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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Lady Lewis

Escrita porPams
Revisada por Lelen

XXIII • Pall Mall

Tempo estimado de leitura: 27 minutos

  Há quem diga que o lar é o lugar com o qual uma pessoa se identifica, onde tem seu próprio espaço, se sente acolhido e seguro. O que de fato não deixa de ser verdade, afinal, toda casa pode tornar-se um lar, mas nem todo lar é especificamente uma casa. E com estes sentimentos estava nosso casal Bridgerton em meio aos preparativos para a mudança para Derbyshire.
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  Após o domingo em família, desfrutando da hospitalidade e diversão que somente a burguesia conseguia disponibilizar, na manhã seguinte, o conde e a condessa de Whatnot tiveram um longo momento de despedidas, após desfrutarem de um brunch, lady Danbury e a tia mais casamenteira que %Dimitri% poderia ter.
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  Horas depois de tudo ajustado nas carruagens que seguiriam com o casal, a despedida final de %Adeline% com a família Sollary não a permitiu conter a emoção, ainda mais por imaginar-se tão longe de todas as pessoas que passou parte de sua vida tendo-as ao seu lado todos os dias.
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  — Mãe... — a diamante sussurrou, mantendo-se abraçada à mãe, relutante em soltá-la sabendo que deveria.
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  — Não é um adeus, minha querida. — Finalmente elas se afastaram um pouco. — É um singelo até breve, e sabes que sempre poderá nos visitar e acredito que também a visitaremos, não é mesmo?!
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  O olhar de Marie voltou-se para Bridgerton.
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  — De fato, senhora Sollary, todos serão muito bem-vindos a Garden House — confirmou %Dimitri%, voltando o olhar carinhoso para a esposa.
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  — Garden House? — sussurrou Lily com um olhar estranho e curioso. — Será que %Adeline% irá morar em uma floresta?!
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  — Jardim, sua boba — Camellia sussurrou de volta em risos.
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  — Sentirei falta de ambas também — garantiu %Adeline%, indo abraçá-las. — E comportem-se, pois a Rose não costuma ser tão boa quanto eu.
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  — Não queria que partisse de Londres tão rapidamente — reclamou Lily.
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  — Nem eu, a temporada nem terminou e estamos longe do outono — Camellia concordou com sua gêmea.
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  — Podem me escrever sempre que desejarem. — %Adeline% sorriu com graça para ambas, que fizeram careta para sua sugestão.
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  Algumas gargalhadas maldosas soaram de Daisy, ela bem conhecia as gêmeas para saber que escrever cartas seria a última coisa que fariam para matar a saudade da irmã mais velha. Entretanto, a intelectual da família não se deixou levar pelas emoções do momento e para despedir-se da primogênita, apenas deu-se ao trabalho de lhe entregar um livro de presente para a nova condessa.
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  — Caso em algum momento sentir-se perdida, abra na página vinte e sete — sugeriu Daisy, com uma piscada discreta para a irmã.
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  %Adeline% assentiu e, afastando-se dela, seguiu para perto de Rose que se manteve distante todo o tempo. Ao mesmo tempo que a segunda filha se sentia alegre pelo casamento da irmã, também se sentia triste por saber que, lá no fundo, o cavalheiro que conquistaste o vosso coração sempre manteria a atenção na primogênita. Rose era inteligente e entendida o suficiente para notar este fato.
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  — Ficará tudo bem entre nós? — perguntou %Adeline% a ela.
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  — Por que não ficaria? — Rose disfarçou suas inseguranças internas, voltando o olhar para o lado.
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  — Rose, eu vos conheço desde o dia em que nasceste. — %Adeline% segurou em sua mão, com o olhar singelo. — Afastou-se de mim desde o Vauxhall, quando...
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  — Está tudo bem, %Adeline%, saibas que estou feliz por vosso casamento. — Assegurou a mais nova. — É notório o amor de lorde Bridgerton por vós, principalmente pela forma em que a olha... Desejo ter esta sorte um dia.
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  — Não és obrigada a casar-se com o marquês se de fato não o ama — a condessa garantiu, mantendo o olhar compreensivo para a irmã. — Podemos encontrar uma outra saída.
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  — Este é o problema, %Adeline%, eu o amo, foi eu quem pediu ao papai para dar-me de casamento para o marquês... — Rose conteve parte de suas emoções, sentindo os olhos lacrimejarem. — Mesmo sabendo que não terei cem por cento de vossa atenção.
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  — Conquiste-o, Rose, és tão inteligente e bela, mostre-lhe que tens a capacidade de atrair a atenção dele por completo — incentivou a primogênita.
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  — Não sou como vós, %Adeline%...Nem minha beleza compara-se à vossa. — O olhar de Rose abaixou com tristeza.
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  — De fato, não somos iguais, mas tens qualidades que eu não possuo e certamente o conquistará com elas. — %Adeline% a abraçou com carinho, confortando-a. — Se de fato o amas, não desista de ser feliz com aquele que vosso coração escolheu.
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  — Agradeço-te por ser minha irmã — sussurrou Rose, deixando as lágrimas caírem.
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  — Rose, não chore — %Adeline% manteve-se firme — e escreva-me contando tudo.
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  — A verei na próxima primavera? — perguntou Rose. — Será minha temporada, apesar de já estar prometida.
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  — Não sei, mas garanto que farei o possível para visitá-los novamente até o Natal — garantiu a mais velha. — Eu te amo, Rose.
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  — Eu também, %Adeline%.
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  Ambas se abraçaram novamente, sendo contempladas por um abraço coletivo com as outras irmãs e o pequeno Bolwmer. Assim, o casal Bridgerton adentrou a carruagem e seguiu para um lugar inesperado, pelo menos por %Adeline% que fora pega de surpresa quando reconheceu que o caminho que tomaram não era exatamente o que lembrava das viagens com o pai.
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  Afastando-se da cidade, a carruagem os levou para o Castelo de Windsor, a última parada do casal antes da viagem para o novo lar em Derbyshire. Com o anúncio da aproximação dos aguardados hóspedes, devido a perspicaz velocidade dos cavalos, %Annia% desceu a escadaria do castelo, eufórica, para recebê-los em sua casa temporária. 
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  Um sorriso doce e o olhar sutil, assim que as portas do hall de entrada abriram-se com o anúncio do conde e da condessa de Whatnot, os olhos da pérola real brilharam diante do casal que tanto torceu para ficar juntos. O que de fato pode-se admitir que se nossa engenhosa %Annia% fosse um cupido, não teria dado tão certo vossas ideias para o casal.
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  — Bem-vindos a Casa de Windsor — disse %Annia%, mantendo o sorriso no rosto e indo de encontro a eles, abraçando %Adeline% primeiro.
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  — Confesso que estou surpresa por estarmos aqui. — A condessa retribuiu o abraço e afastou-se da amiga, observando o marido fazer-se de inocente.
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  — Ah, meu irmão, que saudade. — A moça o abraçou empolgada. — Estou feliz por terem aceitado meu convite à estadia antes de irem para Derbyshire... Apesar de notar apenas vós sabíeis de tal convite.
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  O comentário de %Annia% soou como repreensão.
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  — Sim, apenas ele. — %Adeline% cruzou os braços um tanto chateada, ocultando sua alegria pela surpresa.
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  — Vamos esquecer esta parte. — %Dimitri% sorriu moderadamente e olhou a irmã. — Estava preocupado com vossa integridade física, por isso aceitei o convite.
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  — E por qual motivo esta preocupação? — %Annia% viu-se confusa.
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  — Anda circulando comentários sobre a vossa alteza não lhe deixar... Dizem que ambos passam muito tempo confinados em vossas intimidades. — %Dimitri% tentou suavizar as palavras para não constrangê-la e nem a esposa.
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  — Esta sociedade não tem outro assunto para preocupar-se que não seja a vida de um casal em fase de lua de mel? — %Annia% desabafou a vossa indignação com tais comentários. — E não devemos nenhum tipo de satisfação a pessoas que não sabem de fato o que é um casamento feliz.
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  — Casaste com o maior libertino da Inglaterra, achas mesmo que teria outro assunto mais instigante do que o vosso matrimônio? — retrucou %Dimitri%.
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  — Deixem que se intriguem, minha princesa. — A voz de %Cedric% soou vindo da porta para o grande salão. — Tenho certeza que metade desta sociedade duvida que serei fiel a quem desposei e a outra metade aposta que jamais a farei feliz.
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  — Dizem que uma vez libertino sempre libertino, contudo, devo assegurá-los que há exceções à regra — disse %Annia%.
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  — Não precisa nos explicar nada, %Annia%. — %Adeline% entrou no assunto. — O que importa é que estejas feliz, veja o que falam de meu casamento com vosso irmão… Não haverá maiores insinuações negativas que as nossas.
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  — Milady Bridgerton está certa. — %Cedric% sorriu de canto maliciosamente para a esposa. — Enquanto falam o que não sabem, nós desfrutamos...
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  Ele parou por um momento, deixando vossa esposa entender nas entrelinhas o que insinuara, que retribuiu com um sorriso provocativo.
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  — Devemos entender isso? — sussurrou %Adeline% ao marido.
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  — Não, definitivamente não. — %Dimitri% segurou o riso.
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  — Mudemos de assunto e, %Adeline% — %Annia% a pegou pela mão no susto do impulso de seu corpo —, venha comigo, mostrar-lhe-ei o quarto onde ficarás e temos muitos assuntos a colocar em dia… Apesar de chegarem logo ao final da tarde.
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  — Devo dizer-lhe que eu e vosso irmão dormimos no mesmo quarto?! — %Adeline% tomou impulso para acompanhá-la. — Tradições da burguesia.
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  — Oh, isso é magnífico. — A princesa se mostrou nem um pouco surpresa. — Eu e vossa alteza decidimos fazer o mesmo, estávamos curiosos sobre estes costumes.
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  Ambas seguiram em frente com %Annia% guiando até a escada. A conversa renderia entre elas, porém havia uma longa semana para isso que lhes permitiria ainda mais risadas e segredos compartilhados. Ainda no hall, os cavalheiros permaneceram em silêncio até que vossa alteza quebrou o gelo e iniciou um assunto.
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  — Parece que teremos uma semana parcialmente solitária, no que depender de nossas esposas — brincou %Cedric%, imaginando o quanto a princesa aproveitaria a companhia da cunhada.
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  — Certamente a deixarei mais solitária em nossa vida em Derbyshire, então estou feliz que ela possa desfrutar da companhia de minha irmã — confessou o conde, ao refletir sobre seu futuro em família.
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  — Pelo vosso olhar, não me parece muito feliz com a partida. — Notou o príncipe.
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  — Certas preocupações com minhas responsabilidades para com a coroa. — Contou ele, voltando o olhar para a escultura de um anjo que havia próximo à escada. — Não és o único que deve bons resultados a vossa majestade.
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  — Tenho certeza que não, mas acredite, o peso da coroa é um fardo ainda maior. — %Cedric% riu de canto e deu um passo para se retirar dali. — Venha, meu cunhado, nós, cavalheiros, também merecemos um pouco de diversão.
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  — Para qual delito estás a me convidar? — brincou %Dimitri%, mantendo um tom sério.
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  — Por quem me tomas? — O príncipe fez-se de ofendido. — Sou um homem honrado agora e... Há várias formas de um cavalheiro divertir-se que não envolve um caloroso corpo feminino.
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  Vossa alteza riu um pouco mais alto indicando o caminho para saída do castelo. %Dimitri%, um tanto admirado com as afirmativas do outro, apenas limitou-se a segui-lo em silêncio até os estábulos. A diversão proposta por vossa alteza fora uma refrescante cavalgada ao luar entre cavalheiros com direito a distanciar-se o máximo possível do castelo com pequenas disputas de corridas improvisadas. De fato, jamais devemos julgar a forma que uma pessoa encontra a diversão, já que a desta singela autora é contar-lhes os inúmeros romances os quais presencio em nossa doce Londres.
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  Sentadas nos bancos acolchoados do jardim leste do castelo, estavam as nobres damas trocando experiências iniciais de matrimônio. Certo que nossa pérola possuía bem mais aventuras para contar, graças aos ávidos momentos oferecidos pelo marido. Algumas até causando certa vergonha e constrangimento em nossa condessa.
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  — %Annia%, acho que poderias omitir certas partes de vossas noites aventureiras — disse %Adeline%, com os cuidados nas palavras. — Não sintas que estou com inveja, peço-te, por favor, só me deixa um tanto envergonhada com os detalhes.
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  — Oh, %Adeline%, perdoe-me, estou a falar com tanta empolgação que não me atentei se a estava deixando desconfortável. — %Annia% sorriu com um olhar compreensivo.
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  Se para ela viver todas aquelas experiências fora inicialmente inacreditável e confuso, imagine para a amiga ouvir com riqueza de detalhes as mais diversas formas que fora tocada pelo marido. %Adeline% assentiu entendendo a euforia da amiga por sua presença, querendo compartilhar a felicidades com ela.
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  — Está tudo bem, apenas... Contenha-se nos detalhes — pediu %Adeline%, ainda envergonhada. — Contudo, estou feliz por ver seu olhar brilhando por vossa alteza.
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  — Ah, %Cedric% tem sido um perfeito cavalheiro, como lhe contei, nunca imaginei que pudesse ser tão amada em toda a minha vida, principalmente por alguém com um passado como o dele — confessou ela, ao dar um suspiro de alívio.
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  — De um libertino? — indagou %Adeline%.
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  — Sim... — Assentiu, voltando o olhar para a fonte que tinha logo à frente. — Confesso que aconteceu tudo tão rápido e não sei dizer quando, como ou em que olhar eu me apaixonei por vossa alteza... Mas depois que recebi a declaração dele, aquela que lhe contei, não consegui mais tirá-lo dos meus pensamentos e cada dia sentia meu corpo mais atraído por ele, assim como meu coração.
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  — Perdoe-me o julgamento, mas inicialmente achei que o que tinhas por vossa alteza era apenas curiosidade e atração física, lembro-me de uma carta com vossos relatos sobre isso, quando ele tentou beijá-la sem sucesso — comentou %Adeline%.
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  — No entanto, agora.... Perco as contas de quantos beijos ele rouba-me ao longo do dia. — %Annia% riu baixo. — Não lhe recrimino, amiga, no início eu também achei que fosse apenas algo físico, porém, todas as vezes que estávamos no mesmo ambiente, sentia-me atraída por seus olhares para mim e isso me assustava... Por isso relutei em admitir que sentia algo por vossa alteza até o vosso pedido no Hyde Park, e ter certeza que ele queria-me como a única em vossa vida.
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  — Ganhaste a melhor declaração de amor de todas em plena luz do dia — comentou %Adeline%, ao contemplar o brilho no olhar de vossa amiga.
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  — Tens razão — concordou %Annia%. — Mas a senhora condessa Bridgerton não fica atrás, pude notar a felicidade estampada no rosto de meu irmão.
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  — Sim... Devo dizer que estamos no nosso melhor momento, sendo amigos e... — %Adeline% parou por um momento lembrando-se da aventura sobre os arbustos da propriedade do marquês, levou as mãos sobre o rosto, toda envergonhada.
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  — Hum... Não é somente eu que tenho aventuras amorosas regadas a malícia e desejo — comentou %Annia%, deixando-a ainda mais constrangida.
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  — Há um lado de vosso irmão que não sei explicar, mas que me tira toda a sanidade... — confessou %Adeline%, formulando em sua mente as palavras. — Ao mesmo tempo que ele se mostra tão fechado a conversas, o que causa nossas constantes brigas, ele faz-me render a ele com tanta naturalidade que, no fim, vejo o quanto se esforça para deixar-me confortável.
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  — Bem... Meu irmão sempre foi assim, não gosta de compartilhar as preocupações e sempre coloca a prioridade de quem ama acima da sua, é de sua natureza fazer isso — contou %Annia%, voltando o olhar para a cunhada. — Deve-se ter muita paciência para lidar com %Dimitri% e não a culpo se houver brigas pelo percurso.
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  — Diversas brigas de fato e pelas mínimas coisas, mas... — A outra suspirou com um brilho no olhar. — A melhor parte é a reconciliação.
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  — Imagino, pelo vosso olhar, amiga. — %Annia% riu baixo, mordiscando o lábio inferior. — Minha mente já fervilha de curiosidades...
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  — Não me olhe com esta malícia, mereces bem o marido que possui. — %Adeline% manteve o olhar de repreensão, arrancando risadas da amiga. 
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  — Perdoe-me minha mente fértil, admito que em partes vossa alteza é a culpada por isso. — Ela riu mais um pouco. — Mas voltando ao assunto, mesmo com as famigeradas brigas, meu irmão a faz feliz?
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  — Muito... — %Adeline% suspirou com um sorriso no rosto. — Não consigo mensurar o quanto %Dimitri% me completa.
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  — É isso que importa... — %Annia% empolgou-se. — Estão juntos agora e terão um belo casamento pela frente.
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  — Não graças às vossas travessuras. — %Adeline% a olhou com seriedade.
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  — Já lhe pedi desculpas pelo infortúnio do vestido, mas fora minha única saída para dar um impulso em meu irmão, já não conseguia suportar ele olhando-a de longe desejando tê-la em seus braços... — %Annia%, mais uma vez, demonstrou reconhecer o erro de tentar manipular a vida alheia, contudo, para ela havia sido por um bom motivo. — Sei que não há justificativa, mas tenha a certeza que meu irmão se apaixonou por vossa pessoa desde que a viu pela primeira vez quando derrubou o suco em seu vestido.
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  — Isso eu já descobri, não foi fácil arrancar dele, mas... — %Adeline% novamente encolheu-se de vergonha. — Vosso irmão é um tanto quanto relutante em reconhecer os erros e expor os sentimentos.
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  — Acredite, %Dimitri% não é relutante em admitir quando está errado, ele apenas assume os seus atos e não de terceiros — explicou %Annia%. — Quanto aos sentimentos, é de fato.
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  — E custava-lhe algumas libras me dizer que a responsável foste a irmã? — indagou.
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  — Talvez não quisesse estragar nossa amizade. — A princesa continuou em defesa do irmão. — Mas deixemos o passado para recordar no futuro e rirmos destas travessuras. E falaremos de algo importante.
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  — O que seria? — %Adeline% a olhou intrigada.
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  — Nossa amiga, %Amelia% Bourbon. — O tom da voz de %Annia% ficou mais sério.
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  — O que aconteceu?! — O olhar de %Adeline% ficou mais atento.
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  — Eu não sei, a última carta que recebi dela pareceu-me triste e insegura com o futuro — explicou a princesa.
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  — Bem, após a ida para o campo, não lhe faltaram comentários sobre não haver nenhum noivo e ela ter sido enviada para não envergonhar ainda mais o pai — comentou a condessa, deixando o tom mais baixo, entristecendo-se pela amiga. — Queria tanto poder conforta-la de alguma forma se realmente for verdade.
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  — Eu também, mas não posso deixar Londres agora a menos que seja para seguir em lua de mel para o oriente, ordens de vossa majestade — disse %Annia%, lembrando-se que tinha obrigações com a coroa. — Preciso organizar um chá da tarde no solário de Windsor esta semana e felizmente tenho minha amiga aqui para me ajudar.
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  — Ah não, não tenho talento para estas coisas. — %Adeline% recolheu-se.
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  — Pois trate de ter, agora és uma condessa e terá que organizar bailes e jantares em Derbyshire — informou a amiga.
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  %Adeline% suspirou fraco, desmotivada por tal novidade.
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  — Bem, mas voltemos ao assunto que importa — disse %Annia%. — O que faremos para ajudar %Amelia%?!
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  — Não sei… Mas temos uma semana juntas para pensar — respondeu a diamante.
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  A ensolarada manhã de sábado trouxe consigo alguns comentários da tarde anterior que foram regados de fofocas e risadas no chá oferecido pela pérola real. A recepção fora um sucesso aos olhos de vossa majestade, que não poupou elogios à nova princesa, causando até ciúmes na alteza regente que deu o ar de sua presença no evento. Contudo, voltemos às atividades mais interessantes neste dia refrescante.
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  — Damas e cavalheiros, eu lhes apresento o tradicional jogo da família Bridgerton — anunciou %Annia% com empolgação, para seu seletos convidados. — Pall Mall.
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  — Que jogo é esse? — perguntou %Adeline%, curiosa pela empolgação da amiga.
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  — É um jogo bem popular na França, porém originou-se na Itália, mas é claro que os Bridgerton têm seu modo peculiar de jogar — brincou %Dimitri%, ao explicar para a esposa. — Mas é bem simples, alguns arcos foram espalhados pelo gramado, não importante se é ou não irregular, cada um escolherá um taco e terá que acertar a bola de mesma cor, o objetivo central é passar sua bola por todos os arcos antes dos oponentes.
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  — Parece mesmo fácil — comentou %Adeline%.
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  — Mas é claro que podes usar sua bola para desviar a bola do seu oponente — disse Eloise, ao passar por eles indo pegar um dos tacos. 
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  — Oh, desculpe-me, querida prima, mas minha casa, minhas regras — disse %Annia%, ao pegar o taco da morte antes dela.
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  — Asseguro-lhe que terei mais sorte da próxima vez — disse a outra, ao pegar o branco.
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  — Que tal jogarmos em dupla? Já que estamos em casais — sugeriu %Annia%, olhando com malícia para vossa alteza.
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  — Não acho que seja prudente vossa sugestão, a julgar que minha dupla consiste em alguém muito competitiva — comentou sir Phillip, moderando as palavras sobre a esposa, o que arrancou risadas de Colin e Penelope, o outro casal convidado.
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  — Poderia ser damas contra cavalheiros — sugeriu Penelope, pegando o taco alaranjado.
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  — Eu não me importo com as regras, se meu diamante vencer, eu venço — comentou %Dimitri%, pegando o taco amarelo.
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  — Pois eu gostei da sugestão de %Annia%, sugeriria damas primeiro, porém não podemos esquecer da ordem de idade, Colin os mais velhos na frente então nos dê a honra de iniciar — disse Eloise, ao gesticular para que ele iniciasse, o que irritou a prima.
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  — Lembrem-se do lema da família: sempre que um Bridgerton ergue um taco, tornamo-nos todos trapaceiros e mentirosos — disse %Annia%, ao lembrar a famosa frase da família, sendo uma indireta para Eloise.
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  Ambas eram boas amigas desde a infância, porém vencer o Pall Mall estava acima de qualquer amizade, e o que deveria ser a versão de casais ao longo da partida, tornou-se uma brutal disputa entre os primos que, a todo custo, queriam arruinar as jogadas uns dos outros. Enquanto %Cedric% divertiu-se com as provocações e trapaças ao longo do jogo, encantado com este lado competitivo de vossa esposa, %Adeline% sentiu-se em meio a selva com leões selvagens prontos a atacá-la.
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  — Está tudo bem, minha senhora? — perguntou %Dimitri% ao aproximar-se dela, que permanecia estática com o que presenciava.
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  — Não sei se consigo absorver um jogo em que se é mais importante garantir que os adversários percam do que de fato ganhar — comentou ela, embasbacada.
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  — Acredite, isto é o mínimo diante do que nossa família tem para lhe mostrar, se nossos outros primos estivessem aqui, seria uma carnificina — comentou ele, segurando o riso.
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  Ela continuou em choque.
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  — Que tal uma mudança no jogo — disse %Cedric%, ao bater com força em sua bola para que acertasse a de %Dimitri%, desviando sua rota para longe.
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  — Muito bem, vossa alteza — disse %Annia%, ao dar um pulo, empolgada — aprendeste bem.
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  — Com a melhor, minha querida. — Ele piscou de leve para a esposa, sorrindo de canto, então sussurrou em seu ouvido: — Este jogo deu-me várias outras ideias.
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  — Mal posso esperar para compartilhá-las comigo. — Ela piscou de volta e olhou para o irmão. — Vossa vez, %Adeline%.
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  %Dimitri% olhou atravessado para a irmã, demonstrando descontentamento pela jogada de vossa alteza.
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  — Foste proposital, não é?! — perguntou à irmã.
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  — Sempre é proposital, meu caro irmão. — %Annia% piscou de leve para ele, voltando o olhar para a cunhada.
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  %Adeline%, por sua vez, suspirou fraco e caminhou até sua bola, vosso marido a acompanhou para lhe transmitir calma e segurança. A determinada diamante, mesmo sendo perspicaz com o marido, naquele momento apenas tentava não o desapontar diante da disputa, porém, em uma tacada errada, sua bola acabou se distanciando ainda mais para dentro do jardim oeste, contemplado por labirintos de altos arbustos.
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  — Uau, isso que foi uma tacada excepcional — comentou Eloise, não contendo os risos.
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  — Um casal já foi, faltam dois — disse %Annia% para a prima.
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  — Que vença a melhor — retrucou Eloise.
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  Longe daquela rivalidade, estava %Adeline% a procura de sua bola em meio aos arbustos do labirinto. Sua preocupação em não errar deu lugar às risadas que surgiam em seu rosto, quando finalmente encontrou o que procurava.
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  — Compartilhas com vosso marido o motivo destas risadas que me deixam fascinado? — perguntou %Dimitri% ao aproximar-se dela.
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  — Por que vieste atrás de mim?! — perguntou %Adeline% confusa.
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  — Ainda somos um casal, pelo que me lembro — respondeu ele, com tranquilidade.
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  — Perdoe-me, estraguei nosso jogo — disse a mulher, com um tom baixo.
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  — Pelo contrário… — O homem pousou as mãos na cintura da esposa, trazendo-a para mais perto. — Abriste uma bela oportunidade para fazermos o nosso próprio jogo.
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  — Devo-me preocupar por vossas inúmeras cavalgadas noturnas com vossa alteza? — indagou %Adeline%.
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  %Dimitri% riu baixo, tentando entendê-la.
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  — Não penses que preciso de vossa alteza para influenciar-me — sussurrou ele em vosso ouvido, fazendo-a arrepiar. — Minha mente possui vossas próprias idealizações e anseios…
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  — Milorde… — sussurrou ela de volta, sentindo seu toque.
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  O que dizer de um casal jovem e cheio de desejos?!
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Lady Lewis.

Garota, você sabe que eu quero seu amor
Seu amor foi feito a mão para alguém como eu
Venha agora, eu te guio.
- Shape Of You / Ed Sheeran

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