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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Weak

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 18

Tempo estimado de leitura: 18 minutos

  Eu não estava em paz.
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  Todo dia, toda tarde, toda noite, todos os lugares aquele maldito choro ecoava em meu cérebro. Chegara a um tempo em que, mesmo ele não chorando, eu ouvia o choro.
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  – É um bebê, %Lucas%. – ela dizia cansada.
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  – Um bebê que tirou nossa vida, %Victoria%. – eu falava nervoso.
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  – Nossa vida? Você sequer olha pra ele!
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  – É claro que eu não olho para ele, é para o bem dele!
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  – Um pouco de compaixão não faz mal a ninguém. – aquilo me deixava realmente nervoso. À quem ela estava pedindo compaixão? Ela estava louca? Aquela criança estava viva por causa de minha compaixão.
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  Resolvo ignorar o pedido dela e sigo para fora do nosso quarto.
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  Pensando mais um pouco, era melhor eu sair de casa. Mais um segundo no meio de todo aquele choro e eu enlouquecia. Pego o carro e sigo até a casa de Connor, onde a garota grega atende a porta.
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  – Marc, seu amigo está aqui. – e dá alguns passos para trás me permitindo entrar.
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  – O que traz %Lucas% %Lord% aqui pela terceira vez em quatro dias? – Connor se aproxima com uma expressão divertida. – Deixe–me ver...
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  – Cale a boca. – murmuro mal humorado. – Eu devia ter te ouvido.
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  – Em quais das vezes?
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  Meu olhar o fez pensar bem antes de continuar sendo irônico.
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  – Devia ter matado a criança.
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  Ele ri.
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  – %Lucas%, vou te contar uma coisa. – e coloca o braço em meu ombro, enquanto andávamos para o jardim com a piscina. Algo dentro de meu estômago avisa de que eu estava sentindo falta de Jared e sua casa cheia. Mesmo sendo de prostitutas, era sempre agradável visita-lo. – Bebês são todos iguais. Meu aviso fosse para que você se preparasse para o futuro, não para um choro de nada.
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  – Vou mandar o choro de nada para você. Quero ver se sobrevive.
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  – Eu sobrevivo.
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  O pior era que essa era uma verdade.
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  Suspiro cansado.
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  – Me traga uma bebida e seja um bom companheiro, me consolando e não me dando avisos que sabe que não irei ouvir. – me sento numa das cadeiras da piscina e encosto, relaxando. Eu só havia sossego quando estava ali. Em casa era como a terceira guerra mundial. Terceira guerra mundial infantil. E os bebês ganhavam.
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  Passei o dia inteiro ali tirando todos os pensamentos com relação ao bebê. Fora extremamente difícil retirar o "matar"; "afogar"; "queimar" e "eletrocutar" da cabeça.
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  Voltei para casa em torno da meia–noite, ela estava saindo do banho quando entrei no quarto.
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  – Onde estava? – ela perguntou indo para seu closet. A sigo.
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  – Connor. – falo sério parado no batente.
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  Não me responde mais, apenas veste sua lingerie e sua camisola de seda branca. Passa a toalha no cabelo e se vira para provavelmente voltar ao banheiro. Mas eu não estava muito afim de deixa-la passar, não depois de tê-la visto nua.
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  Ela já sabia o que eu queria.
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  – Estou cansada.
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  – Eu também. – respondo de pronto. Ela suspira e sorri.
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  – Eu imaginava. Quer uma massagem?
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  – Adoraria.
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  Em seguida sinto suas mãos deslizarem por debaixo de minha camiseta e seus lábios encostarem nos meus. Passo os dedos levemente sobre sua camisola e paro em sua cintura, a puxando mais para perto de mim e aumentando o tesão entre nós dois. Desço os lábios por seu pescoço, trilhando um caminho onde a saliva era o único resquício de que eu havia passado por lá. A maciez da pele dela me extasiava e fazia com que a minha queimasse em excitação. A medida que ia me agachando, beijando seu pescoço, colo e seios, descia comigo sua camisola. Olho sua calcinha de renda e em seguida para cima, onde %Victoria% mordia o lábio sensualmente. Mando-lhe um sorriso maroto e desço, depositando um leve beijo no lugar.
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  – Cama. – ela murmura.
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  – Aqui. – respondo a puxando para mim. Sem reclamações, ela se ajoelha, tirando minha camiseta e passando as mãos rapidamente por todo meu corpo. Ela parecia ter uma certa urgência em me sentir ali. Enfim nós estávamos nus. Me sentei, encostando num dos armários e a fazendo se sentar de frente para mim em meu colo. Agora sim eu precisava dela. Seus lábios mordiscavam minha orelha e sua língua passava por meu pescoço. Suas mãos apertavam meus braços e suas pernas estavam dobradas uma de cada lado de mim.
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  Eu gemia baixo com todo o tratamento e rapidamente coloquei minha mão direita no vão entre suas pernas, a fazendo soltar um alto gemido de prazer. Massageava sua intimidade enquanto ela tentava abafar todo o som que saía por entre seus lábios. Ouvia meu nome sendo sussurrado sensualmente em meu ouvido, enquanto fazia minha parte. Então, em um momento de surpresa, ela puxa minha mão para longe de si e monta em mim, fazendo com que eu feche os olhos.
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  Começou como ela sempre começava quando estava tomando conta da situação. Lentamente. Gradativamente a velocidade aumentava, assim como os gemidos, o prazer e a vontade de querer mais. Eu a ajudava com minhas mãos em sua cintura.
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  – %Luke%... – ela avisa que estava por vir.
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  – Mais um pouco. – falo com dificuldade, a sentindo aumentar as estocadas.
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  Ao fim, chegamos no ápice juntos. Deliciados, escorrego minhas costas agora para o chão, a sentindo deitar em cima de mim. Nossos corações batiam descompassadamente e nossa respiração era rápida.
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  Ela se movimenta, descendo de mim e apoiando sua cabeça ainda em meu peito, olho-a e a vejo com seu sorriso malicioso, abrindo a boca e dizendo apenas uma palavra:
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  – Mais.
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  Sorrio, lembrando do motivo pela qual me apaixonei por ela. Das noites em Bora-Bora e dos perigos ao nosso redor. Movo-me, agora a envolvendo. Dessa vez, eu quem iria tomar conta da situação.
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  Seis meses depois.

  – Faz essa criança parar de chorar. – eu murmuro enquanto tentava dormir tranquilo.
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  – Calma, %Luke%, ele está com dor de estômago, não vai parar dessa maneira.
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  – Então some daqui com ele! – me sento nervoso na cama.
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  – Para de falar isso! Eu não vou sumir com ele! Mas que droga! – ela berra fazendo a criança chorar mais ainda. – Por que você não entende?
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  – Por que você não me entende? – eu grito me levantando. – Some com ele daqui ou senão sumo eu!
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  Ela arregala os olhos. Eu estava vermelho. Ela conhecia aquele meu estado.
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  – Você não vai fazer isso.
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  – Então é bom tirar ele da minha frente neste segundo. – murmuro baixo. Ela abraça-o mais forte e parece que quem foi esmagado foi um órgão dentro de meu peito. Aquilo o que eu sentia já passava do ciúmes. Eu estava com raiva. Raiva dessa criança maldita. Raiva de %Victoria%.
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  – Para, %Lucas%. – eu odiava quando ela me chamava pelo meu nome. Fecho minha mão em um punho. – Eu não vou abrir mão do meu filho.
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  Então o mundo parou. Eu estava cansado. Cansado de tentar evitar. Eu tinha que fazer aquilo. Estava me matando. Victor Bornighan me amaldiçoou quando mandou essa criança. Ela parecia saber que eu era o maior inimigo de seu pai e que o matara, e agora estava se vingando,, sabendo que tinha %Victoria% para protegê-lo. Mas %Victoria% não seria mais um obstáculo. Não mais.
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  Segui diretamente até ela, pegando a criança de seu colo.
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  – %Luke%, o que você ta fazendo? %LUKE%! – ela berra enquanto eu seguia com ela até a sacada do nosso quarto. – Me devolve ele, %Luke%, por favor, me devolve––NÃO!
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  Eu olho para baixo e coloco a criança para o lado de fora da sacada ainda a segurando.
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  – Vai me atormentar? Vai querer se vingar do seu pai idiota? – eu ignorava todos os tapas, socos e gritos que %Victoria% dava atrás de mim. – Pois saiba, seu moleque, que eu não vou dar chance para a sorte.
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  E o solto.
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  – %LUCAS%, NÃO! – %Victoria% quase se joga atrás do bebê, se não fosse eu segurá-la pela cintura. Olho para baixo e sorrio aliviado. O choro cessara. Sem mais atormentação. Olho para %Victoria%, ela mantinha os olhos arregalados para onde o bebê estava jazido morto. Ela tentava respirar, mas parecia ser impossível naquele momento. – Você... – sua voz saía rouca, falhando e fraca. A olho sério.
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  – Eu disse que eu mesmo calaria a boca dele. Entre. – ela não se move. – ENTRE!
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  Sem dizer nada, ela entra, desabando no chão e começando a chorar. Reviro os olhos. Eu não queria me livrar daquele choro em específico.
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  – Vamos dormir, logo você esquece aquela coisa. – e sigo para me deitar em nossa cama. Mas ela não me segue, não veio até mim. Ficou ali, no chão, chorando, soluçando e chamando pelo filho. – %Victoria%!
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  – Me deixa em paz seu... seu assassino!
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  Arregalo os olhos surpreso com o que deveria ser um xingamento. Me levanto rapidamente da cama e sigo até ela, a fazendo se afastar e se encolher num canto do quarto atrás de si.
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  – Escuta. E me escuta direito! – eu agacho na frente dela. – Eu deixei de ser isso o que você me chamou por você. VOCÊ! TA ME OUVINDO? – seguro firme em seu pescoço. – Eu deixei tudo para trás pra ficar com você, aceitei aquela coisa dentro da minha casa. ELE ERA FILHO DO MEU INIMIGO! Você viu o que ele fez para mim, VOCÊ VIU!
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  Ela se encolhia a cada grito que eu dava e chorava baixo.
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  – Queria ver se você tivesse de conviver com um ser que é a cópia genérica da pessoa que você mais odeia no mundo. Queria ver se conseguiria encarar o filho daquele que acabou com sua vida e te fez viver através de uma mentira!
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  %Victoria% ouvia tudo o que eu dizia e pareceu entender meu lado. Me olhou espantada com tudo o que falei. Ela não havia pensado por aquele lado, claro, ela estava ocupada demais cuidando da aberração. Se jogou em meus braços murmurando palavras sem nexo, onde eu apenas entendi o "me desculpe". Sem dizer mais nada, me levantei e a levei para cama comigo.
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  O dia seguinte foi bem normal. Acordei mais cedo que %Victoria% e mandei limparem toda a sujeira que aquela criatura criou na noite anterior. Fora um dia muito bom, se quer saber. %Victoria% não estava 100%, mas estava melhor do que a noite anterior.
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  – Aonde vai? – ela me perguntou assim que beijei seus lábios depois que peguei meu casaco.
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  – Agência.
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  – Não pode ficar aqui? – ela parecia exatamente quando estava grávida daquilo. Carente e precisando de mim.
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  – Desculpe, tenho um pedido de emergência. Volto daqui a quatro horas para almoçar com você.
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  – Tudo bem.
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  Dou-lhe mais um beijo nos lábios e sigo para fora do quarto. Connor me visitava sempre que eu ficava mais de um dia sem dar notícias. Acontece que naquele em específico, ele foi com um sorriso bem maior.
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  – Quer dizer que se livrou do etêzinho Bornighan?
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  – O santo de Jared bateu em você ou o quê? – eu dizia enquanto avaliava uma estratégia que haviam me mandado para aprovar.
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  – Não me venha com essa de Louvre, %Lord%. A propósito. Ele nunca mataria o filho da mulher que amava.
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  – Sorte que não sou ele.
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  – E a promessa de que não ia matar mais ninguém...
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  – Se foi quando ouvi aquele choro.
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  – Então quer dizer que vai voltar à ação?
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  – Não.
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  O vejo ficar sério.
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  – %Lord%––
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  – Caso encerrado. – falo voltando a atenção para o trabalho. Ele ficou até a hora que eu havia combinado com %Victoria% que estaria em casa. Nos despedimos e segui para meu lar. Doce lar. Doce até eu ver todos aqueles carro da polícia e ambulância em frente de casa. Estaciono e vou até o primeiro policial que aparece. – O que diabos está acontecendo aqui?
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  – O senhor é o proprietário desta residência? – um outro aparece rapidamente. Confirmo e ele levanta a mão. – Policial Jordan.
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  – Pode me explicar o que está acontecendo aqui? – não era possível que %Victoria% tivesse ligado para a polícia porque matei o filho daquele... cadáver.
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  – Sua secretária ligou desesperada. Parece que houve um homicídio aqui.
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  O fico encarando sério o esperando que continuasse.
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  – Por um acaso, o senhor conhece esta pessoa? – e mostra uma foto de %Victoria%.
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  Não.
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  Volto o olhar para o policial.
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  – O que tem ela?
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  – Aparentemente ela cometeu suicídio há algumas horas. Estava em posse de uma arma, o senhor por acaso, é dono do objeto?
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  – Eu tenho cara de ter arma em casa? Onde ela está? – olho para os lados.
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  – Foi levada para o necrotério do hospital do cent–– – não o esperei terminar. Voltei para meu carro e corri o máximo que podia até o hospital indicado. Ela não poderia ter feito aquilo. Não comigo. Não depois de tudo o que fiz por ela.
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  Não demorei a encontrar com o médico responsável pelo corpo dela.
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  – Um tiro na boca apenas. – ele me informara. – O senhor é o marido dela?
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  Hesito.
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  – Não. – respondo seco.
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  – O senhor, por acaso, conhece o home––
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  – Ela não tem mais contato com a família. – o corto rapidamente. O vejo concordar com a cabeça e então suspirar, concordando com a cabeça.
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  – Há algo que ela não sabia enquanto estava viva. – o médico diz pesaroso. O olho tentando demonstrar minha ansiedade, mas minha expressão estava dura como uma pedra em meu rosto. – Ela carregava no ventre, um bebê. Tive que retirá-lo do útero para tentar salvá-lo. Como está muito prematuro, talvez não sobreviva.
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  Um choque passou por meu corpo. Da mesma maneira que soube quando ficara sabendo da gravidez de %Victoria% com Bornighan.
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  – Como?
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  – A senhorita, ela estava grávida. Por algum milagre, ela não atirou em alguma parte que prejudicasse a continuidade da formação do feto. Continuaremos com o procedimento em nossa UTI.
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  Encosto na parede. Ela não podia ter feito isso comigo.
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  – Quero vê-la.
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  O médico concorda.
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  – É possível saber com quem o bebê––
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  – Sei quem irá ficar responsável por ele, não se preocupe. – o corto novamente, fazendo-o então, sem reclamar mais, abrir a porta de uma sala, onde um corpo jazia debaixo de um lençol.
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  Sigo até o tal e retiro o pano para ver o rosto já frio de %Victoria%.
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  – Tudo o que fiz para te manter viva... – murmuro. – Tudo o que fiz para que ficasse feliz e não fizesse o que fez... – aperto o lençol entre minhas mãos. – Só me diga onde eu errei. Pois o seu erro fora ter parido aquela criança.
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  Fico calado, minha vista sendo embaçada pelas lágrimas. Lágrimas de angústia e raiva. Lágrimas de tristeza e inconformidade. Lágrimas de saudade.
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  – E agora? O que eu faço com a nossa criança?
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  E a resposta não veio. Nunca veio. E eu nunca soube o que fazer com ela de verdade. Porque nós nunca havíamos pensado em ter um herdeiro. Eu não queria um.
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  Eu não teria um.
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