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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Ready to run

Escrita porLiv
Revisada por Lelen

🛈

Capítulo 1 • mudança

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

  2012.

  Seo %Minho% observava o céu pela janela do avião, sem se importar quando pousariam ou se passariam por alguma turbulência. Sua mente viajava pelas lembranças do que havia deixado para trás, e o seu coração se entristecia por ter que abrir mão das coisas que ele mais amava — por mais que, bem lá no fundo, %Minho% sabia que precisava seguir em frente e para isso, tinha que se mudar. Mudanças não são fáceis e muitas vezes são desconfortáveis, mas, para o garoto, um misto de sentimentos tomava conta de si, e ao mesmo tempo que se sentia inquieto e assustado, algo parecia dizer que era o certo a se fazer, e esse pensamento o acalmava, como se o envolvesse em um abraço quentinho. Ele não sabia o que esperar de Los Angeles além do que via nas suas férias — que duravam um mês —, porém, esperava que pudesse fugir de tudo aquilo que deixou em Seul, e também desejava que a cidade só trouxesse coisas boas para si, o permitindo viver uma nova etapa da sua vida sem preocupações e tristezas.
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  — Essa será a nossa nova casa. O seu quarto continua no segundo andar do jeitinho que você deixou, e você terá uma semana para se adaptar à vizinhança até o início das aulas, tudo bem?
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  Seo Donghae ofereceu um sorriso para o filho, recebendo um aceno positivo de volta. O mais velho ainda estava preocupado com o garoto, mas em sua mente só havia espaço para pensamentos positivos, apesar de recentemente ter passado por diversas mudanças em sua vida pessoal e profissional. Por mais turbulento que tenha sido os últimos meses, Donghae precisava continuar com a cabeça erguida não só para si, mas para conseguir cuidar de %Minho% e prestar todo o apoio necessário para o seu filho, que também sofreu com todos os recentes acontecimentos. O homem olhou para o garoto com um aperto no coração, desejando aos céus que a mudança de ares lhe fizesse bem, afinal, a cena de %Minho% chorando em seus braços e pedindo para ir embora ainda martelava em sua mente, e o mais velho só queria que seu filho pudesse ser feliz. No entanto, Donghae sabia que não tinha como controlar tudo, e mesmo preocupado, ele respeitaria todos os limites do mais novo e estaria ali caso %Minho% precisasse do seu apoio.
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  — Vou subir — anunciou ao pé da escada, com a sua mochila nas costas. — Depois desço para o jantar.
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  Seu pai concordou, e assim que ele sumiu do seu campo de visão, %Minho% prosseguiu para o andar de cima, indo direto para o seu quarto.
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  O cômodo continuava o mesmo, e o cheiro de erva doce parecia estar mais forte do que nunca, e agora ele não sabia se havia sido algo que seu pai planejou ou uma visita rápida do espírito de sua mãe. O menino apenas sorriu fraco e se jogou na cama, ignorando a mochila cheia incomodando as suas costas; estar nessa casa trazia muitas lembranças de quando era criança e de quando sua mãe e sua avó ainda estavam ao seu lado. Boa parte das suas férias eram passadas em Los Angeles, especialmente por sua avó, Kang Da-hyun, ser uma artista que odiava ficar presa à Seul, mas que tinha certas limitações por culpa da família do seu avô paterno, que era um tanto conservadora e tradicional. As viagens para a cidade dos sonhos eram sempre animadas, divertidas e libertadoras, e Da-hyun aproveitava a oportunidade para expor as suas pinturas, já que acontecia uma feira de artes durante a época. %Minho% não sabia se essa feira ainda existia, mas estava curioso para descobrir e, quem sabe, expor algum trabalho seu, visto que ele amava tanto pintar quanto sua avó. Um sorriso brotou em seus lábios em meio às lágrimas que rolavam por suas bochechas coradas, e por mais que estivesse incerto do seu futuro e com o coração machucado, algo dentro de si dizia que tudo ficaria bem. E assim, embalado em sentimentos melancólicos e pela brisa fresca que entrava pela janela, o garoto adormeceu.
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  %Minho% acordou um pouco perdido, sem saber quanto tempo havia durado o seu cochilo. Ele espiou pela janela e o finzinho da tarde havia chegado e o sol estava quase se pondo, o que o fez se levantar e ir ao encontro de seu pai, que estava na sala assistindo um filme. O mais novo se sentou ao lado do outro e deitou a cabeça no seu ombro, suspirando alto; Donghae encarou o filho e soltou um riso baixinho, achando adorável a forma como %Minho% sempre ia até ele após acordar de seu cochilo com a feição emburrada. Uma das coisas que o menino mais gostava era de dormir, e quando era acordado ou acordava do nada, ele costumava ficar emburrado por um tempinho.
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  — Fiquei sabendo que vai ter uma pequena queima de fogos naquela pracinha — Donghae comentou despretensiosamente, olhando para a TV.
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  — Ah, sim — %Minho% respondeu sem muita animação.
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  — E que tem cavaletes de pintura para quem quiser usar disponíveis...
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  O homem não precisou falar mais nada para que seu filho desse um pulo do sofá e corresse para o andar de cima, voltando vinte minutos depois de banho tomado e com sua bolsa de pintura no ombro, visivelmente afobado. Seo suspirou e sorriu, indo na cozinha e pegando uma bolsinha de marmita, que logo entregou pra %Minho%.
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  — Aquela senhorinha dos gatos ainda é a nossa vizinha e estará lá, aparentemente o neto dela está aqui para visitar. Se precisar de algo, é só falar com ela, certo? Não volte tarde, querido.
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  — Obrigado, appa! — O menino abraçou o pai rapidamente.
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  — E se lembre: ter companhia para comer torna as refeições mais divertidas!
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  %Minho% deu um tchauzinho para o outro, sentindo o coração quentinho. Todo o cuidado de Donghae não passava despercebido, e o mais novo ficava feliz de ter um pai tão incrível como ele, que sempre estava ao seu lado o apoiando.
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  Não demorou mais do que dez minutos para o garoto avistar a aglomeração na pracinha, e uma sensação boa tomou conta de todo o seu corpo. Fazia tempo que não via metade da sua vizinhança, e estar de volta trazia inúmeras memórias do passado, e felizmente, todas eram maravilhosas, e bastou que uma pessoa o reconhecesse para que as demais viessem em sua direção para cumprimentá-lo.
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  — %Minho%, querido! — Vivian, a senhorinha que seu pai havia falado, segurou o seu rosto com delicadeza, sorrindo. — Você está enorme! Espero que esteja bem.
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  — E a senhora continua belíssima!
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  — Isso se chama genética — pausou — e produtos caros, querido. Bom, acredito que todos terão um tempinho pra falar com você, mas eu queria aproveitar e te apresentar ao meu neto. Só me deixe achá-lo... ei, %Namjoon%! Vem cá!
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  Seo tentou descobrir quem era o tal “%Namjoon%”, mas com a quantidade de pessoas à sua volta, ficou meio difícil de saber quem era quem, principalmente quando apareceu quatro garotos na sua frente, aparentando ter a mesma idade que a sua.
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  — %Joon%, gostaria que conhecesse o %Minho%, o nosso mais novo vizinho! %Minho%, esse é o %Namjoon%, meu neto.
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  — Prazer, %Mio%! Espero que possamos ser amigos.
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  Era como se todas as palavras do mundo tivessem sumido assim que %Minho% apertou a mão do menino, e quando os seus olhares cruzaram novamente, Seo sentiu todo o seu corpo reagir, sem compreender muito bem o que estava causando a sua inquietação. A interação que era para durar apenas alguns segundos, parecia estar durando muito mais, como se estivessem em câmera lenta e debaixo de um holofote que só iluminava os dois; %Namjoon% sorriu e não aparentava estar incomodado com o longo aperto de mão, e %Minho% se viu completamente perdido no sorriso do garoto, o deixando ainda mais confuso. Aos poucos Seo lembrava que tinha outras pessoas à sua volta, e assim que terminou de se apresentar rapidamente para %Namjoon% e seus amigos, ele quase que correu para onde estavam os cavaletes, sentindo o seu coração acelerar.
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  — Por que estou me sentindo assim? — sussurrou para si mesmo, ajeitando o seu material para começar a pintar. — Não é como se eu já tivesse esquecido o Seungcheol...
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  — O que você está resmungando aí, %Mio%? — %Joon% surgiu atrás de %Minho%, espiando os seus pincéis. — Oh, que conjunto legal! O meu foi minha vó que me deu, olha.
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  — Uau! — %Minho% ficou maravilhado com a qualidade das cerdas, tão macias e outras tão firmes. — Você também gosta de pintar?
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  — Sim, vim hoje por causa dos cavaletes! — Se acomodou ao lado dele, ajeitando a sua tela. — E por curiosidade para saber quem é o meu mais novo vizinho.
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  — Ah, somos dois, então! — Apesar da última fala de %Namjoon% ter sido em um tom mais baixo, Seo conseguiu escutar perfeitamente independente de todo o falatório na praça. — Também vim quando soube que ia poder fazer pintura ao ar livre...
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  — Eu entendi. — Riu. — Vamos começar?
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  Quase duas horas se passaram e os meninos estavam prestes a finalizar suas respectivas pinturas, e Seo não continha a sua curiosidade, espiando toda hora a arte do vizinho, a achando tão linda por mais que não conseguisse passar mais de cinco segundos a admirando, afinal, precisava terminar a sua antes da queima de fogos que aconteceria em breve. %Minho% voltou a atenção para a sua tela e ficou feliz com o resultado; ele decidiu reproduzir a cena à sua frente, então incluiu vários moradores, o céu estrelado e a pracinha; já %Namjoon% optou por se representar na pintura — na opinião de Seo —, utilizando o mesmo cenário e focando bastante nos mínimos detalhes, como nas estrelas e nas árvores, diferente de %Minho%.
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  — Acho que com esse vento todo elas vão secar mais rápido do que pensamos. — %Namjoon% alongou os braços e deu uma olhada à sua volta, vendo o trabalho das outras pessoas. — O pessoal aqui é bem talentoso.
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  — Né? Minha avó adorava vir pra cá por causa disso, essa vizinhança era conhecida por ser bem artística e aqui ela conseguia se expressar. — Sorriu.
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  — Quando estou aqui me sinto desse jeito. — Desviou o olhar para o aglomerado de pessoas que aguardavam a queima de fogos. — Livre e feliz.
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  %Minho% não respondeu, no entanto, desde que soube que se mudaria para Los Angeles, ele ficava pensando se conseguiria ser quem era verdadeiramente ao deixar Seul e todos os acontecimentos ruins para trás, e se questionava se a sua liberdade seria apenas igual à de sua avó, momentânea. O adolescente queria poder gritar aos quatro ventos que queria viver da forma que quisesse, que nada e nem ninguém o impediria de se expressar ou de ir atrás do seu sonho, e que ele poderia sim amar livremente, sem medo dos julgamentos alheios.
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  %Minho% queria ser livre.
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  E feliz.
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  — Também quero isso... — falou baixinho ao encarar o chão.
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  — E o que te impede?
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  Na mesma hora, a queima de fogos começou, e tudo pareceu perder a importância, já que a única coisa que %Minho% conseguia focar era o cenário tão bonito que se formava no céu. A mistura de cores e de formatos prendeu totalmente a sua atenção, e a sensação de leveza que sentiu ao deixar de lado os seus pensamentos era incrível, e assim que o seu olhar cruzou com o de %Joon%, %Minho% sorriu sinceramente, extremamente feliz de estar ali naquele momento.
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  — Vem, vamos assistir os fogos de mais perto! — %Namjoon% estendeu a sua mão e Seo logo aceitou, a apertando firme. Eles passaram por meio da multidão e encontraram um local bem na frente, onde continuaram de mãos dadas enquanto assistiam ao show. %Minho% não sabia o motivo, mas algo lhe dizia que ele estava no lugar certo, na hora certa, e o menino começava a cogitar que talvez tudo aquilo que desejou para a mudança, talvez se tornasse realidade.
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  N/A: eu falei que íamos ver mais do %Minho% e do seu noivo misterioso 👀
  Esse é o primeiro capítulo da história do %Mio% e do %Joon%, e posso adiantar que nessa só teremos amor e sucesso (talvez um draminha?) 🥳
  Desde que eu comecei a escrever “Can you hold my hand?”, eu pensei em trazer uma história do %Minho%, e finalmente consegui! Terá menções aos personagens da fic do Scoups, então se quiserem dar uma olhadinha na outra fic, fiquem à vontade 💜
  Espero que tenham gostado!
  Até a próxima <3

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Lelen

EBA, VAMOS VER MAIS DO MINHOOOOO <3
Já começou com uma pedrada que é o menino sentindo falta da mãe e da avó, espero mesmo que daqui pra frente seja só pra frente e pro felizes para sempre u.u
E Minmin iludida achando que vai ficar na sofrência pelo Cheol, e o Namjoon já chegando com tudo HAHAHAHAH

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