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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Lady Lewis

Escrita porPams
Revisada por Lelen

XXII • Almoço em Família

Tempo estimado de leitura: 30 minutos

  Para todos os que pensam que casamentos arranjados estão fadados à falência já no primeiro ano por não iniciar com amor, há exceções às regras que motivam essa autora a continuar apostando suas fichas em breves anúncios de herdeiros a caminho. E sim, estou a falar do nosso casal Bridgerton, que finalmente entenderam os sentimentos de um pelo outro, e, analisando com profundidade como tudo começou, pode-se sim presumir que havia um amor escondido neste caso.
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  Bridgerton House agora se encontrava mais vazia que o normal, pelo menos era o que a matriarca Violet sentia. Com o casamento da irmã, %Dimitri% não via mais nenhum motivo para permanecer na capital londrina, pois também já havia desposado uma donzela. Então, o que seria mais óbvio a se fazer em meio a nova estação? Sim, meus caros leitores, voltar a sua casa em Derbyshire e comandar as propriedades da família como o conde de Whatnot.
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  O anúncio aos familiares já havia sido feito por meio de cartas, em contrapartida, um convite para o almoço em família no domingo na residência Sollary foi encaminhado sem direito a recusas. Como todos sabem, família reunida é sinônimo de fofocas e alguns desentendimentos à parte, o que é muito apreciado por esta autora em questão. E que família não tem segredos escondidos debaixo do tapete? Eles soam pelas paredes em momentos como esses. Um dos muitos mistérios que os ronda é sobre a inesperada entrada do senhor Frederick na elite londrina, de como havia conquistado tal fortuna em uma época tão dominada pela nobreza. Há quem diga que foram seus anos como marinheiro mercante, outros que ele herdara de um parente distante terras improdutivas que hoje pertencem às estradas ferroviárias, porém, eu lhes digo, um dia descobrirei.
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  Voltando ao nosso domingo, logo no meio da madrugada, nossa afortunada diamante Bridgerton despertou de seu sono, um longo espreguiço de imediato notou a outra parte de vossa cama vazia. Nesta altura do momento de reconciliação, nosso conde havia aderido às tradições dos burgueses de dormirem no mesmo quarto, algo que assustou até sua experiente tia. Não que tal decisão causasse estranheza em %Adeline%, pelo contrário, ela muito se agradou do fato de dividir a cama todas as noites com o marido. Ainda mais diante dos muitos conselhos de vossa mãe, que sempre lhe afirmava: Um casamento já está fadado ao fracasso assim que o casal inicia dormindo em camas separadas.
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  — Hum… — %Adeline% se remexeu novamente e abriu os olhos lentamente, o quarto estava parcialmente escuro e um pouco frio.
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  Ela ergueu seu corpo ainda sonolenta, tentando entender por que acordara antes do amanhecer. Ao se levantar da cama, aproximou-se da poltrona e pegou um xale de tecido de algodão para se cobrir um pouco melhor. Saindo do quarto, caminhou silenciosamente pelo corredor até chegar às escadas. Seus olhos voltaram-se por um momento para o quadro na parede, fixando-os os rostos da grande família da viscondessa em seus muitos filhos e no quão era visível a felicidade estampada no olhar do marido, o que a fez lembrar-se dos muitos quadros de autorretratos que continham na casa do pai. Será que um dia terei uma família tão bonita, grande e feliz assim? Pensou ela, consigo. Por certo, uma família bonita eu vos asseguro que terá e, no que depender do lord Bridgerton, grande também, porém o feliz dependerá apenas de vós, minha cara diamante.
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  Ela soltou um suspiro fraco e voltou a descer os degraus. Ao chegar finalmente à cozinha, pegou um pouco de água para beber, notando assim a vista que as janelas próximas às escadas do porão proporcionavam ao jardim lateral. Em seu retorno ao quarto, %Adeline% notou algumas luzes acesas adiante vindas do escritório da casa, certamente a parte faltante de sua cama encontrava-se ali.
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  — Milorde — disse ela, mantendo o tom baixo ao abrir com suavidade a porta e vê-lo sentado em frente à mesa.
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  A atenção dele logo fora despertada, voltando seu olhar para ela, curioso por estar ali.
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  — Condessa. — Olhando-a fixamente. — O que fazes acordada?
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  — Estava a lhe perguntar o mesmo, senhor meu marido. — Ela deu um passo adentro, então fechou a porta, permanecendo encostada nela. — Algo lhe perturbou o sono?
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  — Não exatamente. — Ele fechou o caderno de anotações que estava em suas mãos e colocou na mesa a sua frente. — E vós?
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  — Bem… Eu senti frio e percebi que estava sozinha em nosso quarto — explicou ela, observando o marido se levantar da cadeira.
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  — Frio? Em pleno verão? — Ele segurou o riso, estranhando aquilo e seguindo até a mulher.
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  — Estou vendo esta expressão aí, não ria de mim, eu realmente senti frio — disse %Adeline%, num tom sério e firme.
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  — Não fiques brava com vosso marido. — %Dimitri% sorriu de canto, parando em sua frente, pousando as mãos em sua cintura, sentindo-a arrepiar o corpo. — Deixe-me aquecê-la.
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  — Milorde… — sussurrou a mulher, sentindo-o se aproximar ainda mais, beijando-lhe o pescoço.
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  — %Dimitri%… Diga meu nome — sussurrou ele de volta.
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  — %Dimitri%. — Ela pousou sua mão no tórax dele, deixando seus corpos pouco afastados. — O que fazias aqui?
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  — Nada demais. — O rapaz pegou na mão direita da esposa entrelaçando os dedos.
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  — Nunca é nada demais. — Insistiu ela, em sua curiosidade. — Acaso não confia em vossa esposa para compartilhar vossas preocupações?
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  %Adeline% sempre mantinha em si seu jeito obstinado, que a fazia confrontar o marido a todo custo. Em qualquer que fosse as conversas e discussões do casal, ela sempre tentava a todo custo ter a razão no final das contas.
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  — Claro que confio em vós, confiaria a minha vida. — Assegurou ele, beijando com suavidade as costas da mão dela.
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  — Então?! — insistiu a mulher, mantendo o olhar sério.
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  — Sorria para mim — pediu ele, com serenidade na face.
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  — %Dimitri% William Bridgerton. — Seu tom ficou mais sério.
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  — Milady… — sussurrou ele, com um olhar abandonado. — Apenas um sorriso.
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  — Vejo que não… — Ela foi interrompida por um beijo doce e intenso do cavalheiro em sua frente.
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  Em um curto espaço de tempo em que %Adeline% se impulsionou para recusar, deu-se por vencida ao sentir o deslizar das mãos do esposo em seu ombro, retirando-lhe o xale. Ela, que estava mesmo sentindo frio, aninhada em seus braços, aos poucos, após beijos e carícias, foi sentindo o calor de seu marido lhe aquecer interna e externamente. 
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  Não fora surpresa para ela passar o restante da madrugada no escritório com ele, já conhecia muito bem a textura do estofado da chaise, assim como conhecia o significado dos sussurros maliciosos do marido. Mas claro que nossa condessa não seria dobrada tão facilmente, seu desejo em descobrir todos os segredos do Bridgerton sempre era saciado pelo mesmo que lhe revelava abertamente, sem reservas.
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  — Por que fazes isso a vossa esposa?! — reclamou %Adeline%, aninhando-se um pouco mais nos braços de %Dimitri%.
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  Ambos finalmente encontrarem uma forma confortável de aconchegarem-se à chaise de tecido camurça azul marinho. Como dois corpos ocupariam o mesmo espaço? Se o senhor Newton não descobriu, não serei eu a lhes revelar tal possibilidade. 
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  — Fazer o que? — Ele remexeu-se um pouco para olhá-la.
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  — Se mostra misterioso, cheio de segredos extraindo curiosidades de mim, para no final deixar-me rendida em vossos braços — reclamou ela. — Não entendo por que ainda dou liberdade para vossos encantos.
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  — Porque me amas — disse o rapaz, com um sorriso de canto malicioso. — Sabes que tudo o que há em meus pensamentos se direcionam a vós, nem precisas perguntar.
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  — Sim… Mas vossa esposa sente a necessidade de ouvir vossas palavras — retrucou %Adeline%, voltando o olhar para sua mão esquerda, olhando a aliança. — Não quero que sejamos um casal ligado apenas à atração física… Um casamento sem amizade não é um casamento saudável.
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  — A cada dia me fazes apaixonar ainda mais por ti — confessou %Dimitri%, mantendo o olhar fixo na esposa. Tocando em sua mão, entrelaçou seus dedos. — O que mais desejas de mim?
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  — Que sempre me conte tudo o que pensas, mesmo que seja sobre mim — retrucou ela, rindo baixo.
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  — Não podes me pedir isso, e se acaso eu quiser lhe fazer surpresas? — indagou ele, em relutância. — Hum… Acaso me conta sobre vossos pensamentos?
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  — Não perguntas. — Ela riu novamente, agora do olhar confuso dele.
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  — Perguntarei então… Pensas em mim? — disse o rapaz, curioso.
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  — A todo instante — respondeu %Adeline%, com segurança. — Desde o momento em que derrubou o fatídico suco em meu vestido.
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  — Não falemos deste vestido, vos peço. — %Dimitri% voltou o olhar para a janela, encostando a cabeça no apoio da chaise.
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  — Agora é vós quem se mostra emburrado. — Ela ergueu o corpo e o olhou seriamente.
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  — Por que sempre buscas um assunto para brigarmos? — %Dimitri% bufou fechando os olhos.
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  — Por que se mantém tão relutante neste assunto? — questionou a mulher, um tanto irritada com o jeito silencioso e fechado do marido  — Não bastava apenas revelar-me que o presente fora uma travessura de vossa irmã?!
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  — Como sabes? — Ele abriu os olhos de imediato e a encarou.
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  Ela devolveu o olhar com seriedade. O silêncio pairou sobre o ambiente, tanto que até o sopro do vento do lado de fora era possível ser ouvido. Em um respiro profundo, ela se impulsionou para levantar, sendo impedida pelos braços do marido que a envolveu ainda mais.
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  — Não vais fugir de mim — declarou ele, girando-a no estofado, prendendo seu corpo embaixo do dele.
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  — O que estás a fazer? — perguntou %Adeline%, tentando relutar, sem sucesso.
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  — Não é somente vosso marido que guarda segredos, não é? — Ele a encarou novamente.
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  — Em minha defesa, és o senhor que ainda me escondes coisas — retrucou ela, firmemente. — Não consigo compreendê-lo.
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  — O que desejas compreender de mim? — %Dimitri% manteve o olhar fixo na esposa.
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  — Desejo que sejas mais aberto a conversas. — Ela alterou um pouco o tom de voz, forçando-se a manter o controle, aquela singular parte de %Dimitri% que a deixava em estado de irritação. — Não lhe custava nem dez libras dizer o que realmente aconteceu, que %Annia% havia enviado o vestido em vosso lugar.
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  — Não me disseste como descobriu — indagou o rapaz novamente.
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  — E este fato lhe importa agora? — retrucou a moça, um tanto indignada.
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  — Não, claro que não, entretanto, saber sobre isso antes mudaria algo? — Ele parou por uns instantes em seu pensamento, então afastou seu corpo, levantando-se. — Claro que mudaria, e agora talvez estivesse dormindo…
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  — Nem ouse terminar esta suposição, conde de Whatnot. — %Adeline% levantou-se atrás dele, mantendo sua voz firme e segura.
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  — Como quer que eu termine? — %Dimitri% a olhou, com certa amargura.
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  — Da mesma forma que começamos… — Ela se impulsionou para beijá-lo de surpresa.
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  Sem saber ao certo se funcionaria ou não, o que, para nossa felicidade ocorreu conforme o rápido planejado de vossa mente, da mesma forma envolvente como o esperado.
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  — %Adeline% Louise Sollary Bridgerton… — sussurrou ele, mantendo seus rostos próximos. — O que fazes comigo… Por que me deixas assim?
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  — Não importa qual caminho nos levou ao nosso destino juntos — disse a mulher, suavizando sua voz, sentindo o calor do corpo do marido. — O marquês jamais conseguiu atrair meus pensamentos para ele, pois já estavam em vós.
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  %Dimitri% sentiu seu coração pulsar mais forte e até mesmo acelerar. Nunca em sua vida imaginara receber uma declaração tão aberta de %Adeline%, mas ali estava, a sinceridade no olhar dela que o deixava ainda mais rendido e atraído pela vossa ousada e determinada esposa.
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  — Eu vos amo, na mesma proporção que me amas… — sussurrou %Adeline%, sentindo os braços do marido lhe envolver novamente.
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  É claro que mais uma vez ambos iriam desfrutar do amor que possuíam um pelo outro sendo agraciados pelo frescor do nascer do sol. E posso lhes assegurar que, se há um cômodo daquela casa que conhece bem este casal, é o reservado escritório dos Bridgerton.
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  As manhãs de domingo sempre foram motivo de encontros informais para o brunch nas confeitarias pela cidade, passeios no Hyde Park e pequenas cavalgadas ao campo. Para os Sollary, era sinônimo de família reunida e muito barulho ao longo do dia, com direito a almoço no jardim. Os barulhos eufóricos dos caçulas já foram ouvidos assim que o sol adentrou as janelas da casa, a senhorita Candace obteve muito trabalho para apaziguar sua euforia e finalmente encaminhar o pequeno Bowlmer e a sapeca Jasmine até o piquenique que preparara para ambos, próximo aos arbustos de camélias.
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  — Senhorita Jasmine e pequeno Bowlmer, voltem, por favor — disse Candace, novamente ao perdê-los mais uma vez para os carros que passavam pela rua.
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  — Eu disse que não seria uma boa ideia fazer o piquenique no jardim frontal — disse Constance, a governanta, assim que passou por ela, vendo-a assentada sobre a grama sem forças para lutar contra a empolgação dos pequenos.
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  — Senhora, eu achei que seria uma boa ideia, os domingos passeamos pelo parque pela manhã, porém o senhor Sollary ordenou que fiquemos em casa neste dia — explicou Candace, os pequenos precisam gastar as energias.
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  — Então pare de gritar por eles sem sucesso e deixem que corram pelo jardim, pelo menos assim não importunam a senhora Sollary — comentou a outra, dando de ombros e voltando a atenção para a mesa que coordenava a preparação do almoço.
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  — Teremos mais convidados para o almoço dos senhores? — perguntou Candace.
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  — Sim, o senhor Sollary convidou lorde Bridgerton e nossa doce %Adeline% — contou ela.
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  — E será prudente, já que o marquês também virá? — A preceptora se mostrou preocupada. — Foram tantas emoções envolvendo ambos.
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  — Se é prudente eu não sei, contudo, logo o marquês será parte da família também, então ocasiões assim acontecerão com mais frequências — explicou Constance com naturalidade. — Falarei a vós o mesmo que impus aos outros criados, não quero nenhum comentário aleatório do assunto, menos ainda olhares curiosos, mantenha sua discrição e profissionalismo a todo custo. Nossa senhora teve uma semana cansativa e não a quero ainda mais preocupada diante de cochichos desnecessários.
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  — Sim, senhora, não se preocupe, serei o mais discreta possível — assegurou Cadance.
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  — Assim espero. — Constante respirou fundo e voltou-se para frente, avistando o mordomo vir ao teu encontro. — Senhor Rillian, algum problema?
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  — Irei acompanhar meu senhorio para uma caçada nesta manhã na região leste da propriedade do marquês, só queria me certificar de que tudo esteja alinhado — disse ele, no seu habitual tom sério e frio.
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  — Não se preocupe, senhor, está tudo conforme o desejado pelo senhor Sollary — assegurou Constance, tentando segurar sua curiosidade.
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  — Pergunte — instigou ele, conhecendo-a —, antes que eu desista de lhe contar.
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  — Apenas o senhor Sollary irá nesta caçada? — indagou a mulher.
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  — Não. Lorde Bridgerton também estará presente — confirmou.
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  — Devo preocupar-me?
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  — Senhora, a única coisa que deve se preocupar é em apresentar pontualmente o almoço com o cardápio solicitado — disse o homem, transmitindo confiança a ela.
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  Constance assentiu com a cabela e se retirou, voltando à cozinha. Candace, que ouvira tudo, apenas se permitiu permanecer em silêncio, tentando não imaginar no que poderia acontecer nesta tal caçada.
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  Distante dali, com as carruagens parando em frente à exuberante propriedade do marquês de Hamilton, há alguns quilômetros de distância da cidade e cercada por uma privilegiada floresta ao leste...
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  — Bem que disseste ser bem próximo da capital — comentou o senhor Sollary, assim que desceu da carruagem com a ajuda do amigo. — Como é bonita a vossa propriedade.
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  — Agradeço vossa apreciação, está na minha família há cinco gerações, é tão bela quanto as vossas filhas — disse ele no plural, de forma intencional para que o conde ouvisse.
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  — É de fato uma bela propriedade. — A voz de %Adeline% soou com gentileza, sendo amparada pelo marido ao descer da carruagem. — Faz-me ansiar por saber como é a nossa em Derbyshire.
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  — Não chega a vossa beleza, milady — disse %Dimitri%, sorrindo de canto disfarçadamente.
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  %Adeline% havia notado uma certa indireta do marquês para vosso marido, claro que, no fundo, para Magnus não estava tão bem resolvido assim, e talvez aquele convite de paz fosse apenas para manter as aparências. %Dimitri% já desconfiava disso e ficou mais do que encantado com a postura de vossa senhora.
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  — Estou admirado de vossa presença, condessa. — Robert engoliu seco, controlando seu olhar para a mulher, sem sucesso. — Não sabia que apreciava caçadas.
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  — Para ser honesta, é minha segunda vez, quando participei da primeira, quase matei um amigo de meu pai, então fui proibida de continuar o esporte — contou ela, com naturalidade. — Entretanto, não resisti à curiosidade de conhecer a vossa casa e ver meu marido em ação, então estou eu aqui.
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  Sua explicação o deixou sem reações.
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  — Confesso que tentei persuadi-la ao contrário, contudo, em todas as nossas discussões, ela sempre sai vitoriosa no final — contou %Dimitri%, com o gostinho de satisfação em demonstrar partes da intimidade do casal. — Se é que me entende, marquês.
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  O senhor Frederick Sollary soltou uma gargalhada boba, quebrando o clima de tensão e dando leveza à conversa.
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  — %Adeline% puxou o gênio forte da mãe, eu mesmo não consigo dizer não à minha esposa, então o compreendo muito bem, meu caro — afirmou o senhor Sollary. — E vós, minha querida, cuidado para não acertar vosso marido, não quero uma filha viúva em tão recente matrimônio.
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  — Não se preocupe, papai, serei muito bem orientada por lorde Bridgerton. — Ela voltou o olhar para o marido, depositando todo o seu sucesso na caçada, nele.
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  — Às vossas ordens, milady — brincou o rapaz, batendo continência.
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  — Vamos à caçada então? — propôs o marquês, ao respirar fundo para manter a boa aparência.
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  Eles assentiram e caminharam até o estábulo. Após selecionarem os melhores cavalos para o percurso que fariam, seguiram para a trilha demarcada.
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  — O que há de divertido em caçar animais? — perguntou %Adeline%, ao sentir-se um pouco enjoada pelo balançar do cavalo.
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  Não que ela não fosse acostumada, pelo contrário, já havia tido outras oportunidades de cavalgar às escondidas do pai, em seus tempos de amizade com sir. Ulrich Wood, um militar que fora seu amigo de infância.
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  — O que há de divertido em ler os jornais de Lady Lewis? — retrucou %Dimitri%, mantendo vosso cavalo pareado ao da esposa.
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  — O senhor também os lê — retrucou ela, rindo baixo. — E não é algo que tire a vida de um ser vivo.
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  — Nós comemos o que caçamos — argumentou ele — e a diversão vem no pacote.
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  — Não bastaria apenas comprar no açougue? E quem disse que como carne de veado? — Ela deu de ombros, mantendo a atenção para frente, observando o pai e o marquês logo adiante.
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  — Caçaremos um javali — corrigiu o homem. — Acaso está simpatizando pelo animal? Não sabia que minha esposa era vegetariana.
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  — Não sou, eu gosto de carne, só não sinto que teria coragem de comer se o visse morrer em minha frente — comentou ela.
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  — Tens certeza que já fez isso antes mesmo? — %Dimitri% parou o cavalo e a olhou.
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  — Claro que sim. — Ela também parou seu animal, mantendo o olhar no marido. — Só não segui até o final, por, acidentalmente, atirar na perna de um cavalheiro.
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  — Hum… — O rapaz desceu e estendeu a mão para ela. — Venha comigo.
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  — Não iremos com eles? — perguntou %Adeline%, sendo auxiliada a descer do cavalo. — Podemos nos perder.
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  — Desde que estejamos pontualmente na casa de vosso pai para o almoço — %Dimitri% a colocou à sua frente —, que mal há se nos perdermos aqui?
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  — Lorde Bridgerton — a entonação da moça pareceu de repreensão —, não estamos em nossa casa.
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  — Acredite, o marquês ficará melhor com nossa ausência. — O homem sorriu de canto e lhe roubou um selinho.
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  — Ah! — Ela colocou a mão na boca, envergonhada por aquilo, olhando para os lados. — Milorde, estamos ao ar livre, sei que a nobreza acha rude demonstrações de afeto em público.
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  — Está vendo alguém aqui? — indagou ele, tendo o silêncio como resposta. — Acredito que os pássaros saibam guardar segredos.
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  Ele foi se aproximando com suavidade até que beijou a mulher, desta vez, com mais intensidade, deixando-a com o coração acelerado ao sentir seu toque. Não que o conde de Whatnot tivesse planejado profanar as terras da propriedade do marquês, contudo, fora oportuno terem encontrado, em meio aos arbustos, diversas folhas caídas que lhes proporcionaram um conforto mediano, e nem mesmo o frio do solo que tocou sua pele tirou a atenção de %Adeline% às investidas maliciosas de seu esposo.
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  — Finalmente! Achei que tivessem se perdido — comentou o senhor Sollary, assim que o casal Bridgerton adentrou o hall de entrada de sua casa.
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  — Perdoem-nos pelo distanciamento — disse %Dimitri%, tentando encontrar as palavras certas para formular vossa explicação.
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  — A culpa foi minha, senti-me um pouco enjoada pelo balançar do cavalo e paramos um pouco para respirar ar puro. — %Adeline% se adiantou e sorriu de leve.
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  — Mas está tudo bem? — perguntou o marquês, disfarçando a preocupação.
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  — Sim, agora estou melhor — assegurou ela.
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  — Vamos ao jardim, já estão à nossa espera e vossa mãe está ansiosa para vê-la. — Frederick tomou a frente os conduzindo até a porta para o jardim dos fundos.
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  %Dimitri% disfarçou o riso ao longo do caminho.
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  — Esta é a primeira e última vez que me coloco como culpada por vossa causa — sussurrou %Adeline% ao marido.
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  — Vais me dizer que não foi proveitoso aprender a atirar com vosso marido? — O rapaz se fez de inocente.
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  — Quando finalmente deixou-me fazê-lo… — argumentou ela, voltando-se para ele com o olhar sério. — Sabes muito bem neste sorriso malicioso o que aconteceu naquele lugar.
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  — O amor aconteceu. Pelo menos a grama não estava úmida — disse num tom inocente.
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  — Grama? Não tinha grama, e as folhas das árvores não contiveram o gélido do solo — reclamou a moça.
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  — E fez diferença? Meu corpo sempre estará aqui para lhe aquecer. — %Dimitri% sorriu de canto, deixando-a estática, sem argumentos. — Vamos, não podemos nos perder na casa dos vossos pais — brincou ele, recebendo um tapa no ombro como resposta dela.
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  — E ainda brinca com tais coisas. — A moça seguiu na frente, mostrando-se indignada.
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  Ele se viu impressionado com os modos de vossa esposa. A cada detalhe que descobria da bela dama obstinada que desposara, mais apaixonado ficava. No jardim, %Adeline% seguiu diretamente para sua mãe, dando-lhe um abraço apertado e recheado de saudades antecipadas. No último domingo em família, antes da partida para Derbyshire, seu coração apresentava um misto de medo e curiosidade pelo que poderia acontecer em sua vida longe da mãe.
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  Acredite, minha cara diamante, todos nós estamos com esta curiosidade, ainda mais após o fracasso que fora os ensinamentos da caçada. 
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  Bem, isto depende do ponto de vista de quem o vê.
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  — Como estás, minha querida? — perguntou Marie, com o olhar carinhoso para a filha.
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  — Bem, eu acho. — %Adeline% tentou demonstrar confiança à mãe, falhando miseravelmente. — Mas acredito que melhor do que da última vez que a visitei.
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  — Eu vos conheço muito bem para saber que está preocupada. — Afirmou a mulher ao ajeitar a manta que cobria parte do corpo.
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  — Não acho que seja uma preocupação em si… — %Adeline% suspirou fraco, voltando o olhar para o marido, que conversara com o pai. — Acho que é…
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  — Um misto de insegurança e ansiedade — completou a mãe.
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  — Sim, acho que podemos resumir assim. — Assentiu, voltando a olhá-la.
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  — Partindo, finalmente terá a vossa casa e família para cuidar, não será o mesmo que enfrentar suas irmãs barulhentas, uma mãe doente e o pai explosivo — continuou a matriarca.
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  — Não era um fardo cuidar de nossa família — assegurou a filha.
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  — Eu sei, minha querida, ainda me pesa o coração por tantas coisas terem sido acarretadas a alguém tão jovem — confessou a mãe. — Mas saiba que nossa família se manteve firme graças a sua doçura e cuidado, tenho certeza que será uma boa mãe e esposa para o lord Bridgerton… Bem, esposa já se percebe que sim, pelo olhar dele para minha diamante.
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  — Mamãe… — %Adeline% se encolheu um pouco. — Assim deixa-me envergonhada.
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  — Não preciso dizer, é visível, minha querida, infelizmente não só o olhar do vosso marido — disse Marie, referindo-se ao marquês.
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  %Adeline% permaneceu em silêncio quanto ao comentário.
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  — Lastimo por vossa irmã gostar de um cavalheiro do qual não terá cem por cento do olhar — continuou. — Não será um casamento feliz.
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  — Talvez seja, pensemos positivamente, Rose está muito apaixonada, desde o dia em que o conhecemos, ficou até mais empolgada com ele do que eu… — %Adeline% voltou seu olhar para frente. — É melhor assim.
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  — Vosso coração voltou-se para o lorde Bridgerton desde o início, não foi? — perguntou a mãe.
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  — Sim, eu só tinha medo de admitir para mim mesma. — Assentiu a moça.
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  Logo, o pequeno Bowlmer correu em direção a ambas.
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  — Mamãe! — disse em empolgação, ao pular no colo da mulher.
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  — Ah, meu querido, quanta energia. — Sua voz ficou um pouco mais baixa, demonstrando cansaço.
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  — Mamãe, podemos brincar juntos hoje? — perguntou o menino.
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  — Pequeno Bowlmer… Não podes fazer isso. — Cadance olhou para a criança com seriedade. — Perdoe-me senhora, hoje ele está mais agitado que de costume.
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  — Não tem problema, Cadance, passamos tanto tempo longe um do outro… — A mulher acariciou o filho com carinho. — Não podemos brincar, mas podes ficar aqui comigo, que tal?
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  Ele assentiu com a cabeça.
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  — Podes comportar-se? — perguntou ela.
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  Tendo o balançar da cabeça dele positivo.
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  — Fique tranquila, Cadance, cuide da Jasmine — ordenou Marie.
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  — Sim, senhora, estarei bem próximo. — Ela retirou-se rapidamente para localizar a outra criança.
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  %Adeline% sorriu para o irmão e o pegou no colo.
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  — Venha, eu vou brincar com você — anunciou ela, começando a fazer cócegas no menino, que deu gargalhadas bobas, se divertindo.
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  Um domingo ao ar livre em família era tudo o que nosso doce diamante precisava para acalmar o coração e lhe dar mais confiança para a nova vida que o marido propunha. Seu dia encheu-se de alegrias ao estar com a mãe e seus bons conselhos, acompanhar as travessuras das irmãs e a animação dos pequenos, além de certificar-se que o pai conseguiria seguir sem a primogênita para lhe acalmar nas horas de turbulência.
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  É como eu sempre digo, a maior riqueza da vida tem um nome: família.
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- Lady Lewis

Eu encontrei um amor para mim
Querida, entre de cabeça e me siga
Bem, eu encontrei uma garota, linda e doce
Ah, eu nunca soube que você era a pessoa que estava esperando por mim.
- Perfect / Ed Sheeran

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Lelen

OK, PRECISO SABER DA AMELIA E DO FINAL FELIZ DELA, OBRIGADA.
Achei o Cedric marido uma gracinha, permaneça sendo uma gracinha, alteza HAHAHAH
E arre que Dimitri e Adeline se entenderam. PQP, homem, falei pra tu falar a verdade de uma vez, mas não, tem que fazer drama e esperar a bomba explodir, se eu estivesse aí, te dava uns tapões na nuca pra parar de ser assim, eu hein u.u kkkkkk
Mas grazadeus, estamos seguindo para o felizes para sempre, chega de problemas e… Magnus, pelamor, só vai ser feliz sem miar a felicidade alheia, ok? Ok. Se não me obedecer, a gente vai ter uma conversa séria.

Pâms

Amo suas reações kkk ❤❤❤❤❤❤❤❤❤

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