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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Wine

Escrita porRay Dias
Revisada por Mariana

Epílogo

Tempo estimado de leitura: 11 minutos

“Eu não aguento isso, tem uma sensação tão doce como o primeiro e esquisito vinho que tomamos. É muito amargo e dolorido, vou mantê-lo bem diante aos meus olhos e te deixar ir assim como as lágrimas caem dos meus olhos...”
(Wine – Changmo).

  Há meses que %Jennie% não dava notícias ao pai e Chan estava preocupado e com saudades. Naquele dia ele decidiu ir visitá-la no interior e deixou %Taehyung% no controle de tudo na oficina. Duas horas e meia de viagem depois, Chan avistou a pequena propriedade vasta, sem qualquer plantação frondosa, mas com várias parreiras montadas à esperada de quando os galhos já existentes, de forma tímida, dessem frutos. Desceu de seu carro à porteira da propriedade e buzinou. Viu uma mulher com grande chapéu de palha, ao longe. Era uma senhora, e logo estranhou se estaria no endereço certo. A mulher fez sinal com as mãos para que o carro entrasse:
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  — Hana, vá avisar a jovem senhora! – gritou a senhora para uma das suas ajudantes mais jovens que entrou correndo à casa modesta da propriedade.
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  %Jennie% estava sentada à mesa do computador fazendo contabilidade dos gastos com a colheita e estudando, como vinha fazendo arduamente, para que o negócio desse certo e se expandisse e ela pudesse ter bons compradores.
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  — Senhorita %Jennie%! – gritou a jovenzinha ao entrar: — Tem visita na propriedade!
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  — Oh, obrigada, Hana...
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  %Jennie% estranhou e levantou-se caminhando para a entrada da casa. Chan desceu do carro e cumprimentou a velha senhora que lhe acenou e agora estava a cumprimentá-lo:
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  — Este é o vinhedo de %Jennie% %Min%? – ele perguntou.
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  — É sim senhor, a menina foi chamá-la! O senhor, quem é?
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  — Eu sou o pai dela.
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  — Uwa! – a mulher sorriu largamente: — Ela ficará muito feliz!
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  — A senhora quem é?
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  — Oh, eu me chamo Jang Mi! Eu ajudo a pequena %Jennie%, que não pode fazer o trabalho pesado.
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  — Não... Pode?
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  Chan perguntou confuso, mas a filha surgiu à porta e Jang Mi lhes sorriu dizendo: “Ah aí está ela! Senhorita! Seu pai veio visitá-la!”. %Jennie% sorriu por finalmente rever o pai. Não tinha objeções de que ele a visitasse, mas nunca acreditou que ele iria. Chan por sua vez estava surpreso, curioso e morrendo de saudades. Os dois se abraçaram emocionados, e ele entrou. Conheceu a casinha modesta de %Jennie%, almoçou com ela, passou o dia ali conhecendo a propriedade pequena e os planos da filha e por fim conversaram.
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  — Como você me esconde uma coisa dessas, %Jennie%?
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  — O senhor sabe como eu sou independente pai... Eu consegui comprar isso aqui sem depender de você...
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  — É, mas juntou dinheiro desde garota para isso! %Jennie%... Agora me deixe ajudar vai, me deixe comprar móveis pra casa, te ajudar com dinheiro... Sei lá...
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  — Isso vai deixar o senhor em paz? – ela perguntou já disposta a aceitar.
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  Depois de saber que sozinha era difícil chegar onde almejava e sentindo a sincera preocupação do pai, que tanto lhe impediu de fazer aquilo, mas naquele dia estava ali orgulhoso dela, %Jennie% aceitaria ajuda.
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  — Vai sim.
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  — Então tudo bem.
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  — E vou ficar em paz também se me disser se o pai é quem eu penso que é. – Chan proferiu preocupado.
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  — É, é o %V%...
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  — Se eu soubesse não teria deixado você partir daquele jeito! Você não contou a ele, contou?
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  — Claro que não... Ele não me queria, porque eu iria forçá-lo a ficar comigo por uma gravidez?
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  — Não é questão de forçá-lo a algo, é direito dele saber e dever dele assumir! Eu vou contar a ele, %Jennie%.
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  — Não, pai, eu não quero que ele se sinta obrigado a nada.
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  — %Jennie%... Eu preciso te contar uma coisa.
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  Ela prestou atenção ao pai que estava ansioso para contar-lhe, a parte desconhecida de sua despedida.
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  — Naquele dia do tiroteio, você avisou que iria embora e entrou para seu quarto. Eu conversei com ele, e soube na mesma hora que o %V% estava apaixonado por você. Mas ele é pé no chão demais para admitir sonhos que ele não poderia ter, e você é algo que ele julga não merecer. De certa forma eu concordo, acho que não existiria nunca homem nenhum no mundo que mereça a minha menina... Mas, a questão é que ele não te pediu pra ficar porque ele julga que você merece mais do que o amor de um engenheiro que se iguala a um gângster trabalhando em um desmanche, e que gosta do que faz... O %Taehyung% como eu gosta de viver fora das regras, %Jennie%. Não é como se ele não tivesse opções, é uma escolha dele.
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  — Está me dizendo que ele me ama? E me deixou ir por achar que era melhor para mim? – %Jennie% perguntou revoltada e o pai assentiu: — Eu não sei se acredito nisso, pai.
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  — Tudo bem! Mas eu vou dizer a ele que você quer vê-lo, não vou contar nada sobre essa criança. Se ele vier, você saberá que ele sente alguma coisa.
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  — Ele não viria aqui só porque eu queira o ver, pai...
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  — Se ele te ama, ele virá sim. Um homem apaixonado que abre mão da mulher que ama, não perde a chance de vê-la uma última vez.
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  Chan se levantou e se despediu da filha. Passou a viagem toda de volta sentindo-se culpado por deixar %Jennie% partir, grávida de %Taehyung%. Não permitiria mais que os dois ficassem distantes e se %Taehyung% quisesse continuar naqueles negócios, ele não o impediria, mas não deixaria também ele comandar de frente como eram seus planos iniciais. Agora ele tinha um neto, e não queria que o pai de seu neto arriscasse a vida como ele arriscou. Convenceria %V% de algum jeito, a ir produzir vinhos com %Jennie%, ter uma vida pacata, e se manter no fio da navalha com os customers, sem muitos problemas. E foi pensando em mil e uma maneiras de ameaçá-lo caso %Taehyung% rejeitasse ir ver a filha ou sair de suas funções escusas na Fastbox, que Chan voltou para casa. Como imaginou, %Taehyung% estava trabalhando. Tinha um motor “v8” em cima da bancada de trabalho, que o mesmo desmontava para limpeza e restauração.
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  — E aí, %V%? – Chan se aproximou com as mãos ao bolso.
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  — Como foi sua viagem? Trouxe alguma coisa nova? – o mais novo perguntou ainda concentrado em seu trabalho.
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  — Eu fui ver a %Jennie%.
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  Chan pronunciou e %Taehyung% o olhou de repente, surpreso, mas assentiu em silêncio.
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  — Ela quer te ver. – Chan falou estendendo a ele um papel com o endereço — Não seria bom vê-la?
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  %Taehyung% ponderou e encarou os olhos de Chan na busca de alguma armadilha. Mas notou que o homem sorria, então ele sorriu de volta pegando o papel.
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  — Ela está bem?
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  — Vá ver com seus próprios olhos.
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  — Tudo bem... – %Taehyung% murmurou confuso.
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  Voltou sua atenção para o trabalho que fazia e Chan lhe deu as costas sorrindo.
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  Dias depois, lá estava %Taehyung% com o som no último volume, o carro rasgando os pneus na estrada, e o vento que entrava pela janela fazendo seu cigarro apagar mais rápido do que ele fumava. Quando o carro despontou do ponto final da estrada, ele avistou as colinas ficarem para trás e várias pradarias se apresentarem como paisagem. Eram diversas plantações de arroz, e %Taehyung% riu ao pensar: “Essa maluca veio plantar uvas no meio de uma região de arroz?”, já pensava o quão frustrada %Jennie% estaria por seu negócio não dar tão certo, mas logo outros campos mostraram uma região mais seca de solo próprio e úmido. E no meio de tanto verde, um pedacinho tímido de terra com parreiras ainda sem uvas, e uma casinha simples no meio. Adentrou a propriedade depois de abrir a porteira, e %Jennie% que estava sozinha naquele dia, estranhou o barulho alto de rap. Saiu pela casa até a entrada e sentiu o coração dar pulos ao ver o Camaro estilizado de %Taehyung% estacionando em frente à sua casa. Seu pai estava certo, ele havia ido.
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  %Taehyung% desceu do carro, vestido como sempre: cabelos despenteados, roupas rasgadas e surradas de modo proposital, as tatuagens do braço à mostra, óculos escuros e cigarro – que ele jogou no chão e pisou com seu tênis sujo. Quando ergueu os olhos para a mulher à porta da casa e sorriu, seu queixo caiu ao mesmo tempo. Tirou os óculos, espantado. E caminhou devagar em sua direção, ainda inexpressivo, mas com olhos grandes de susto: ela estava com uma barriga de sei lá... Sete meses?
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  — Então você veio... – ela murmurou sorrindo ao alto da escada da varanda.
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  Ele subiu poucos degraus, ficando de frente para ela, um pouco mais baixo encarando a barriga dela:
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  — E você... Era por isso que não queria uma miniatura de um dos meus customers, não é? – pela primeira vez sorriu debochado a encarando nos olhos.
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  — Eu disse que não precisaria. Eu tenho uma miniatura de você.
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  %Taehyung% sorriu como %Jennie% nunca o viu sorrir em todos os meses desde que o conhecera. Ele a abraçou dando um cheiro forte em seu pescoço e depois beijou sua boca com saudade e alegria.
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  — E eu achei que só viria provar um bom vinho... – debochou.
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  — Digamos que você vai ter muitas experiências novas, além de provar bons vinhos...
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  Ele sorriu e limpou as lágrimas que escorriam dos olhos dela.
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  — Ei... Cadê a roupa de camponesa?
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  — Eu sou a chefe aqui, queridinho... – %Jennie% zombou: — Mas se você ficar mais tempo, um dia pode ser que me veja vestida como tal.
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  %Jennie% pegou a mão dele o guiando para dentro da casa, e %V% a puxou para si antes de entrar e abraçou e beijou novamente, dizendo com toda a certeza de quem um dia queria ouvir aquelas palavras saindo da boca dela:
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  — Eu fico.
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Fim

  Nota de autora: Obrigada por terem lido a história até aqui! Eu espero que vocês realmente tenham gostado de ler “Wine”, tanto quanto eu amei escrevê-la! Deixem seus comentários, eles são muito importantes para quem escreve viu? Um beijinho, e até a próxima!

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