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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Lady Lewis

Escrita porPams
Revisada por Lelen

XXV • O Rubi de Whosis

Tempo estimado de leitura: 38 minutos

  A maior verdade que sabemos sobre a vida é que ela é imprevisível. Nada acontece como esperamos e quanto mais achamos que não seremos impressionados, eis que a figura de um duque secretamente apaixonado aparece diante de um coração ansioso e aflito. Poder-se-ia dizer que a surpresa é de fato agradável e positiva, entretanto, internamente o rubi se encontrava em um misto de confusão e choque, o qual se notava por sua expressão estática ainda encarando o homem diante dela.
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  — Acaso isto é uma brincadeira, meu senhor? — sussurrou ela, forçando a voz sair.
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  — Não costumo brincar com assuntos deste nível de seriedade. — Ele manteve o olhar sério, assim como o tom de voz.
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  Vossa graça seguia controlando a confusão de seus pensamentos, mantendo-se certo de vossas decisões. Após confrontar lord Bourbon e arrancar a verdade sobre não haver nenhum noivo para %Amelia%, trouxe-lhe alívio e ao mesmo tempo incertezas fazendo-o se questionar em todo o caminho para a Escócia, se realmente estava fazendo o certo em desposá-la. Se realmente os sentimentos que detinha pela jovem dama eram de fato amor e não piedade. Quanto mais refletia, mais lhe crescia a certeza de que a única coisa que não desejava era vê-la nos braços de outro cavalheiro.
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  — Era o senhor, o tempo todo? — indagou ela, ainda atordoada. — Sabendo minha aflição sobre... E não me contaste?
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  %Sebastian% permaneceu em silêncio, abaixando sutilmente o olhar, aquele era um assunto que %Amelia% deveria ter diretamente com o pai, já a jovem se sentiu enganada imaginando que certamente o cavalheiro tinha se divertido em brincar com vossos sentimentos ao lhe beijar propositalmente.
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  — Senhorita… — Ele deu dois passos para se aproximar.
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  Entretanto, ela o parou ao gesticular com a mão direita em um pedido silencioso para manter-se afastado. Logo, %Amelia% fechou os olhos, respirando fundo sentiu um aperto no coração e suas pernas falharem. Seu emocional, já abalado pelo dia anterior, não havia recuperado o suficiente para aquela revelação.
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  — Eu acho que... — Ela elevou a mão até a testa, e seu corpo cambaleou involuntariamente.
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  — Senhoria Bourbon — de imediato, vossa graça a amparou em seus braços tentando não se desesperar —, a senhorita está bem?
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  — Não... — sussurrou ela, segurando com um pouco de dificuldade no braço dele. — Eu quero ir para...
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  Antes que pudesse terminar a frase, %Amelia% perdeu a consciência com seu corpo desfalecido nos braços de vossa graça. %Sebastian% não perdeu tempo em gritar seu mordomo para que buscasse o doutor na cidade de imediato e, na oportunidade, também avisasse a família da jovem o ocorrido. Zelando por seu bem-estar, ele a levou no colo até o quarto principal do castelo, que lhe pertencia. Apoiando o corpo da rubi na cama, ele afastou-se logo sentindo culpa por lhe causar tal constrangimento, então, seguindo para o hall de entrada da construção, controlou sua impaciência com a demora do médico.
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  Não demorou muito até que o doutor Frederiksen adentrasse o castelo acompanhado de seu aprendiz. Na presença da governanta do castelo, a senhora Lamberg, que ficara no quarto principal observando a paciente, o médico examinou-a com atenção e lhe ajudou a recobrar a consciência, com seu preparado.
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  — Hum?! — %Amelia% sentiu sua mente atordoada e pesada, seguido de um cheiro forte e desconfortável.
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  — Ah, finalmente — disse o médico aliviado por ela dar sinais positivos. — Senhorita Bourbon.
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  — Doutor... — Ela o reconheceu de imediato, porém, ao olhar a sua volta, estranhou o lugar em que se encontrava. — Onde estou?
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  — Está no Collis Castelli, senhorita Bourbon — respondeu a senhora Lamberg, tomando a frente.
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  %Amelia% voltou o olhar para o médico que assentiu com a cabeça. Ele lhe explicou que o motivo do desmaio fora puramente emocional e pediu para que descansasse por ora e se alimentasse adequadamente. Assim que o homem se retirou do quarto, a jovem voltou a atenção para a senhora que se mantinha de pé próximo a janela.
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  — Quem é a senhora? — perguntou, curiosa.
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  — Meu nome é Francesca Lamberg, milady — respondeu ela em um tom firme, porém baixo. — Sou a governanta do castelo, vossa graça pediu-me para cuidar da senhorita.
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  — Imaginei mesmo que eu não estivesse em casa — sussurrou ela, se encolhendo um pouco. — Em que quarto me encontro?
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  — No quarto de vossa graça, milady — respondeu a governanta, direto.
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  %Amelia% nem mesmo teve tempo para criar uma reação à informação e a porta do quarto abriu-se com a imagem de uma tia preocupada adentrando o ambiente seguindo em sua direção. Tia Poppy a abraçou sem cerimônias, ignorando parcialmente a presença da criada, afinal, não era comum algo do tipo acontecer a jovem e por certo o diagnóstico do doutor se alinhava com os pensamentos da tia aflita.
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  — Minha querida, como está? — perguntou Poppy, dando um sorriso singelo.
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  — Estou bem, eu acho — disse a sobrinha, forçando um sorriso confiante. — Apenas não estou sabendo controlar minhas emoções.
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  — Oh, minha querida... — A tia deixou transparecer um olhar de empatia. — Imagino que não esteja sendo fácil.
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  — Nem um pouco. — Admitiu %Amelia%. — A senhora sabia? Quem era ele?
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  — Bem, em parte... — Poppy tentava encontrar as melhores palavras para não magoar ainda mais a sobrinha. — Eu sabia que era um homem importante pelo fato de ser o dono deste castelo, mas não que era um duque... Já o conhecia, %Amelia%?
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  A sobrinha olhou para a criada, não se sentia à vontade para falar do assunto em sua presença. E foi o que a tia percebeu.
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  — Poderia nos deixar à sós — pediu a tia, em tom de ordem.
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  A criada fez uma breve reverência e retirou-se do quarto, fechando a porta, entretanto, nós sabemos que o maior passatempo da criadagem são as inúmeras fofocas que circulam em torno da vida de seus senhores, e desde o fatídico falecimento da duquesa não há um só criado que não esteja curioso para saber sobre a suposta donzela que tomará este lugar. Não vos recrimino, meus caros, pois esta autora aqui está a vários capítulos aguardando pelo desfecho desta história. E, no mais, quem nunca gostou de uma boa fofoca, principalmente envolvendo os nobres ingleses.
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  — Está mesmo bem? Ou apenas dizes isto para não me preocupar? — Reforçou Poppy, olhando-a com ternura.
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  — Estou, minha tia, é como o doutor me disse, meus desmaios foram puramente emocionais, foram dias cheios de surpresas e incertezas, afetaram-me mais do que imaginei — confessou ela.
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  — Estou a vosso lado, seja qual for a decisão, não és obrigada a casar-se se de fato não o quiseres. — Assegurou a tia, empática às pressões vividas pela sobrinha. — Tens abrigo diplomático em minha casa. — Completou num tom de brincadeira.
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  — És tão amável — disse %Amelia%, sorrindo mais levemente para ela. — Agradeço tanto cuidado comigo, tia Poppy.
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  — O prazer é meu em ter uma sobrinha tão maravilhosa quanto vós. — Ela a abraçou novamente.
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  Mais algum tempo de conversa com %Amelia% abrindo o coração para tia, contando-lhe sem muitos detalhes como conhecera vossa graça, revelando vossa postura diante do acidente que ocorrera na biblioteca de lady Danbury, e omitindo o beijo perturbador de pensamentos. Após ser deixada no quarto pela tia, %Amelia% violou a ordem médica de repouso e levantou-se da cama indo até a janela, ainda estava claro e o sol começava a dar indícios de se pôr. Parada por algum tempo contemplando a paisagem, de repente, algumas vozes foram ouvidas do corredor até que o girar da maçaneta lhe chamou a atenção.
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  A porta do quarto se abriu revelando a presença de lorde Bourbon.
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  — Papai — disse ela, num tom baixo, notando que o homem estava acompanhado de vossa graça. — Vossa graça.
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  — Olá, minha querida, ficamos preocupados — comentou lorde Bourbon agindo com tranquilidade, como se não houvesse preocupações com o ocorrido.
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  — A senhorita sente-se melhor? — perguntou vossa graça, mantendo o olhar fixo nela.
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  — Sim, senhor. — %Amelia% respirou fundo, pedindo: — Perdoe-me abusar de vossa bondade, mas vossa graça poderia deixar-me à sós com meu pai?
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  — Claro, imaginei que desejasse isso. — %Sebastian% manteve-se compreensivo ao momento. — Os deixarei à sós.
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  Assim que o duque se retirou do quarto, lord fechou a porta para mais privacidade e retornou a atenção para a filha, que pelo olhar demonstrava vosso desapontamento com o silêncio do pai.
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  — Sei que lhe devo algumas explicações, minha querida — iniciou ele, vossas palavras pareciam soar arrependimento —, e que nenhuma delas vai mudar o fato de vosso pai ter sido egoísta o bastante para não pensar em vós e nos vossos sentimentos... Mas estava tão envergonhado por meus atos falhos que não consegui pensar em outra alternativa a não ser criar um noivo imaginário para lhe garantir a honra.
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  %Amelia%, ao ouvir aquelas palavras, apoiou-se no beiral da janela, não querendo acreditar que de fato suas suspeitas, misturadas aos comentários de muitos, estavam corretas. Não havia um noivo, nunca houve um noivo e nunca haveria um noivo... Mas, onde entraria vossa graça nesta história, que bagunçou toda a sua estrutura já fragilizada pela realidade?
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  — Se não havia um noivo... Como vossa graça... — Ela respirou fundo, tentando absorver a chuva de pensamentos que a invadiam.
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  — Após vossa vinda ao campo, o duque veio até nossa casa, perguntar-me sobre o noivo... — Lord Bourbon parou por um momento lembrando-se do ocorrido e de como ficou surpreso pelo interesse do cavalheiro por informações mais concretas do assunto. — Por sua persistência, não tive outra escolha a não ser revelar-lhe a verdade… Então, como um cavalheiro, de imediato fez-me o pedido.
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  — Então, se vossa graça não tivesse o confrontado... — Ela começou a refletir um pouco mais e tirar suas próprias conclusões. — Deixaria vossa filha envelhecer no campo à espera de um noivo que jamais existiu?
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  Lord Bourbon apenas abaixou o olhar silenciando-se, não tinha resposta para lhe dar. Diante disso, o coração de %Amelia% apertou-se de tristeza, com as lágrimas formando no canto dos olhos sendo seguradas ao máximo.
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  — Deixe-me sozinha, por favor — pediu ela, dando as costas para o pai ao sentir a primeira lágrima rolar pelo rosto.
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  — Espero que um dia esta filha possa perdoar vosso pai egoísta, mesmo este não merecendo — proferiu lord Bourbon, antes de se retirar do ambiente.
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  Ao ouvir a porta se fechando, %Amelia% desabou no chão pondo-se a chorar para aliviar a dor. Saber das ações do pai conseguia lhe deixar ainda mais desapontada, o que certamente era pior que a incerteza sobre os motivos de vossa graça ter se tornado seu noivo. Seria por piedade ou para lhe restituir a honra que parcialmente lhe tirara com o beijo proibido?
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  — %Amelia%?! — A voz de Poppy soou da porta, seguido de seu barulho abrindo.
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  Logo a tia avistou a sobrinha sentada no chão ainda apática com as lágrimas escorrendo por seu rosto. Entrando mais que depressa, ela se aproximou e, ajoelhando ao lado, abraçou-a com ternura para lhe trazer conforto ao coração.
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  — Como se sente? — perguntou Poppy.
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  — Péssima, como se eu fosse um fardo ao meu pai, que o envergonha. — Ela se aninhou ao abraço da tia, chorando mais um pouco.
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  — Oh, minha pequena… — A mulher a aconchegou mais, acariciando os cabelos. — Se eu pudesse, jogava-o na forca pelo que fizeste contigo.
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  — Sinto-me esgotada agora, sem forças para definir sequer minhas emoções atuais — confessou a rubi ao suspirar fraco.
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  — Não se esforce, então — aconselhou a tia. — E desfazendo o abraço por um momento, a olhou com carinho. — Tenho algo a lhe falar, vossa graça pediu para que ficasse aqui, repousando em seus aposentos até o casamento. — Revelou a tia, observando a jovem com atenção. — Ele parece bem preocupado, no entanto, se desejar voltar, tens meu apoio.
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  — Ele realmente pediu isso? — indagou a moça, desacreditada.
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  — Sim, e se aceitar o pedido, Franchy ficará aqui convosco. — Assentiu Poppy. — Não precisa se não quiser… Este noivado, o casamento, apenas aceite se realmente desejar… Pro inferno com a honra de vosso pai.
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  As palavras abertas da tia fizeram %Amelia% rir por instantes.
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  — Eu ainda não sei o que meus sentimentos estão dizendo, mas… Não acho que devo recusar o pedido de alguém que demonstra preocupações comigo — disse ela, em resposta final.
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  Poppy sorriu para a sobrinha e abraçou-a novamente, bem apertado. Mais alguns minutos de conversa e desabafos, a tia despediu-se dela e se retirou mais uma vez, retornando para casa na companhia do senhor Keer. Lord Bourbon fora também convidado a hospedar-se no Collis Castelli com a filha, afinal, em breve estariam oficialmente em família. %Sebastian% sabia muito bem dos riscos que seria um casamento com a rubi, pois financeiramente não receberia nenhuma libra pelo dote e, pior, seu dever continuava em assumir as dívidas do sogro e fazer prosperar as muitas terras improdutivas que lhe pertenciam ao norte do país. Um trabalho e tanto para o duque mais disciplinado que a coroa possuía. 
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  A noite passou lentamente, com %Amelia% ainda em repouso no quarto principal. Logo pela manhã, fora acordada ao som de pássaros do lado de fora, a janela estava aberta e com isso tentava puxar em sua memória o motivo de tê-la deixado assim. 
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  — Bom dia — sussurrou para si, espreguiçando um pouco.
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  — Senhorita Bourbon. — Franchy deu dois toques na porta e a abriu em seguida. — Já acordaste?
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  — Sim. — Assentiu erguendo mais o corpo e vendo a empregada entrar. — Bom dia, Franchy.
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  — Bom dia, minha senhora. — A criada sorriu com sutileza. — Vosso rosto está mais corado esta manhã, acredito que tenha descansado bem.
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  — Curiosamente sim, minha noite foi tranquila. — Assentiu.
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  — Vosso desjejum foi servido no solário a pedido de vossa graça — anunciou a criada. — Mas se a senhorita estiver indisposta, posso pedir para que tragam ao quarto.
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  — Não precisa, estou bem melhor hoje. — Garantiu a jovem, ao levantar-se da cama. — Apenas preciso de roupas mais adequadas para me retirar do quarto.
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  — Ah sim, minha senhora, trouxe comigo os vossos vestidos — disse Franchy, rindo de leve.
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  — Ajuda-me a me trocar, então? — pediu %Amelia%.
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  — Com prazer. — Franchy assentiu, saindo novamente do quarto para pedir a outro criado que trouxesse os baús com os vestidos.
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  Fora um momento divertido para a rubi, com as inúmeras opções dadas por Franchy para aquele dia. A sutil noção de moda da criada era alimentada pelas muitas conversas com a modista sobre os nobres tecidos vindos de Paris. O sonho da criada era se tornar uma grande estilista um dia, e economizava muito para isso.
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  — Bom dia, meu pai — disse %Amelia% ao descer o último degrau da escadaria, vendo-o adentrar o cômodo.
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  — Bom dia, minha querida. — Lord Bourbon, ainda envergonhado pelo transtorno causado a ela, manteve o olhar abaixado.
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  A doce jovem não conseguiu pronunciar mais nenhuma palavra, apenas se dirigiu para a saída. Caminhando pelo jardim, notou alguns criados ao longo observando-a entre cochichos. Era difícil para ela não se importar, afinal, se levar pelo histórico do passado de vossa graça, ela certamente estaria ali apenas para substituir a falecida e cumprir o dever de lhe dar herdeiros após o casamento.
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  — Vossa graça — sussurrou ela, ao entrar no solário e se encontrar com ele. — Imaginei que o senhor estivesse aqui.
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  — Agradeço por vir e por aceitar ficar — disse ele, se sentindo estranho por não conseguir expressar-se como deveria.
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  No rosto de %Amelia% surgiu um sorriso espontâneo. Por mais que estivesse confusa por seus pensamentos, era inegável a forma que seu coração acelerava apenas com o olhar do cavalheiro a sua frente, e %Sebastian% não economizava na intensidade que emanava de si, pois internamente lutava contra os desejos que continha desde aquele beijo.
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  — Acompanha-me no desjejum? — perguntou ele, cordialmente ao afastar uma das cadeiras para ela.
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  — Sim. — A doce rubi deu alguns passos até ele e sentou-se.
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  Então o acompanhou com o olhar até sentar-se na cadeira ao lado. Ele poderia ter acionado os criados para tal coisa, contudo, fez questão de servi-la pessoalmente de forma atenciosa, pois vossa graça tinha a intenção de permanecerem à sós ali. O primeiro momento oficial sozinhos de muitos que seguiriam ao longo do matrimônio.
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  — Espero que tenha conseguido descansar — disse ele.
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  — Sim, felizmente sim. — Ela se mantinha retraída com seu jeito tímido de sempre, bastante constrangida com o olhar do cavalheiro. Não a recrimino minha cara, que donzela não estaria assim diante de um duque como este?
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  Mas se fisicamente %Amelia% estava descansada, não se estendia ao mental. Eles permaneceram um tempo em silêncio, enquanto degustavam dos pedaços de brioche, %Amelia% se esforçava para não o olhar, sabendo que a atenção do duque estava fixa nela. 
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  — Perdoe-me por não ter revelado sobre… — Ele, interrompendo o silêncio, procurava as palavras em sua mente. — Era um assunto entre a senhorita e o vosso pai.
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  — Não deves se desculpar, para ser honesta, eu o agradeço por tudo — confessou ela, mantendo o olhar na taça de suco. — Se não fosse o senhor, certamente jamais saberia a verdade. — Ela respirou fundo, ainda permaneciam inquietações internas.
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  — Tens algum questionamento? — indagou ele, ao percebê-la incomodada.
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  — Sim. — Ela levantou o olhar, tomando coragem para encará-lo.
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  — Diga. — Ele permaneceu sério como de costume.
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  — Por que fizeste o pedido? — perguntou ela sem rodeios.
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  %Amelia% sentiu um frio na barriga de nervosismo, nunca havia demonstrado tanta ousadia nas palavras diante de alguém.
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  — O que pensas sobre isso? — %Sebastian% devolveu a pergunta.
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  — Que o senhor apenas o fez por causa do… — Ela suspirou um pouco, precisava seguir em frente. — Beijo.
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  — Inicialmente sim, novamente peço-te desculpas por meus modos, não deveria ter lhe faltado com o respeito, sou um cavalheiro e devo agir como tal — respondeu ele.
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  — Agradeço pela sinceridade, vossa graça — ela arredou a cadeira e levantou-se —, mas não se sinta obrigado a tal responsabilidade por causa de algo que certamente é insignificante para ambos… Casar-se comigo é casar-se com as dívidas do meu pai, sem dote e correndo o risco de tornar-se a chacota da nobreza.
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  — Senhorita. — Ele levantou-se também.
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  — Vossa graça, sinta-se liberado de vossas responsabilidades, eu não me sinto nem um pouco desonrada e podemos esquecer este assunto. — %Amelia% afastou-se da mesa, para se retirar.
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  Para a delicada rubi, pior do que passar a vida em solidão, seria casar-se com o homem amado apenas pela honra sabendo que não seria correspondida, pois no fundo ela já havia desacreditado do amor e de um final feliz como o das amigas. Após a verdade de não haver noivo, contentar-se com um casamento por piedade ou apenas cumprimento de regras, era o mesmo que estar fadada a tristeza.
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  — %Amelia%! — O duque segurou firme em seu braço, aproximando-se mais seus corpos. — Permita-me continuar minhas palavras…
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  — Vossa graça. — Ela colocou a mão direita na altura do tórax do cavalheiro, sentindo seu corpo arrepiar com a proximidade.
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  — Desde aquele beijo, tem sido ainda mais difícil de tirá-la da minha mente — confessou ele, se aproximando mais, colando seus rostos a ponto de sentir a respiração da donzela. — No início desta temporada, eu tinha certeza que desposaria uma dama apenas para cumprir as exigências do meu título, mas então eu a vi pela primeira vez… Ao apresentar-se para a rainha, com um sorriso sutil nos lábios que me deixou paralisado. — Ele soltou seu braço, deslizando os dedos até a cintura dela. — Nunca gostei de frequentar os bailes da nobreza, mas apenas para vê-la comecei a ir em cada um deles… 
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  — Senhor… — sussurrou ela, com seu coração acelerado.
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  — Então, eu a vi no Vauxhall, dançando com o príncipe… — Naquele instante %Sebastian% já sentia seus impulsos reprimidos a flor da pele.
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  O duque ficou repetindo para si mesmo internamente que era um cavalheiro e esperaria até o altar, entretanto, seus lábios involuntariamente tocaram os de %Amelia%, iniciando outro beijo ainda mais intenso e desesperado que o primeiro.
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  — Vossa graça… — ela sussurrou novamente, atordoada pela situação.
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  — %Amelia%… — Mais uma vez %Sebastian% chamou-a pelo nome, em um tom mais baixo e envolvente. — Permita-me desposá-la, não há nada que eu mais desejo neste mundo que não seja a senhorita.
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  Ela manteve seus olhos fechados, sentindo a respiração dele ofegante. E mais uma vez, rendida aos movimentos de vossa graça, consentiu mais um beijo que a estremecia por inteiro.
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  — Então, minha querida? Como se sente? — perguntou tia Poppy ao abraçá-la mais uma vez, antes de descerem para o jardim.
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  %Amelia% olhou seu reflexo no espelho, alisando o deslumbrante vestido de noiva com rendas sutis e pequenas pedras de diamante espalhadas. Suas memórias voltaram a dois dias atrás, na declaração de vossa graça no solário, de como a deixou sem palavras e totalmente rendida ao segundo, terceiro e quarto beijo do casal. Ela havia percebido o esforço do autocontrole de vossa graça, assim que se afastou dela e se retirou sem mais palavras. Levou alguns minutos para que a jovem entendesse de fato o que tinha acontecido naquele lugar.
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  — Estou nervosa — ela desviou o olhar para o reflexo da tia — pelo que acontecerá após o casamento.
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  — Hum… Sobre a primeira noite do casal? — questionou a tia.
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  — Sim, a senhora nunca me contou sobre. — %Amelia% se virou para ela.
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  — Bem… — Poppy sentiu-se envergonhada, sem saber o que responder a ela. — Acontecem muitas coisas não somente na primeira noite, mas nas próximas e depende muito de como será o casamento.
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  — De como será o casamento, em que sentido? — indagou a jovem.
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  — Bem, casamentos sem amor certamente é mais doloroso… — Poppy parou por um tempo para pensar no que falara. — Bem, apenas saiba que quando há amor envolvido, é bem mais prazeroso para nós, as esposas.
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  — E quando não tem?! — Continuou ela, curiosa.
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  — Então, eu ouvi dizer que é um martírio — respondeu a tia. 
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  Poppy, lembrou-se da história de uma amiga que havia sido forçada a um casamento arranjado com um homem trinta anos mais velho. A pobre Nancy vivia dias de tristeza e terror sendo abusada pelo marido e aceitando o mesmo traí-la com as criadas da casa.
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  — Mas não se preocupe com isso, minha querida — Poppy voltou a sorrir, espalhando os pensamentos ruins —, pude perceber no olhar de vossa graça que ele tem fortes sentimentos por vós.
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  — Sim, ainda não acredito que o destino sorriu para mim desta forma — confessou a rubi, com um frio na barriga. — É muito para ser verdade.
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  — Pois então, acredite e pare com pensamentos negativos — reforçou a tia, feliz por ela. — Tenha um bom casamento e não se preocupe com a primeira noite, apenas permita-se descobrir mais de vosso marido, sem reservas.
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  %Amelia% assentiu com um sorriso e abraçou-a em gratidão.
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  E finalmente para o ansioso coração desta autora, nosso terceiro casamento mais aguardado da temporada. Espero que os pequenos herdeiros não demorem tanto a vir ao mundo, compensando nossa espera pelo matrimônio! E ao pôr-do-sol em uma singela e simplória cerimônia preparada no solário do Collis Castelli, para nada mais que quatro convidados conhecidos do duque além da família da noiva, eis que finalmente nosso rubi tornou-se a duquesa de Whosis.
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  A recepção dos noivos não demorou muito, afinal, o duque tinha sua fama de reservado e ponderado quando o assunto era festas ou algo desta natureza. Os cumprimentos dos convidados fora rápido e preciso, assim como a retirada da noiva para o quarto principal.
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  — Vossa graça — disse lorde Bourbon, ao adentrar o escritório do castelo para agradecê-lo.
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  — Lorde Bourbon. — %Sebastian% o olhou, com serenidade, enquanto fechava um livro de registro.
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  Tenebrae, mesmo em festividade, possuía algumas responsabilidades para com seu ducado, que requeria vossa atenção para a próxima estação. Mesmo estando em meados do verão, o povo local já se inquietava devido a alguns prejuízos da safra deste ano, e para alguém perfeccionista como tal, bastava um motivo pequeno para preocupar-se de imediato.
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  — Sei que já o fiz desde que saímos de Londres, entretanto, mais uma vez quero lhe agradecer pelo que fez por minha filha — disse o pai.
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  — Tenho fortes sentimentos por vossa filha, milorde, então saiba que desposá-la não foi por piedade, e mesmo se houvesse um noivo, certamente o final seria o mesmo, pois não a permitiria casar-se com outro que não fosse eu. — Suas palavras seguras, fizeram o pai da noiva se surpreender.
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  — Vossa graça, não imaginei que de fato tinha sentimentos por %Amelia%. — O homem, soltou um suspiro mais aliviado. — Saber sobre isso, me deixa ainda mais feliz.
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  — Eu estava me retirando — disse %Sebastian% —, mas, antes de me recolher, gostaria de pedir uma coisa.
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  — O que quiser, vossa graça — disse o pai, atento.
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  — Desejo que retorne amanhã mesmo para Londres, não se preocupe, pois terá alguém de minha confiança para instruí-lo em vossos negócios e necessidades. — Assegurou o genro. — Percebo que %Amelia% ainda se sente desconfortável com vossa presença e não a quero obrigar a tal coisa.
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  — Claro, senhor, entendo perfeitamente. — Assentiu o mais velho, sem contestações.
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  — Assim que o período de lua de mel passar, assumirei a responsabilidade por todas as vossas propriedades, então, até lá, sugiro que o senhor se mantenha recolhido em vossa casa — pediu o duque, em tom de ordem — e mantenha a discrição, a coroa apenas saberá deste casamento quando retornarmos à capital, daqui a algumas semanas.
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  — Como desejar, vossa graça. — Lord Bourbon fez uma breve reverência antes de sair primeiro.
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  Assim que %Sebastian% retirou-se em seguida do escritório, encontrou seu mordomo, Hilte, o aguardando do lado de fora.
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  — Mais algum pedido para hoje, meu senhor? — perguntou o homem.
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  — Quero que esta carta chegue em mãos ao senhor Kim — ordenou o duque. — Ele saberá o que fazer com o lord Bourbon ao lê-la.
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  — Como desejar, meu senhor. — Assentiu Hilte, ao pegar a carta da mão dele e guardar no bolso do colete. — Mais algo?
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  — O segundo quarto está preparado? — perguntou.
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  — Sim, senhor. 
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  — Muito bem, quero que sirva o desjejum de amanhã no solário — continuou as recomendações. — Mande todos os criados ficarem longe do perímetro e não quero comentários inoportunos pelas paredes do castelo.
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  — Não se preocupe, senhor, a criadagem será o mais discreta possível — garantiu o mordomo.
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  — Assim espero. — %Sebastian% pensou se faltava algo. — Diga a senhora Lamberg que não será necessário continuar as reformas no quarto da duquesa situado na ala leste. 
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  — Sim, senhor, devemos preparar um novo quarto? — indagou o mordomo.
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  — Não, ela ficará no quarto principal — respondeu. — Eu continuarei no segundo quarto, como tem sido.
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  — Como desejar, senhor. — O mordomo reverenciou e retirou-se para suas tarefas.
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  O duque Tenebrae, respirou fundo, ao lembrar-se da primeira noite com sua falecida esposa. Nunca imaginaria que passaria pela mesma sensação daquele dia, o coração acelerado e ansioso pelo que viria a seguir. Seguindo para o quarto principal, deu dois toques na porta e logo ouviu a vossa esposa assentir para entrar. E lá estava %Amelia%, de costas para ele, próximo à janela olhando o horizonte, vestida com uma camisola de linho egípcio. %Sebastian% deu alguns passos se aproximando da esposa parando atrás dela, a milímetros de distância.
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  — Vossa graça? — disse num tom suave, a despertando o pensamento.
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  — Senhor… — sussurrou ela, sentindo o coração acelerar.
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  — Tenho permissão para adentrar os vossos pensamentos? — perguntou %Sebastian%, tocando-a na cintura.
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  — O que desejas saber? — indagou %Amelia%, sentindo um arrepio por seu corpo.
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  — Ao que pertencia vossa atenção? — continuou ele, ao encostar de leve seus lábios no ombro direito dela.
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  — O que o senhor acha? — A mulher se encolheu um pouco, intrigada por algumas sensações novas passarem por seu corpo.
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  — Eu vos imploro, diga-me — pediu o homem ao virá-la com sutileza para ficarem de frente um para o outro.
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  — Não há outra coisa em meus pensamentos, vossa graça… — respondeu ela, segura num tom baixo — a não ser o cavalheiro que me desposou e detém a maior parte dos meus pensamentos.
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  Ele sorriu de canto, aninhando-a em seus braços para deixá-la o mais próximo possível, então finalmente beijou-a abertamente com doçura e intensidade. Todos os desejos que vossa graça reprimia, finalmente poderiam ser mostrados a jovem a quem lhe chamou a atenção desde o início.
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  Desta vez, nada iria lhes atrapalhar. A parte que mais gostamos de fato.
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  Já %Amelia%, que iniciou retraída pela conversa com a tia antes da cerimônia, permitiu-se conhecer o lado apaixonado do marido, deixando-o mostrar todos os seus lados mais íntimos em meio à brisa que adentrava a janela, que refrescava o aquecido ambiente. Era perceptível e surpreendente para ela, o calor que emanava do corpo de %Sebastian%, acelerando seu coração mais e mais, em meio aos sussurros e declarações de amor. Uma confirmação para a rubi que definitivamente aquela união jamais seria por piedade e fadada ao fracasso, pois os sentimentos do duque eram mais do que reais e palpáveis para ela.
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  — Vossa graça… — sussurrou %Amelia%, ao se remexer na cama, sentindo o vazio ao lado.
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  Ela abriu os olhos e notou estar sozinha no quarto. A nova duquesa já tinha conhecimentos sobre os casais na nobreza dormirem em quartos separados, e que também havia exceções como vossa tia e o senhor Keer, pois a burguesia tinha seus hábitos de dormirem os casais no mesmo quarto.
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  — Este quarto está tão vazio agora — sussurrou ela, a realidade.
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  Ao pensar em tudo o que havia acontecido naquele lugar horas atrás, seu corpo estremeceu um pouco. Fechando os olhos, não conseguiu conter a imagem dos beijos e carícias de %Sebastian%, do toque dos seus dedos e do calor do seu corpo. Em um curto espaço de tempo %Amelia% havia passado por diversas sensações que conseguiam resumir a um só sentimento: amor.
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  Estar em um momento de intimidade com seu marido, a fez perceber que um casamento certamente era mais do que conversas no jardim ou presenças em bailes da nobreza. Por certo, agora ela conseguia entender as palavras de tia Poppy sobre as muitas noites que viriam após a primeira e se indagava: Seriam todas assim? E terminariam com ambos distantes como o sol e a lua?
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  Honestamente, minha cara, eu esperava algo mais ousado como nosso príncipe.
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  %Amelia% tentou dormir novamente, rolando várias vezes na cama até entender que perdera o sono, levantou-se e, jogando um xale nos ombros, saiu do quarto. Em suas muitas noites de insônia quando criança após a morte da mãe, ela caminhava pelo jardim ao longo da madrugada, para se cansar e finalmente voltar ao quarto. Assim ela o fez e seguiu para o jardim do castelo, admirando os arbustos de flores que perfumam o lugar sendo iluminados pela lua.
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  — Achei que fosse o único a não conseguir dormir. — A voz de vossa graça soou atrás dela, assustando-a sutilmente.
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  — Senhor. — Ela respirou fundo, ao voltar seu olhar para ele. — Achei que estivesse em vosso quarto.
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  — Perdoe-me por assustá-la — pediu ele, aproximando-se mais.
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  — Está tudo bem. — %Amelia% sentiu seu coração pulsar um pouco mais forte com sua aproximação.
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  O jardim estava claro como o dia, e fora possível para ela notar que seu marido estava sem camisa.
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  — Tentei dormir, mas… Obviamente não conseguiria — confessou ele, mantendo o olhar fixo nela. — E a vós?
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  — Acordei não tem muito tempo… Não consegui voltar a dormir. — %Amelia% voltou o olhar, envergonhada, para o solário que estava próximo. — Eu não pude deixar de ouvir dos criados sobre a ala leste do castelo.
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  %Sebastian% respirou fundo, não queria falar do assunto, não naquela noite.
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  — Estou proibida de ir lá, também? — perguntou ela.
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  %Amelia% não sabia muita coisa sobre o acidente que acontecera no castelo, mas também não o perguntaria.
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  — Claro que não… — %Sebastian% deu mais alguns passos, passando por ela, seguiu para o solário.
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  A rubi não entendeu bem, no entanto o seguiu curiosa para saber o que seu marido faria.
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  — Perdoe-me se disse algo que não deveria — disse ela, ao entrar e vê-lo próximo do sofá que tinha aos fundos.
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  — Não há o que ser perdoado. — Ele voltou seu olhar carinhoso para ela. — Está tudo bem.
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  — Não quer falar sobre o assunto? — perguntou ela, inocentemente.
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  — Apenas quero manter minha atenção em vós… — O duque estendeu a mão direita para ela, instigando-a.
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  %Amelia% sorriu de leve e seguiu até ele, segurando em sua mão, sem entender o motivo.
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  — Vossa graça… — Ela manteve a voz baixa.
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  — Posso lhe pedir uma coisa? — perguntou ele.
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  — Sim, o que desejas? — Assentiu ela.
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  — Além de minha duquesa… — suas palavras soaram maliciosas — poderias ser informal com vosso marido… Diga apenas o meu nome.
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  — %Sebastian%… — sussurrou ela.
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  Ele sorriu de canto e iniciou o beijo que renderia a madrugada no solário. %Amelia% manteve-se rendida às mesmas sensações de antes que pensara não voltar a ter pela segunda vez. %Sebastian% não havia planejado aquilo, esperava vê-la apenas na manhã seguinte para o café e um passeio a cavalo pela propriedade, entretanto, o encontro de surpresa no jardim fora mais do que satisfatório para ele que não se importava mais com o improviso.
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  Vossa graça apenas desejava terminar a noite da mesma forma que iniciou, com a senhora amada em seus braços, e claro que isso implicaria nos preparativos dos criados ao amanhecer.
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  Contudo, como diria nosso querido ex-libertino:
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  Quem liga para o desjejum, quando se está amando?
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- Lady Lewis

Eu perdi minha cabeça,
Desde o momento em que te vi.
Só de estar ao seu lado, meu mundo fica em câmera lenta,
Por favor, diga se isso é amor? 
- What Is Love / EXO

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