Uma Viagem Pode Mudar Um Destino


Escrita porThatzFer
Revisada por Carol S.


Capítulo 32

Tempo estimado de leitura: 11 minutos

  – Que foi aquilo, Duda? – Perguntou Thaís, ao encontrar a irmã do lado de fora da casa.
  – Ah... Eu estava com muita coisa guardada... Aí estava trocando umas ideias com o Tom. – Falou Duda, tentando disfarçar a pouca tristeza que a abatia.
  – É, vocês estavam praticamente gritando Duda. – Falou Thaís, cruzando os braços.
  – Você é que tem ouvido clínico. – Replicou Duda.
  – Numa festa com um som nessa altura? Acho que não foi a minha excelente audição não. E todo mundo ouviu, só que poucos entenderam. – Disse Thaís.
  – Olha, Tha, eu tô precisando descansar, tá? Vou embora agora. – Disse Duda, suspirando. – Pelo menos Vick e Gustav já estão se acertando.
  – Pelo menos, né? – Falou Thaís. – Tá ok, Du, a gente se vê amanhã. Tchau.
  – Tchau, Tha. – Falou Duda dando um abraço na irmã e acenando pra um táxi que passava no local.
  Thaís então se virou para voltar para a festa, mas avistou Tom sentando em um banco debaixo de uma árvore, acompanhando com o olhar o táxi que já dobrava a esquina.
  – Tom? – Falou Thaís, cautelosa, chegando perto dele.
  – Oi Tha. – Disse ele sem fitá-la. Tinha uma expressão vaga no rosto.
  – Posso sentar contigo ou tás bolado demais para querer companhia? – Perguntou Thaís com um ar maroto.
  Tom soltou uma risada baixinha e afastou-se para que Thaís pudesse se sentar.
  Os dois ficaram calados. Tom parecia longe, pensando em alguma coisa que provavelmente Duda lhe dissera. Thaís então quebrou o silêncio.
  – Você quer falar alguma coisa?
  – Sua irmã me tira do sério. – Comentou ele mais em monólogo do que propriamente com ela.
  – Eu me pergunto por que ela tem esse efeito sobre você. – Disse Thaís, calmamente.
  “Eu também”, pensou Tom.
  – Ela é muito irritante. É só isso. – Falou Tom.
  – É o que você diz, mas não é o que está na sua cara. – Falou Thaís e, quando ele ia retrucar, ela completou. – Desculpa a franqueza, Tom, mas é que eu noto, mesmo conhecendo você há pouco tempo, que você é orgulhoso demais para admitir qualquer coisa que você acredite ser uma fraqueza.
  – Mais um sermão não, vei. – Disse Tom, abusado.
  – Não é sermão, Tom. Só estou falando o que eu acho. – Disse Thaís com uma voz serena.
  – Tá tendo uma onda de sinceridade pelo planeta agora, é? – Perguntou Tom.
  – Ai, Tom. É difícil mesmo conversar com você. – Disse Thaís, um pouco irritada.
  – É só que tá todo mundo querendo apontar os meus defeitos e me mudar agora. – Replicou o garoto.
  – Bom, o que eu falo não vai fazer nenhum efeito se você não enxergar isso. E mudar, bem, isso não depende de ninguém além de você. – Disse Thaís, levantando-se. – Você vai ficar aqui ou vai voltar pra festa?
  – Vou ficar aqui um pouco. Vai lá, o Bill deve estar te procurando. – Disse Tom.
  – Beleza. Tchau Tom, se cuida. – Disse Thaís, entrando na casa.
  Thaís andou em direção à pista de dança, imaginando que Bill estaria lá com Vick e Andreas. Quando avistou Victória, percebeu que tinha acertado. Bill e Gustav estavam lá junto com os outros dois. Ela aproximou-se do grupo e Bill perguntou onde ela estava. Ela comentou então da briga que achava que o Tom e a Duda tiveram e que a irmã já tinha ido embora.
  – Mas de novo? – Perguntou Bill, quando Tha terminou de falar.
  – Pois é. E acho que dessa vez foi feio...
  – Esses dois não têm jeito. E cadê o Tom?
  – Tá lá fora, sentando em baixo de uma árvore, perdido em seus pensamentos.
  – Nossa! Pelo menos ela o fez pensar! – Falou Bill soltando uma risada.
  – Ai, Bill! Não fala assim. – Repreendeu Thaís, mas sorrindo também.
  – Desculpa, só queria quebrar esse clima pesado. – Falou ele, dando um selinho em Tha.
  – Tudo bem, estava precisando mesmo. – Comentou Thaís quando uma música lenta começou a tocar.
  Bill trouxe o corpo da garota para mais próximo do dele, para que eles pudessem dançar mais colados.
  – Quer dançar? – Perguntou Gustav à Victória, estendendo-lhe a mão.
  Victória não respondeu, apenas sorriu e segurou a mão que pendia na sua frente.
  – Por que você não ficou com o Tom? – Perguntou Gustav, com o rosto colado no da garota.
  – Tá doido? Eu ia bem sair de um idiota e ficar com outro? – Respondeu Vick, ironicamente.
  Gustav riu em seu ouvido.

  – Então você ainda quer saber a minha sugestão? – Indagou ele.
  – Claro! – Exclamou ela.
  Gustav afastou seu rosto do dela, de modo a ficarem frente a frente. Envergonhado, ele lançou um olhar sugestivo para ela. Victória sorriu e segurou o rosto do garoto, aproximou-se dele e beijou-o demoradamente.

  A festa continuou agitada até o dia amanhecer, quando as últimas pessoas foram embora.
  Andreas corria de um lado para o outro, dando ordens para os que estavam no local. Viam-se alguns seguranças arrastando uns últimos bêbados para fora da casa, inclusive entre eles estava Georg, que Andreas prontamente pediu para que o levassem para o quarto em que ele estava dormindo na casa dos gêmeos. Depois que estava tudo limpo e devidamente organizado, Andreas juntou-se ao grupo que restava conversando em um sofá.
  – Nossa, fazia tempo que eu não ia para uma festa dessas! – Dizia Vick, abraçada a Gustav.
  – Pois é, Vick, nem sei por que... – Falou Thaís, dando um sorrisinho significativo.
  Vick e Gustav haviam passado a festa toda aos beijos, não se desgrudando um minuto sequer, enquanto Thaís e Bill quando não estavam dançando juntinhos, estavam se ‘agarrando’ com vontade.
  – Ah, sua safada! Você não pode falar nada! – Disse Vick, sorrindo.
  – Ei! E você teve tempo pra me ver quando? – Perguntou Thaís, levantando as sobrancelhas.
  – E precisava? Vocês dois juntos, hein... – Falou Vick.
  – Gente, desculpa interromper. – Falou Andreas. – Mas vocês por acaso sabem onde está o Tom?
  – Ele não está no quarto dele? Dormindo? – Indagou Bill.
  – Bem, se estivesse eu não estaria perguntando. – Falou Andreas. – Eu pedi para que o chamassem, para ele me ajudar a arrumar as coisas, e o cara voltou dizendo que ele não estava lá.
  – Ele deve estar em algum lugar da casa. – Disse Gustav, tranquilamente.
  – Bem, se vocês pudessem me ajudar então a achá-lo, eu agradeceria. O pessoal está esperando o pagamento. E essas coisas são com ele.
  – Mas isso pode ser comigo também. – Falou Bill.
  – Vamos procurá-lo mesmo assim gente! – Disse Victória, levantando-se seguida por Gustav que concordou com a garota.
  Bill entrou na casa seguindo para o seu quarto pegar o dinheiro enquanto os outros se espalharam pelo local procurando pelo Tom. Alguns minutos depois, estavam todos comentando como ele havia desaparecido.
  – Talvez ele tenha ido atrás da Duda. E finalmente tenham se acertado. – Comentou Victória, esperançosa.
  – Eita! Falando em Duda... – E saiu correndo sem terminar a frase.
  Thaís tinha se lembrado, instantaneamente ao pronunciamento do nome da irmã, que Tom estava fora da casa na ocasião em que ela voltou para a festa. Ele ainda deveria estar lá. Todos saíram correndo atrás da garota, sem saber para onde ela estava indo. Chegaram ao lado de fora quase ao mesmo tempo que Thaís, que observava atentamente o garoto deitado no banco. Tom estava dormindo tranquilamente, sem camisa, apenas com suas calças XXL e o gorro preto.
  – Uau. – Falou Thaís, ignorando o olhar de repreensão de Bill.
  – Hum... – Fungou Bill.
  – Deixa de ser besta, ele é seu irmão gêmeo esqueceu? – Falou Thaís e virando-se para Tom, chamou-o: - Tom, acorda.
  – Precisa mais que isso para acordá-lo. – Comentou Bill ao ouvido de Thaís, e chegando mais perto do irmão, meteu-lhe um tapa na cara. – Tom, acorda! Hoje é o seu casamento, esqueceu?! Você vai chegar atrasado!
  Parece que aquilo tinha surtido algum efeito. Tom levantou-se de sobressalto, com os olhos arregalados, olhando para todos os lados atordoado, enquanto os outros riam da cara dele.
  – Ah! Que merda! – Falou ele, entendendo o que estava acontecendo.
  – Nós estávamos preocupados contigo. A gente tinha te procurado em todo o canto. – Comentou Bill, escondendo o riso.
  – Pronto, agora vocês já sabem que eu não fui abduzido. – Comentou Tom irritado, entrando na casa, pronto para voltar a dormir.
  – Ele é sempre assim quando acorda? – Perguntou Thaís, rindo.
  – Não. É pior. – Respondeu Bill, balançando a cabeça enquanto sorria.
  Todos rumaram para a casa, exceto Andreas, que de lá mesmo despediu-se dos meninos e voltou para sua própria casa. Victória foi para o quarto, dizendo precisar urgentemente de um banho, Gustav foi para o seu dizendo que precisava mesmo é de uma boa cama para dormir e Bill arrastou Thaís para a piscina, nos fundos da casa.
  – Sim, mas você não está achando que eu vou entrar nessa água gelada, de roupa, a essa hora da madrugada, não, né? – Perguntou ela com um sorrisinho.
  – Você não precisa estar de roupa. – Falou Bill, aproximando-se dela.
  – Hum. Engraçadinho. – Falou Thaís, tocando no nariz de Bill e fechando a distância que ainda havia entre eles, beijando-o.
  Depois de algum tempo se beijando, eles ficaram olhando um para o outro, em silêncio. Bill passava as mãos demoradamente pelos cabelos de Thaís e ela apenas sorria.
  – Quer casar comigo? – Perguntou ele de repente.
  – Mas a gente nem tá namorando ainda! – Respondeu ela soltando uma gargalhada.
  Ele continuou sério.
  – Que namorar comigo?
  – Claro! – Respondeu Thaís, com um sorriso de uma ponta a outra do seu rosto.
  – E agora, quer casar comigo? – Perguntou ele, dessa vez sorrindo.
  Thaís riu e utilizou seu melhor artifício para fazer com que Bill parasse com aquelas perguntas, segurou o seu rosto e beijou-o intensamente.
  Bill e Thaís entre as várias coisas que possuíam em comum, uma era definitivamente explícita. A vontade de amar e a forma como se entregavam ao amor. Eles eram do tipo que quando se apaixonavam, imaginavam quase que instantaneamente que aquele sentimento duraria para sempre e se entregavam completamente a ele. É o que chamamos de ‘amar plenamente’, ‘amar loucamente’ ou qualquer outra expressão que você conheça. O que importa é que para eles não havia diferença se estavam juntos há um ano, um mês ou apenas um dia. Se havia sido trocado um beijo ou um simples abraço. Para eles, aquele sentimento era assim: completo e irresistível.
  O beijo foi tornando-se cada vez mais profundo e rápido. Thaís passava a mão pelo corpo do garoto e ele fazia o mesmo com o dela. Tha começou a puxar a blusa de Bill para cima e ele terminou de tirá-la e fez o mesmo com a dela. Bill segurou o rosto da garota e deu uns selinhos demorados antes de começar a beijar o seu pescoço descendo lentamente para o colo. Thaís sentiu o seu corpo estremecer e deixou-se levar por Bill, que a encostou à parede. Aquele contato de seu corpo quente com o ladrilho frio, ajudado pelos beijos de Bill, que já estavam mais próximos de seus seios, fez com que um arrepio percorresse seu corpo.
  O desejo ardia em Bill e ele queria cada vez mais. Enquanto suas mãos passeavam pelo corpo de Thaís, sua boca chegou aos seus seios e ele beijou-os por cima do sutiã, como se pedisse permissão para tirá-lo. Thaís estava com os olhos fechados e mordia o lábio enquanto sentia as mãos de Bill subirem por suas costas até chegarem a seu sutiã, desatacando-o.
  Bill retirou o sutiã da garota e não deixou de fitar seus seios demoradamente antes de voltar a beijá-la apaixonadamente. Tha passava a mão pela tatuagem em forma de estrela no oblíquo de Bill e, de súbito, sentiu vontade de vê-la por inteira. Começou a desatacar a calça do garoto e puxá-la para baixo com jeitinho. Quando finalmente conseguiu livrar-se dela, Tha foi descendo com a boca pelo corpo de Bill até chegar a sua tatuagem. Passou o dedo por ela como se a redesenhasse e depois a beijou, dando umas leves mordidas, enquanto suas mãos tocavam outros lugares. Bill soltou um gemido de prazer e puxou Thaís para cima, beijando-a intensamente enquanto segurava-a pela cintura, guiando-a até uma espreguiçadeira que havia próxima à piscina, onde se deitou por cima dela e deixou que o desejo consumisse seus corpos, fazendo amor até adormecerem.

Capítulo 32
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