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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Lady Lewis

Escrita porPams
Revisada por Lelen

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XV • Manhã seguinte

Tempo estimado de leitura: 19 minutos

  Minha mãe sempre dizia que a primeira noite de uma donzela com vosso marido é regada a descobertas e revelações. %Adeline% havia comprovado isso diante da intensidade que emanou do conde que a desposara. Entretanto, na manhã seguinte, sentiu a frieza do vazio ao seu lado, quando involuntariamente seu corpo rolou na cama. Seus olhos se abriram lentamente, fazendo-a notar que estava sozinha no quarto. Um crescente sentimento de frustração lhe tomou conta, principalmente por muitas vezes presenciar vossos pais sempre juntos pela manhã, como um casal inseparável.
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  — Acho que mais uma vez interpretei mal as circunstâncias — sussurrou ela para si, deixando suas dúvidas quanto aos sentimentos de lorde Bridgerton, retornarem.
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  Ela se espreguiçou de leve, sentindo uma pequena fresta de luz entrar pela janela. Ainda era primavera em Londres e o dia havia amanhecido em seu brilho e frescor que todos esperamos da atual estação. Assim que se levantou da cama, caminhou até a janela e abriu as cortinas, ao contrário de suas irmãs dorminhocas, %Adeline% sempre acordara antes de Moore chegar ao seu quarto pela manhã.
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  — Senhorita Sollary?! — A voz da criada soou atrás da porta. — Perdão, senhora Bridgerton… Preciso me acostumar… A senhora já está acordada?
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  Ela riu pelo tropeço de Moore com as palavras e assentiu em voz alta.
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  — Sim, podes entrar — disse.
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  — Bom dia, milady, sempre acordando antes de mim — murmurou a criada, adentrando o quarto com um sorriso reconfortante. — Vim para ajudá-la a se trocar.
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  — Não precisava, Moore, mas agradeço. — Ela assentiu, observando a dama de companhia adentrar e fechar a porta.
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   %Adeline% se manteve silenciosa por alguns instantes, até que…
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  — Moore?
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  — Sim, senhora. — A criada que havia voltado sua atenção ao baú de roupas, olhou-a novamente.
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  — Por acaso, viste o lorde Bridgerton? — perguntou, ainda relutante internamente.
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  — Ah, sim senhora, ele saiu bem cedo — respondeu ela, prontamente.
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   %Adeline% achou estranho a primeiro momento, afinal, que homem se ausentaria de sua esposa na manhã seguinte ao casamento? Claro que havia uma explicação para isso, o conde de Whatnot estava tratando dos últimos detalhes de sua partida com a esposa para Paris, o que se confirmou pouco depois do horário do café da manhã, em que nosso diamante bruto se manteve sentada em um banco ao ar livre, contemplando o jardim do palacete.
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  — %Adeline%. — A voz de %Dimitri% a despertou de seus pensamentos distantes.
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  — Lorde Bridgerton. — Ela voltou o olhar para ele.
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  — Estamos sozinhos, podes ser informal com vosso marido — disse ele, com o olhar sereno para ela.
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  — Não acho que estejamos tão íntimos para tal coisa. — Ela voltou o olhar para a fonte mais à frente.
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  — Após a noite que tivemos, qual nível de intimidade desejas para nós? — perguntou ele, confuso pela reação dela.
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  — Nenhum senhor. — Ela se levantou do banco para se retirar.
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  — O que aconteceu? — Ele segurou em sua mão, parando-a por um tempo. — Diga-me o que fiz de errado para que vosso marido possa se redimir. 
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  — Prove-me o que realmente sentes por mim — pediu ela, sentindo uma insegurança interna.
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  — Perdoe-me, mas não entendi o vosso pedido. — Seu olhar demonstrou estar ainda mais confuso.
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  — Eu que não o entendo, milorde, após tudo que aconteceu nos levando a noite passada — ela se manteve séria — ainda tenho dúvidas sobre muitas coisas, como podes agir com tamanha naturalidade?
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  — Não é visível para a senhora minha esposa? — indagou ele. — O que a faz ter dúvidas?
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  — O fato de negar suas ações, talvez. — Ela deu um passo para trás, afastando-se dele. — Devo presumir que o envio daquele vestido realmente fora uma estratégia para confundir-me a mente?
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  — Novamente esta história? — Ele soltou um suspiro cansado. — O que virá agora? Suposições de um plano para tirar o marquês da jogada e destruir o futuro brilhante que teriam como um casal?
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  — Não coloque palavras em minha boca, mas sim, adoraria que fosse um pouco mais honesto comigo — disse ela, perplexa por suas palavras.
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  — Eu já fui quando disse que não lhe enviei tal vestido, mas se assim desejas encontrar um pretexto para afastar-se de mim, que seja. — Desta vez, ele que deu impulso para se retirar primeiro. — Creio que há uma necessidade de nossa lua-de-mel ser adiada.
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  Ele apenas desviou o olhar dela e se retirou com o gosto amargurado em sua boca. Em seus pensamentos, %Dimitri% chegava à conclusão de que %Adeline% tinha-se com sentimentos inclinados ao marquês, mesmo tendo se casado com ele. Era um fato que tal união em sua teoria havia sido por obrigação, para que a honra da jovem fosse mantida, entretanto, na visão do apaixonado Bridgerton fora uma benção de Deus, com a ajuda de sua travessa irmã. Ele bem que poderia contar toda a história para sua esposa e finalmente mostrar-lhe suas reais intenções para com ela, contudo, tinha receios de que a mesma novamente achasse ser uma mera invenção do homem.
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  Ah, minha querida %Adeline%, não mate esta autora de desgosto, por favor!
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  O diamante bruto permaneceu parada olhando o marido se afastar e totalmente sem reação pelo ocorrido. Não era exatamente o que pretendia fazer, mas infelizmente a fatídica história do vestido não lhe deixava o pensamento, adicionando todos os bilhetes que recebeu do conde. Ao mesmo tempo que o coração lhe acelerava, a mente transmitia o caos que a impulsionava a tomar atitudes erradas. Ela respirou fundo e seguiu em direção a entrada leste da casa, seguindo-o, afinal, não se dava por satisfeita.
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  — Lorde… — Ela se calou por um momento ao adentrar o palacete e o encontrar dando ordens ao mordomo.
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  — Peço que tudo seja feito em máxima discrição, por favor — pediu ele, abaixando um pouco mais seu tom.
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  — Como desejas, milorde. — O mordomo assentiu, e olhando para %Adeline%, fez uma breve reverência antes de seguir para suas funções.
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  — Precisas de algo? — %Dimitri% se voltou para ela, mantendo a serenidade no olhar.
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  — Para onde iremos agora? — perguntou ela.
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  — Ficaremos na casa de minha tia, será mais prudente até o final da temporada — explicou ele, num tom seco e frio. — A carruagem já está pronta para levá-la na frente.
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  — Não irás comigo? — indagou ela.
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  — Infelizmente, outros assuntos precisam da minha atenção — respondeu ele. — Mas estarei em casa a tempo para o jantar.
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  Ela assentiu de leve com o olhar e, com a aproximação de Moore, seguiu para a carruagem. Diante deste conflito inicial, seguimos na esperança que nosso diamante finalmente deixe as dúvidas de lado e se permita viver este amor.
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  Assim que %Adeline% chegou na casa dos Bridgertons, %Annia% mais do que depressa fora recebe-la assim que Judith anunciou sua presença. A pérola intocável desceu as escadas transbordando curiosidade, até que chegou no último degrau e se deparou com o olhar apático da amiga.
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  — %Adeline%?! — Ela se aproximou um pouco perplexa. — O que aconteceu? Era para estar em viagem, rumo a Paris.
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  — Vosso irmão decidiu adiar por ora — explicou ela, soltando um suspiro cansado.
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  — Mas, ele disse o motivo? — indagou %Annia%.
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   %Adeline% se manteve em silêncio, não sabendo o que responder.
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  — %Annia%, querida, vamos deixá-la descansar, foram muitas emoções em tão pouco tempo e uma grande mudança em sua vida. — Lady Violet se aproximou delas e tocou com gentileza o ombro da recém-casada. — Venha, querida, eu lhe mostrarei vosso quarto, já está preparado.
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  — Agradeço, lady Violet. — %Adeline% forçou um sorriso suave e deu impulso para segui-la.
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  Assim que a matriarca Bridgerton mostrou-lhe em detalhes tudo o que possuía no quarto, assim como a vasto closet no qual já se encontrava alguns de seus pertences, %Adeline% fora deixada em seu espaço íntimo para descansar um pouco. Ela passou um tempo apenas olhando para a cama, tentando controlar seus pensamentos da noite anterior. Uma retrospectiva passou-lhe pela mente de todas as vezes que pegara %Dimitri% olhando-a nas diversas recepções e bailes que compareceu.
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  No andar de baixo estava %Annia%, totalmente intrigada pela inesperada presença de sua agora cunhada, querendo entender o que será que havia acontecido para que a estimada lua-de-mel fosse adiada.
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  — Não se preocupes com vosso irmão — disse tia Violet, ao descer o último degrau da escada já conhecendo a sobrinha e suas inquietações. — Sua atenção agora deves ser plenamente em ter uma corte definitiva.
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  — Perdoe-me, tia, sei que devo manter-me focada em minha temporada. — Ela deu um sorriso meio sem graça e respirou fundo. — Mas…
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  — Mas? — Violet suavizou o olhar e sutilmente segurou as mãos dela, guiando-a até a chaise que tinha no hall de entrada da casa. — O que vos aflige, minha querida?
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  — Estar errada quanto aos meus sentimentos — confessou a garota, soltando um suspiro fraco em seguida.
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  — Falas de vossa alteza ou de vossa graça? — A tia ainda não tinha entendido qual dos cavalheiros havia de fato interessado a vossa sobrinha.
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  Compreensível, minha cara lady Violet, afinal, após algumas danças com vossa alteza e um passeio no parque com o duque, era de se esperar que tivesse tal dúvida. Entretanto, sabemos bem as preferências de nossa pérola intocável.
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  — Eu não tenho nenhum interesse em vossa graça, minha tia, lorde Tenebrae é apenas um bom amigo para mim — revelou ela, expondo-se um pouco. — Deu-me vários conselhos que certamente meu pai o faria se estivesse vivo.
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  — Então presumo que o causador de suas insônias seja vossa alteza. — Violet sorriu de canto ao perceber a afirmação no rosto corado instantaneamente da sobrinha. — O que aconteceu? Ainda tens dúvidas dos vossos sentimentos?
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  — Não dos meus, mas… Não sei o que pensar sobre vossa alteza. — Ela olhou para a tia, deixando a sinceridade transbordar o coração. — Recebi a vossa declaração no Vauxhall com tanto impacto que me roubou a fala, mas logo após, entre um turbilhão de acontecimentos em nossa família, ele simplesmente se ausenta de Londres deixando apenas um bilhete.
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  Sua frustração interna transparecia no olhar.
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  — Temo em me apaixonar por um cavalheiro de condutas duvidosas e a peculiar fama de libertino, vossa alteza já foi mencionado em diversos escândalos pela própria Lady Lewis. — %Annia% soltou um suspiro fraco, reprimindo vossas emoções que lhe chegavam no canto dos olhos. — Pergunto-me se devo acreditar em tais palavras.
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  — Quando me contaste pela primeira vez sobre o ocorrido, confesso que também duvidei de tal ato, mas naquele dia eu consegui ver um vislumbre de brilho em vosso olhar — contou a tia, aliviada e feliz por sua sobrinha ser tão próxima a ponto de compartilhar suas aflições. — Quem sabe vossa alteza não precise de um empurrãozinho motivacional para que finalmente possa tomar a atitude que tanto espera?
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  O olhar de lady Violet ficou um pouco mais pensativo, como a de um general em guerra em meio a elaboração de uma estratégia de ataque. Essa sim é a Bridgerton perspicaz que casou oito filhos com honra.
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  — No que está pensando, tia Violet?! — perguntou %Annia%, em seu olhar inocente.
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  A pérola que não se fez advogada em arquitetar planos para casar o irmão, agora estava mais do que perdida quando o assunto era seu próprio futuro.
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  — Em minha vasta experiência de vida, só há uma coisa que motiva um homem a lutar pelo amor de uma donzela — contou a tia, certa de suas palavras.
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  — E qual é? — perguntou a sobrinha, curiosa.
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  — O interesse de outro cavalheiro pela tal moça — concluiu ela, se referindo ao outro príncipe. — Eu notei muito bem a aproximação de vossa alteza de Mônaco no casamento de vosso irmão.
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  — A senhora está dizendo que… — Ela finalmente entendeu as palavras de sua tia. — Tia Violet, seria muito cruel fazer isso, usar o príncipe de Mônaco para fazer ciúmes em vossa alteza.
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  — A senhorita já fez coisa pior que eu sei. — Violet a olhou mais seriamente. — Eu sei muito bem sobre a história do vestido.
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  — Que vestido?! — perguntou %Adeline% descendo as escadas.
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  O diamante bruto manteve o olhar intrigado sobre elas, enquanto descia os últimos degraus.
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  — O vestido que encomendamos na modista para o baile de lorde Renault, o duque de Valentinois — respondeu lady Violet prontamente, voltando o olhar para a sobrinha que assentiu com a cabeça. — E a senhora condessa %Adeline% Bridgerton também deves ir à modista para a escolha do vosso vestido.
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  — Tenho tantos que nunca usei, precisarei mesmo de um novo? — disse %Adeline% ao soltar um suspiro discreto.
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  — Mas é claro que sim. — Tia Violet levantou-se da chaise, mantendo o olhar sutil para a nova integrante de sua família. — Deves andar de acordo com a última moda em Paris, e o que andam dizendo é que o look para recém-casadas dessa estação é floral em tons pastel.
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  — Tenho certeza que Mademoiselle Tatou tem o modelo ideal para a sua beleza, minha amiga — reforçou %Annia%, se empolgando.
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  — Tudo bem, se ambas dizem — ela assentiu, um pouco relutante.
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  Elas se olharam por um tempo, até que o sino da porta soou. Em instantes o mordomo aproximou-se para atender, não demorando nem minutos ele rapidamente fechou a porta e voltou-se para suas senhoras.
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  — Alguma correspondência de última hora, senhor Dawson? De algum de meus filhos? — perguntou lady Violet preocupando-se.
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  — Não, milady, é uma carta para a senhorita Bridgerton. — O mordomo olhou para %Annia%. — Senhorita, é de vossa alteza.
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  — Príncipe %Cedric%? — perguntou ela, aproximando-se para pegar o envelope.
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  — Não, senhorita, é de vossa alteza o príncipe de Mônaco — respondeu ele. — Ele pede uma resposta imediata.
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  Logo a empolgação de %Annia% diminuiu visivelmente, quando seus olhos viram o selo real de Mônaco, com as letras iniciais de vossa alteza assinando abaixo.
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  — O que vossa alteza diz?! — perguntou a tia, deixando-se ansiosa pela surpresa.
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  — Está a me convidar para um passeio no Hyde Park nesta tarde — contou %Annia%.
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  — Pois mande dizer a vossa alteza que %Annia% agradece o convite e confirma a presença. — Sua tia tomou frente da resposta, atribuindo ao mordomo a missão de passar o recado adiante.
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  — Como desejas, senhora. — Ele assentiu se retirando para dar a resposta.
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  — Espere! — disse %Annia% no impulso. — Tia Violet, não acho prudente que…
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  Ela parou seu argumento no meio do caminho assim que encontrou o olhar repreensivo de sua tia, então assentiu para que Dawson prosseguisse. %Adeline% manteve-se em silêncio não entendendo os motivos para que a amiga admitisse, afinal, ela sabia bem as preferências da pérola.
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  Assim iniciava o plano improvisado de lady Violet em auxílio à sobrinha. Ah, queridos leitores, estou a me derreter de ansiedade para acompanhar esta singela caminhada ao ar livre. 
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  Será que um certo libertino retornará a tempo de presenciar tal acontecimento?
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  Longe dali, em uma carruagem especial e a caminho dos perfumados campos de lavanda da Escócia, nosso rubi inesperado se mantinha em silêncio com o olhar na paisagem, enquanto seguia na companhia de sua criada Franchy e o cocheiro. Vosso pai se manteve em Londres para manter as aparências e evitar falsos cochichos pela elite.
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  Há quem diga que o anúncio do casamento de nosso rubi é um mero golpe do pai para manter a honra filha, evitando assim uma humilhação pública pela possível terceira temporada sem um pretendente. Outros pensam que o tal noivo misterioso certamente é um militar que está a serviço de vossa majestade em algum lugar do Oriente.
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  Eu digo que só acredito em tal casamento quando o mesmo se realizar, e torço para que seja breve, pois uma dama não pode roer as unhas, e ando tão aflita que não paro de olhar para as minhas. E tratando-se de um certo beijo escondido, minha sanidade mental inclina-se a acreditar que nosso duque esconde algo por detrás daquele olhar enigmático.
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  — A senhorita está tão calada, milady — comentou Franchy, ao perceber a tristeza no olhar dela.
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  — Estou apenas pensativa, Franchy. — Ela manteve o tom baixo de sua voz. — Apenas pensando em como será minha vida de agora em diante.
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  — Lamento que lorde Bourbon tenha tomado esta decisão — comentou a criada, quase em sussurro. — A senhorita parecia tão feliz após encontrar amigas tão verdadeiras.
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  — Nem tudo na vida é como queremos — explicou.
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  — É uma pena que… — Franchy tentou controlar vossos comentários, mas até mesmo a moça torcia pela felicidade de sua senhora e se sentia frustrada pela inesperada partida. — Bem, pense pelo lado positivo, a senhorita estava mesmo com saudades da vossa tia, a senhora Poppy deve estar transbordando felicidade.
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  Suas palavras finais soaram como uma motivação.
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  — Sim, tia Poppy sempre se anima com a minha presença. — Concordou %Amelia%, não se sentindo nada motivada.
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   %Amelia% segurou suas lágrimas, mantendo o olhar marejado para fora da carruagem. Ela sabia que havia a possibilidade de não retornar mais a Londres nessa estação e seriam longos os dias de primavera na casa de sua tia. Após uma longa conversa com o pai, %Amelia% se encontrava ainda mais confusa sobre o assunto denominado, seu noivo.
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  Um mistério que muitos se intrigavam por destrinchar.
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  E se vós, caro leitor, descobriu, conte para esta autora ansiosa pela revelação.
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Lady Lewis.

Uma simples frase: "Eu estou esperando por você!', 
mas eu não posso dizer isso em voz alta
Eu fecho meus olhos e tento adivinhar o que você está fazendo. 
- My Answer / EXO

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Lelen

Gente, eu com o primeiro capítulo da att: OOOOWN, CASAL FELIZ PARA SEMPREEE, corta pro próximo: PQP, CUSTA ALGUÉM FALAR A VERDADE SOBRE O DAMN VESTIDO?
Dimitri, para de ser abestado, pelamor, ESSA VERDADE VALE MAIS, e se a bonita não quiser acreditar? Fala pra sua irmã admitir antes, a culpa da confusão é dela, afinal, né. HAHAHAHAH
E KD O CEDRIC QUE FOI E NUNCA MAIS VOLTOU? VEMK, MEU QUERIDO, TU VAI PERDER A MULHER SE BOBEAR. (eu tenho interesse no seu primo, licença kkkkk)
Falando em interesse, que o Magnus ali afunde na desgraça, já odeio u.u
E ainda se acha no direito de qualquer coisa, AFFF. LIVRAMENTO.
Agora Sebastian, tu que vá lutar pela mulher dos seus sonhos, vamos, meu filho, vai que tá na sua, bora marcar gol aí!

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Pâms

Isso que é chuva de emoções kkkkkkkkkkk

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