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Nada mais interessante do que uma história que nos mostra a realidade do dia-a-dia, mesmo que não seja das nossas vidas e sim de pessoas às vezes tão próximas. Quantas pessoas que você conhece sofrem de algum tipo de transtorno/distúrbio? TOC, depressão, bipolaridade…
Os transtornos/distúrbios são geralmente representados maiormente pela esquizofrenia, transtorno de personalidade, bulimia e anorexia, mas existem muitos outros transtornos, muitas vezes não conhecidos como algum transtorno/distúrbios “relevante” e/ou “grave”.
Quantas vezes a depressão é banalizada? Isso tanto em histórias como no nosso próprio dia-a-dia. “Ah, isso é frescura, falta de vergonha na cara, desculpa pra preguiça, falta de louça para lavar. Levanta dessa cama e vai procurar um emprego.” Já perdi as contas de quantas vezes vi gente rindo e fazendo piada sobre automutilação, é triste ver um problema grave sendo servido como uma chacota, muito mais fácil banalizar do que tentar entender. “Eu também terminei o namoro e nem por isso saí me cortando. Que besta isso.” Cada caso é um caso diferente. O que dói em mim pode não doer em você da mesma forma!
Falando agora num contexto em geral, nenhum transtorno é menos grave ou frescura todos os transtornos/distúrbios são igualmente de grande importância.
Ao menos algum transtorno/distúrbio está presentes no nosso dia-a-dia de alguma forma, mas fechamos os olhos e fingimos não ver. Não ver aquela amiga/irmã que sempre após de comer dá um jeito de correr para o banheiro. Não ver aquela garota “esquisita” que muitas vezes vemos chorando. Não ver aquele colega que já não saí mais de casa. Não feche os olhos, mas encare o problema!
Por que muitas vezes os transtornos/distúrbios não são desenvolvidos coerentemente nas histórias? É a dificuldade? A falta de pesquisa? Um depoimento ajudaria?
A internet nos possibilita tantas coisas… Quantas experiências e histórias não encontraríamos se realmente nos aprofundássemos no assunto. Citar algum transtorno na história não fará com que ele se desenvolva e nem que faça sentido dependendo da situação. Nem toda tristeza é depressão. Nem toda mudança de humor é bipolaridade.
“Ninguém entende, não me olhe assim. Com este semblante de bom-samaritano. Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente. Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente.” Clarisse – Legião Urbana
Coluna por Thaís M. Santos