Capítulo 8
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O público foi ao delírio com tudo isso. Sem dúvida, aquelas gêmeas estavam apenas começando! Logo depois de Thaís ter falado, Duda pôs-se de pé, foi agradecer ao David por ter proporcionado aquela surpresa toda, e então as duas foram falar com a banda.
– Oh, meu Deus, garotas, vocês realmente ARRASAM! – disse Tom, olhando maliciosamente para Thaís.
– São seus ouvidos... – respondeu a garota, rindo.
Duda olhou de relance para a irmã, e riu, revirando os olhos.
– Bem, temos que terminar o show, garotas, mas nós gostaríamos de encontrar vocês no backstage, ok? Mas, primeiro, queremos agradecer a vocês por esta surpresa, então... Esta é para vocês, Thaís e Duda! – disse Bill.
Logo após ele concluir essa frase, os primeiros acordes de ‘By your side’ tomaram a multidão, enquanto Duda e Thaís se acomodavam nos banquinhos onde estiveram sentadas pouco tempo antes. Bill começou a cantar olhando para as gêmeas, que resolveram se intrometer na música, empunhando seus microfones e violões.
O show acabou, e as meninas e a banda foram aplaudidas em coro e alvoroço. As gêmeas saíram primeiro, para a banda se despedir do público, e ficaram no backstage, esperando ansiosamente pela vinda dos rapazes.
– Caralho, Duda, isso foi surreal! Porra, como foi que você CONSEGUIU fazer isso?! – perguntou Thaís, logo que elas se viram a sós.
– Há, você nem imagina como foi difícil convencer o David a nos deixar fazer uma surpresa pros meninos, mas o que importa é que conseguimos! – respondeu a irmã, com um sorriso enorme no rosto.
As duas se abraçaram e, depois de alguns minutos, ouviram a maçaneta da porta se mover. Tom entrou primeiro, com aquela cara de malícia de sempre, eternamente mexendo no piercing.
“Ô, delícia...”, pensou Thaís, observando a cena. Depois veio Bill, Gustav e, por fim, Georg.
– Meninas, valeu mesmo pela surpresa! Cara, a gente não fazia ideia que o David ia preparar aquilo! Aliás, vocês são mesmo do Brasil? – perguntou Tom.
– A gente que agradece a oportunidade! É até difícil acreditar no que aconteceu... Somos fãs de vocês há um certo tempo e, como vocês nunca foram ao Brasil, a gente resolveu vir até vocês! – ela respondeu, divertida. – Sabe, vocês deviam ir lá, país tropical, tem muitos encantos... – disse Duda, fazendo Georg e Tom olharem para ela com segundas intenções a essa última frase.
– É, encantos demais. Mas e aí, vocês gostaram mesmo da música que a gente cantou? – perguntou Thaís.
– ADORAMOS! – responderam os quatro, em coro.
– Aliás, vocês duas fazem uma ótima dupla! São cantoras de sucesso no Brasil, tenho certeza! – disse Bill, sorrindo.
“Ele tem um sorriso tão sincero...” pensou Duda.
– Ah, não mesmo! A gente só toca no colégio ou em algum barzinho, de vez em quando... Se bem que Tha deveria investir, o pessoal adora as músicas dela, né, Tha? – disse Duda.
– Haha, talvez seja, mas eu não sei não... – respondeu Thaís, ruborizando.
“Essa Thaís é bem interessante...” pensava Tom.
– Ai, Thaís, temos que ir! Já está muito tarde, tio Carlos vai morrer de preocupação! – disse Duda, olhando o relógio.
– Eita, é mesmo! ‘Simbora mais eu’...! – disse Tha, cantando. – Meninos, valeu MESMO por isso, eu não vou esquecer nuuuunca desse momento, cara! Mas precisamos ir!
Os meninos, então, ofereceram carona, que foi recusada pelas garotas.
– Tá, vocês podem ir, mas só se aceitarem sair com a gente essa semana! Vamos passar uma semana em Portugal, queremos aproveitar! Que tal? – perguntou Tom, olhando insistentemente para as duas.
– Ok. Mas agora a gente precisa ir. – respondeu Thaís.
– Ah! Dá pra nos darem seus números de telefone? – perguntou Bill.
– Dá sim! – respondeu Duda, anotando num papelzinho e entregando-o a ele, sorrindo ao sentir o leve toque de sua mão.
As garotas despediram-se e saíram do local, totalmente extasiadas de felicidade.