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História NÃO RECOMENDADA PARA MENORES ou PESSOAS SENSÍVEIS.

Esta história pode conter descrições (explícitas) de sexo, violência; palavras de baixo calão, linguagem imprópria. PODE CONTER GATILHOS

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Weak

Escrita porNatashia Kitamura
Revisada por Natashia Kitamura

Capítulo 11

Tempo estimado de leitura: 37 minutos

  – Aquele maldito desgraçado – Jared falou assim que eu apareci na cozinha para levar algo para eu e %Victoria% comermos. Não havia empregados na casa para nos servir, apenas uma faxineira que ia quatro vezes por semana e teve todo seu perfil analisado antes de ser aprovada por mim.
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  Parei para encará-lo e ver que a raiva estampada em seu rosto não era comum.
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  – O que aconteceu?
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  – Bornighan mandou um presente para as garotas de Marc na Austrália – Louvre diz sério. Olho para Marc que berrava no celular no lado de fora da casa.
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  – Sobreviventes?
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  – Ninguém.
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  Voltamos ao silêncio e ele apenas é extinto quando Marc entra na cozinha vermelho.
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  – Ele está correndo atrás de todas as pessoas que deixamos vivas e matando todas. – ele fala tentando manter a calma. – De alguma maneira, parece que aquele Hunger filho da puta mantinha um arquivo secreto escondido de nós sobre quem nos contratava e Bornighan está os matando e espalhando no mundo que é a serviço de nós.
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  Mantenho minha expressão séria, diferente de Louvre, que se levanta abruptamente.
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  – Nosso clã...
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  – Eles sabem. – Marc o corta. – Disse para eliminarmos qualquer objeto eletrônico pessoal. Vamos ter de nos comunicar por lugares públicos e nos manter aqui. Neggel está com um novo satélite de rastreamento e parece que vai estrear ainda essa semana para nos localizar. Somos o alvo principal de Victor. Sulivan finalmente deu as caras para a verdade.
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  – Eles já eram. – falo sério, sentando-me na bancada e colocando o prato que estava pronto para ir até %Victoria%, na bancada. – Vamos extingui-los, não há com o que se preocupar com relação a eles.
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  – De qualquer maneira, Bornighan está com a vantagem, parece que ele encontrou um novo clã no Japão e Rússia. Os caras são feras em infiltrações. Já ativamos todos os nossos recursos, mas parece que a nossa tecnologia não é boa o suficiente para eles.
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  – O que vão fazer? – Louvre olha para mim, perceptivelmente ansioso por uma resposta solução.
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  – Vamos esperar eles atacarem. – falo calmo, vendo-o revirar os olhos. – Eles terão de fazer uma hora. Será bom que não tragam mais ninguém para cá. Não podemos arriscar confirmar nossa localização.
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  – Não tenho mais ninguém – Marc diz, amargo.
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  – Digam para reforçarem as medidas de segurança. Bornighan acha que está a dez passos em nossa frente e deixe que pense assim. Vou fazer uma ligação. – saio rapidamente da cozinha e vou em direção ao jardim.
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  Não havia perigo nenhum em passear livremente por aquela ilha onde estávamos. A vigilância era 24 horas e o governo estava de olho no que quer que acontecesse. Disco um número rapidamente e ouço o telefone chamar.
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  – Achei que não ia me ligar, %Lord%. Victor finalmente o fez estremecer?
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  Abro um pequeno sorriso ao ver que ela não havia mudado em nada. Olho para o céu. Nenhum resquício de chuva. Eu gostava de dias ensolarados, em que a luz era perfeita para fazer qualquer coisa que eu quisesse. Ponho a voz que sempre utilizava com mulheres como ela e digo:
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  – Era o que eu planejava, mas parece que seu irmão resolveu atrapalhar um pouco minha vida, Bornighan.
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  – Onde está?
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  – Estarei aí em um dia, como da última vez. Espero que me receba bem e sem surpresas desagradáveis.
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  – Sabe que não sou de agir pelas costas, %Lord%. Gosto de fazer as pessoas saberem que estão morrendo. – abro um pequeno sorriso.
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  – Então até amanhã. – falo rapidamente e desligo. Eu não havia medo de ir para a toca dos lobos, mas não queria que viessem até mim. Agora havia %Victoria%. Encaro a janela que dava para o quarto em que estávamos. Jamais achei que sentiria receio. Será que isso é o medo? Que silenciosamente nos corrói por dentro até nos destruir?
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  Volto rapidamente para a cozinha e vejo que Jared havia transformado o meu prato em uma bandeja completa. Ele, de fato, sabia como agradar uma mulher.
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  – Vou para Lisboa amanhã, volto no dia seguinte.
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  – Não acredito que vai atrás dela. – Connor abre a boca, Jared apenas me olha sério. – Não acho que ela irá trair Victor.
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  – Eu não preciso que ela o traia.
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  – É bom você fazer com que pelo menos essas duas sobrevivam, %Lucas%. Não tenho esperança sobre as outras. – Jared diz rancoroso. – Sei que a novata é importante pra você. Só saiba que agora que somos o alvo principal, não é uma boa elas aparecerem em nossa companhia. Victor não é burro e é formado em medicina, lembra? Nem a melhor plástica conseguiria enganá-lo.  
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  Não respondo o óbvio. Pego a bandeja e, silenciosamente, subo as escadas, indo em direção ao meu quarto, onde %Victoria% ainda dormia serena. Coloco a bandeja em cima de uma poltrona e me sento na cama, acariciando a pele de seu rosto macia.
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  Encosto em seus lábios a acordando e fazendo-a retribuir meu beijo.
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  – Bom dia. – ela murmura sonolenta. Sorrio e a beijo mais uma vez, antes de me levantar e arrumar uma pequena mala. – Onde vai?
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  – Preciso arrumar um problema em Lisboa – falo rapidamente.
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  – Mas acabamos de chegar.
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  – Connor e Louvre ficarão com você – falo a confortando, o que a fez se acalmar.
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  – Quando vai?
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  – Hoje à noite.
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  – E volta?
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  – No dia seguinte.
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  Nada mais fala. Termino de arrumar a pequena mala e a deixo em um canto. Observo-a, calado, quando o pensamento de que era a primeira vez que eu preparava uma mala pequena para visitar Bornighan. Toda vez que me encontrava com Jennifer, eu sempre ficava além do esperado. Mas dessa vez eu havia uma motivação para voltar. Olho para trás e vejo %Victoria% sentada na cama com o lençol cobrindo seu corpo nu até abaixo do colo, ela segurando–o com uma mão e a outra arrumando o cabelo levemente bagunçado. Uma bela visão. Me pega a observando e dá uma pequena risada sem graça. Sorrio e deixo a mala para trás, indo até ela em nossa cama, ficando por cima e a fazendo deitar novamente. Suas mão se dirigem até meu rosto e o acaricia levemente, inclino-o de modo que possa beijar a palma de sua mão e volto a olhá-la. Ela mantinha um olhar sereno confortante.
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  – O que farei nesses dois dias sem você?
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  – Pode fazer várias coisas, aqui é seguro, tem Louvre, Connor e a garota do Louvre para te fazer companhia. E seja o que for, não aceite nenhuma bebida que seja verde ou azul de Jared.
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  Ouço uma gargalhada delicada.
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  – Ele vai tentar me envenenar?
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  Sorrio.
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  – Vai fazer você cair de quatro por ele.
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  O sorriso dela diminui.
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  – Ah.
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  Toco em seus lábios e ela aprofunda nosso beijo fazendo com que eu não aguentasse mais e deixasse meu peso cair lentamente em cima dela, o que não a pareceu aborrecer, pois me puxava para mais junto.
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  – Parem de transar que eu estou entrando, a não ser que queiram que eu filme isso e coloque em meu website. – ouvimos a voz no momento irritante de Jared invadir o quarto. %Victoria% cora e se cobre ainda mais com o lençol. – Não se preocupe, mon'ange, vi mais corpos nus femininos do que você, tenho certeza. – e ri mais uma vez, antes de olhar para mim: – %Lord%, pare de achar que está de férias e venha para a sala. Precisamos bater um papo quanto a Geórgia agora que não tenho mais motivos para usá-la. – apesar de sua voz demonstrar leveza, seu olhar dizia que o assunto era mais importante do que a companhia de uma mulher. – Estou esperando. – e sai do quarto fechando a porta em seguida.
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  Suspiro cansado. Eu odiava isso em Jared. Ele era inoportuno. Sempre fora. Saio de cima de %Victoria%, que me olha desanimada.
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  – Vá tomar um banho. – pego a bandeja intacta. – Quer comer algo?
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  Ela nega com a cabeça e decido não questioná-la. Saio da cama e vou em direção à porta, verificar o que poderia ter acontecido em menos de quinze minutos afastado deles.
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  – O que aconteceu? – pergunto sério, deixando a bandeja com a comida intacta na mesa de centro. Marc e Jared estavam sentados sérios na mesa de refeição.
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  – Victor invadiu o sistema de vigilância dos Perkins – Marc diz, o que me faz parar de caminhar por um instante, antes de terminar o caminho até a mesa e me sentar junto a eles.
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  Os Perkins era um daqueles clãs que tinham de optar pelos lados. Não tinham voz nenhuma em qualquer decisão e tudo o que mandávamos fazerem, eles faziam. Era um bando de baderneiros que gostavam de matar. Só estavam ali para ver sangue. Algum tipo controlado de psicopatismo. Porém, o sistema de vigilância deles sempre fora o melhor. Melhor até que os dos Bornighan. Ter o sistema invadido significava que o inimigo estava realmente forte e que precisávamos começar a agir quanto a isso.
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  – É bom você conseguir algo com a Jennifer. Ela é uma das poucas esperanças que temos.
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  Me mantenho calado. As coisas não estavam muito boas para o nosso lado e, honestamente, não via alguma razão delas melhorarem no momento. Mas nós crescemos nesse mundo. Ao contrário de muitos dos envolvidos nessa guerra, fomos preparados para estarmos em desvantagem e tirarmos proveito da situação.
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  Ouvimos passos e olhamos na direção da escada, de onde Jacqueline e %Victoria% desciam conversando. Ao nos ver as encarando calados, nos olham curiosas.
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  – Eu acho que preciso trazer alguma garota para cá. Pareço um lobo solitário. – Marc ri se levantando. – Vou ver se Summer ainda está viva e trazê-la para cá.
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  Uma coisa que podíamos ter certeza, era que Connor não suportava "sobrar". Não se importava se eu ou Jared estávamos sozinhos, nós mesmos não nos importávamos, mas a ideia de nós termos com quem transar a noite e ele ficar apenas bebericando vinho em frente a uma lareira não era bem o tipo ideal de programação para ele. Summer era uma das milhares de garotas que ele salvara apenas para transar, mas que acabara deixando se levar por ela. Por algum motivo desconhecido, ele não a enviou para a Austrália, mas sim para um pequeno vilarejo tranquilo no Marrocos.
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  – É melhor correr, meu amigo – Jared diz sorrindo. Sinto o olhar surpreso de %Victoria%. Era a primeira vez que ela ouvia um de nós nos relacionando ao outro como amigo. Desvio o olhar quando ela procura o meu. Estalo a língua, impaciente com a ideia de ter de lidar com as afirmações que viriam mais tarde, sobre amizade.
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  – Bom – Connor suspira –, vou arrumar uma pequena mala. Ela deve estar na Rússia. – ego uma sobrancelha, surpreso por saber que ela estava em outro lugar senão o Marrocos. – Vou pegar uma carona no voo de %Lucas% e descer no aeroporto da capital, já que essa merda de ilha não tem um que me leve direto para Moscou.
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  – Essa merda de ilha é minha – falo sério.
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  Louvre da uma risada.
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  – Então seremos apenas eu e as damas nos próximos dois dias? – não era possível não perceber a animação de Jared ao dizer isso. O olho sério e vejo-o se divertir ainda mais. – Será divertido!
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  Jacqueline dá uma risada e %Victoria% apenas abre um pequeno sorriso sem malícia.
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  – Vamos almoçar. – falo, me levantando rapidamente e indo até %Victoria%, colocando a mão em sua cintura e a levando em direção a porta. – Tranque a porta ao dormir. – sussurro.
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  – Não acho que uma porta trancada irá impedir seu amigo de fazer o que quer – ela responde baixo, evitando os dois que estavam atrás de nós ouvir. Ouvíamos Jared gritar para Marc sobre nós sairmos para almoçar e em seguida, passos rápidos nas escadas. A olho sério. Ela não estava ligando de dormir com Jared?
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  – %Victoria%...
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  – Sou a favor dos direitos iguais, %Lucas%. – ela diz, me lembrando que eu quem havia começado esse jogo. Bastante justo. Porém, não me senti confortável como costumo em situações como esta. Ao visualizar Jared com o rosto enfiado entre as pernas de %Victoria% me fez querer cometer uma traição, mesmo que eu estivesse fazendo a mesma coisa que ela, só que com Jennifer, nossa inimiga. Que problema existe dela dormir com alguém em quem confio? Em uma situação como a que estamos, esse era o menor dos problemas que eu deveria dar atenção, mas por que ele batia em minha cabeça como se fosse um robô irritante?
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  Decido pelo silêncio. Entramos no carro e, em silêncio, passamos a viagem inteira calados até o pequeno vilarejo que havia na ilha.
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  Eu chamava aquela ilha de minha, porque, além de mim, apenas aqueles que estão aqui sabem da existência. Eu a utilizava em momentos em que gostava de curtir um tempo sozinho, relaxando e não me preocupando com inimigos e a possibilidade deles invadirem o meu lugar. Apesar de não ter a mesma tecnologia que os grandes lugares, o pouco que eu obtinha era o suficiente para me defender e, em alguns casos, atacar.
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  As poucas pessoas que estavam nessa ilha eram imigrantes que fugiam de uma guerra entre países e não tinham escolha senão voltar para seu lugar de origem e esperar morrer. Aceitaram de bom grado a oportunidade de trabalho que ofereci e todos se mantêm fiéis a mim.
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  – Boa tarde, senhor %Lord% – uma senhora diz carinhosa. Eles eram todos agradecidos, sem sombra de dúvidas, suas vidas melhoraram desde que passaram a receber alimentos e suprimentos gratuitos todo mês. Balanço a cabeça em cumprimento.
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  – Muito receptivos esses nativos – Connor diz com a mãos no bolso, olhando para o lado onde todos desviavam suas atenções para nós e faziam um tipo de reverência. Conversando com o chefe do local, descobri que eles estudavam sobre a educação asiática, onde era preciso reverenciar o seu superior.
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  Nos sentamos numa mesa de madeira, algo rústico. Não demoramos a sermos servidos com uma quente comida caseira.
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  – Eles não têm salada? – ouço Jacqueline falar. Ótimo. Estamos com uma garota fresca. Por que Jared gosta das complicadas?
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  Ele e sua mania de sempre tratar suas garotas como rainhas. O ordenado logo pergunta à nativa, que rapidamente corre até a cozinha, trazendo um prato de saladas verdes e alguns outros acompanhamentos a parte.
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  – Connor, vou te passar uma lista para trazer para nós – Jared diz com um sorriso.
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  Olho para %Victoria% que comia lentamente e calada. Ela parecia observar bem o lugar.
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  – O que foi? – pergunto baixo enquanto os dois discutiam sobre Marc ser um burro de carga e Jared seu mestre. Ela desvia seu olhar surpreso para mim.
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  – Hum, nada. É um lugar bonito.
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  Havia uma certa hesitação pairando no ar.
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  – Pergunte – digo sério e ela volta o olhar para mim.
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  – Você já deixou alguma se salvar assim com eu?
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  Fico calado. Era uma pergunta proposital. Ela estava me testando, eu sabia disso. Dou uma pequena risada de deboche e bebo um gole de minha bebida.
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  – Você é a primeira.
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  – Isso significa que posso não ser a última.
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  – Exatamente.
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  Vejo-a olhar em meus olhos por um tempo e então balançar a cabeça, concordando, para então voltar a comer. Abro um pequeno sorriso e brinco com os fios de seus cabelos.
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  Assim. Era assim como deveria ser. O silêncio em forma de incômodo, a vontade de me dizer que não era assim como as coisas deveriam ser. A aceitação de que eu poderia fazer o que quisesse.
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  – %Luke%... – sua voz geme, avisando estar quase lá. Automaticamente, meu corpo se movimenta em uma velocidade maior, metendo forte dentro dela, até sentir meu membro ser apertado e então seu corpo começar a estremecer.
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  Assim que chegamos do restaurante, Marc fora para seu quarto reservar um voo e providenciar um novo aparelho de celular para nós três. Jared fora dar uma volta com Jacqueline, pois ela queria caminhar um pouco e eu e %Victoria% fomos transar, já que eu estaria indo viajar por dois dias em algumas horas. Já era nossa terceira vez e o cansaço parecia estar longe de chegar.
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  Ouvia o coração dela bater descompassado e seu peito subir e descer rapidamente. Estávamos suados.
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  – Não quero que vá. – ela finalmente disse.
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  – Também não quero ir – admito, após um tempo pensativo. Acabei de perceber que depois de sexo fico bem mais sensível e acabado dizendo tudo aquilo que não quero dizer e tudo aquilo que queremos – eu e ela – ouvir. Sinto seus finos braços me enlaçarem e nos apertar contra o outro. Eu era o protegido dessa vez. Deposita um beijo no topo de minha cabeça.
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  – Mais... – ela sussurra em meu ouvido, me fazendo sorrir e voltar à posição que estava minutos atrás.
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  – Senhor %Lord%. Estamos em Lisboa. – ouço a voz forçada da aeromoça. Ela não era bem uma aeromoça, era apenas uma das amantes do pai de Marc. Concordo com a cabeça e murmuro um 'obrigado', me levantando e pegando minha mala.
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  Desço no aeroporto de Lisboa e pego um táxi, indo direto para o mesmo hotel que sempre me hospedei desde a primeira vez que cheguei à cidade, a fim de matar Jennifer Bornighan. Essa era a cidade favorita da caçula principal da família inimiga. Ela sempre trabalhava como isca, e não era por menos, aquela era uma mulher indispensável. Logo que a vi, sabia que seríamos mais que inimigos. E da mesma maneira que eu não a matei quando tive minha oportunidade, ela não me matou quando teve a oportunidade dela. Estávamos sempre quites.
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  O hotel que ficava não era muito luxuoso. Apenas um três estrelas qualquer. Um pequeno quarto e uma vontade de voltar à Indonésia e passar o resto da madrugada fazendo o que fiz a tarde inteira com %Victoria%.
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  Deito em minha cama suspirando e encarando o teto. Recebi alguns telefonemas de Martin durante minha vinda a Lisboa. Ele definitivamente não sabia sobre Jennifer. Me informou sobre a situação da vigilância. Os primeiros a serem atacados, ele suspeitava que seriam os Yuckman. Yuckman eram nossos aliados desde a geração de meu tataravô. Era de conhecimento geral que era impossível desfazer nossa aliança. Eles eram ótimos estrategistas e mata-los primeiro seria um grande começo. Sem estratégia, o plano não evoluía. De qualquer maneira, bons estrategistas como era, o clã se separou pelo mundo e, para conseguir matar todos os gênios, Bornighan teria muito trabalho.
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  De tanto pensar, acabo adormecendo. Não sonhei. Ainda estou para ver um dia que sonharei. Nunca, em nenhum momento de minha vida, me vi sonhando. Assassinos evitam sonhar. Caso acontecesse, as pessoas que matamos voltariam neles para nos atormentar, seria um distúrbio mental terrível, assim como aconteceu com minha tia Virgínia, que está hospitalizada em um hospício.
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  Ao ver as horas, decido que já era o suficiente para fazer o que vim fazer. Tomei um banho, troquei de roupa e segui o caminho de sempre até o local em que estive acostumado a sempre visitar.
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  – Convidado da senhorita Orben.– digo no auto falante que havia instalado a alguns metros do portão que dava para um terreno enorme e infinito nos arredores de Lisboa.
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  – Da parte de quem? – a voz do outro lado perguntou seco. Levanto uma sobrancelha. Então ele era um amante? Mas que decadência, Jennifer, dormindo com os seguranças.
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  – Ela espera por mim, saberá que sou eu. – digo, a fim de provoca-lo. Sou colocado à espera por mais do que levaria; cogitei ligar para Jennifer e avisar que estava em seu portão, mas não queria lhe dar o prazer de achar que eu estava com ciúmes. Porque eu obviamente não estava.
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  Após mais ou menos vinte minutos, os portões se abriram, dando visão para um caminho de pedregulhos pequenos e árvores enormes que levava até a entrada da mansão. Sigo por alguns quilômetros até a entrada, onde uma funcionaria armada me aguardava.
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  Abro um pequeno sorriso, me divertindo com a recepção. Abro meus braços para ser revistado e, após confirmarem que eu não vim armado, fui levado para dentro, onde um corpo esbelto cuja altura batia em meu ombro me aguardava com uma taça de vinho em mãos.
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  – %Lucas% %Lord%. – ela diz em sua voz aveludada e se aproxima. Apoia sua mão livre em meu peitoral e deposita um beijo em minha boca, deixando que a mão passeie por meu abdômen. Solto uma pequena risada. – Você não perde a forma mesmo.
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  – Faço o possível. – respondo, achando, como sempre, divertido. Olho diretamente para seus seios. – E você colocou mais silicone.
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  – Insensível. – ela levanta uma sobrancelha. – Sei que está falso demais para parecer normal.
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  – Nada em você parece normal – comento mais perto de si, a fazendo reabrir seu sorriso.
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  – Sentiu minha falta? – ela encosta seus lábios nos meus.
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  – Tanto quanto você de mim.
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  – Então... decepcionante. – ela diz, fingindo mágoa. – Então, que tal pularmos a parte chata e irmos logo para a divertida? – enlaça uma perna em minha cintura, dando um pequeno impulso e pulando em mim que, por ser ótimo a reagir, logo segurei as bochechas de sua bunda e senti o gosto do vinho quando grudamos nossos lábios.
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  – Eu acho melhor considerarmos a parte chata. – A solto após o beijo, devolvendo-a ao chão firme e ouvindo sua impaciência. – Você merece um pouco de sofrimento.
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  – E posso saber o motivo?
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  – O seu segurança lá na porta me pareceu bem perturbado em lhe ver receber um homem.
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  Ouço sua gargalhada.
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  – Ele é apenas uma diversão. Tive alguns problemas com certos vizinhos da região e eu precisava de ter cúmplices. Você sabe, homens são controlados pela cabeça de baixo. – levou sua mão em minha virilha, que não se moveu com o toque. Ergueu uma sobrancelha ao não encontrar o que esperava.
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  Abro um pequeno sorriso e tomo a liderança, me dirigindo até um sofá e me sentando.
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  – Não irá me servir nada? – pergunto divertido. Vejo um pequeno sorriso tomar conta de seus lábios.
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  – Eu já servi.
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  – Jennifer...
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  Ouço sua risada e a vejo seguir até o bar, servindo outra taça do mesmo vinho que bebia.
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  – Então quer dizer que meu irmãozinho resolveu sair da toca e fazer algo que preste.
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  – Se matar todo mundo que ver pela frente significa fazer algo que preste para você, sim, ele resolveu fazer isso.
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  – E você está preocupado que o próximo seja você?
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  – Ou, quem sabe, que ele acabe entrando em território perigoso demais para uma pessoa despreparada.
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  Jennifer bebeu um gole do vinho, interessada em saber mais sobre o assunto, pude ver em seus olhos.
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  – E qual o motivo para vir até aqui me ver?
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  – Não é pelo sexo – sorrio, vendo o sorriso dela aumentar com minha ousadia.
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  – Que pena. Você sempre teve um péssimo gosto para mulheres. – ela praticamente joga o copo com a bebida para mim. Dou uma pequena risada deboche. – Anda. Fala.
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  – Você sabe o que quero. Até agora me mantive paciente com seu irmão. O deixei matar todas as garotas de Connor e invadir o sistema de segurança dos Perkins. Mas agora ele quer matar os Yuckman e isso já é demais.
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  – Eu não tenho controle sobre meu irmão. – ela se senta em uma poltrona próxima séria. – Sabe que não trabalho com ele.
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  – Vai ter uma hora em que ele precisará de sua ajuda – falo sério.
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  – Assim como você está precisando agora – ela sorri divertida.
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  – Achei que fossemos companheiros – sorrio, vendo-a rir. –, mas sim, vamos dizer que você é uma opção que quis usar antes de ser obrigado a partir para a próxima. Se estivesse realmente incomodado com as inconsequências de seu irmão, garanto que não estaria sendo paciente e não estaria lhe dando a oportunidade de escolher se quer me apoiar ou não.
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  Vejo o lampejo de surpresa com minha sinceridade. Eu e Jennifer sempre trabalhamos com segundas intenções, mas eu não estava em tempo de brincar e ela precisava saber que eu não vim porque precisava dela. Sua meta era me ter aos pés, disse uma vez Jared, mas teria de fazer muito mais para isso.
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  – O que eu ganho com isso?
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  – O que quer?
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  – Você?
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  Dou uma risada.
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  – Não seja ridícula.
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  – Não seja tolo.
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  Desde a última vez que nos encontramos, Jennifer havia admitido sentir algo por mim. Nossa situação era algo como Romeu e Julieta, porém, eu não era nada igual a Romeu e, admito, Jennifer não era idiota como Julieta. Eu não morreria por ela e não abriria uma guerra por essa mulher.
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  – Se você não for meu, nada feito.
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  – Eu não sou um objeto.
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  – Ah, é mesmo? Que pena que você não confirmou isso na primeira vez que transamos. – ela sorri maliciosa.
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  Observo seu olhar passear por mim. A verdade era que, sim, eu era o objeto dela, assim como ela era o meu. Saber que estou dormindo com a irmã de meu maior inimigo era um dos maiores prazeres de minha vida, por outro lado, correr o risco de ser taxada de traidora por seu próprio clã era uma adrenalina que Jennifer não conseguia evitar. Por isso, nós dois nos usávamos. Assim, nós dois éramos objetos sexuais do outro.
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  – Que tal Madagascar?
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  – Você não é tão burro assim, %Lord%.
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  – Você sabe que não sou de perder, Bornighan. Se quer ver seu irmão vivo e quer ver a si própria viva, é bom aceitar minha gentileza.
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  – Não tenho medo do que você diz trazer, %Lord%. Não me importo com o imbecil do meu irmão e já tenho tudo o que quero da minha vida. Venha com tudo. Mas venha sabendo que não serei alvo fácil.
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  Eu a adoro. Adoro como ela é a mulher perfeita para se ter como acompanhante sexual. Como, mesmo assim, ainda é um perfeito perigo para mim.
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  – Não espero menos. Mas lhe garanto que será um alvo morto.
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  A tensão entre nós estava a ponto de explodir como uma bomba. Ela mantinha seu sorriso estampado no rosto, enquanto eu não hesitava em mostrar minha seriedade perante a situação. Até que, então, ouço dizer:
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  – Quero a Ilha Proibida da América Central.
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  – Eu disse Madagascar, não a ilha proibida – essa era uma ilha onde jamais colocarão a mão a não ser eu. Era minha ilha, onde eu depositava todo o meu dinheiro. Havia um banco, clandestino, claro, onde eu depositava todo o meu dinheiro e ele assegurava de que eu pudesse usá-lo em qualquer parte do mundo.
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  – %Lucas%, achava que você fosse mais maleável.
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  – Achei que fosse mais inteligente.
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  – Aught.
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  – Não tenho muito tempo.
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  – Aonde está agora?
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  Dou uma risada. Ela sabia que eu não iria responder.
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  – Victor está louco para pegar sua nova namoradinha. – a ouço dizer enquanto se dirigia de volta para o bar. Ergo uma sobrancelha. – Ah, então há mesmo uma namorada.
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  – Eu não tenho namorada.
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  – Então %Victoria% %Yard% é o quê?
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  Porra.
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  – Uma vítima morta – falo gélido.
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  Vejo o riso sair de sua boca antes mesmo de ouvi-la. Jennifer decide mudar do vinho, para o whisky, bebida típica de seu clã escocês.
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  – %Lord%, %Lord%, você anda tão amoroso assim?
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  – Tome cuidado com o que diz, Bornighan.
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  – Tome você cuidado com o que decide, %Lord%. – ela se vira para mim perigosa. – Sei exatamente como essa %Yard% está. E sei exatamente como chegar até ela.
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  Nada digo.
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  – Parece que agora quem está contra a parede é você. – ela se aproxima sentando em meu colo, de frente para mim. – É bom tomar a decisão certa, se quiser vê-la viva.
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  – Você está dando atenção demais para um cadáver.
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  – Continue negando, meu bem. Meu irmão também sabe, mas você nos conhece, temos uma paixão em matar todos que se relacionam com os %Lord% e seus aliados. Ela é o alvo favorito de Victor e ele está louco atrás dela pelo mundo. Não vai demorar muito para encontra-la.
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  Me remexi, incomodado com a informação. Saber que %Victoria% era o alvo ao invés de mim tornava toda a brincadeira, um caso sério.
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  – Oh–oh! Então você não sabia disso? – ela dá mais uma gargalhada. – Victor conhece sua namoradinha, %Victoria%. Ah, se conhece. Ela não te disse? Ele é louco por ela, %Lord%. E está literalmente lívido de raiva por você tê-la pego para si. 
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  – Ela está morta.
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  – Estará, em breve. – seu sorriso era tudo o que eu conseguia ver, enquanto sua mão erguia a barra da blusa que eu usava. – Só um tolo não sabe que ela está com você. Sarah Evans não é tão importante quando a defunta %Victoria% %Yard%, mas não se engane, %Lord%. Aquele Hunger foi de bastante utilidade para nós.
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  Seguro fortemente em seu pescoço. Eu iria estrangulá-la.
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  – Mate–me e não terá como saber como anda Victor. – ela sussurra com dificuldade, porém decidida.
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  A largo e a jogo no chão. Aquilo saíra de meu controle.
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  – Diga a seu irmão. – falo ao me levantar e vou até a porta. – De que %Yard% não quer vê-lo nem pintado de ouro. E que se ele realmente tem um interesse nela, que passe a esquecê-la.
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  – Sabe que ele não fará isso. E pense bem – ouço a voz dela se aproximar –, se ele a ama – meu punho se fecha ao ouvir as três últimas palavras – você terá sorte. Ele não irá mata-la. Não... Victor não fará isso. Está louco para tê-la de volta. Para se casar com ela e terem uma vida juntos.
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  A última sentença me fez encará-la.
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  – Se você pensa que ele começou isso do nada por causa do dinheiro que não recebemos, está enganado. – ela diz séria. – Não nos importamos com a grana, nós temos tanto quanto vocês. Sabe como é, o advogado da família %Yard% se certificou de que seríamos pago ou sua família iria inteira para o túmulo. Victor começou essa guerra porque vocês cutucaram a ferida dele. %Victoria%. – ela canta o nome de %Victoria% e me prensa contra a porta. – Eu não sei o que essa garotinha tem de especial para vocês se apaixonarem por ela. – ela se aproxima me fazendo sentir o cheiro de whisky e vinho vindo de seus lábios. – Mas seria bem melhor se ela realmente fosse morta. – sinto suas mãos desabotoando os botões de minha jeans. – Se tem medo que alguém a mate – minhas calças caem rapidamente e sinto suas mãos agora percorrendo meu abdômen e peitoral –, tenha medo de mim. – finaliza, retirando minha blusa e encostando seus lábios nos meus.
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  Eu estava lívido em raiva. Me desfaço das calças e a pego no colo, a fazendo enlaçar suas pernas em minha cintura. A viro, colocando-a prensada contra a parede fria. Suas mãos não sabiam onde parar e percorriam por toda a extensão de meu corpo que ela conseguia alcançar. Com os pés, ela retira minha roupa íntima e eu jogo o robe que ela usava por cima do corpo nu. A penetro rapidamente e com muito mais força do que imaginava ter, a fazendo gritar em dor. Não parei, ao contrário, queria vê-la implorar para parar, o que não aconteceu, uma vez que sexo selvagem era o favorito de Jennifer. E eu não conseguia parar. Ela chegou ao orgasmo muito antes de mim e pareceu sofrer um pouco com minhas fortes estocadas uma vez que já havia gozado. Porém, como sempre, pedia por mais. Gritava meu nome, puxava meus cabelos e gritava por mais. Ria com a dor que eu lhe casava. Nossos lábios estavam ao ponto de sangrar, tamanha a força que fazíamos no outro. Minhas costas ardiam por causa dos arranhões e, ao sair de dentro dela pela última vez, reparei na marca de meus dedos estampadas em sua cintura.
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  Ofegávamos sem parar. Coloco minha roupa e a vejo deitada nua no chão frio e duro. Me observava, ainda ofegante, me vestir.
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  – Se quer cuidar de sua namorada... – ela diz sem ar. – É melhor correr. Victor está chegando na Indonésia.
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  Filho da puta.
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