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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

O Espaço Criativo não se responsabiliza pelo conteúdo das histórias hospedadas na sessão restrita ou apontadas pelo(a) autor(a) como não próprias para pessoas sensíveis.

Lady Lewis

Escrita porPams
Revisada por Lelen

XII • Corte

Tempo estimado de leitura: 12 minutos

  Aos corações aflitos e acelerados, aqui está esta humilde autora a roer as unhas de preocupação. Todos sabemos que em histórias de romance o final feliz é sempre esperado e nunca nos decepciona, entretanto, estamos longe de um final para as nossas pedras preciosas. Há uma longa estação pela frente e lhes garanto que nossa doce primavera não quer dizer adeus tão rapidamente.
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  E a temporada continua...
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  Nunca o nascer do sol fora tão agonizante assim e para %Adeline%, ainda mais por não saber o que se passava do outro lado da porta. Nem mesmo sua cúmplice, Daisy, conseguira lhe ajudar, pois o bilhete enviado a %Amelia% não havia tido nenhum retorno. Nosso diamante bruto, após uma noite em claro, se manteve ao chão em frente a porta abraçada às suas pernas. Com o olhar fixo, num misto de desespero e esperança, ouvia alguns passos apressados soando pelo corredor. Do outro lado estava o senhor Frederick Sollary dando ordens ao seu empregado mais leal, senhor Rilian, o mordomo da casa.
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  — Rilian, serás o meu substituto no duelo. — Reforçou o senhor Sollary tirando de sua gaveta secreta da mesa do escritório a caixa com sua arma.
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  — E se o senhor morrer? — perguntou o homem, preocupado. — O que acontece?
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  Ambos além da relação de funcionário e senhor, eram também amigos de muitos anos. Quando a família de Rillian de pequenos comerciantes de lã de ovelha faliu, Frederick logo se prontificou a ajudá-lo lhe dando um emprego como seu braço direito. A lealdade e amizade de ambos continuou sólida e crescente no decorrer do tempo, principalmente após Marie Sollary adoecer com a última gravidez. Em sábias palavras, sabemos que há amigos mais chegados que um irmão, e assim era a amizade de ambos.
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  — Terei a vós para cuidar de minha família e garantir que meu pequeno herdeiro cresça com saúde para administrar tudo o que tenho — respondeu Frederick seguro de suas palavras.
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  — Sou apenas um mordomo, ainda há tempo de desistir dessa loucura — insistiu ele.
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  — És mais do que apenas um mordomo e sabes disso, és meu melhor amigo, um irmão que nunca tive e confio minha vida a vós. — A certeza de suas palavras causava mais espanto no homem que o olhava ainda temeroso.
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  — Mas e se matar o tal conde? — Rilian manteve o olhar preocupado. — O que acontecerá? Meu amigo…
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  — Ainda assim, deixarei o país e à distância pedirei que continue a cuidar de minha família, só tenho a vós com quem contar. — O olhar de pai decidido e amigo desesperado ficou mais nítido, o que fez Rilian assentir com a cabeça.
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  — Vamos então. — O homem pegou a caixa das mãos do amigo e verificou todos os detalhes da arma.
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  Ainda relutante, mas certo de que não deixaria o amigo na mão, Rilian guardou a arma de volta na caixa e o acompanhou até a coxia dos cavalos. Um longo suspiro para elevar a coragem de um pai envergonhado, e a cavalgada em direção a um duelo pela honra de um diamante bruto.
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  Ainda presa ao quarto, %Adeline% se levantou ao ouvir o som dos cavalos. Sua agonia ao olhar o pai pela janela, com as mãos tremendo do que poderia acontecer por sua causa. Ela queria sair daquele quarto e impedir toda aquela loucura de acontecer, se não fosse pela promessa que fizera ao mesmo. Nosso diamante era uma donzela de palavra que sempre ao prometer algo aos pais, ainda que lhe causasse tristeza, o fazia sem pensar duas vezes.
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  Em sua mente a cena de sua queda sobre a grama, juntamente com lord Bridgerton se repetia várias e várias vezes. Talvez se a mesma não tivesse criado afetos iniciais pelo mesmo devido a um vestido presenteado ou insistido por entender o motivo do mesmo não admitir tal presente, ou se perder de algo certo para se encontrar com o incerto em uma loja de doces… Ela não sabia qual das situações lhe causava mais arrependimento ainda.
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  — %Adeline%! — O som da voz de %Amelia% soou do corredor, chamando-a para a realidade.
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  — %Amelia%? — %Adeline% correu para a porta. — O que fazes aqui, e a carta que lhe enviei?! 
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  — Não se preocupe, está nas mãos de um amigo que pode nos ajudar. — A voz de %Annia% surgiu então, a deixando ainda mais atordoada.
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  — O que fazes aqui, %Annia%? — perguntou ela sentindo o dobro de aflição.
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  — Ah, por favor. — A voz de Daisy entrou em cena, e logo o som da chave girando no trinco soou, uma girada de maçaneta e a porta se abriu.
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  O olhar ainda surpreso de %Adeline% fora recebido por abraços calorosos de suas amigas, o que a fez desfalecer brevemente nos braços de ambas. Amparada, ambas se acomodaram na cama do nosso diamante, com o olhar atento de Daisy que permanecera da porta, vigiando as outras irmãs em curiosidade que se mantinham no corredor.
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  — O que fazem aqui? E a minha carta? — perguntou novamente %Adeline% com aflição.
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  — Não se preocupe, vossa carta chegou até mim e fiz o que pude para ajudar — explicou %Amelia% prontamente. — %Annia% e eu pedimos ajuda a uma pessoa.
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  — Vai ficar tudo bem, %Adeline% — assegurou %Annia% convicta que seu plano de casar o irmão com a amiga ainda estava vivo.
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  — Meu coração está acelerado com todos esses acontecimentos e todas as escolhas erradas que eu fiz — desabafou ela, sentindo seus olhos lacrimejarem. — Não quero que ninguém morra por minha causa, nem o meu pai e nem vosso irmão, %Annia%.
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  — Ninguém morrerá, ficará tudo bem. — A outra manteve o olhar tranquilo e a esperança acesa internamente para manter a amiga tranquila, voltando o olhar para Daisy na porta. — Foi brilhante a vossa ideia da carta dentro da carta.
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  — Agradeço o reconhecimento — disse Daisy com um sorriso mimoso.
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  — Mas nada do que eu dissesse faria meu irmão ignorar a convocação de vosso pai. — %Annia% fora realista quanto a postura de um nobre cavalheiro de seu irmão.
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  — E agora? Esperamos? — perguntou Rose ao aparecer na porta do quarto.
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  — Sim, esperamos e rezamos — disse %Amelia%.
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  — Afinal de contas, quem é o tal amigo de ambas que nos ajudará? — perguntou Daisy intrigada com a informação incompleta.
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  — O homem mais sensato e gentil que conhecemos — assegurou %Annia% com segurança.
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  Distante do centro de Londres e no caminho para as colinas, próximo a um carvalho vistoso estava o Dr. Green esperando pelos senhores em questão. Frederick Sollary fora o primeiro a chegar, descendo de seu cavalo aproximou-se do homem já retirando o saquitel de moedas como pagamento por sua discrição.
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  — O senhor tem a certeza de seus atos, senhor Sollary? — perguntou o Dr. Green, também preocupado com o homem. — Afinal, o homem é um nobre de título importante e família conhecida.
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  — Nobre ou não, aprenderá com a vida a não desonrar a filha de alguém. — Frederick respirou fundo. — Não voltarei atrás.
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  — Que assim seja, senhor. — O Dr Green olhou mais atrás, avistando lord Bridgerton acompanhado de seu primo, Gregory, que estava a passeio pela cidade.
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  Frederick Sollary ao perceber a aproximação, virou-se para trás fixando o olhar nele, segurando a raiva para não cometer o impulso de atirar naquele mesmo instante. Rilian apoiou a mão direita sobre o ombro do amigo o acalmando, internamente ainda tinha esperanças que o mesmo dobrasse a raiva e começasse a pensar com mais clareza e razão.
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  — Senhor Sollary — disse %Dimitri% assim que desceu do cavalo, ainda envergonhado pela situação que causara o duelo. — Por favor, não me importo que queira tirar-me a vida e entendo vossa atitude, não resistirei ao duelo, meu primo é minha testemunha, mas peço que me escute antes.
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  — Não ouvirei uma só palavra do homem que desonrou minha casa, eu admirava vossa família, principalmente vossos tios pelo número de filhos e de como foram criados — retrucou ele, deixando a raiva transparecer.
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  — Senhor Sollary…
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  — Se não o ouvir, peço que me ouça então. — A voz de lord %Sebastian% Tenebrae soou atrás dos senhores, seguido do relinchar de seu cavalo.
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  E aqui está nosso duque de Whosis, a cada vez que vosso nome aparece diante de mim, um pulsar mais forte surge no coração desta autora que vos relata. E ao descer de seu cavalo, tal homem com toda elegância e sensatez se aproximou dos cavalheiros diante dele.
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  — Não permitirei que este duelo ocorra sem que um pouco razão seja apresentada ao senhor — a voz de %Sebastian% estava mais grossa e firme, num tom de autoridade que me estremece internamente —, Frederick Sollary.
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  — Vossa graça. — Frederick o olhou confuso por sua presença em tal ocasião. — Não entendo a vossa presença aqui, é um assunto em particular e...
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  — E três damas em repleto desespero são a explicação de minha presença. — %Sebastian% voltou o olhar para %Dimitri%. — Tens uma irmã muito cuidadosa, lorde Bridgerton.
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  — O que %Annia%… — ele sussurrou de leve, sabia que vossa irmã não se deixaria sem respostas que o mesmo não lhe dera.
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  — Vossa graça, nada do que disser me fará desistir. — Seguro do que dizia, Frederick deu um passo para se preparar.
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  — Eu tenho a certeza do contrário, senhor Sollary, está mesmo disposto a matar um homem e viver longe de vossa família e esposa pelo resto da vida? — Iniciou ele seu argumento, fazendo-o refletir. — Há uma outra forma de reparar o acidente ocorrido, em que sua filha terá um futuro que não seja órfã ou com a família separada.
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  — E qual? — o senhor Sollary manteve o olhar fixo nele.
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  — Tenho a plena certeza que até o presente momento, mesmo com rumores de vossa procura, lorde Bridgerton não está comprometido com nenhuma dama e por certo a melhor forma de reparar tal ato é desposando vossa filha — completou ele, proferindo o óbvio que todos esperávamos. — Sei que vossa primeira opção para a senhorita Sollary era meu amigo, o marquês de Hamilton, entretanto, tenho certeza que vossa filha ainda fará um bom casamento se tornando uma condessa, sendo assim referenciada como lady Bridgerton.
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  As palavras do duque de Whosis fizeram ambos os cavalheiros presentes voltarem os olhares para %Dimitri%, que internamente sentia como se quisesse tê-las proferido ele mesmo. Desde o início o que ele queria não era o duelo, mas fazer o pedido ao senhor Sollary e manter a honra de nosso diamante bruto.
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  Agora um pai estava a encaixar as peças em sua mente após os olhos lhe serem abertos da forma mais racional possível. Como o mesmo não havia pensado em tal saída antes? A raiva, vossa raiva fora uma pequena trave que não lhe deu a oportunidade de seguir pelo caminho mais fácil e seguro. Entretanto, agora Frederick tinha a solução diante de si e a única coisa que precisava fazer era consentir o que será a união da primeira pedra preciosa.
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  Que lorde Magnus não me ouça dizer isso, mas nada se compara a um Bridgerton apaixonado…
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  A não ser, claro, um duque misterioso ou um príncipe libertino.
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  E é claro que eu posso me deliciar com ambos os cavalheiros mais intensos de toda a Londres.
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Lady Lewis

Eu já abri o meu coração para você há muito tempo
Você é tudo para mim, esse é o meu jeito de confirmar
Eu deveria ser cuidadoso e me amar mais, 
desse jeito eu nunca irei me machucar. 
- My Answer / EXO

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