Capítulo 3 • Complicações
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A cena que se passa agora seria hilária, se não fosse comigo.
Jack está de olhos arregalados encarando a tenda do meu jeans, Sophia está franzindo o cenho pelo silêncio repentino e eu... Eu ainda estou achando tudo isso surreal.
Procuro aquele cheiro embriagador de novo e não o sinto, então pigarro nervosamente e olho para Jack que parece ter recobrado a consciência e está me falando silenciosamente: "Vai logo, sai daqui, seu merdinha. Eu cuido para ela ir embora”.
Vou em direção à porta ainda aberta e fica gravado na minha mente o olhar decepcionado de Sophia antes de a porta bater.
Desço as escadas correndo, pulo na minha harley e ultrapasso praticamente todos os sinais vermelhos até estacionar em um bar. Do lado da balada que conheci Sophia. Balanço a cabeça para afastar esse pensamento e entro no bar a procura da minha vitima, uau, isso soou muito maléfico, eu não vou matar ninguém.
Reparo em alguns caras me encarando com desejo, mas os ignoro e miro o olhar em uma loira com um belo bundão sentada em uma das mesas vazias, olho para o meu pau e vejo que ele ainda está flácido.
Encaro a loira, 5 minutos depois e a tenho deslizando para a cadeira do meu lado.
– Olá, precisa de alguma ajuda, neném?
Não falo, apenas a puxo até o deposito de bebidas.
– Ajoelhe-se e chupe.
Nem me importo que esteja sendo ignorante, tem anos que eu não gozo e não posso esperar mais.
Ela parece não se importar também, ajoelha-se no chão frio, abre a minha calça e começa a estimular o meu pênis flácido, porém não sinto muita coisa.
Então imagino Sophia rindo e imediatamente estou duro, e eu sou grande, grosso, sem sacanagem, me daria uns 24/4, veias vermelhas pulsando com gotas de pre-sémem na cabeça bulbosa, e... É impressão minha ou estou filosofando um boquete?
Rosno, coloco a minha mão na cabeça loira e ordeno:
– Chupe mais duro e até a garganta.
Ela faz e eu imagino Sophia, sempre Sophia.
Gemendo, arqueio as costas e começo a foder a boca da garota.
Paro subitamente e a puxo, mandando:
– Tire os shorts e a calcinha, quero te foder agora.
Ela me olha tremulamente e tira.
Não querendo causar um processo no meu nome, enfio dois dedos na buceta dela e gemo de alivio ao sentir que ela esta molhada o suficiente. Procuro um preservativo na minha carteira, que Jack sempre bota lá, sem motivo algum, óbvio, e a coloco.
Empurro as costas da loira para a porta e encaixo o meu pau na abertura dela, dou um empurrão e... Cristo, isso é tão bom... Empurro, empurro e continuo, só conseguindo pensar em Sophia e em como seria fantástico foder ela.
Respirando rapidamente, empurro mais fundo na garota e começo a gemer mais. Sentindo meu orgasmo chegar, olho para porta meio fechada e quase paraliso chocado ao ver um rapaz moreno se masturbando enquanto me encara. Grunho inconscientemente e observo o pênis do cara, longo, duro e pingando, isso é o suficiente para me levar ao limite, acelero minhas ministrações, a garota faz uns sons mecânicos e começa a gozar, algumas estocadas depois dou um gemido baixo e chego ao clímax.
Meu deus, o que foi isso, eu... Aquele cara... Mas... Passo a mão pelo meu cabelo e me sinto sem chão. Foi só no calor do momento, é isso.
Passam-se segundos, minutos, horas, até que eu me recupere totalmente e saia dela.
– Qual é o seu nome?
– C-a-Carla. - Ela gagueja.
– Você vai ficar bem? - De qualquer modo eu não sou um homem das cavernas ao todo.
– Claro, isso foi incrível...
Interrompo e digo:
– Quanto você cobra?
Depois de dizer isso, só escuto o som forte de PLAF, e depois vem a dor na minha mandíbula.
– Eu não sou uma prostituta, seu desgraçado.
Ela se arruma e sai furiosa.
Suspiro, o que mais eu poderia pensar? Ela dando um mole desses de tarde no bar, vestindo aquele pedaço de pano que nem deveria ser chamado de roupa? Foi um infeliz engano.
Me arrumo e jogo a camisinha usada no lixo.
Saio do bar e começo a me deprimir, caramba, aquela cena com aquele cara... E a foda rápida e insatisfatória... Estou ficando maluco aqui... Porque fiz isso mesmo? Eu deveria estar me sentindo incrível agora, não é? E se Sophia não quiser mais falar comigo? Porra, tudo por causa de uma foda qualquer.
Subo na minha harley e vou para casa.
Minutos depois e aqui estou eu subindo as escadas do prédio, será que Jack foi embora da minha casa? Se bem o conheço, ele provavelmente está jogando meu Wii, esperando para saber dos detalhes suculentos que agora não parecem nada suculentos para mim. Abro a porta e... Não disse? Olha o sacana usando meu Wii.
Como se pressentisse a minha presença, Jack desliga o jogo e olha expectativamente, porém depois de ver a minha cara de cachorro que caiu da mudança, pergunta:
– Não funcionou?
Fecho a porta e sento ao lado dele no sofá.
– Que horas são?
– Duas e cinquenta e cinco da tarde. Agora seja um bom garoto e conte tudo pro papai Jack aqui.
Franzo o cenho e evito encará-lo. - Eu estou completamente fodido.
– E isso é bom ou ruim?
– Péssimo.
– Mano, para de lenga lenga e me diz logo, fudeu alguma gata ou não?
– Sim. Peguei uma.
Jack respira fundo, pula do sofá e grita:
– O meu menino cresceu!! Finalmente, caralho!! Venha, vamos comemorar...
Interrompo - Não quero comemorar porra nenhuma! Agora da pra ficar calado? Senta aqui, antes que o prédio todo fique sabendo da minha vida sexual de merda.
Jack imediatamente senta e me olha preocupado.
– O que aconteceu, Chris? Olhe para mim.
- Eu... Um rapaz... Ele estava se tocando enquanto eu fodia a garota e eu vi e... Gostei. Mas eu não sou gay, cara. Você bem sabe que estou afim de Sophia.
Jack me olha indecifravelmente.
- Isso já aconteceu, não é? Você sentir tesão por homens?
- Na faculdade, mas deve ter sido porque eu estava sobre o efeito do medicamento e não podia ter uma ereção... – Sussurro com medo.
- Chris, eu sou a pior pessoa para te falar sobre isso, pois você sabe que sou bi e não me importo se fodo com mulher ou com homem, tanto que me dê prazer, eu to dentro.
Suspiro pesadamente, sabe o que? Vou deixar essa merda de lado e me concentrar em Sophia.
Conto para Jack sobre o cheiro delicioso que senti naquelas vezes.
Jack me da um sorriso fraco. - Então se isso é tudo, acho que você apenas deveria deixar de lado sua frescuragem e ligar logo para o Doutor Robert, ele que colocou os medicamentos em você, não é?
Penso uns segundos e digo:
– Você está certo, valeu, cara. Me passe o meu celular agora, que eu esqueci ele aqui.
– Claro que eu estou certo, eu sou Jack-o-Gênio. - Ele rola os olhos e pisca para mim.
Relevo a palhaçada e pego meu celular dele, disco Dr. Robert e escuto:
– Christian é você, meu filho?
– Primeiro, eu não sou seu filho, e segundo, você tem algumas explicações a dar.