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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Lady Lewis

Escrita porPams
Revisada por Lelen

XXVI • Notícias do Outono

Tempo estimado de leitura: 22 minutos

  Não há nada mais estimulante que a mudança de estações, e para nossos três casais em lua de mel, nada melhor que a brisa refrescante do outono para equilibrar as altas temperaturas proporcionadas pelo amor que transbordaram nosso verão de calor. Assim estava a condessa %Adeline% após acordar de um leve cochilo ao final da tarde, decorrente de um mal-estar. Nosso diamante Bridgerton havia convidado a irmã, Daisy, para passar alguns dias em Derbyshire e lhe fazer companhia, juntamente com a criada.
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  A realidade das obrigações de %Dimitri% havia chegado ao casal, e ambos passaram a se ver apenas ao amanhecer, no desjejum, e ao anoitecer, no jantar. Para alguns que pensaram que a aristocracia vivia apenas das rentabilidades de vossas propriedades, saibam que administrar terras e mantê-las produtivas também requer atenção, dedicação e uma pitada de trabalho. Lord Bridgerton tinha muitos exemplos de nobres que faliram e perderam suas poses para a burguesia por acharem que a fortuna que tinham era eterna.
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  Ah, meus caros leitores, nada é eterno… A não ser, claro, o desejo ardente que aqueles os casais sentiam, cada senhorio por vossa esposa.
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  — %Adeline%? — A voz sutil de Daisy, despertou a atenção da irmã que ainda se mantinha deitada na cama. — Acordaste?
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  — Sim, Daisy, pode entrar — respondeu ela, num tom baixo.
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  — Está melhor agora? — perguntou a irmã, assim que passou pela porta indo até ela. — Vosso desmaio nos deu um susto.
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  — Sim, estou bem melhor — assegurou a mais velha, com o olhar confiante. — Certamente deve ter sido algo que comi e deixou-me assim, mas já passou.
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  — Que bom, você bem que poderia ter nos deixado enviar um bilhete ao lorde Bridgerton. — O olhar preocupado da irmã mais nova retratou inexperiência com tais situações. — Eu fiquei tão aflita sem saber o que fazer.
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  — Pois eu acho que agiste muito bem. — %Adeline% sorriu de leve. — E como foi o restante da tarde? Deves estar sentindo falta da agitação de nossa família, aqui é tão silencioso.
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  — Poderíamos trazer as gêmeas, resolveria em dois minutos — comentou Daisy, sentando na beirada da cama. Ambas riram.
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  De fato as gêmeas eram o ponto de animação da família Sollary, divertindo a todos ao longo do dia com suas incontáveis travessuras.
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  — Melhor não, assim nosso pai não teria ninguém para distraí-lo nos momentos de raiva com os negócios, além de nossa mãe — refletiu %Adeline%. — E como ela está?
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  — A saúde continua a mesma, como o doutor disse, sem traços de melhoras, mas Rose prometeu manter-se atenta a ela — respondeu a mais nova. — Sendo sincera, sinto mesmo falta de nossa vida no porto.
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  — Sério? Achei que Londres tivesse enchido vossos olhos com a aclamada Lady Lewis. — %Adeline% ficou surpresa pela revelação da irmã.
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  — Londres é legal, porém, tínhamos mais aventuras em Liverpool — explicou ela, em um tom saudoso.
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  — Ah, sim, aventuras como na vez em que as gêmeas quase conseguiram embarcar escondidas para América — comentou %Adeline%.
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  — Ou como quando você quase entrou para o exército da rainha, vestindo as roupas do papai — retrucou Daisy, rindo um pouco mais —, tudo por causa de um amigo.
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  — Eu precisava me despedir adequadamente de sir Ulrik — explicou a primogênita, lembrando-se de suas loucuras no Porto.
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  — E como tem sido? O esqueceste mesmo? Lembro-me que tinha um olhar encantado para ele. — O comentário de Daisy não era tendencioso, apenas mantinha uma curiosidade normal pois sempre tinha com a mais velha as trocas de confidencialidades.
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  — Completamente... No início da primavera achei mesmo que não pudesse amar outro cavalheiro que não fosse ele, porém, não contava com a existência do lorde Bridgerton — confessou ela, num tom apaixonado.
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  — Não que eu queira apaixonar-me, mas seria emocionante viver um romance como o vosso — afirmou a mais nova com o olhar brilhoso.
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  — Como o meu? Quase causando uma tragédia em nossa família? — %Adeline% riu de nervoso. — Tudo terminou bem, mas as aflições que vivi naquele dia, não desejo a ninguém.
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  — Tens razão, foi um dia muito conturbado aquele — concordou a mais nova, voltando o olhar para a janela. — Hum...
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  Seu suspiro profundo chamou a atenção da irmã.
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  — A que se deve este olhar distante? — perguntou o diamante, intrigada.
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  — Peguei-me a refletir, como os meses passaram tão rápido que até parece que vivemos há anos em Londres. — Contou ela, seus pensamentos. — Já é outono e logo veremos a neve.
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  — Sim... — Assentiu %Adeline%. — Infelizmente verei Paris somente na próxima primavera, e espero retornar a tempo para o casamento de Rose.
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  — Então lorde Bridgerton adiou mesmo as luzes da Torre Eiffel? — Os olhos de Daisy demonstraram decepção. — Estava a cogitar a ideia de me esconder em algum dos baús para participar da viagem.
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  — Não necessitas de tanto, Daisy, já expressei a ele meu desejo de ter a vossa companhia, apesar da viagem soar como uma lua de mel atrasada — anunciou %Adeline%, tranquilizando a irmã.
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  — Agradeço vossa bondade, agora resta-me saber se nosso pai irá concordar. — A mais nova espreguiçou-se, inclinando o corpo para deitar-se aos pés da irmã.
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  — Ele irá permitir — garantiu.
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  Um breve silêncio pairou pelo quarto, com ambas distantes em vossos pensamentos.
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  — %Adeline% — sussurrou Daisy, com o olhar no teto.
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  — Sim — respondeu a irmã.
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  — Já pensaste em ter filhos? — indagou a mais nova, se remexendo um pouco para olhá-la.
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  — Vagamente, por quê? — %Adeline% ficou confusa pela indagação.
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  — É que, olhe para nossa mãe, teve tantos filhos e perdeu outros tantos que o corpo começou a rejeitá-la — disse a mais nova, tentando suavizar seus temores. — Fico a me perguntar... E se de fato casar-me, não sei se desejo ter tantos filhos a ponto de fazer-me mal, ainda que eu os ame muito.
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  — Bem, sabe que nossos pais não nasceram em berço de ouro e nossa mãe trabalhou boa parte da vida para ajudar nosso pai, certamente isso foi um ponto importante a ser considerado — argumentou %Adeline%. — Nossas condições atuais de vida obviamente são mais saudáveis do que a dos nossos pais em nossa idade.
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  — Isso é um fato... — concordou Daisy.
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  — Eu já pensei no momento em que serei mãe… Para ser honesta, tenho pensado nisso nas últimas semanas — confessou a primogênita —, no momento em que engravidar e um ser crescer dentro de mim.
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  — Parece tão espantoso ao imaginar — comentou a irmã.
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  — Sim, mas também mágico.
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  As irmãs continuaram com o assunto de filhos e casa cheia. Por certo que após ter seis filhas e um filho, claro que o senhor Sollary já mantinha a ansiedade em ter muitos netos correndo por sua casa nas datas comemorativas. %Adeline% sabia muito bem que, assim como sua família, os Bridgertons também possuíam uma boa genética para filhos, dos muitos netos que lady Violet tinha além dos 8 filhos. 
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  Algum tempo depois, Daisy se retirou do quarto da irmã e seguiu para a biblioteca, estava bastante interessada na estante dos romances parisienses que descobrira em seu terceiro dia na Garden House. Enquanto isso, o diamante Bridgerton permaneceu deitada refletindo sobre os assuntos abordados na conversa com a irmã. Chegando o horário do jantar, ela saiu do quarto seguindo para as escadas do palacete, chegando na sala de jantar se surpreendeu por não encontrar nem a irmã e menos ainda o marido.
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  — Moore — ela voltou o olhar para sua criada —, acaso sabe onde encontra-se Daisy e lorde Bridgerton?
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  — Ah, milady, vossa irmã pediu para ser servida na biblioteca, e creio que passará o final da noite em meio aos livros — respondeu a criada, segurando o riso pelo comentário. — Já o lorde Bridgerton, assim que retornou, seguiu para o orquidário, eu precisei avisá-lo sobre o ocorrido após dizer que a senhora estava descansando. Perdoe-me.
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  — Não há necessidade de se desculpar — assegurou %Adeline%, entendendo as preocupações dela. — Sei que a deixei em uma situação delicada por pedir para não o informar quando aconteceu. Mas ele não quis esperar pelo jantar?
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  — Não, senhora, apenas saiu em direção ao orquidário — afirmou a criada.
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  — Tudo bem. — A mulher respirou fundo e se afastou para ir em direção ao local em que o marido se encontrava.
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  Uma das descobertas do diamante em Derbyshire foi saber que %Dimitri% tinha uma fascinação por orquídeas, as quais diariamente reservava um tempo do dia para dar-lhes a atenção necessária. O que muito admirou a condessa, que nem mesmo fora permitida adentrar o lugar sem a presença do marido.
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  — Milorde? — Ela deu dois toques no vidro da porta, chamando a atenção. 
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  %Dimitri% despertou de sua atenção à planta e voltou-se para a porta. %Adeline% de imediato gesticulou pedindo para que abrisse a porta, sendo atendida.
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  — Boa noite, conde de Whatnot — disse ela, sendo formal ao extremo, em provocação a ele.
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  — Boa noite, condessa. — Ele manteve o olhar sério e rígido.
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  — Tenho a permissão para entrar? — perguntou ela, tentando não se importar com a frieza dele.
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  — Sim, minha senhora. — Ele abriu um pouco mais a porta para que ela entrasse.
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  %Dimitri%, fechando a porta, continuou em silêncio ao observar os passos de sua esposa pelo lugar. %Adeline% deslizou as mãos pela escultura da entrada e caminhou mais um pouco até a chaise próxima a sua bancada de mármore carrara em que realizava os trabalhos. Então, ao olhar para ele, percebeu seu olhar fixo em sua direção. O silêncio pairou sobre eles, e com isso %Dimitri% aproximou-se de sua bancada e voltou às atividades que conduzia, porém, atento aos movimentos da esposa que se aproximava mais.
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  — Vossa esposa apenas receberá um boa noite frio e distante? — indagou %Adeline% ao se posicionar ao lado dele, apoiando suas costas na bancada e ficando de frente para a porta.
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  — O que mais desejas de vosso marido? — Ele devolveu a pergunta, mantendo a atenção ao que executava.
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  — Desejo saber o motivo de vossa raiva para com a vossa esposa — insistiu ela, mais claramente.
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  — Quando eu disse estar com raiva? — %Dimitri% parou o que fazia, então a olhou permanecendo inexpressivo para ela.
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  — Vossos olhos... — direta e precisa — o que eu fiz agora? Pois nada passa-me pela mente.
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  — Nada? Apenas ocultaste algo de vosso marido. — Ele tentou manter-se sereno, mas internamente estava em plena irritação. — Ainda achas que não fizeste nada?
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  — Por favor, %Dimitri%, não posso lhe chamar todas as vezes que sentir-me indisposta — retrucou a mulher, sentindo irrelevante sua chateação.
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  — E por que não? — questionou ele, não entendendo a tranquilidade da esposa. — Na saúde e na doença, lembro-me muito bem destas palavras... Mas minha esposa provavelmente já deve tê-las esquecido.
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  Ela respirou fundo, tentando não se alterar, pois não desejava brigar com o marido, contudo, seu silêncio soou de outra forma para ele, que, se afastando da bancada, impulsionou para se retirar do lugar.
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  — %Dimitri%. — Ela segurou em seu braço, num tom baixo e firme.
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  — Não consegues mesmo entender que tudo que a envolve é de meu interesse e preocupação... Deus disse que somos uma só carne, e levo isso muito a sério. — Seu olhar suavizou um pouco, mostrando parte do seu lado apaixonado. — Eu morreria se algo lhe acontecesse.
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  — O que poderia me acontecer? — indagou ela, tentando compreendê-lo.
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  — Prometa-me que não me esconderá nada? — pediu ele.
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  — %Dimitri%...
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  — Apenas, prometa-me — insistiu ele.
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  — Prometo — declarou ela, não achando necessário, mas assentindo.
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  — Eu a amo tanto — declarou ele, de forma direta e sucinta.
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  %Adeline% não obteve nem mesmo o tempo de reação, e logo os lábios de seu marido tocaram os seus com doçura e certo desespero. De certa forma, lord Bridgerton tinha suas inseguranças quanto a saúde da esposa, principalmente pelo histórico familiar, pois não era segredo para ninguém que a mãe de nosso diamante tinha suas limitações por conta das muitas gravidezes que teve. E, agora, após saber que a história em que a primogênita havia nascido antes do tempo determinado, com apenas sete meses de gestação, as preocupações do conde apenas aumentaram.
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  Entretanto, ali estava %Adeline%, despreocupada nos braços do marido, desfrutando de todo o amor que o mesmo poderia lhe dar após um pequeno mal-entendido. E de fato que Bridgerton jamais conseguiria passar mais de dez minutos brigado com vossa esposa, pois vossos olhos e pensamentos apenas o conduziam ao desejo de envolvê-la em seus braços onde quer que estivesse. Naquele orquidário, infelizmente, as plantas ficaram em segundo plano diante dos maliciosos beijos do conde que estremeciam a esposa internamente.
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  Na alta madrugada, %Adeline% acordou de repente sentindo outro mal-estar. Ao lembrar-se que o casal ainda se encontrava no orquidário, ela levantou-se da chaise silenciosamente para não acordar o marido e, pegando seu xale para cobrir-se um pouco mais, se retirou do lugar. Do lado externo, foram apenas mais alguns passos para que seu corpo lhe parasse com uma inesperada ânsia de vômito.
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  — Que nojo — sussurrou ela após o ocorrido, limpando sua boca com a ponta do xale.
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  — Milady?! — Em segundos a voz de %Dimitri% soou atrás dela. — Está tudo bem?
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  — Sim. — Ela respirou fundo, então voltou-se para ele e forçou um sorriso. — Não deverias ter se levantado.
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  — E vós não deverias mentir ao vosso marido após lhe fazer uma promessa. — O tom de sua voz ficou mais sério.
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  — Não estou a mentir, sinto-me bem de verdade, foi apenas… — A mulher respirou mais fundo novamente.
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  — Então uma senhora vomitando é algo normal? — O homem apontou para o seu lado, mantendo o olhar fixo na esposa.
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  — %Dimitri%, por favor, eu só não queria te acordar… — A voz do diamante foi ficando mais baixa, com a mesma puxando o ar para seus pulmões, sentindo mais uma vez o mesmo mal-estar da manhã.
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  — O que está sentindo?! — perguntou ele, ao perceber certa dificuldade vindo da esposa.
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  — Eu não… — %Adeline% nem mesmo conseguiu finalizar suas palavras.
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  A condessa, em um piscar de olhos, ficou inconsciente e seu corpo lentamente foi desfalecendo. No susto, %Dimitri% a amparou, pegando-a no colo, seguindo para o palacete, aos gritos chamou o mordomo Dawson que retornou juntamente com ele para a cidade. 
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  — Chamou, milorde — disse o homem, ao adentrar o quarto principal do palacete e se deparar com o olhar assustado de seu senhor, enquanto permanecia com a esposa em parte sobre a cama e em parte em seus braços.
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  — Busque o doutor Green, depressa — ordenou ele, num tom desesperado.
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  — Sim, senhor, irei de imediato. — O criado retirou-se mais que depressa para pegar uma das carruagens e executar a missão.
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  Em poucos minutos todos já estavam acordados, cochichos a parte entre as paredes do lugar, Moore se direcionou para o quarto de sua senhora na companhia de Daisy, que mais uma vez sentiu o coração apertado pelo estado da irmã. A jovem Sollary que sempre vira a primogênita como alguém forte e saudável a todo momento, não conseguia entender o que lhe acontecia.
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  A chegada do doutor algum tempo depois trouxe alívio e mais preocupações para todos. O homem, após induzir %Adeline% com um preparado para despertá-la, foi analisando seu estado físico enquanto lhe fazia algumas perguntas pouco íntimas que finalmente o diagnóstico fora dito em voz alta.
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  — Grávida? — sussurrou %Adeline%, assustada com as palavras do homem, afinal não imagina que algo aconteceria assim tão rapidamente.
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  — Tem certeza, doutor?! — indagou %Dimitri%, controlando sua apreensão interna.
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  — Não me resta dúvidas, milorde — assegurou o médico, seguro de seu diagnóstico. — Eu lhe recomendo repouso absoluto, milady, e uma alimentação equilibrada, precisarei de uma das criadas para instruir no preparo de alguns chás que ajudarão a diminuir os enjoos.
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  — Sim, claro… — %Adeline% olhou para sua criada. — Moore, por favor, acompanhe o doutor e se atente ao que ele lhe ensinará.
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  — Sim, senhora — disse a criada, mostrando o caminho para ele. — Venha comigo, por gentileza, doutor.
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  Daisy, aproximou-se da irmã aparentemente sem reação, porém bastante espantada.
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  — Serei titia?! — comentou ela, de forma animada. — Estávamos falando sobre filhos na tarde de ontem.
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  — Sim. — Assentiu %Adeline%, ao sorrir para a irmã.
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  — Quem diria que era uma premonição minha. — A mais nova riu. — Deve ser por isso que está mais bonita, dizem que quando uma senhora se torna mãe, sua pele fica mais aveludada.
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  — Acho que são mitos, Daisy, pois eu não me sinto assim — alegou a primogênita.
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  — Bem, sendo ou não, sempre será bela — garantiu a irmã. — Ah, devemos escrever uma carta para Londres, contando sobre o bebê.
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  — Sim. — Assentiu a mais velha.
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  Logo o diamante olhou para o marido, percebendo em seu olhar uma sutil preocupação, sendo manifestada no silêncio. Então, discretamente ela pediu a irmã para que os deixassem sozinhos por um momento. Assim que Daisy se retirou com a desculpa que escreveria as cartas para a irmã, %Adeline% fixou o olhar no cavalheiro a sua frente, reunindo toda a sua paciência para lidar com a situação.
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  — Está tudo bem? — perguntou ela. — Não disseste nada desde o anúncio do doutor.
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  — O que tenho a dizer? — retrucou o homem, com o tom baixo.
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  — O que o preocupa? — insistiu ela, sabendo ter mais coisas por detrás daquele olhar.
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  Ele voltou o olhar para a janela, permanecendo em silêncio.
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  — Agora é vosso senhorio que não se abre com a esposa. — Ela o alfinetou com sutileza.
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  — Vossa condição preocupa-me. — Iniciou ele seu desabafo. — Vosso histórico familiar me preocupa… Ter um filho me preocupa.
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  — O que está a dizer? — A mulher sentiu-se confusa a princípio, então foi juntando as peças. — %Dimitri%, olhe para mim, por favor.
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  Ele suspirou fraco, voltando a olhá-la.
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  — Achas que acontecerá comigo o mesmo que aconteceu com minha mãe? — indagou ela, o ponto central da questão.
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  — É pecado temer a isso? — retrucou. — Só de imaginá-la doente por me dar filhos, meu coração corrói de angústia.
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  — Milorde… — %Adeline% gesticulou o chamando para perto.
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  %Dimitri% teve alguns minutos de relutância, até que cedeu e aproximou-se da esposa, sentando ao seu lado, com o olhar fixo em seu ventre.
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  — Confesso que tenho pensado sobre isso desde que vossa irmã chegou aqui e contou-me as histórias das sete gravidezes de vossa mãe. — Seu olhar continha um misto de medo e desespero. — Não quero que o mesmo lhe aconteça.
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  — Não irá acontecer, lhe asseguro — disse ela, com segurança. — Agora deixe os maus pensamentos de lado e alegre-se, teremos um herdeiro…
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  — Eu te amo, sabia? — sussurrou %Dimitri% ao se aproximar o suficiente para dar um selinho demorado na esposa.
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  — Sim, eu sabia. — A mulher sorriu para o marido, sentindo-se contente pela notícia e por saber que havia alguém que a amava tanto ao ponto de se preocupar ao extremo com ela. — Eu também vos amo.
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  Ela o beijou com mais suavidade. %Adeline% sabia que para a nobreza, ter herdeiros era a maior de todas as obrigações que uma boa esposa deveria executar, principalmente em títulos importantes como o de condessa. Não que a mesma se sentisse obrigada a dar filhos para %Dimitri%, mas queria lhe presentear com alguns, afinal, ambas as vossas famílias tinham a fama de coelhos neste quesito.
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  E que venham os herdeiros.
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Lady Lewis

Eu serei sua força
Eu darei a você esperança
Mantendo sua fé quando ela tiver acabado
- This I Promise You / 'NSYNC 

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Lelen

OREMOS, O ÚLTIMO CASAL SE UNIU, AMÉM.
Achei que ia ter que dar uns pitis aqui pra moça aceitar o duque, mas correu tudo bem, deu tudo certo <3
E TÃO CHEGANDO OS PEQUERRUXOS DA HISTÓRIA, YAAAAAAAAY! Confesso que entendo do Dimitri e a preocupação dele, mas ao mesmo tempo eu fico agoniada com essa coisa toda de contar tudo, até os pequenos detalhes, pra ele. HOMEM, SE CONTROLEEEEEE. KKKKKKK
Mas ok, vamos ver como caminharemos daqui para o fim <3

Pâms

agora é esperar os herdeiros nascerem kkkkkkkkk

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