estar apaixonados — argumentou ele, de forma evasiva.
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  — Nem todos conseguem a sorte de casar com alguém que ama — revelou a moça, se lembrando do arranjo do pai. — Algumas estão à própria sorte de conseguir pelo menos um bom casamento.
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  — Tenho certeza que fará um bom casamento, senhorita Bourbon — assegurou ele, com firmeza nas palavras.
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  — E como o senhor poderia saber sobre isso? — perguntou ela, se deixando ficar esperançosa.
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  — Apenas sei que não serei eu a desposá-la, mas tenho minhas convicções de quem seja. — Ele voltou o olhar para frente e continuou a caminhar.
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   %Amelia% se mostrou pensativa e permaneceu em silêncio, sendo acompanhada por ele. Na mente dela, inúmeras perguntas e inseguranças surgiram a cada passo em direção a sua casa.
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  — Terei o prazer de vê-la no Vauxhall? — perguntou o príncipe.
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  — Não tenho certeza, senhor — respondeu ela. — Não ando com disposições para os muitos eventos sociais que estão surgindo nesta temporada.
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  — Acredito que especialmente este devas comparecer e, adiantado, lhe peço que me conceda a primeira dança — pediu ele ao olhá-la.
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  — Vossa alteza, eu… — Ela não sabia como reagir, afinal, seria sua primeira dança em toda a temporada e talvez a única.
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  — Quero lhe retribui o favor — completou ele, de forma enigmática.
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  — Que favor?! — Seu olhar ficou confuso.
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  Continuando a caminhar, o príncipe permaneceu em silêncio ocultando a explicação de suas palavras.
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  Vossa alteza, não é somente nosso rubi que está em curiosidades aqui! Será o que estou pensando?
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  Seguindo na direção oposta, estava vossa graça que fora alcançado pela senhorita Bridgerton, a deixando no portão de sua casa. Ele manteve-se ao longo do percurso com o pensamento distante e constante silêncio. Algo que a deixou intrigada e confusa, afinal, se fosse por vossa causa, o duque não estaria tão frio assim. Então, por quais motivos ele socaria o rosto de vossa alteza? Uma forte indagação surgiu.
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  — Mais uma vez, perdoe-me por meus atos, asseguro que não irá repetir. — Ele fez uma breve reverência para ela.
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  — Não me preocupo com isso, vossa graça, mas com os motivos que o levaram a isso. — Assegurou a Bridgerton. — E pelo que vejo em vosso distante olhar, certamente eu não sou a causa de tal ato.
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  — Não quero que aches que esteja lhe dando falsas esperanças — pronunciou ele. — Entretanto…
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  — Não sou a nobre dama que despertou vossa atenção — completou %Annia%, já entendendo em partes aquele enigma. — Confesso que me inclinei para vossa companhia por seus conselhos na festa de lord Brook e por saber que és um homem honrado… Mas uma mulher sabe exatamente quando um homem está interessado por ela.
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  — Gostaria de saber a razão do convite de hoje — indagou ele, olhando-a curioso.
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  — Confesso que não havia outra opção a não ser convidar o príncipe. — Ela voltou o olhar para o chão. — E eu...
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  Não queria dar o braço a torcer e convidar vossa alteza no lugar do duque.
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  — Não queria demonstrar que o acordo de ambos ainda estava contando — concluiu o duque precisamente.
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  — Como o senhor sabe sobre isso?! Vossa alteza lhe contou? — Ela arregalou os olhos surpresa.
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  — Não, mas acidentalmente eu ouvi no dia em que ambos estavam no jardim — confessou ele, com serenidade. — Estava curioso para saber até onde chegaria com o plano, e me impressionou o fato de vossa alteza tê-lo levado com tanta seriedade.
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  — Ele fez isso? — Por essa %Annia% não esperava.
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  — Sim. — Assentiu o duque. — Acho que este será nosso último encontro, então.
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  Ele tomou impulso para se retirar.
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  — Vossa graça — %Annia% o chamou, com uma ideia insana em sua mente.
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  — Sim? — Ele voltou o olhar para ela.
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  — Sou dessas pessoas céticas que só acredita vendo, poderia lhe pedir um último favor? — pediu ela.
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  — Se estiver ao meu alcance? — disse ele.
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  — Gostaria que me acompanhasse ao Vauxhall na próxima semana — esclareceu ela seu pedido inusitado.
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  — O que pretende com isso? — indagou o duque, disfarçando um sorriso intuitivo no rosto.
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  — Confesso que estou confusa quanto aos meus sentimentos por vossa alteza, e saber que ele está mesmo interessado em mim é um tanto perturbador, a considerar por sua sutil conduta com as mulheres — disse ela suas considerações. — Tenho medo do que posso sentir por ele e sair machucada nessa história, mas preciso de respostas e…
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  — Vou ajudá-la quanto a isso. — Ele demonstrou segurança no olhar. — Lhe asseguro que não deixarei que vossa alteza seja leviano com vossos sentimentos, farei o que for preciso para fazê-lo declarar o que realmente sente por vós.
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  Um brilho de esperança surgiu no olhar de %Annia%, seguido de alívio por saber que poderia contar com o duque neste ousado plano de ataque ao libertino. 
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  Ainda pelas ruas de Londres, %Adeline% se sentiu um pouco indisposta e pediu para que lorde Magnus chamasse o pai, enquanto o nobre marquês se afastou, deixando-a sozinha próximo à entrada da igreja. Aquela fora uma sutil estratégia para se desviar do caminho e seguir para uma confeitaria modesta e pouco movimentada, em uma rua estreita e isolada. O coração da jovem estava acelerado por tamanha ousadia sem saber se sua carta teria uma resposta.
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  Entretanto, logo ao entrar no estabelecimento, %Adeline% sentiu uma suave brisa passar por seu corpo ao avistar lord Bridgerton assentado em uma mesa aos fundos, bebericando seu chá. A passos lentos e cautelosos, ela se aproximou dele, tentando deixar em evidência o vestido em seu corpo.
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  — Lord Bridgerton — disse ela, ao se colocar diante dele. — Agradeço por ter vindo.
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  — Senhorita Sollary. — Ele se levantou e puxou a cadeira à frente para que ela sentasse.
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  — Agradeço. — %Adeline% se sentou, respirando fundo e colocando seus pensamentos em ordem.
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  Desde o dia em que recebera o presente do irmão de sua amiga, seus pensamentos a respeito disso lhe perturbavam as noites de sono.
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  — Confesso que estou curioso para saber o motivo de tal convite — disse ele, em sua inocência. — Ouvi boatos de que estaria em um encontro de casais nesta tarde e a presenciar o pôr-do-sol, acredito que tenha sido proveitoso, cheguei a achar que não viria.
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  — Para ser honesta, não durou muito tempo e… Precisei inventar uma desculpa para encontrar-te. — Ela manteve sua respiração tranquila, apesar dos batimentos acelerados.
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  — O que nos traz aqui, a senhorita vem sendo cortejada por lorde Magnus e ser vista neste lugar com outro não lhe trará bons olhares. — Ele foi prudente em sua colocação, e se preocupava com a honra da dama à sua frente.
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  — Eu não consegui imaginar outra forma de estar em sua presença se não esta — alegou ela, buscando as palavras em sua mente. — Mas não notou algo familiar em mim? O motivo pelo qual estamos aqui.
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  — Não. — %Dimitri% se manteve confuso, olhando-a com atenção, mas sem entender do que ela mencionava. — Peço se sejas mais clara.
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  — Sendo honesta, não me importo com os olhares — disse ela, deixando transparecer sua coragem. — Parte da minha vida fui invisível para todos, quando olham para mim só enxergam a quantia do meu dote.
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  Ele se manteve em silêncio e pensativo. As palavras dela tinham fundamento e relevância.
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  — Mas o vestido em meu corpo, meu senhor, ele é o motivo de estarmos aqui — explicou ela.
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  — O que tem o vestido? — perguntou ele.
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  — Vejo que não se lembra, ou não quer se lembrar. — Ela se levantou da cadeira. — Perdoe-me por fazê-lo perder o vosso tempo.
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   %Adeline% não queria acreditar que fora tão tola a ponto de pensar que lorde Bridgerton teria algo a mais que um simples pedido de desculpas pelo suco derramado. E se sentiu envergonhada por promover tal encontro oculto.
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  — Espere. — Ele segurou de leve sua mão, parando-a. — Por favor… Sou eu quem devo desculpas por meu comportamento. — Seu olhar sincero e gentil a fez render-se.
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  Sentindo-se internamente estremecida pelo cavalheiro à sua frente.
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  — Não lembro de nenhuma ligação que posso ter com o vestido em vosso corpo, mas estou feliz por estarmos aqui. — Em continuidade, ele finalmente declarou seus iniciais sentimentos relacionados ao momento em questão. — Confesso ter ficado curioso em saber vossos pensamentos sobre o cavalheiro que lhe estragou um vestido…
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  — Não entendo como podes não admitir o óbvio. — Ela retirou de sua bolsa de mão a carta que recebera juntamente com o vestido. — E sinto-me decepcionada por estar diante de um cavalheiro que não assume seus próprios atos.
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  — Ainda não entendo do que falas?! — Ele continuou confuso. — Se for mais clara, talvez.
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  — Serei clara lhe devolvendo isso. — Ela colocou a carta em cima da mesa. — Em breve receberá o vestido, por motivos óbvios não o devolverei agora.
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  Ela se afastou dele, retirando-se do lugar.
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  Devo considerar que nem tudo está perdido e aguardar ansiosamente pelo Vauxhall? Nada como uma noite mágica para finalmente resolver as coisas entre nossos embaralhados casais.
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Lady Lewis.

Quanto mais você me perturba
Mais eu gosto de você
E eu não sei o porquê. 
- Yeowooya / Lunafly

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