Uma Viagem Pode Mudar Um Destino


Escrita porThatzFer
Revisada por Carol S.


Capítulo 25

Tempo estimado de leitura: 11 minutos

  O aviso de que o avião iria pousar começou a soar pelos corredores e todos começaram a se ajeitar em suas cadeiras. A aeromoça passava com o carrinho de comidas, onde restavam apenas algumas jarras de suco pela metade, pelo corredor. Ao passar pelas poltronas anteriores as que Duda e Tom estavam sentados, o carrinho enganchou na perna de uma moça que procurava algo no chão. Jarras de suco voaram para cima dos dois, derramando sobre eles todo o conteúdo. Ao ver que Duda acordava com o susto daquele líquido se espalhando pelo seu corpo, Tom empurrou-a a fim de que ela não percebesse que minutos antes estava deitada sobre seu ombro.
  - Merda! – Exclamou a garota, percebendo o seu estado.
  - Merda digo eu! Minha camisa novinha! – Lamentava-se Tom.
  - Ah! Fala sério! Você pode comprar dez dessas! Agora, olha só o meu estado! Tô muito mais molhada que você! – Reclamava Duda, agitada.
  Realmente Duda estava bem mais molhada que Tom. A sua blusa agora estava bastante colada sob o seu corpo, deixando a menina irritada, principalmente quando percebeu o olhar de Tom para o seu busto.
  - Ei! Tira o olho daí! – Falou ela, levantando a mão para bater no garoto, que a segurou.
  - Já vi maiores! – Falou Tom, mas sem tirar os olhos dela.
  Só agora percebiam os pedidos de desculpa da aeromoça que já trazia uma toalha na mão.
  - Obrigada. – Falou Duda, pegando a toalha.
  - Dá pra mim. – Disse Tom, arrancando a toalha da mão da garota.
  - Tá, pode ficar. – Disse ela, irritada e pegando uma blusa na sua mala de mão completou: - Eu vou ao banheiro me trocar. Daqui a pouco eu volto.
  - Por mim, você não voltava mais. – Falou Tom, trocando de blusa ali mesmo.
  - Pena que nem tudo é como você quer. – Falou Duda, dando uma rápida olhada no corpo do menino e seguindo para o banheiro.
  Duda trocou de roupa rapidamente e voltou a sentar na sua cadeira antes mesmo que o avião pousasse. Tom e Duda ficaram calados, sem ao menos se olhar, durante todos os minutos que o avião demorou a chegar ao chão e estar devidamente parado, pronto para que eles pudessem desembarcar. Duda estava ansiosa para descer daquele avião e matar a saudade de Victória. Tinha vários assuntos para pôr em dia, fora que a garota seria sua distração para esquecer-se da aproximação de Bill e Thaís.
  Finalmente todos desceram do avião e foram pegar suas malas. Quando saíram da sala de desembarque, havia um amontoado de fãs que se estreitavam entre as várias emissoras de TV que os esperava. Os fãs começaram a gritar enlouquecidamente quando os viram.
  - Como as notícias se espalham rápido. – Comentou Bill baixinho, assustado com toda aquela gente.
  Logo estavam todos dando autógrafos e entrevistas sobre o show em Portugal com a presença das gêmeas. Duda saiu de fininho daquela confusão, enquanto sua irmã distribuía autógrafos animadamente. Quando se afastou o suficiente a ponto de que pudesse respirar com tranquilidade, pensou alto:
  - Realmente, eu não nasci pra isso.
  Foi quando sentiu seus olhos sendo cobertos pelas mãos de alguém, essas mãos tinham o mesmo perfume de...
  - Vick! – Falou ela sorrindo.
  - Duda! – Falou a garota retirando as mãos dos olhos de Duda e abraçando-a em seguida.
  As meninas se abraçaram durante alguns minutos, como se não se vissem há anos.
  - Ah Vick! Que bom que você veio!
  - E você acha mesmo que eu ia deixar de vir?!
  - Nunca se sabe, não é? – Falou Duda, rindo.
  - Ei! – Falou Victória notando algo de repente. – Aqueles não são os meninos do Tokio Hotel?!
  - São! – Concordou Duda, animadamente.
  - E vocês vieram com eles? – Perguntou Vick, arregalando os olhos. – E Thaís está dando autógrafos? Isso foi por causa do Show de Portugal? Ah! Eu vi vocês na televisão! Eu te contei?! – Perguntava Vick atropelando-se.
  - Eu disse que a gente tinha muito pra conversar não foi?! – Falou Duda rindo da reação de Victória diante de toda aquela situação.
  Duda começou então um resumo daqueles dias que as garotas passaram em Portugal. Contou com detalhes como foi o show e como elas se aproximaram dos garotos. Contou como Thaís ficou com Tom, e depois se abriu para ela, dizendo-lhe que gostava mesmo era do Bill. E como ela pediu sua ajuda para conquistá-lo. Disse como abriu mão do Bill para ajudar sua irmã, e de como sofria ao vê-los juntos, e também de como se sentiu ao saber do beijo deles. Terminou o resumo falando sobre a noite anterior, que passou com o Felipe.
  - Pronto. Acho que não faltou nada. – Disse Duda, pensativa.
  - Faltou sim.
  - O quê?
  - O beijo no final! – Falou Victória rindo.
  - Ah Vick! – Falou Duda, dando um tapa de leve no braço da garota. – Pensei que era algo sério!
  - E é! Não acredito que você não beijou o Felipe! – Disse Victória tentando ficar séria.
  Nessa hora se aproximavam os meninos da banda e Thaís, que comentava algo com Bill.
  - Vick?! – Falou Tha surpresa ao ver a garota ali.
  - Oi Tha! – Falou Victória, levantando-se e dando um abraço em Thaís.
  - O que tu tás fazendo aqui, mulher?! – Perguntou Thaís, tão espantada quanto os outros que apenas observavam a cena.
  - Eu a convidei pra ficar aqui com a gente. – Falou Duda.
  - Foi! – Concordou Victória feliz.
  - Ah! Então muito prazer Victória! Eu sou o Tom e espero que você possa aproveitar bastante a Alemanha. Estou aqui para o que você precisar. – Falou Tom, maliciosamente.
  - Ah tá. Obrigada... Eu acho. – Disse Victória olhando de relance para Duda, que riu.
  Todos foram se apresentando à garota e no final todos conversavam animadamente. Foi quando Duda ficou de ponta de pé e sussurrou no ouvido de Tom:
  - Tente qualquer coisa com Vick e você vai se ver comigo.
  - Tá com ciúme, é? – Falou ele virando-se para ela com um sorrisinho no rosto.
  - Acho que você entendeu o recado. – Disse Duda, sem levar em consideração a pergunta do garoto.
  - Vamos pro hotel? Eu estou cansada. – Falou Thaís de repente.
  - Vamos, sim! Não vejo a hora de ir pra casa tomar um banho e deitar na minha cama. – Disse Bill.
  Todos se encaminharam para a saída do aeroporto, onde dois carros já esperavam pelos garotos. Duda, Vick, Gustav e Bill foram em um carro e Thaís, Georg e Tom no outro, embora Tom tivesse insistido bastante para que Victória fosse no mesmo carro que ele.
  Gustav, Duda e Vick foram atrás conversando e Bill na frente. Este estava calado. Pensava na viagem e no jeito como Thaís o tratava. Gostava da maneira como ela era carinhosa com ele. Há muito que não se sentia assim com alguém. Sentia falta de carinho e de pessoas que o tratassem como alguém normal. Que gostassem dele simplesmente pelo que ele era. E não porque era famoso ou rico ou diferente ou bonito.
  Já no outro carro, Tom perguntava entusiasmadamente tudo sobre Vick a Thaís.
  - Ô, Tom, por que tás perguntando tanto de Vick pra mim? Dá para ser mais discreto na sua vontade de agarrar ela? Pelo menos comigo, já que eu já te agarrei! Mais respeito, por favor! – Disse Tha, fazendo cara de séria.
  Então Tom se calou, pensando se Thaís teria se ofendido pelo fato dele estar interessado na amiga dela, tendo já ficado com a própria Tha. Thaís, vendo a cara de vergonha de Tom, não aguentou e desatou a rir.
  - Você achou mesmo que eu tivesse preocupada com isso, Tom?! – Falou a garota ainda rindo.
  - Bem, achei, né! – Disse Tom, agora rindo também.
  - Relaxe, homem, contigo foi pura pegação. – Disse Tha, piscando para Tom. – Mas olha, quem eu acho que não vai gostar nada dessa história é a Duda.
  - Por que ela não gostaria? – Perguntou Tom, tentando disfarçar a sua curiosidade.
  - Porque, vê, ela acha que você não presta Tom. E aí ela não quer que Vick seja sua vítima, sabe? – Respondeu Tha, divertindo-se ao perceber as tentativas de Tom para esconder sua curiosidade.
  - Mas você foi. – Disse ele.
  - Por livre e espontânea vontade, ok? Não precisei ouvir suas indiretas, Tom. – Respondeu Tha.
  - Chegamos! – Disse Georg ao volante.
  Todos desceram dos carros e os meninos começaram a tirar as malas e levá-las para dentro de casa.
  - Ei! Essa mala é minha! – Exclamou Duda, encostada ao carro, quando viu sua mala sendo carregada por Bill.
  - E você achava mesmo, que nós deixaríamos vocês irem para um hotel, tendo a nossa casa aqui? – Perguntou Bill, sorridente.
  - Sinceramente? Achava. – Falou Duda, sem esperar resposta, rindo.
  - É. A gente não queria incomodar. – Completou Thaís.
  - Vocês não incomodam. Não se preocupem. - Disse Gustav, que carregava as malas de Victória.
  - Nossos pais tão viajando Bill. Achavam que a gente só iria chegar próxima semana. – Falou Tom, saindo da casa.
  - Eba! A casa é nossa! – Falou Georg, intrometendo-se.
  - A casa é NOSSA! – Falou Tom apontando para ele e em seguida para Bill.
  - Ei Tom, eles podiam ficar aqui enquanto nossos pais não voltam. – Falou Bill.
  - Tudo bem, então. Vamos fazer a festa galera! – Disse Tom, agitado.
  - Uhul! – Disse Tha, baixinho, pensando “Ah... Mas isso não vai prestar...”
  - Tá, depois a gente pensa em organizar algo. Agora eu só quero tomar um banho e ir dormir. – Falou Bill com as últimas malas na mão. – Tom, mostra o quarto que elas vão ficar.
  - Ok. – Disse Tom.
  - Boa noite então Bill. – Falou Thaís antes que Bill adentrasse o corredor.
  - Boa noite Tha. Durma bem. Boa noite meninas. – Disse Bill, desaparecendo no escuro.
  - Venham. Vou mostrar onde vocês vão dormir. – Disse Tom, seguindo por um corredor na direção oposta.
  As meninas seguiram Tom pelo corredor até onde seria o quarto que elas ficariam aqueles dias. Apesar de cansadas, ficaram admiradas com a beleza da casa. O corredor era um tanto longo, muito bem iluminado. Ao longo das paredes, havia alguns quadros, em um deles, Thaís viu a assinatura da mãe dos gêmeos, Simone Kaulitz. Ao chegarem ao final do corredor, Tom parou diante de uma porta.
  - Bem, este aqui é o quarto de vocês. – Falou ele, abrindo-a.
  As meninas se depararam com uma suíte que as gêmeas podiam jurar que era maior que o quarto das duas juntas. Nele havia uma cama de casal e uma de solteiro ao lado.
  - Bem, duas de vocês terão que dormir juntas. Mas, a gente pode arranjar um sofá-cama ou um colchão se preferirem. Ou, alguma de vocês podia ir dormir no meu quarto. O que você acha, Victória? – Perguntou Tom, deitando-se na cama.
  - Err... Não, tá ótimo aqui. – Falou Victória que olhou para Duda e começou a rir da cara que ela fazia.
  - Ai Tom... Você é tão bobinho... – Falou Duda baixinho.
  - Eu sou o quê? – Gritou Tom, que não tinha escutado a última palavra.
  - Um imbecil. Agora lavra daqui que a gente quer se arrumar pra dormir. – Disse Duda empurrando-o da cama.
  Tom então agarrou Duda pela cintura e jogou-a na cama passando uma perna para o outro lado do corpo da garota de modo a ficar de quatro por cima dela, segurando os seus braços.
  - Uou! Aqui não, hein?! – Falou Thaís, rindo da situação.
  - Vaza daqui, Thaís. – Disse Tom, sem olhar para ela.
  - Vaza daqui você, garoto. – Falou Duda, recuperando-se do choque, sem demonstrar qualquer alteração na voz.
  Tom ainda ficou olhando para ela durante alguns minutos sem se mexer. Depois, levantou-se e andou em direção à porta. Ao abri-la, virou-se para as garotas que ainda encontravam-se paralisadas.
  - Se quiser ir dormir no meu quarto, o convite ainda está de pé. – Disse para Victória, e em seguida, saiu do quarto.

Capítulo 25
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