Once Again
Escrito por Ray Dias | Revisado por Lelen
Nota de autora inicial: Essa é uma fanfic songfic da música “Once Again” (Mad Clown ft. Kim na Young), e você pode escutar a canção e ler sua tradução aqui. Ah! E essa história é uma continuação da minha outra fanfic “None” recomendo que leiam antes a primeira parte desse casal.
Capítulo 01
Serei capaz de te ver outra vez? Estou enfrentando o destino que vai passando diante de mim. Isso é um sonho que não conseguimos acordar?
Novembro
deveria se preocupar com as compras para as festividades do fim de ano, mas a única festividade que importava era o seu casamento. Faltavam alguns meses, mas, desde o pedido de , ela não conseguia pensar em outra coisa. O amava de uma forma que estava oculta em seu coração por todo o tempo que estiveram longe um do outro.
Ambas as famílias estavam muito felizes pelo casal. Mesmo os pais de que sabiam que a filha dos havia engravidado do ex-namorado e perdido o bebê, não se importaram com aquilo. A falta da virgindade dela foi culpa de ainda na adolescência então não seriam puritanos àquele ponto. Aquilo não era o tipo de absurdo para os . Já sabiam, ainda na infância dos filhos, que eles eram destinados um ao outro. E aquilo se comprovou no momento em que a vida os reuniu.
, compreendendo a euforia da noiva, tomou para si a responsabilidade pelo Seongtanjeol*. Ele estava saindo de casa para buscar as decorações natalinas e sentada à mesa da sala fazendo cálculos do casamento, quando levou a mão ao peito e respirou fundo.
*Seongtanjeol: Natal
— Jagi*? Está se sentindo bem? — perguntou preocupada levantando-se e caminhando até o noivo.
— Sim, apenas estou um pouco cansado.
Embora o sorriso falso de fosse convincente, não se tranquilizou.
— Então, descanse Sarana’h*.
— Vou às compras do Seongtanjeol. Não se preocupe.
Ele beijou a testa de e sorriu, saiu em direção à porta, mas a mulher o impediu:
— ! Espere! — Caminhou até ele o abraçando.
— Oh, Sarana’h… Por favor, não se preocupe. Estou bem.
— O que você me esconde, ? Há algum tempo você tem se sentido estranho…
— Isto é preocupação demasiada da minha Yochin* .
* Jagi: Querido
*Sarana’h: Meu amor
*Yochin: noiva/namorada
beijou e saiu tranquilo. A mulher não conseguia se concentrar por todo o tempo em que ele não voltava. Algo estava errado. caminhava de um lado ao outro na sala e havia largado a mesa com todos os papéis e planejamentos anteriores. Telefonou à sua amiga, Hyun. Sentia que ela poderia acalmá-la ou contar-lhe alguma coisa que ela ainda não sabia sobre , mas Hyun nada falou. Nada que ela, noiva de , não soubesse. O celular de tocou e ela imediatamente atendeu:
— Senhora ?
O que a sua sogra lhe dissera a fez correr, ainda ao telefone. Pegou a bolsa, fechou a casa e correu pelas ruas pedindo o táxi pelo aplicativo.
Cada segundo dentro daquele automóvel parecia uma eternidade. sentia medo. Não sabia o que esperar quando chegasse ao hospital. E quando chegou, ela correu apressada pelos corredores até que uma enfermeira a parou.
— Senhora, não pode correr desse jeito aqui! O que houve?
— Por favor! ! Deram entrada com ele aqui! — ela dizia eufórica, aos prantos.
— O sobrenome do paciente, qual é?
— ! A senhora está aqui!
— Você é da família?
— Eu sou a noiva dele! Por favor, enfermeira! Não demore, eu…
— Calma, calma… Me acompanhe, por favor.
seguiu a enfermeira e ao encontrar a sogra, as duas se abraçaram imediatamente. tentava falar de maneira menos desesperada, porém, a voz embargada pelo choro assustado não lhe permitia.
— Ahjumma*! O que houve?
— Ele… teve uma parada cardíaca, honi*.
*Ahjumma: Senhora
*Honi: Querida/Querido (como Honey em inglês)
não compreendia. A sogra a encarava com brandura, até que notou a feição confusa de . Enxugou as próprias lágrimas e perguntou:
— não te contou?
— O que ele escondia, ahjumma?
— Oh, honi… Meu filho sofre do coração. Há alguns anos ele transplantou e eu achava que tudo estava bem, mas hoje…
A sogra suspirou pesadamente e , atônita, buscava em suas lembranças quaisquer sinais que poderiam lhe dizer que seu noivo estava doente. O médico surgiu e as duas mulheres voltaram suas atenções a ele.
— As senhoras são familiares do paciente ?
— Eu sou a mãe dele! Doutor, como está o meu filho?
segurava o braço de sua sogra a fim de lhe dar algum equilíbrio e segurança, embora ela mesma não tivesse.
— Acalme-se, senhora . Eu sou o doutor Kim , cardiologista do hospital. sofreu uma parada cardíaca que foi revertida ainda no atendimento de socorro, porém, ao verificar o prontuário dele, descobrimos que o paciente é um transplantado, certo?
— Certo! Certo! Ele sofria de uma doença crônica e, ainda jovem, precisou de um transplante de coração. O que aconteceu?
— O corpo de não se adaptou totalmente ao órgão e, sinceramente, o rapaz resistiu o quanto pôde. Não é comum que demore tanto tempo para o organismo rejeitar um órgão. Bem… Eu pedi alguns exames novos, que estão sendo feitos. Ele está sedado, infelizmente vocês não podem vê-lo agora.
— Entendo, doutor… Mas, o que vai ser feito? O coração dele…?
— Outro transplante, sim, senhora . Embora seja uma situação de extrema ansiedade e a senhora já passou por isso, felizmente é a opção que há para . Não se preocupe demasiadamente, tudo bem? Estamos fazendo todo o possível.
— Quanto tempo ele pode esperar por um novo órgão, doutor ?
abraçava firme sua sogra, esperando a resposta de sua pergunta.
— Não posso estimar tempo ainda. Precisamos dos resultados dos exames. Mas, se tratando de transplante, senhorita…?
— .
— Senhorita … se tratando de transplante, o quanto antes melhor.
Elas assentiram ao médico e ele as deixou a sós. sentou-se no banco de espera e iniciou um choro silencioso e contínuo. Por mais que sua sogra lhe pedisse para não se desesperar e que tudo daria certo como da última vez, não conseguia.
— Ahjumma… Por que não me contaram isso? Eu tinha o direito de saber.
— Não achei que não soubesse. deveria ter lhe contado — a sogra falou compassiva, segurando a mão da nora.
Ela respirou profundamente e olhou para o lado sentindo a presença de alguém. Era o senhor , pai de , que acabara de chegar. A mulher se levantou e abraçou o marido, contava-lhe baixinho o que ouviu do médico. encontrava-se em estado de choque, mal dando conta da presença recém-chegada do sogro.
— ?
Ouviu uma voz que não chamou apenas a sua atenção, mas também a de seus sogros.
— Você está doente, ? É por isso que a melhor moça da senhora Na-Young deixou seus acompanhantes?
— Senhor Mokoto… — sussurrou de olhos arregalados. Não era possível que um ex-cliente revelaria seu passado daquela maneira.
— Sinto sua falta, . Você não deu explicações! Eu exijo que se desculpe por abandonar seu trabalho sem ao menos falar comigo!
— Senhora Na-Young? — A sogra de aproximou-se mais dos dois e perguntou ao homem.
— O que? Sim! Senhora Na-Young! A receptora de moças — o homem respondeu grosseiro para a sogra de .
Imediatamente o tapa no rosto de se fez ouvir. Mokoto, ao perceber o que acontecia, olhou raivoso para e saiu dali. A senhora chorava nervosamente, sendo segurada por seu marido que também se encontrava nervoso.
— Prostituta! Meu filho iria se casar com uma prostituta!
— Senhora …
— Cale a boca! — a mulher gritou batendo no outro lado da face de e novamente o senhor se pôs a segurar a esposa: — Saia daqui, sua vagabunda! Como você pôde fazer isso com o meu filho!?
— Ele sabia! — gritou: — Ele me salvou e por ele eu mudei! Ele me aceitou!
— Eu soube da sua gravidez na adolescência! Eu soube que a desonra em sua família não foi sua culpa, você foi uma vítima! Como seus pais puderam permitir tamanha desonra ao meu filho?
— Meus pais nunca souberam, senhora … Por favor, eu…
— SAIA! — a senhora gritou, e algumas enfermeiras se aproximavam. Ela olhou diretamente nos olhos de e entredentes proferiu: — Você nunca mais chegará perto do meu filho! Saia imediatamente daqui, sua vagabunda! Saia!
olhou de sua sogra para seu sogro, e o repúdio era iminente nos dois. Ela pegou sua bolsa, ainda em lágrimas, e saiu extremamente envergonhada do hospital.