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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Weak

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 16

Tempo estimado de leitura: 12 minutos

  Arregalo os olhos, surpreso com o que via. O que diabo eles estavam fazendo ali? Fico parado na porta e passo o olhar pelo lugar. %Victoria% estava sentada numa cadeira com Victor à frente e Martin e Kamilla à frente dele.
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  – Vocês...
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  – Éramos para estarmos mortos? Sim, sim. – Martin sorri, frio. O mesmo sorriso frio que ele dava para suas vítimas antes de mata-las. Engulo seco. Uma pessoa com quem eu não me meteria, era Martin e, de repente, ele estava ali, me mandando o único sinal dele de que eu iria morrer.
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  Fico calado olhando para os dois e em seguida para %Victoria% e Victor.
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  – Que porra é essa?
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  Kamilla balança a cabeça.
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  – Nunca foi educado. – a ouço murmurar. Meu estômago revira. O que diabos estava acontecendo?
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  – Sem querer me intrometer na reunião que você acha ser familiar, %Lucas% – Victor começa a falar olhando para mim, mas em seguida desvia a atenção para meus líderes –, acho que ele deveria saber a verdade antes de morrer.
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  Eu já nem sabia mais o que pensar. Tudo o que eu achava ser, não era. Meu cérebro trabalhava à toda, enquanto eu pensava aonde foi que toda essa reviravolta aconteceu, mas não consigo encontrar um ponto da minha história que houve a mudança dos líderes %Lord%. Volto o olhar para Martin, que ergue uma sobrancelha, mostrando-se desapontado por eu não descobrir a verdade, mesmo com todos eles ali na minha frente, possivelmente enviando pistas.
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  – Você, %Lucas%, não é um %Lord%. – Martin começa a falar, cruzando os braços com a expressão mais paciente do mundo. Me mantenho calado. – Você deve estar se perguntando o que diabos eu estou falando. Vou ser direto com você, pois sei que é bastante inteligente. Toda a sua vida, você sempre achou que os Bornighan eram os malvados e que você era um %Lord%. Adivinhe só. Você é realmente um %Lord%, mas os Bornighan eram mais malvados do que você pensa e bom, nós somos os Bornighan. – ele aponta para a minha mãe e ele.
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  Arregalo os olhos e dou um passo para trás.
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  – Como––
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  – Vamos dizer que a 31 anos atrás, um %Lord% perdeu a guerra para um Bornighan. – ele volta a falar, me cortando. – E em troca de mantê-lo vivo, seus pais concordaram em trocar de lugar conosco, fazendo com que eles vivessem na humilhação de ver seu próprio filho sentir ódio e matar as pessoas da própria família a sangue frio.
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  Me mantenho calado ouvindo cada palavra que aquele homem dizia. Não era verdade. Meu punho se fechava em raiva com a mentira com que contavam.
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  – Victor fingia ser um Bornighan apenas para fazer com que você matasse cada vez mais o clã. Ninguém da sua geração, exceto meu filho ali – ele aponta para Victor que mantinha um sorriso vitorioso no rosto – sabe da história. E é assim que o clã %Lord% acaba. – ele sorri olhando para Victor, que se aproxima com uma arma.
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  Não movo um músculo. Olho para %Victoria%. Ela se mantinha calada e com os olhos arregalados. Parecia tão surpresa quanto eu com a notícia.
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  – Ah sim, havia me esquecido de %Yard% – a voz do que eu achei minha vida inteira ser meu líder, meu pai, fala –, toda essa história de Victor apaixonado por %Victoria%, dos pais dela... Era tudo mentira. Não se preocupe, %Lucas%, talvez ela tenha sido a única pessoa, tirando seus colegas idiota, que não te enganaram. Se bem que matar a família dela fora de grande ajuda, já que os %Yard% estavam mesmo atrapalhando meus negócios na Arábia Saudita.
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  Vejo a expressão de %Victoria% olhar contrariada para o homem, seguindo para Victor e a arma em mãos e então para mim, suplicante para que eu me movesse e desse uma de minhas milhares de escapadas que sempre dera nessas ocasiões. A novidade era, eu não estava com forças para isso. Apesar da verdade agora exposta, parte de mim ainda achava que aqueles dois sentados ali na frente eram meus pais.
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  Vejo Victor se aproximar de mim e levantar a arma, puxando o gatilho, quando um tiro é ouvido no quarto. E definitivamente não era o tiro que se esperava no momento. Viramos para o lado onde vemos %Victoria% com uma arma apontada para meu pai. Meu ex-pai. Morto. E agora de verdade. Kamilla gritava ao ver o corpo do marido estirado sem vida. Victor pareceu perder as estribeiras. Virou a arma para %Victoria%, que aponta para ele ao mesmo tempo, com medo.
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  – Atire, %Yard%, anda! – ele falava raivoso. – Atire como atirou no meu pai! – eu podia ver as mãos de ambos tremendo, a de %Victoria% por medo e a de Victor por ódio. – ANDA! – e aperta o gatilho, acertando a lateral do corpo dela, na altura do rim. Ouço seu gemido de dor e seu corpo desabar. – Coragem de matar alguém desarmado você tem, não é? – ele se aproxima dela e chuta seu corpo. – Sua vagabunda! – e a chuta de novo.
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  Vejo a mulher que era minha mãe abraçar o corpo morto e não hesito em sacar minha arma e acertar sua cabeça, fazendo com que Victor virasse rapidamente para mim, como se acabasse de se lembrar que eu estava ali. Com a mesma rapidez que sua cabeça e corpo viraram para mirar em mim, o meu corpo virou para ele e fora instantâneo, dois tiros, dois acertos, dois gemidos de dor e um berro com meu nome.
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  Meu ombro queimava e a dor era tanta que a fazia ficar dormente. Diabos. Por que eu demorei tanto para reagir?
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  – Seu desgraçado. – Victor murmurava e mira mais uma vez em mim, que estava prestes a lhe mandar outro tiro, quando ouço um "abaixe" e ao fazer, uma bala de uma arma calibre 12 atravessa a porta, acertando o peito de Victor.
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  E o desgraçado não morreu. Ele ria.
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  – Vocês acham mesmo que essas balinhas vão me matar tão fácil?
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  – Essa era a ideia. – ouço a voz de Connor. – Renda–se Bornighan, você já era.
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  Ele ri mais uma vez e dá dois passos para trás, pegando %Victoria% e a levantando. Mais um gemido de dor e meu passo para frente:
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  – Mais um e ela morre. – ele deposita a arma na cabeça dela, nos fazendo parar. – Eu posso morrer, mas levo sua garota junto, %Lucas%, o que acha?
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  "Merda." Penso. %Victoria% sequer olhava para nós, sua atenção estava no lugar onde Victor a acertara com a bala. Uma grande mancha de sangue se estendia por sua roupa. Sua mão não estava mais conseguindo estancar o ferimento.
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  – Larga ela, Victor. – falo sério e ouço sua risada.
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  – Nem pensar.
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  Vejo Jackson entrar pela sacada com uma arma na mão e encostando em Victor.
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  – Ouviu o que %Lucas% disse, Bornighan? Largue a garota.
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  – Bornighan? – Victor ri. – Bem, há muita história para ser contada hoje, não é – ele olha para mim –, Bornighan.
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  No entanto, ele fecha os olhos e sorri, soltando %Victoria%, que cai no chão e solta mais um gemido dolorido.
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  – Venha, %Yard%. – Connor diz ainda olhando Victor, que sorria. Isso não estava me cheirando bem. Olho ao redor. Nada. Ele estava planejando.
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  – Atire nele logo. – murmuro nervoso enquanto %Victoria% se levantava com dificuldade para vir até onde nós estávamos. – JACKSON!
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  E não houve mais tempo. Um segundo e Victor levanta novamente sua arma, outro segundo e dois tiros eram ouvidos. Um acertando Victor e outro %Victoria%. O esquema foi que não fora a bala de Victor que a acertara, e sim a de Jackson.
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  Victor apontara a arma para dentro de sua boca e nos fez achar que seria para %Victoria%, em seguida Jackson atirara, não antes de Victor atirar e se matar, fazendo com que seu corpo saísse da frente de %Victoria% e a acertasse em cheio nas costas.
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  – NÃO! – berro correndo até ela, que caía novamente no chão.
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  – Mas que merda! – Jackson dizia vindo até mim. – %Lord%––
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  – Chama a ambulância. – falo enquanto a virava para mim. – %Victoria%, %Victoria%! Abre os olhos, anda! ANDA!
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  Lentamente ela me obedece e a levanto, a fazendo fazer uma careta e gemer de dor.
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  – Desculpa, %Luke%...
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  – Shhh... – eu falava descendo com Jackson em minha frente e Connor atrás de mim, berrando para nosso clã que havia acabado e que era para voltamos para casa. – Vai passar, aguenta firme, vou te levar para o hospital.
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  – Eu vou morrer... – ela dizia fraca.
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  – Cala a boca. – falo sério enquanto corríamos o mais rápido que podíamos. Ginny nos esperava com um jipe e arregalou os olhos ao ver o corpo de %Victoria% em meus braços. Sequer esperara eu fechar a porta para acelerar em direção ao hospital mais próximo.
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  – Não é um caso fácil, senhor...
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  – Brown. – completo a frase do médico, que concorda com a cabeça.
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  – Ela foi acertada em partes vitais e têm de realizar algumas operações de alto risco. Estamos trabalhando nisso. – ele acrescenta ao ver minha expressão. – Mas não espere muita coisa, senhor Brown. Na verdade, vou ser honesto com o senhor, não tenho muitas esperanças.
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  Meu estômago revirou. Tudo estava revirando. Minha cabeça, meu corpo, minha vida. Ela era a única que conseguiria me ajudar agora. E neste momento, ela está dentro da Unidade de Tratamento Intensivo lutando pela vida, que o médico disse não valer muito a pena.
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  – Eu sinto muito. – ele coloca a mão em meu ombro, como se quisesse me passar força. Ainda sério, vejo-o se virar para voltar para dentro da sala de cirurgias, onde eu mandara trazer os melhores médicos e equipamentos do mundo.
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  Ela não podia me deixar aqui. Não agora. Não agora que me fez finalmente saber o que é amor. Que me fez querer deixar a minha vida e aprender a viver uma vida normal. Ela não podia me deixar sozinho.
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  Não busquei saber os fatos havia ouvido mais cedo. Murmurei para Marc que ordenasse que poupasse a vida dos Bornighans sobreviventes. Eu teria que descobrir aquela verdade mais cedo ou mais tarde, e decidir qual seria o futuro dos dois clãs. Se só os dois líderes sabiam o que aconteceu, então não seria um problema manter-me sobre os %Lord%.
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  Ou criar um novo clã.
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  Olhei para a porta que dava para a UTI. Havia algo mais importante do que acabar ou criar novos clãs. Pensei em me distrair com o caso dos clãs enquanto esperava por um retorno dos médicos que a tratavam,  mas sua vida era mais importante que o meu futuro.
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  Então eu vi. Não havia futuro sem ela.
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  Sem %Victoria%, eu não seria capaz de seguir em frente. Por isso, decidi. Se ela me deixasse, eu iria atrás dela.
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