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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

O Espaço Criativo não se responsabiliza pelo conteúdo das histórias hospedadas na sessão restrita ou apontadas pelo(a) autor(a) como não próprias para pessoas sensíveis.

Lady Lewis

Escrita porPams
Revisada por Lelen

XIV • Wedding Party

Tempo estimado de leitura: 23 minutos

  Há quem diga que de todas as recepções da nobreza, a mais glamourosa é a de debutantes, o momento em que nossas jovens se apresentam a vossa majestade para uma temporada repleta de anseios e cortejos. Entretanto, para mim, nada se compara a uma sutil cerimônia de casamento, que sela o futuro de dois corações conflituosos.
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  Para quem achou que todos estavam satisfeitos com tal evento, é porque não ouviram as palavras amargas do marquês no clube dos cavalheiros. E claro que o ombro amigo seria de vossa graça, que em sua prudência achou melhor não se afastar do amigo, para assim evitar possíveis conflitos.
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  — Deverias se conformar, Magnus — aconselhou %Sebastian%, num tom baixo, porém firme —, e reduzir um pouco suas doses de whisky.
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  — Não me regule, amigo, meu orgulho foi ferido por aquele Bridgerton. — Num tom amargo com vestígios de embriaguez, ele reclinou o corpo para se apoiar melhor no encosto da poltrona. — Roubou-me minhas duzentas mil libras. 
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  — Está realmente assim por causa do dote? — O olhar do duque mostrou breve indignação. — Achei que estivesse mesmo apaixonado pela senhorita. 
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  — Eu a acho atraente, não nego, vossa pele negra que transmite luz própria, posso dizer que há um encantamento de minha parte. Afinal é a mais bela das filhas do burguês — comentou Magnus, não se importando com a indignação do amigo. — Mas apaixonado? Não, talvez após o casamento.
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  Magnus soltou um suspiro fraco e tomou o último gole de seu copo.
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  — Mas farei o possível para me conformar, afinal o senhor Sollary me prometeu a mão prévia de vossa segunda filha na próxima temporada e o mesmo valor em dote. — Ele sorriu de canto.
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  — Não acho que deverias se casar por interesse — aconselhou novamente.
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  — Eu vejo como uma troca de favores — explicou o marquês com naturalidade. — Ele precisa casar bem as filhas com importantes homens da nobreza e eu preciso de uma esposa de família rica... Sabes que meu tio cortou-me parte de minha renda após aquelas aventuras em Limerick, agora preciso mostrar-me um homem de família honrado.
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  — Conselhos não lhe faltaram de minha parte — comentou %Sebastian%, lembrando-se da gravidade do assunto.
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  Há pouco mais de dois anos em sua passagem pela cidade dos tios tutores, Magnus havia causado alguns transtornos, seduzindo uma jovem de família humilde e deixando-a grávida e desamparada. Claro que sua família abafou o caso, para não trazer mais desonra ainda, entretanto, por ordem de vossa majestade, a herança paterna seria administrada por seu tio, também marquês. O único direito que Magnus teria sobre a fortuna seria receber um auxílio mensal até que se casasse e tivesse um herdeiro.
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  — O que está feito, está feito — resmungou o homem voltando seu olhar para Genevieve Le'Chant, o affair de vossa alteza que estava aos fundos do lugar com alguns músicos para entretenimento dos cavalheiros.
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  — E o que pretende fazer até chegar a próxima temporada? — perguntou %Sebastian%, acompanhando seu olhar até a cortesã.
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  — Aproveitar a vida, meu amigo… — o marquês de Hamilton levantou-se da poltrona e, deixando o copo vazia na mesa de centro a sua frente, voltou-se para a direção de Genevieve. — Vou aproveitar meus momentos preciosos de solteiro.
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  Ao completar, Robert Magnus afastou-se dele, seguindo para o seu foco da noite. Nesta altura, %Sebastian% já imaginava muito bem que vosso amigo se reconfortaria no corpo da cantora e que sua presença ali não seria mais necessária, entretanto, deixaria algum criado de sua confiança a vigiar a saída do amigo do clube na manhã seguinte.
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  Distante dali, parado diante de um altar montado ao centro do jardim da casa da família Sollary, estava um noivo nervoso e ansioso. O coração de nosso conde de Whatnot estava no limite da aceleração, com as mãos suadas e pernas trêmulas a esperar sua noiva. Todos os seletos convidados, inclusive eu, esta humilde escritora que vos relata, assentados em cadeiras almofadadas enfileiradas ao lado dos arbustos. Já era de se esperar uma restrita lista de convidados diante da surpresa do anúncio da união das famílias. E há quem diga que receber o convite deste casamento se tornou ainda mais desejado entre os nobres, que assistiram à coroação do príncipe regente.
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  Devo admitir que o perfume das flores deixava tudo ainda mais encantador e para uma pequena cerimônia organizada em poucos dias, tudo parecia ter sido planejado a muito mais tempo.
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  Impecável é a palavra certa para referir ao trabalho de Constance, a governanta dos Sollary. A decoração leve e sutil, deixando que somente os noivos fossem o destaque daquela manhã ensolarada. Um dia memorável para a família e mais do que especial para a senhora Marie, mãe de nosso diamante, que mesmo em precárias condições de saúde, não aceitou o pedido do marido para assistir à cerimônia da janela do quarto. No conforto de uma acolchoada poltrona reservada para ela próximo ao altar, ali estava ela com o pequeno Bowlmer em seu colo, vendo o brilho no olhar do marido ao realizar seu sonho de um bom casamento para a sua primogênita. Ainda que este mesmo esteja sendo nas demais circunstâncias.
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  Alguns minutos de espera para que todos se acomodassem, pontualmente, como acordado, os instrumentistas iniciaram a marcha nupcial e os olhares se voltaram para o nosso diamante. Sendo guiada pelo pai no longo caminho demarcado por duas linhas de seixos brancos com pétalas de rosas brancas, %Adeline% também sentia seu corpo trêmulo e sua mente no ápice do caos. Os pensamentos confusos só conseguiam ser voltados para a mesma pergunta: o que acontece com os casais após o final da cerimônia? Ela não havia tido nenhum tipo de conversa com sua mãe sobre isso, não queria cansa-la com essas perguntas inapropriadas.
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  — Está tudo bem, querida? — sussurrou seu pai, mantendo o orgulho no olhar.
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  — Sim. — Assentiu ela, abrindo um singelo sorriso para tranquilizá-lo.
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  Para o senhor Sollary, diante de todo o transtorno passado, um Bridgerton ainda conseguiria ser um bom casamento para a filha. Para %Adeline%, um conflito mais importante se formava dentro do seu coração. Para %Dimitri%, a ansiedade e responsabilidade em fazê-la a mulher mais feliz do mundo.
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  — Ela está tão linda — comentou %Annia% num tom baixo, com os olhos brilhando ao ver a amiga. — Ainda não acredito que deu certo.
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  — O que deu certo? — %Amelia% a olhou confusa.
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  — Ah, eu prometo que depois contarei. — %Annia% riu de leve, sabia muito bem de suas travessuras.
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   %Amelia% riu baixo junto e voltou o olhar para a amiga.
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  — Sim, %Adeline% está mesmo muito bonita — concordou.
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  — Em breve será você — comentou %Annia%.
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  — Será mesmo? — %Amelia% segurou suas emoções mantendo o sorriso no rosto diante da felicidade da amiga que passara por ela. — Após o casamento de %Adeline%, irei para a casa de minha tia no campo, por um pedido do meu pai.
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  — Oh, amiga, por que não nos contou isso? — %Annia% voltou o olhar para ela, surpresa.
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  — Não queria atrapalhar o momento de %Adeline%, mas as palavras da modista podem ser verdadeiras, se meu pai deseja meu afastamento de Londres, é porque não há esperança para mim. — Ela segurou as pequenas lágrimas no canto dos olhos e continuou com a atenção na noiva.
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  Já em frente ao altar, o senhor Sollary levantou o véu que escondia o rosto de sua filha e lhe deu um suave beijo em sua testa, após entregá-la ao futuro esposo, se colocou ao lado de Marie. A cerimônia foi breve e logo deu espaço para o almoço dos noivos para os convidados. Se há uma coisa que esta autora sempre obteve curiosidades é saber como eram oferecidas as festas da burguesia, e tenho certeza que até vossa majestade concorda comigo, pois fez questão de desmarcar todos os compromissos reais para comparecer à cerimônia.
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  — Agradecemos pelo presente, vossa majestade — disse %Dimitri%, em nome do casal ao curvar-se juntamente com sua agora esposa, diante da realeza e suas damas de companhia. — Agradecemos também vossa presença.
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  — Jamais perderia o casamento de um Bridgerton. — A rainha manteve a sobrancelha direita arqueada e voltou seu olhar para a noiva. — E posso afirmar que estou orgulhosa pela escolha, conquistaste o diamante mais raro de todos que eu já encontrei.
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  Um sorriso de canto de vossa majestade fora mais do que o suficiente para demonstrar a todos sua aprovação para a união.
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  — Quero que conheçam o meu sobrinho, August Grimaldi, o príncipe de Mônaco — apresentou a rainha.
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  — Vossa alteza. — %Dimitri% e %Adeline% se curvaram novamente, em cumprimento a ele.
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  — Sinto-me um privilegiado por presenciar esta união, minha tia me contou muito sobre sua família, senhora Sollary, ou melhor, lady Bridgerton. — Corrigiu o príncipe sua colocação. — Estou admirado.
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   %Adeline% apenas sorriu com leveza, mantendo o olhar baixo. Os noivos se afastaram de vossa majestade de forma cordial e foram cumprimentar os demais convidados. Nossas outras pedras preciosas foram as primeiras a monopolizar a noiva, com abraços e risadas alegres.
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  — Você está tão linda, %Adeline% — disse %Amelia% ao abraçá-la novamente. — Este vestido ficou mesmo perfeito.
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  — Devo lhe chamar agora de lady Bridgerton? — brincou %Annia%, ao tocar de leve no véu da amiga com um brilho no olhar.
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  — Eu não sei — disse %Adeline%, envergonhada.
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  Todo aquele universo de etiquetas da nobreza era um pouco novo para ela, apesar de ter tido aulas com sua criada pessoal, a senhorita Moore.
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  — Mas é claro que sim, por ter se casado com um conde, ganhaste automaticamente, por direito de matrimônio, o título de nobreza — explicou %Amelia%, lembrando-se vagamente de muitos assuntos dos quais ouvira seu pai conversar com amigos quando criança.
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  — Bem, acho que pelo menos um sonho de meu pai está realizado, ele sempre ambicionou que me casasse com alguém da nobreza para ter títulos — contou o diamante.
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  — Acredite, em alguns casos o título se torna seu maior pesadelo — comentou %Amelia%.
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  — Ah sim, já ouvi algumas histórias assim — concordou %Annia%. — Mas não falemos sobre isso, vamos falar sobre a lua-de-mel.
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  — Ah, sim, %Adeline%, já sabes para onde vão? — perguntou %Amelia% se empolgando um pouco.
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  — Não.
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  — Ah, certamente irão à Paris, não há cidade melhor para se passar as primeiras semanas de casamento — comentou %Annia%.
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  — Se for para escolher, desejaria ir à Itália — confessou %Amelia%.
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  — Eu acho atraente países do oriente — comentou %Adeline%. — Tenho desejo de conhecer o Japão, dizem que a cultura é muito bonita, assim como as vestimentas tradicionais.
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  — Ah, sim, meu primo Colin já viajou para Tóquio uma vez — contou %Annia%, tentando se lembrar se era mesmo essa a cidade.
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  — As donzelas irão monopolizar a noiva agora? — A voz inconfundível de lady Danbury soou atrás delas. — Não deveriam estar preocupadas com o de ambas?
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  — Lady Danbury. — %Amelia% sorriu de leve, um pouco sem graça.
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  Sua memória a transportou por alguns instantes à noite em que fora pega em sua biblioteca com o duque. Noite esta que a fez iniciar seus sentimentos por um homem que em sua mente seria impossível de alcançar. Nós a entendemos, minha cara rubi, quando se trata deste duque, entendemos muito bem.
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  — Não se preocupe, lady Danbury, em breve será convidada para o nosso casamento — assegurou %Annia%, com convicção de suas palavras.
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  O que demonstrou ser uma afirmação firme e ousada.
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  — Para alguém que ainda não está em corte, admiro muito vossa coragem em declarar tal coisa. — Lady Danbury manteve um olhar desconfiado para ela. — Devo esperar outro casamento Bridgerton em breve?
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  — Tenha a certeza que até o final desta temporada haverá um convite em vossa casa — garantiu.
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  Lady Danbury sorriu demonstrando satisfação pelas palavras de confiança da jovem dama. %Annia% não sabia se de fato o noivo seria vossa alteza e nem o mencionaria naquela conversa, mas estava certa que aquela temporada não havia terminado para ela e que ao final da primavera, estaria rumo ao altar.
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  — É uma dádiva ter amigas de verdade neste mundo — comentou lady Danbury assim que o rubi e a pérola se afastaram.
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  — Sim senhora, agradeço por ter vindo — concordou %Adeline%, demonstrando certa timidez na presença da mulher.
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  — Foi uma linda cerimônia, toda sutileza deste lugar combina com vossa beleza, no entanto, não consigo sentir entusiasmo em seu olhar, deverias estar exalando mais felicidade — comentou a mulher, com um olhar agora de análise. — Já vi muitas jovens casando-se obrigadas por questões financeiras e sei que este não é o vosso caso…
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  — Senhora… — %Adeline% tentou disfarçar.
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  — Lorde Bridgerton é da nobreza como vosso pai planejou desde o início, só me pego intrigada por tudo ter sido tão rápido e pelo fato de existir um marquês peculiarmente envolvido nesta história — continuou ela.
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   %Adeline% sentiu seu corpo gelar com aquelas insinuações.
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  — É um prazer vossa presença, lady Danbury. — A voz de lady Violet soou próximo.
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  A sagaz tia já tinha conhecimento de todos os fatos ocorridos até o “sim” do altar, e para deixar %Adeline% menos apreensiva com as muitas indagações de sua velha amiga, a matriarca dos Bridgertons logo tratou de puxar alguns assuntos e contar sobre as travessuras de seus muitos netos, alguns presentes na cerimônia, acompanhado dos pais, fora triste não ver os oito irmãos reunidos no jardim da família Sollary com todas aquelas crianças, contudo, a diversão fora garantida com as proles de Hyacinth, Gregory e Eloise.
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  A primeira dança dos recém-casados foi regada ao som de Mozart, algumas lágrimas da senhora Marie Sollary e aplausos calorosos dos convidados. Se para a nobreza um evento como este tinha horário para finalizar, não diria o mesmo da burguesia, e mesmo que o senhor Sollary se comportasse em alguns momentos em uma cópia fiel a aristocracia, suas raízes burguesas estavam cravadas lá no fundo.
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  Após o almoço e os cumprimentos aos noivos, aos poucos os convidados mais nobres foram se retirando, restando apenas os familiares de ambos os lados.
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  — Desejo-lhe uma boa viagem, amiga, prometa que me escreverá assim que chegar na Escócia — pediu %Annia%, ao abraçá-la.
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  — Prometo, irei sim lhe escrever — assegurou %Amelia%, com um sorriso final. — E a senhorita, prometa que não fará nenhuma loucura para descobrir quem é meu noivo.
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  — És a única que aceita esse mistério, mas por amor a nossa amizade, não irei intrometer-me. — O olhar dela transmitiu verdade.
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  Assim que lorde Bourbon se aproximou da filha, ambos partiram sendo agraciados pela companhia de lorde Hilte na carruagem do parlamento. Enquanto isso, a Bridgerton aproximou-se de uma das mesas, observando ao longe seu irmão e cunhada despedindo-se de mais alguns convidados.
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  — Então a senhorita é a irmã do noivo? — perguntou a vossa alteza de Mônaco ao se aproximar de %Annia%, que se mantinha próxima a mesa de doces.
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  — E o senhor quem seria? — %Annia% manteve o olhar na bandeja de brownies em pequenos formatos quadrados.
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  — Ah, deixe apresentar-me formalmente, August Grimald — ele se curvou de leve —, príncipe de Mônaco.
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  — Vossa alteza?! — %Annia% levantou o olhar para ele, assustada.
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  — Por favor, não me olhe assim. — August riu de forma calorosa. — Não deveria ser tão claro assim, não é?
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  — Bem, eu já sabia de vossa presença no casamento de meu irmão, só não achei que alguém tão observado como o senhor se aproximaria de alguém como eu — explicou ela, mantendo o olhar abaixado.
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  — Não entendi vossa colocação, mas devo dizer que minha tia me falou muito sobre a senhorita através de muitas cartas me convidando para passar o restante da temporada em Londres — contou ele, mantendo a suavidade no rosto.
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  — Vossa majestade falou sobre mim por cartas? — %Annia% estava em um misto de surpresa e lisonja. — Não tenho palavras para expressar tal fato.
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  — Talvez pelo termo pérola intocável estar associado a senhorita — explicou ele —, devo confessar que fora exatamente isso que aumentou meu desejo de atender ao chamado de minha tia.
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  Este era um dos momentos que %Annia% jamais imaginou vivenciar em sua temporada de estreia. O fato de mais um príncipe estar interessado nela lhe trouxe um frio na barriga, principalmente pelas muitas ideias de utilizar o fato a seu favor. Que vossa alteza, príncipe %Cedric% volte a razão e reapareça para demonstrar à nossa pérola que suas palavras no Vauxhall eram tão reais quanto a primavera.
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  Afinal, esta autora tem esperanças de mais dois convites de casamento.
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  Com o embarque para a lua-de-mel com destino a Paris previsto para o amanhecer, os recém-casados passariam a primeira noite nas suítes da ala leste da Hastings House. Uma cortesia do duque e da duquesa, como cumprimentos pelo casamento e em desculpas pelo infortúnio que os impediu de comparecer. Os noivos foram acompanhados na carruagem pela criada pessoal de %Adeline%, a senhorita Moore. Logo ao chegar no palacete, ambos foram conduzidos pelo mordomo aos seus aposentos de hóspedes, sendo avisados dos preparativos para o jantar.
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   %Adeline% obteve a ajuda de Moore para se trocar. Sua inquietação interna ainda estava presente, o que a deixava ainda mais confusa com todos os acontecimentos daquele dia.
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  — Obrigada, Moore, pode se recolher agora — disse %Adeline% assim que a criada se afastou dela.
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  — Está tudo bem, senhorita Sollary, perdoe-me, agora devo chamá-la de lady Bridgerton. — Moore sorriu sem graça pelo erro.
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  — Fique tranquila, não tem problema, logo se acostuma. — %Adeline% soltou um suspiro fraco. — Eu também devo me acostumar com minha nova condição agora.
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  Moore se curvou de leve e se retirou do quarto. %Adeline% afastou-se do espelho e deu alguns passos até a sacada do quarto, a vista era privilegiada para alguns pontos da cidade, como também do vasto jardim frontal da casa. Não demorou até que a maçaneta da porta girasse vagarosamente e em seguida lorde Bridgerton entrasse no cômodo. 
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  — Os criados do duque prepararam o nosso jantar — anunciou ele.
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  — Devemos escrever ao duque e a duquesa em agradecimento — sugeriu %Adeline% não sabendo mais como reagir estando agora sozinha com ele.
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  — Sim, farei isso antes de partirmos amanhã pela manhã. — Assim como ela, %Dimitri% também não sabia como reagir, apenas permaneceu em silêncio enquanto se aproximava dela.
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  A cada passo, seu coração acelerava ainda mais.
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  — O que vai acontecer agora? Com nós dois? — perguntou ela, em um tom apreensivo e ansioso.
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  — O que queres que aconteça? — retrucou ele, parando em sua frente.
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  Somente naquele momento %Adeline% conseguiu ter uma visão mais clara do olhar profundo que ele possuía. Ombros largos, lábios que pareciam ter sido esculpidos por um artista, e o perfume que a deixava um tanto desnorteada. Nosso diamante não havia observado todos os detalhes que compunham aquele homem diante dela e agora de perto, deixavam seu coração acelerado. Todo aquele silêncio do momento fora quebrado quando %Dimitri% tocou com suavidade seu ombro.
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  — Lorde Bridgerton… — sussurrou ela, se encolhendo de forma involuntária e sentindo seu coração pulsar mais forte.
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  — Sei que não sou o cavalheiro que inicialmente sonhou estar neste momento, então deixarei que decida se realmente o quer. — Ele apenas deu um passo para trás abaixando a mão.
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   %Adeline% continuou em silêncio. Não sabia o que dizer a ele, tinha tantas dúvidas em sua mente, entretanto não conseguia compartilhá-las. Diante disso...
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  — Vosso silêncio já é uma resposta. — %Dimitri% apenas deu impulso para se retirar, afastando-se dela.
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  No calor do momento, sem pensar na força de suas ações, %Adeline% segurou em sua mão, a mesma que tocara seu ombro. Ela não sabia o motivo de estar fazendo aquilo, apenas deixou ser conduzida por seus impulsos, sem ao menos ter palavras para proferir. Em instantes foram correspondidos por %Dimitri%, transformando no primeiro beijo do casal.
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  Todos sabemos que o primeiro beijo de um casal é tão importante quanto o último. No caso de nosso casal Bridgerton, este fato marca verdadeiramente o início do intitulado casamento inesperado.
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  — Lorde Bridgerton… — sussurrou %Adeline% novamente ao sentir um breve arrepio passar por seu corpo.
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  — Apenas me chame de %Dimitri% neste momento — sussurrou ele de volta em um pedido singelo ao encostar seus lábios no ombro de sua esposa com doçura.
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  Aos poucos, com sutileza, os braços de %Dimitri% foram envolvendo %Adeline% pela cintura, internamente o cavalheiro tentava se conter em sua intensidade para que a esposa não se assustasse.
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  Eram novos os sentimentos e sensações que %Adeline% conheceria naquela noite, algo que jamais pudesse imaginar que acontecesse quando um casal está à sós. E mesmo não sabendo se o fato de sua esposa ter apenas segurado sua mão era a resposta definitiva para toda a noite que teriam em claro naquela consumação, ele também estava sendo apenas conduzido por seus desejos mais intensos por ela.
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  Afinal, tendo ou não ajuda de uma certa irmã mais nova, os pensamentos de %Dimitri% relacionados ao nosso diamante, desde o momento em que lhe derramara o suco em seu vestido, de alguma forma o levaram a este momento. Assim como a curiosidade de %Adeline%, por entender mais sobre o misterioso conde de Whatnot, a guiou para os braços do irmão de sua melhor amiga.
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  A noite seguiria em intensidades e desejos para esses corações ainda inocentes quanto aos vossos sentimentos, porém sedentos por respostas que somente achariam um no outro.
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  Acreditem, sedenta está esta autora por mais casamento!
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Lady Lewis

Pele com pele
Meu coração se desarma
Você me faz bem
Acendes luzes na minha alma.
- Creo en Ti / Lunafly

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