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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Weak

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 2

Tempo estimado de leitura: 15 minutos

  Nós estávamos na Espanha. Havíamos chego dois dias antes da família para alguns preparativos essenciais, que se resumia à morte de um ou dois seguranças para que pudéssemos incluir alguns dos nossos dentro da equipe que finalizava as preparações para receber integrantes dos %Yard% de todo o mundo.
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  Até então, tudo perfeito. Tudo conforme planejado. As equipes estavam a postos nos lugares corretos, os relógios nos pulsos de cada um cronometrados perfeitamente, para que nenhum segundo fosse desperdiçado. O plano inicial havia sido arquitetado para ser executado em apenas uma hora.
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  Olhei meu relógio. 4 horas se passaram e ainda estamos aqui.
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  Flashback

  – John! Tira %Victoria% daqui! – ouvimos falarem quando Drew havia acabado de matar os %Yard% próximos à sala de visita, onde convenientemente havia uma passagem secreta. Europeus e suas manias de sair às escuras.
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  Sinto o olhar surpreso de Kamila em minha nuca, enquanto recebo a notícia com a mesma reação que ela. Não sabíamos que havia mais um na família. Não fomos informados disso e não havia esse dado registrado em nenhum sistema do mundo. Olhamos para Martin, que terminava de verificar a pulsação do integrante o mais velho dos %Yard%. Sem se exaltar, ele se vira, ignorando todos nós, e fala calmamente na rádio que todos dividíamos, encaminhando-se para as escadas e sussurrando um leve:
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  – Eu cuido dele.
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  Eu e Kamila concordamos com a cabeça e então andamos atrás dele, enquanto maneio a cabeça para que os demais participantes siga o plano conforme o combinado. Seguiram para a sala de jogos, onde provavelmente estaria o resto da família, se divertindo. Retiramos as armas e as empunhamos em alto, prontos para alguns disparos rápidos.
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  Uma característica de nós, %Lord%, é que não gostamos de matar uma pessoa pelas costas ou dormindo, a não ser que seja extremamente necessário – ou pedido. Quando se trata de matar, a maioria dos seres humanos acreditam ser um ato de misericórdia fazer com que os outros morram sem saber. Mas nós sabemos que apenas covardes fazem isso. Se você tem a audácia de querer matar alguém, então faça direito. Isso é ter misericórdia deles.
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  Enquanto eles adentram em uma sala improvisada, antecedente à bagunça que ocorria no salão ao lado, os integrantes do clã que iam à frente eliminavam os seguranças e as câmeras de segurança antes que pudessem nos perceber ou captar. Desvio meu caminho para outro corredor, onde segui com facilidade por entre as diversas portas, como se a residência fosse minha. Decorar o lugar onde irá se infiltrar é uma das coisas mais importantes a se fazer antes de atacar.
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  Subi algumas escadas do imenso castelo e fui de um lugar para outro, em meio às sombras. Sem desviar minha atenção e com foco em um único lugar, segui até à última porta do corredor mais alto. Esta, inclusive, mostrava muita proteção, conforme a equipe que havia tomado conta das câmeras havia me informado pela rádio. O maior quarto do corredor ainda estava sendo ocupado, era óbvio. Com minha arma silenciosa, atirei nos quatro seguranças espalhados pelo corredor, sem lhes dar tempo de reagir apropriadamente. Sempre disse para quem me perguntasse, que contratar seguranças era burrice, já que suas armas ficavam sempre escondidas dos olhos, o que tornava difícil de sacá-las em momentos como este.
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  Silenciosamente, encostei meu ouvido à porta, ouvindo um quase silêncio. Sorri e olhei para meu relógio. Doze minutos antes. Um novo recorde. Era ali o lugar em que eu cumpriria a minha missão.
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  Abri a porta sorrateiramente e o sorriso sumiu na mesma velocidade que surgiu. Não gostei nada do que vi: uma cama vazia, um quarto escuro e as janelas escancaradas, com as cortinas esvoaçantes.
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  Entro no quarto brutamente e a procuro por todos os lugares até ouvir um barulho. Fecho os olhos impaciente e vou andando até a janela, escondendo-me para o caso de estarem armados. O tal John levava a menina até um carro, onde entraram rapidamente e aceleravam para longe. Dou um soco no batente da janela, ao mesmo tempo que mando a equipe externa atirar contra o carro, mas em vão. Ele era blindado.
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  Retorno até o aposento onde o resto do clã havia finalizado seu serviço. Passo por vários corpos ensanguentados até chegar à Kamila, parada com a vestimenta intacta, como sempre. Ao me encarar, não pude ver nada além de frieza. Ao ver minha expressão, o nada se transformou em fúria.
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  – Está morta?
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  – Fugiu. – passo por ela e desço as escadas, onde Drew e Martin esperavam por nós, observando o estrago que havíamos recebido. Nada. Assim que anunciei o ocorrido, não foi um fim de noite feliz para o clã %Lord%.
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  Fim do Flashback.

  Conclusão: quatro horas depois, um quinto da equipe e eu estamos ocupando a sala de câmeras da família, recuperando os dados dos veículos que saíram no horário do ataque. Em seguida, aguardava as informações de onde seria o destino dos dois fugitivos.
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  – Como que isso foi passar? – Marc, um dos integrantes mais fiéis do clã, veio dizer.
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  Qualquer um que visse nós dois, acharia que somos amigos de infância. Essa era, inclusive, nossa desculpa para a maioria de nossas missões, já que temos a mesma idade e fomos criados juntos. Marc, ao completar 24 anos, decidiu se inserir de verdade em nosso clã, já que a escolha era essa ou, como ele diz, ser um pobretão francês. Foi assim que ele eliminou seu pai e irmão mais velho a mandato de Drew, que queria uma prova de sua fidelidade. Para nós, família era sinal de negócio, mas para pessoas de fora, ainda poderia ser utilizado como ponto fraco, e negociações e ameaças. Marc não hesitou em planejar uma maneira de acabar com os dois únicos integrantes de sua família que, de acordo com ele, não moveram um dedo para a sobrevivência dele.
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  Desde então, sempre que preciso sair em missão conjunta, sou acompanhado por ele, que possui um jeito mais espontâneo do que eu. Marc era o responsável por cuidar da área externa e das câmeras, por isso continuou comigo.
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  Daqui para frente, a missão era só minha. Eu terei de matar a garota sozinho E receberei 10.000 libras a menos do que deveria pelo erro que os informantes idiotas deixaram passar. Farei questão de, após o serviço, fazer-lhes uma visita e deixa-los saber o quanto uma informação errada pode lhes custar.
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  Não foi difícil descobrir o paradeiro da caçula e seu grande salvador. Seria o fim. Para eles.
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  Alguns telefonemas depois, segui para a casa de veraneio que haviam comprado de última hora apenas para se refugiarem na Polinésia Francesa. Pelo que vi, a segurança não era tão boa quanto eu esperava. Meu único problema seria arranjar um momento em que os dois estivessem sozinhos. A equipe que trabalhava remotamente comigo havia dito que o tal John era um funcionário adotado pela família %Yard%, de muita confiança. Posso lhe dar crédito pela sua fidelidade, apesar de acreditar ser uma burrice, já que ela lhe custará a vida.
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  Estava no local havia quatro dias. Era óbvio que nenhum dos dois me reconheceriam. Ele só havia visto Martin e Drew, e ela sequer sabia a cor de nossos cabelos. Passei ao lado dos dois incontáveis vezes, como teste para confirmar minha teoria e observar a rotina do casal.
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  O começo do fim se iniciou uma semana antes de eu começar a botar meu plano em prática. Eu estava sentado em uma mesa da feira local, tomando um café e lendo o jornal, que anunciava o fim da empresa %Yard% na área petrolífera e o desaparecimento da herdeira, que poderia ser dada como morta, diante das circunstâncias.
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  – Oi, se importa se eu me sentar aqui? As outras mesas estão cheias – ela aponta com a cabeça para as outras mesas do lugar, com uma bandeja de café da manhã nas mãos.
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  A olho sério e concordo com a cabeça, voltando a ler o jornal. Depois de um tempo lendo, resolvo levantar os olhos para saber como estaria a futura cadáver. E, surpreendido, a vi me encarando. Desviou o olhar corada assim que percebeu meu olhar sobre ela.
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  – Desculpe – a voz dela sai baixa.
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  Não respondo. Eu estava acostumado a ser cobiçado por mulheres. Elas tendem a gostar de corpos como o meu, mesmo que meu esforço em mantê-lo seja por conta do serviço, não para entretê-las. Não me mostro intimidado e não desvio o olhar dela, o que, aparentemente, a fez se sentir na obrigação de se explicar:
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  – É-é que... – e então ela balança a cabeça. – Nada.
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  – Está com medo? – pergunto sério, abaixando um pouco o jornal e ela me olha surpresa.
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  – Não. Era para eu estar?
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  Abro um pequeno sorriso com a ironia que a situação parecia.
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  – De fato. Sou um estranho.
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  Ao contrário do que eu imaginava, ela abre um sorriso e pende a cabeça para o lado, enquanto mantinha o canudo do suco em sua boca. Após um tempo, diz:
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  – Você não me parece perigoso.
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  – As aparências podem enganar.
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  – Isso quer dizer que você não é tão frio quanto demonstra ser?
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  Levanto uma sobrancelha, novamente surpreendido pela rapidez de raciocínio que ela mostrava ter. Dobrei o jornal e o apoiei na mesa entre nós dois; ele já não era mais tão importante do que %Victoria%.
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  – Pareço um homem frio?
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  – Hum... não acho, mas você demonstra ser.
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  Me remexo na cadeira, levemente incomodado com sua análise sobre mim. Interessante. Ela era uma mulher bastante interessante.
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  – Como posso demonstrar ser algo para uma pessoa que sequer conheço?
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  Pareci pegar ela em cheio, pois seus lábios se desgrudavam um do outro e então voltavam a se juntar, ela olhava para mim procurando por uma resposta inexistente dando em seguida uma risada sem graça:
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  – Você é esperto.
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  – Tirando conclusões novamente – aponto para ela, que balança a cabeça confusa e solta um riso de descrença.
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  – E esquisito. Você é esquisito também.
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  Abro um minúsculo sorriso demonstrando meu sarcasmo, e volto a me encostar na cadeira, reabrindo meu jornal.
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  – O que faz aqui em Bora Bora? – ouço a voz dela.
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  Movimento minha mão esquerda levemente para tirar o jornal de minha frente e conseguir enxergar o rosto dela, ao mesmo tempo que ergo uma sobrancelha.
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  – Trabalho. Você?
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  Ela hesitou por um momento. Sorri internamente. Pareceu manter uma luta interna sobre qual resposta adequada dar, até que se decidiu pela mais óbvia:
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  – Férias.
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  – Escolheu Bora Bora para aproveitar o inverno? Interessante... – volto a olhar para o jornal, satisfeito por ver sua expressão culpada por ter escolhido a resposta errada. – Está sozinha?
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  Sinto ela se remexer e então pouco tempo depois falar:
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  – Não.
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  Todo esse tempo para um "não"? Parece que alguém esqueceu de dar instruções para a garota. Sem desviar a atenção dela, mas ainda fingindo ler o jornal, a ouço se pronunciar:
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  – Você está?
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  – Estou – digo prontamente, esperando qual próxima resposta ela daria. Isso estava mais divertido do que eu imaginava.
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  Sinto seu corpo se mover em desconforto mais uma vez, e uma nova onda de hesitação se acomodou entre nós, até ela ser salva:
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  – Nikki! – ouvimos uma terceira voz. – Estive te procurando por todos os lados, não suma mais assim!
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  Sem retirar o jornal da frente de meu rosto, mas com o canto dos olhos, observo o jovem que se aproximava apressado, como se estivesse sendo... perseguido.
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  Abro um sorriso, rindo de minha própria piada.
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  – Desculpa, eu estava com fome – a ouço responder.
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  O jovem suspira e resmunga algo para si mesmo. Vejo seus olhos encararem todos os cantos, mal sabendo que o único ponto que deveria se preocupar estava bem diante dele. Pude perceber como era inexperiente, provavelmente por ser somente o filho de um funcionário que se meteu em uma encrenca pesada. Os cabelos escuros estavam desarrumados, mostrando a falta de tempo de se olhar no espelho, deixando-lhe... suspeito. A roupa, certamente arranjada em qualquer loja turística, mostrava uma camiseta de propaganda do lugar e uma bermuda que não lhe caía bem.
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  Um ponto que pode passar despercebido por muitos, mas que é fundamental em alguém que está vivendo uma vida de mentira para despistar outra pessoa é... viva a mentira. Se você acreditar que é outra pessoa, então ninguém poderá lhe questionar. Mas se quer viver como um rato fugindo de um gato... bem, então que seja.
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  Vi seus olhos caírem em mim no momento que decido descer o jornal da frente de meu rosto e beber um gole do meu café.
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  – Que é? – perguntou grosseiramente.
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  Decido não desviar meus olhos dos dele, porque sei que é exatamente o que o deixaria mais nervoso. Ele parecia estar à flor da pele, ao contrário da moça que tentava proteger. Essa parecia começar a se mostrar incomodada por seu parceiro ser rude com alguém inocente.
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  Não pude evitar abrir um pequeno sorriso com meu último pensamento, o que levou o camarada a achar que era com ele:
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  – Escuta aqui, perdeu alguma coisa na minha testa?
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  O certo seria responder à altura, porque não gosto de parecer passivo. Mas eu poderia acertar as contas com o falso-leão mais tarde, então me levanto e olho para %Victoria%, que tinha o rosto vermelho de vergonha pelo comportamento do companheiro:
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  – Bom te conhecer – e mando um último olhar ao tal John, que, diante da situação, fica com o rosto vermelho, pronto para entrar em uma briga, caso %Victoria% não segurasse seu braço.
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Vitória Paiva

MEU DEUS, QUE HISTÓRIA COM ENREDO DIFERENTE MAS DE UM JEITO BOM E QUE TE PRENDE!!! Achei esses dois capitulos envolventes e viciantes demais!!! A interação dos pps já gerou aquele frio na barriga gostoso de esperar o que estar por vir! Está ainda no começo mas eu já quero que o pp desista dessa missão, socorro! Eu amei perceber a sagacidade e habilidade do pp, de tipo, ele pensa rápido, analisa e é certeiro, nossa, fiquei boba!!! CONTINUA, POR FAVOR! JÁ ESTOU MEGA CURIOSA E ANSIOSA PELOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS! Vi o post no seu grupo de fb e já vim correndo pra ler e vale a pena demais!!! Você está de parabéns pelo enredo único e incrível e sem falar da da sua escrita impecável <3

Natashia Kitamura

Tem como não se apaixonar por um comentário tão cheio de detalhes? Você deve ser enaltecida, Vitória! <3<3<3<3 Que todo autor tenha uma leitora como você! Obrigada pelo carinho, pela animação e pelo surto! <3

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