Capítulo 13
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– Agora você não tem para onde correr. – disse Tom, segurando o rosto de Thaís.
Foi aí que eles não aguentaram mais e se renderam ao desejo que já os consumia. O beijo foi longo e quente, e fez o coração de Thaís disparar. Era incrível o que Tom conseguia fazer Thaís sentir com um simples beijo. “Agora eu entendo porque ele sempre consegue tudo o que quer...”, pensou ela. Tom gostava do jeito que Thaís o beijava e sentiu-se mais à vontade para percorrer a mão pelo seu corpo. Foi descendo pelas costas até que chegou à bunda da garota, então uma afobada Thaís segurou-lhe a mão, escapando do beijo e dizendo:
– Calma aí, querido, não tão rápido assim, né?
Tom riu - parece que não ia ser tão fácil assim... - e voltou a beijá-la.
Enquanto isso, os outros dançavam ao som de Snoop Dog e se divertiam. Gustav tinha desistido da garçonete, e Georg, depois de ter pego a segunda da noite, fazia uma pausa para dançar com Duda e Bill.
Duda viu Thaís se pegando com Tom num canto mais escondido da boate e fez sinal a Bill. Os dois riram da situação: Tom tentando ir mais além enquanto uma desconfiada Thaís o fazia voltar à realidade.
– Meu irmão não se contenta mesmo! – disse Bill, voltando a dançar.
– Olha só, pra quem queria dançar, você não para, hein?! – comentou Duda, rindo.
– É... – disse um tímido Bill.
Bill se achava um nada perto daquela menina dançando. O jeito como ela ria, como mexia nos cabelos e se entregava à música, tudo nela o encantava. Bill queria, mas não conseguia se aproximar dela. Parecia haver uma barreira entre eles, por mais que eles se sentissem à vontade um com o outro.
– Ei, Bill! Vamos beber água? Tô morrendo de sede aqui! – disse Duda, despertando-o do transe enquanto enxugava o suor do rosto.
– Vamos! – respondeu Bill, acordando.
Ao passarem por Tom e Thaís, que já o deixava descer um pouco mais com a mão, Duda sentiu um braço segurando-a. Era o braço da irmã.
– Tão indo pra onde? – perguntou.
– Beber água, por quê? – respondeu Duda.
– Ah, ótimo, estou morrendo de sede, vou com vocês! – disse Thaís, desvencilhando-se dos braços compridos de Tom.
– Eii, volta aqui! – disse Tom, tentando puxar Thaís pela mão.
– Não, não. Eu realmente preciso beber água.
– Nem sei por que... – cochichou Duda no ouvido de Bill, fazendo os dois rir.
Quando Thaís finalmente conseguiu se livrar de Tom, seguiu com Bill e Duda ao bar.
– Nossa, o Tom sabe pegar de um jeito... – disse Thaís no ouvido de Duda, que riu com gosto pensando no quanto Tom devia ter feito sua irmã se segurar para não deixá-lo ir mais além.
– Detalhes mais tarde! – disse uma feliz Duda, pegando uma garrafa de água.
O restante da noite foi mais calmo. Duda, Bill, Georg e Gustav continuaram dançando, Thaís e Tom continuaram aos beijos, embora Thaís agora estivesse com uma dúvida que precisaria tirar logo que voltasse para casa, com Duda. Quando finalmente foram voltar para casa, Tom insistiu para que Thaís fosse para o hotel com ele, mas ela recusou, deixando-o decepcionado.
– Bem, rapazes, hoje foi muito bom, mesmo! Obrigada pela nossa segunda noite divertida em Lisboa! - disse Duda, saindo do Cadillac Escalade de Tom.
– É mesmo, obrigada! Esperamos que vocês não se esqueçam da gente, viu?– disse Thaís, dando uma piscadela para os rapazes.
– Com certeza que não. – respondeu Tom, piscando para ela.
– Tchau, meninos! – falou a garota, acenando rapidamente e distanciando-se do carro.
– Tchau! – disseram os rapazes, antes que Tom arrancasse.