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ATENÇÃO!

História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Weak

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 5

Tempo estimado de leitura: 10 minutos

  Véspera da execução.

  No dia seguinte, quando acordei, já passavam das duas da tarde. Me sentei na cama e baguncei ainda mais meu cabelo, um hábito que tinha enquanto tentava me acostumar com a luminosidade vindo de fora do quarto. Uma coisa que os hotéis bora boranos tinham de providenciar, eram venezianas para quem gostasse de acordar tarde. Aquelas porta-balcão com apenas uma cortina branca esvoaçante não era o que se podia dizer confortável, pois a luminosidade atrapalhava o sono de quem o tinha fracamente. O que não era meu caso.
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  Eu nunca havia dormido tanto desde quando eu completara 14 anos. Já estava acostumado a ficar até mais de 24 horas acordado por causa das missões e, quando ia dormir, eram apenas por cinco ou seis  horas no máximo. Mais de 10 horas de sono não era comum.
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  Mas eu sabia o porquê daquilo ter acontecido. A razão tinha nome. Tinha nome e rosto. E um sexo extraordinário.
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  Tomei meu segundo banho do dia e fui comer algo no restaurante do local. Me olhei no espelho do saguão de entrada do hotel. Eu estava ótimo. Na minha opinião, eu estava demais. Obviamente as mulheres do local achavam o mesmo. Com minha confiança como sempre no céu, saio do local a pé, respirando o ar puro de Bora Bora. Caminhei por entre as ruas de pedra e observei, ao longe, as ilhas artificiais para os resorts mais luxuosos. Eu poderia ter ficado lá. Acordado e mergulhado direto na água cristalina. Mas não me arrependo de ter escolhido o hotel terrestre. No final das contas, ele foi mais conveniente.
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  Não tardou para mim topar com %Victoria% e John caminhando. Obviamente ela não me vira, pois sua atenção estava toda numa barraca de objetos feitos com conchas, porém, seu acompanhante, sim, percebeu minha presença e tratou de logo tirá-la dali, esforçando-se em não fazê-la olhar em minha direção. Um homem deve saber que esse tipo de comportamento apenas aumenta o ego do outro. Sorrio, satisfeito ao pensar que em menos de um dia eu estaria vendo seu corpo jazendo morto no chão.
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  Eu havia decidido retardar a missão em um dia. Não faria mal a ninguém. Como sou o único membro do trabalho, não precisava me reportar a ninguém. O clã não havia me dado um prazo para concluir, desde que o trabalho fosse feito.
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  E ele seria feito.
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  Amanhã, não hoje.
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  Passei o dia que me restava andando pelo local, sentei para beber uma água de coco e me surpreendi comigo mesmo ao me ver pensando na mulher. Em seu corpo, suas curvas, a expressão que fazia quando chegava a um orgasmo. Mais uma vez minha razão tentava me direcionar para o caminho certo, como sempre fazia. Mas desta vez. Apenas desta vez, outra parte de mim falava alto. E pela primeira vez na minha vida, obedeci ao outro lado.
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  Era sua última noite com os olhos abertos. Sem eu perceber, estava escondido por entre as árvores da casa vizinha da dela, que me levava para o local na sacada onde ela havia me escondido na noite passada. A vi apoiada na sacada de seu quarto, olhando para o céu estrelado e a lua cheia. De maneira inusitada, como se soubesse que fiz uma escolha diferente da usual, recebi uma ligação de Martin mais cedo.
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  – Terminou o trabalho? – o ouvi perguntar friamente, sem  uma introdução. Era assim que funcionávamos. Respondi que amanhã acabaria com tudo. – Não me decepcione. Quero esse caso encerrado até amanhã. – e sem esperar por uma resposta, ouvi o 'click' indicando que ele havia desligado.
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  Voltei à realidade e a vi que %Victoria% não estava mais na sacada. Olho no relógio, marcava duas da manhã. Ela provavelmente ficou me esperando, eu tinha certeza. Silenciosamente, fui ao lugar onde ela estava a poucos momentos e segurei na maçaneta, abrindo a porta–balcão e entrando no quarto, a vendo saindo do banheiro, olhando para mim.
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  – Está atrasado – foi apenas o que conseguiu dizer antes que eu lhe tomasse os lábios com vontade. Grudamos nossos corpos até eu a soltar e olhar em direção à porta. – Já tranquei. John está dormindo faz um tempo. Eu conferi.
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  Não foi preciso dizer mais nada. A camisola, hoje de seda, deslizou em uma iniciativa dela mesma. Fiz o mesmo com minhas roupas e a puxei para mim, andando com ela em direção à escrivaninha, ao invés da cama. Hoje, eu estava afim de ser mais prático.
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  – %Lucas%...
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  – Cale a boca – pedi, devorando sua boca e bolinando seu sexo, até senti-la úmida o suficiente para me receber. Alguns segundos depois, ela se apoiava em seus braços, inclinada para trás em cima de sua mesa, uma das pernas apoiada no encosto da cadeira que eu havia colocado para o lado, enquanto eu metia dentro dela, como se nossas vidas dependessem disso. Assistir meu membro entrando em saindo me proporcionava um prazer que jamais havia sentido antes. Aumentei a velocidade, pensando que assim aumentaria meu prazer, mas a causa do meu enlouquecimento foi ela, novamente, me chamar pelo apelido.
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  – %Luke%, mais. Me fode mais.
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  Foi assim que soltei um baixo rugido e, pelos quadris, a puxei ainda mais para perto, como se assim eu pudesse ir mais fundo. Arremeti quatro ou cinco vezes mais até chegarmos juntos ao orgasmo.
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  Não deixei que ela relaxasse. Me afastei dela, ainda dentro de si, e segurei seu rosto. Em seguida, enlouqueci de vez:
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  – Fuja comigo.
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  A vi arregalar os olhos, parecendo se esquecer do êxtase que eu havia acabado de lhe proporcionar.
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  – Não posso – ela sussurrou em resposta.
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  Não disse mais nada. Saio de dentro dela, sentindo o vento gelado bater em mim. Me visto tão rápido quanto mato, e saio do quarto da mesma maneira que entrei. Não ouvi ela vir atrás de mim. Era claro que não viria. Era de se esperar, afinal, ela não era uma mulher qualquer.
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  Dia da execução.

  Acordei exausto. E isso era raro de acontecer, principalmente quando eu não havia feito nada além de um simples sexo. Sexo não me cansava e isso era comprovado. No entanto, era um dos motivos pela qual eu não fazia esse tipo de coisa antes de finalizar o trabalho. Desisto da ideia de me levantar da cama para fazer algo. Naquele dia, o que eu mais queria era ficar em minha cama e não matar nenhuma %Victoria% %Yard%. E lá estava ela novamente. Tomando conta de meus pensamentos. Seu aroma em mim. Seu gosto em minha boca. Seu toque em meu corpo. Senti meu membro crescer. Merda, como eu a queria. Eu sabia disso. Eu a queria para mim. Viva.
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  Deixando meus pensamentos de lado, me levantei e, depois de arrumado, saí do quarto para um lugar onde eu pudesse me distrair. Eu havia de terminar um trabalho. Nunca foi difícil. Era simples. Mate a garota.
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  Eu estava pronto. Os trajes pretos, grudado ao corpo, em um meio de me camuflar. Mas não seria difícil. A segurança daquela casa era uma piada. Como sempre, vejo as horas em meu relógio, dois minutos.
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  Ergo minha cabeça e olho para a sacada do quarto dela. A luz estava acesa e uma sombra passava de vez em quando. Eu logo estaria lá. E dessa vez entraria pela porta.
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  Gritos, não era possível de se ouvir.
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  Eu estava sozinho, portanto, agir de forma cautelosa era extremamente necessário. Assim que acabei com o primeiro andar, passei pelos corpos caídos no chão sujo de sangue e fui em direção ao andar superior. Segui até o quarto de John. Abri sua porta, vendo-o deitado em sua cama, assistindo ao noticiário na televisão. O ouvi murmurar um "eu sabia" antes de cair no chão morto com uma bala em sua testa. Sorri. Ele me devia isso. Foi um tolo em suspeitar de mim e não ter fugido novamente. Fiquei alguns minutos parado na frente de seu corpo, vendo-o convulsionar algumas vezes enquanto o chão era manchado com seu sangue, até que ficou imóvel.
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  Abri um sorriso malévolo. Como eu amava minha profissão.
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  Me viro e vou em direção ao lugar que eu mais bem conhecia da casa, e não por tê-la estudado em um mapa. Olho no relógio. 1:45. Eu estava atrasado. Inevitavelmente e sem controle de meu corpo, caminhei rapidamente até o quarto de %Victoria%, o abrindo em seguida. A luz estava acesa e ela estava acordada, em pé ao lado de sua cama. Parecia diferente de ontem.
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  Ontem ela estava com o olhar cheio de satisfação, de alívio ao me ver ali. Hoje, estava espantada, com medo.
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  Isso. Era isso o que eu esperava. Era esse o comportamento que ela deveria ter tido desde o início. Não agido como uma idiota corajosa, que sabe o que esperar.
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  No final, todos têm medo da morte. Todos.
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  – Você... – ela diz, fracamente. Não digo nada a não ser mirar a arma para ela. – Não...
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  Um último olhar. Ativo o gatilho, alinhando a bala no buraco certo.
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  – %Luke%... – a ouço sussurrar.
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  Atiro.
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