Without You
Escrito por Ray Dias | Revisado por Lelen
Nota inicial da autora: Esta história é a continuação de uma trilogia de shortfics minhas. Recomenda-se a leitura das outras para você ficar ainda mais entendida das tramas. A primeira história é a fanfic “None”, a segunda é a fanfic “Once Again” e ambas são curtas, cada uma com 07 capítulos. A última fanfic do drama destes personagens é esta aqui, então seja bem vinde, boa leitura e te espero nos comentários, viu?
Nota inicial da autora²: Essa é também uma fanfic songfic da música “With You” (Lyn) e você pode escutar a canção e ler sua tradução aqui.
Capítulo 01
Aqui estou, você pode me sentir? Meu coração que tem estado oculto estará ao seu lado, no caso de você se sentir magoado...
Março.
Três meses haviam se passado desde que descobriu que estava mesmo morto.
Em janeiro, junto do Dr. , médico que acompanhou de perto o drama de seu noivo, que, enquanto paciente do hospital central de Seoul foi transferido a mando da própria família e afastado de sua noiva; , a noiva, conseguiu pistas de seu paradeiro. Infelizmente, as pistas confirmaram que não chegou sequer a sair do hospital de Seoul, uma vez que, dali ele foi ao necrotério e as informações eram mantidas em sigilo a mando dos pais dele.
Ocorre que, quando o senhor e a senhora , descobriram que a noiva de seu filho, era uma ex-garota de programa, todas as informações do paciente, seu estado de saúde, sua morte, o translado de seu corpo para um velório... Tudo foi mantido no mais completo e absoluto silêncio. Como pais do paciente, eles poderiam manter aquele sigilo sem quaisquer problemas, de acordo com a política do hospital. Entretanto, não compreendia a tamanha frieza dos ex-sogros. Apesar de seu passado condenável, e tudo o que ela e viveram antes? Não era possível que os pais dele fossem tão preconceituosos ou tão contra o casamento deles, ao ponto de aproveitar a oportunidade perfeita para afastá-la e de modo tão vil.
Mesmo depois de visitar o hospital particular Seran Korea, graças aos esforços de , e descobrirem que o paciente que foi transferido para lá em urgência para receber um transplante não era , e sim, Masasaki, relutou em acreditar. Passou pelos estágios do luto: primeiro, ela entrou em desespero, caindo em choro compulsivo. Depois, veio o choque. passou três dias sem sair da cama, sem comer e sem falar. Em terceiro, a negação. Ela não aceitou a notícia facilmente, como já era esperado por seus amigos e ao sair da cama, agia como se ainda fosse descobrir uma outra verdade. Disse aos melhores amigos que voltaria no hospital Seran, e falaria ela mesma com os médicos, pois na certa, se confundiu. Após a negação, veio a revolta. queria ouvir da própria boca dos ex-sogros que os mesmos haviam enterrado o próprio filho. Por isso, ela telefonou diversas outras vezes para seus sogros, que assim como fizeram no início de toda a situação, desapareceram completamente.
Após o único telefonema que a senhora atendera, deixando subtendido para que falecera, os pais do seu noivo desaparecido não atendiam mais a nenhuma chamada e o número passou a constar como inexistente. Foi ali que percebeu que precisaria desistir.
Ela passou a seguir os meses de janeiro, fevereiro dentro desses estágios da dor. Mas, na primeira semana de março, o mês em que agora estava, sua cabeça parecia mais calma, mais conformada e começava a se preparar para o retorno às atividades. A boutique em que trabalhava tirou o mês de janeiro e fevereiro para um pequena reforma, o que deu a ela uma coincidência feliz de descanso. Mas logo ela voltaria a trabalhar, e em uma das tardes que organizava sua bolsa, notou que sua bolsa favorita estava com um cheiro de bolor. Aproveitou para esticá-la no Sol daquela manhã deixando-a aberta na espreguiçadeira da sacada de seu quarto. Naquele momento, ela aspirou profundamente a brisa matutina e observou a rua de seu bairro. De longe, avistou correndo de volta à sua casa, como se acabasse sua rotina de cooper. E só então ela se lembrou do beijo aleatório que o médico lhe dera, quando, em pleno surto, ele tentou desviar o foco da mulher fazendo-a sair do pânico para a surpresa. Ela ainda não sabia o que pensar a respeito da atitude do vizinho, mas por causa daquele beijo, ela não tivera coragem de falar com ele de novo.
Quando abriu a porta da casa dele e entrou, sentiu-se estranha por evitá-lo. Não havia contado para nenhum de seus melhores amigos sobre aquilo. Joong-Ki, como o melhor amigo protetor que vinha sendo, talvez ficasse com raiva do médico e iria tirar satisfações?
havia beijado-a meses antes no calor da emoção de consolá-la pela notícia, e nos dias seguintes ao beijo ocorrido entre e , sua melhor amiga Hyun insistia em entender o que havia acontecido para o Dr. sair tão cabisbaixo da casa naquele dia e consequentemente eles não se verem mais. Mas, manteve-se indiferente como se nada tivesse acontecido. Será que sua amiga também acharia errado o que fizera? Ou estava só pensando demais naquilo tudo?
decidiu contar para Hyun sobre o beijo, e a amiga ficou alarmada. Eram coisas demais para a cabeça das duas:
1º - O noivo e amor de infância de é internado em um hospital às vésperas de seu casamento;
2º - Ainda no hospital, os sogros de descobrem o passado tenebroso dela então, eles expulsam do hospital e a proíbem de ver o noivo;
3º - A família de desaparece junto com ele;
4º - Depois de meses procurando notícias do noivo, com a ajuda de , finalmente descobre que está morto;
5º - beija na mesma noite e os dois passam a se evitar.
Eram de fato, acontecimentos demais para qualquer mente, imagine a mente fragilizada de . Hyun tranquilizava a amiga:
— Pelo menos, agora você não tem mais que lidar com o , unnie*. Por mais que o motivo fosse … E o mesmo sabendo que ele é nosso vizinho... Não precisa continuar nutrindo alguma relação com ele se não quiser.
*Unni: pronome usado de uma moça mais nova para uma moça mais velha, amigas, irmãs...
— Eu não me importo com isso, Hyun... Na verdade, só estou me sentindo talvez, um pouco culpada. Um beijo bobo não deveria ser motivo para evitar o , afinal, ele me ajudou bastante. Se sabemos a verdade é porque ele se arriscou para me dar alguma reposta, então... Acho que estou sendo imatura com ele. Como eu disse, esbarrar com ele ou não, não me importa. O pior é lidar com a morte de . Eu nem pude dizer adeus…
sentiu um choro sem emoção com aquelas lágrimas que não sentimos rolar, surgindo sobre a voz embargada e recebeu o abraço da melhor amiga como conforto. Os dias foram seguindo lentos e mórbidos como havia se acostumado nos últimos meses.
— Unnie... O Ki já está voltando das férias? — Hyun perguntou a ela a fim de mudar o assunto.
— Sim, na sexta-feira! Mal posso esperar para vê-lo.
— Aigo... Você vivia dizendo ao telefone pra ele que não precisava se preocupar em voltar logo! — Hyun beliscou a amiga que só então soltou um riso travesso ao dizer:
— Joong-Ki não tirava férias há anos! Ele merecia esses meses todos de descanso, e também, precisava aproveitar a promoção do trabalho dele. Não seria eu a chorona sem noção que faria o amigo voltar, mas, é claro que eu me acostumei a tê-lo mais perto de mim nos últimos tempos.
— Engraçado... — Hyun comentou como quem não queria dizer nada, mas queria saber tudo: — Eu achava que ele fosse um ex-namoradinho seu quando estava em Paris. Mas, você era sempre entediante falando pouco das suas relações.
— Eu não tinha relações. Não dessa forma. — comentou duramente relembrando seu passado como garota de luxo.
— É, eu sei... Mesmo assim, eu queria acreditar nisso. Que o tal “Joong-Ki” fosse seu peguete. Mas aí depois de conhecê-lo e de ver vocês dois juntos, acho que na verdade, ele sempre sentiu um amor unilateral por você!
— Ai Hyun! — gritou afastando a amiga — Nada a ver! O Ki é o meu melhor amigo! É como o irmão que eu nunca tive!
Hyun começou a rir e murmurou dando de ombros.
— Bem, isso é o que eu acho...
— Ai nossa, você só pensa besteira! Vamos, levante-se daí e me ajude a pensar em que roupas devo vestir para esta semana de trabalho! A senhora Tomoyo, a dona da boutique que eu trabalho, me deu várias peças da loja para vestir quando estiver trabalhando.
— Por quê? — A amiga sorriu encantada, mas também desconfiada — É parte do trabalho?
— Sim, ela disse que eu sou muito bonita e fico muito elegante com o que visto, então usar as roupas da loja seria um bom marketing.
— Nossa! Que generosa! E inteligente!
As duas foram escolher os looks da semana e não tocaram mais em assunto algum sobre Joong-Ki ou .
••••
Dias depois, estava no kombini* com Joong-Ki, que havia retornado da viagem de férias. Ele havia descoberto tudo sobre , através de Hyun e parte dos fatos através de , quando ainda viajava. também omitiu ao melhor amigo sobre o beijo ocorrido com o médico, mas ele soubera. Foi Hyun quem contou para ele. Joong-Ki, sabendo da situação de recente luto, fazia o possível para distrair e cuidar de . Ele sabia que aquela situação depressiva teria um tempo e deveria logo desaparecer. Por pior que fosse a verdade, era ainda melhor do que a dúvida que todos viviam pela omissão da família .
*Kombini: tipo de loja de conveniências.
— A senhora Na-Young foi até a loja ontem. – disse de repente.
Joong-Ki focou a atenção de seu celular para a feição da amiga à sua frente.
— Ela me viu bem vestida e disse que as portas da casa estariam abertas.
— E você mandou aquela bruxa montar na vassoura e seguir voando, não é?
— A questão não é essa, Ki. A senhora Tomoyo perguntou-me de onde eu conhecia ela.
— E você contou a verdade?
— Não. Disse que não a conhecia. Mas, com certeza a ahjumma* está com o pé atrás comigo agora.
— Não se preocupe com isso, .
*Ahjumma: “Senhora”, “tia”.
observou a reação de Joong-Ki, notou sua fala preocupada e até entendia o medo dele. O amigo a olhava de um modo analítico, e respirou fundo abaixando a cabeça num breve silêncio entre eles até que decidiu dizer para a amiga, algo que não faria mal lembrar:
— Eu evito tocar o nome dele, . Mas, sinto que é necessário lembrá-la, que te resgatou disso. Não caia na lábia de falsa felicidade daquela mulher novamente. Pela memória de .
deixou uma lágrima de culpa escorrer em seus olhos. E Joong-Ki lamentou por tê-la feito pensar nele. A mulher não ligou, na verdade, compreendia Ki. Depois de comerem, eles levantaram-se juntos para sair dali e seguir o combinado de ir ao cinema assistir algum filme.
— Onde está a Hyun? — Joong-Ki perguntou, curioso por ainda não tê-la visto desde que voltou de sua viagem.
— Ela arrumou um novo namorado. – respondeu sorrindo ao falar na amiga.
— Uwa*!
— Está surpreso?
— Um pouco.
— Por quê? A Hyun é bonita, inteligente e muito interessante. Não ficaria sozinha por muito tempo.
— Eu apenas não achei que ela fosse assim.
— Assim como?
— Ligada a relações.
— Como assim, Joong-Ki? Ela era noiva! – riu confusa e curiosa pela reação do amigo.
— Eu só não esperava.
o analisou durante alguns passos.
— Oppa*… Acaso está com ciúme da Hyun?
— Mwo*? O que está a dizer, sua babo*!
— Tudo bem, acalme-se... Eu só tive a impressão.
— Não me interesso nem um pouco em sua amiguinha, .
sorriu travessa e entrelaçou o braço ao braço de Joong-Ki antes de entrarem no cinema.
*Oppa: pronome utilizado de uma mulher mais nova para um homem mais velho, que pode também se referir a relação de irmãos ou namorados.
*Uwa: “Nossa!”, “Uau!”, exclamação de surpresa.
*Mwo: “O quê?”.
*Babo: idiota, tonto, bobo.
Capítulo 02
Durante toda a manhã as coisas estavam estranhas na loja. sentia-se observada desde o dia em que a senhora Na-Young pisara ali. Entretanto, os burburinhos estavam maiores naquele exato dia de trabalho. Ela arrumava algumas peças em cabides para expor nas araras, quando a senhora Tomoyo, se aproximou ao fim daquele expediente e disse para ela:
— , por favor, me acompanhe.
seguiu-a obediente e discreta.
— Preciso que seja sincera comigo, .
— Claro, ahjumma.
— Você conhece aquela mulher, a senhora Na-Young?
ponderou.
— Sim, senhora.
— Por que mentiu sobre isso?
— Eu a conheci há muitos anos e tomei alguns passos errados na minha vida. Menti porque não tenho mais nada a ver com a senhora Na-Young ou com a antiga que eu fui. Tudo aquilo é uma parte do meu passado que eu me empenho em apagar.
A senhora Tomoyo observou cautelosamente a mulher à sua frente.
— Você é a funcionária favorita das clientes, sabia? Elas apreciam o seu atendimento, a sua sutileza e seu bom gosto. Te veem como um modelo de mulher elegante e refinada. E desde que você passou a vestir a nossa marca, as vendas aumentaram.
— Sei disso senhora, por isso prezo pela discrição de fatos que possam atrapalhar.
— Eu não quero demitir você . Mas, burburinhos tem sido ditos a seu respeito. Então, o que você sugere que eu faça?
— Não sei, senhora. Mas sei que fará a escolha certa.
A senhora Tomoyo analisou com cautela e um olhar direto ao rosto e expressões da sua melhor funcionária. não abaixou a cabeça, a olhva por igual. Com respeito, mas por igual. Tal atitude demonstrava que ela não fazia nada de errado e estava certa de que o passado era passado.
— Preciso pensar em como lidar com esta situação. Eu vou afastá-la por algumas semanas. Acabamos de reinaugurar a loja, prefiro que não haja fofocas maldosas por aqui, nem sobre a loja, e nem sobre você. Aproveite este tempo para pensar .
— Pensar?
— Pense no que levou você à tais escolhas e atente-se ao que poderia levá-la de volta ao seu passado. É bom que se você quer manter esse passado distante, saiba reconhecer as tentações que podem surgir. Pode ir por hoje, obrigada.
assentiu encarando o olhar indecifrável da mais velha. Aquilo era um conselho ou uma praga? Ao deixar a loja, não hesitou em pegar um táxi, mesmo que o metrô fosse mais rápido.
Caminhava lenta pela rua de sua casa, havia chegado mais tarde do que o habitual devido à escolha em voltar de táxi. Cabisbaixa, percebeu um carro passar lento na rua ao seu lado e ao ver de quem se tratava desviou o olhar. O carro chegou antes dela ao seu destino, estacionou na própria garagem e quando seguiu até a porta de sua própria casa, olhou para . Ele ergueu uma mão em aceno para ela, e a mulher pensava se responderia. Ao se dar conta de que ser educada não seria um crime ou entendido da forma errada, ela ergueu a mão em cumprimento para ele também. Ambos sorriram fraco um para o outro e entraram em suas respectivas residências.
não contou a Hyun e muito menos a Joong-Ki o que aconteceu na loja. Ela escondeu a situação, e aceitou sair para encontrar Joong-Ki, algumas noites depois, pois, ele estava estressado no trabalho. Como era uma espécie de ritual ou tradição entre os dois amigos, Joong-Ki pediu que ela fosse com ele ao mesmo bar de sempre, onde poderia beber em silêncio e esvaziar a mente. Ela concordou, mas quando ele mencionou buscá-la na loja, disse que não era preciso. Inventou uma desculpa em ter saído mais cedo e que estava próxima ao lugar. Não queria que logo ele, que a ajudou a conseguir aquele trabalho, soubesse que por pouco estaria prestes a perder o emprego. Quando chegou atrasada, Joong-Ki estranhou a incoerência entre a fala da amiga e o tempo para chegar ali, e indagou curioso:
— Como chega atrasada se disse que estava por perto?
Novamente, mentiu.
— Precisei passar em outro lugar antes. Desculpe o atraso.
Ela percorreu os olhos por toda a extensão do lugar.
— Tem certeza que não há problema de bebermos aqui, ? – O amigo perguntou analisando a amiga que observava ao lugar com um pouco de culpa.
— Não é aqui o seu refúgio?
— Sim. Mas aqui foi a sua perdição. Não quero te causar dor.
Ela encarou a maneira natural como Joong-Ki pronunciou aquilo e arqueou as sobrancelhas. Certamente ele não teve intenção de ser rude, mas a verdade dita caiu como um tapa na face de .
— E salvação também. Acaso esqueceu de que foi aqui onde reencontrei ?
— Se você ficar depressiva, eu juro que te carrego daqui para uma balada! — Joong-Ki ameaçou dando de ombros ao notar que não só o ambiente era propício àquilo, quanto o fato de ela decidir tocar no nome do ex.
sorriu para Joong-Ki que virava seu soju* de modo desesperado. Ela notou que o amigo estava realmente estressado.
*Soju: bebida alcoólica típica da Coréia.
— O que aconteceu Ki? Dá para notar sem muito esforço que você está muito incomodado com algo.
— Acho que estou amando.
Ele disse simplesmente, sem qualquer preparo, suspense ou delicadeza. Afirmou como quem pede “com licença”. Ela arregalou os olhos surpresa e deixou o queixo cair.
— Mworago*?
— Não ria de mim!
— Quem é ela?
— Não vou lhe dizer.
— Aigo*! Primeiro Hyun, agora você… – ria admirada, com a cabeça apoiada nas mãos a olhar o amigo: — Espera… É a Hyun, não é?
— Não. Não é ela. Pare.
— Então quem é?
— Aish*! Não quero falar quem é a maldita causa da minha insônia.
— Como isso aconteceu?
— Não sei! Não faço ideia de quando começou, mas quando dei por mim, estava sofrendo.
*Mworago: “O que você disse?”
*Aigo: “Meu Deus!”, “Céus!”.
*Aish: interjeição de descontentamento, irritação.
riu contida pelo drama do amigo. Ele pediu licença para ir ao banheiro e deixou a mulher ali no balcão pensativa sobre o que acabara de ouvir. Naquele mmomento, a senhora Na-Young se aproximou.
— … Está ainda mais bonita, honi*.
— Olá senhora Na-Young. Como vai?
— Como sempre... Nada muda muito por aqui. E você? Não convidou a senhora Na, aqui, ao seu casamento.
— Não houve casamento. Ele faleceu.
A mais velha lamentou e serviu para a mais nova um drinque que sempre pedia ali.
*Honi: querido/querida (como “honey” no inglês).
— Eu lamento, honi. Mas não cometa besteiras. Agora você está onde deveria estar. Aproveite as oportunidades que a loja de roupa lhe trouxer. Agarre-as. Seja independente e feliz. Não quero vê-la aqui de novo, a não ser que venha para beber com seus amigos, de verdade.
Piscou para sorrindo e deixou a mulher ali pensativa. A senhora Na-Young nunca havia forçado nenhuma de suas moças a trabalhar para ela, ela estava ali e as interessadas que vinham. sabia que no fundo, pelo menos com ela, a senhora Na torcia para que arrumasse um emprego mais digno.
Joong-Ki retornou perguntando para ela o que a dona do estabelecimento queria, pois, havia notado as duas conversando.
— Dizer para eu não cometer besteiras.
Joong-Ki encarou , confuso, a amiga puxou o próprio drinque para um brinde, e Ki correspondeu.