ENTRE LOBOS E HOMENS

Escrita porRay Dias
Revisada por Lelen

Nota de autora inicial: Essa é uma fanfic escrita em 2012 por mim, postada em outros sites anteriormente, agora, a história está entrando no Espaço Criativo sob nova revisão e edição. Para quem leu antes, há mudança de narrador e algumas cenas.
Playlist da história


Capítulo Catorze • Será que estou me apaixonando?

Tempo estimado de leitura: 42 minutos

   %Luna% percebia que não se sentia feliz daquele modo, como quando estava perto dos quileutes, há muito tempo em sua vida. Depois de ficar cerca de cinco minutos pensativa e parada à porta do quarto, ela entrou no cômodo se deparando com a figura também pensativa de Jacob, escorado à janela observando a noite. %Luna% deixou sua necessaire no móvel ao lado da cama e tentou se aproximar silenciosa, pé por pé, mas quando iria tocar o ombro de Jacob, ele se virou alerta e segurou a mão dela a surpreendendo.
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  — O que você está admirando lá fora? — ela perguntou.
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  — Na verdade não há nada que eu possa admirar lá fora.
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  — Claro que há! Tem belas coisas por aí e você sabe disso…
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  — Não consigo pensar em nada melhor para se admirar, se não esse momento — Jacob falou de forma baixa, acariciando a mão dela, que ele ainda segurava e sustentando um olhar fixo ao dela.
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   %Luna% não estava reconhecendo aquele Jacob Black. Ele havia se transformado em outra pessoa tão rapidamente que a mulher se perguntava onde estava quando aquilo aconteceu. A forma como os dois se sentiam mutuamente interligados, não soava real dado o tempo curto em que se conheciam e na verdade, mal tiveram um contato comum para se conhecerem. Tudo entre eles era sobre Jacob escondendo os segredos quileutes enquanto a protegia, e %Luna% indo atrás dele desesperada por suas respostas. Mas será que eram apenas as respostas para os mistérios que ela buscava em Jacob?
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  — No que está pensando agora, loba? — Jacob perguntou risonho ao percebê-la em seus devaneios.
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  — Bem… — Mentiu, para não entregar que estava pensando na sua “relação” com ele: — Sobre o dia de hoje. Meu avô era um lobo, e todas essas coisas…
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  Black sorriu e, ainda com a mão dada à dela, ele a guiou pelo quarto para que sentassem na cama dele.
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  — Você é uma loba, afinal. Por isso nos sentimos tão atraídos por você… — ele explicou dando de ombros.
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  — Atraídos? Como assim? — %Luna% arqueou a sobrancelha em dúvida sobre que tipo de atração era aquela que Jacob se referia, se ele estava lhe dando alguma indireta.
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  — Quanto mais você entrava em nosso mundo, mais sentíamos que era certo. Tentamos te poupar de se envolver demais, mas todos nós sentimos… Algo como se estivéssemos magnetizados pela sua presença… Paul comentou comigo que era como se você fosse a alfa, e não eu. — Black riu se recordando da fala do amigo. — E eu compreendi imediatamente o que ele queria dizer, porque mesmo eu sendo o alfa, pressentia que deveria seguir você por onde fosse. Achei inicialmente que fosse sobre estar muito perto do seu cheiro, fazendo a vigília da sua casa, mas aí, todos os outros relataram que se sentiam iguais. Mesmo Sam, com quem você pouco teve contato. Então nós começamos a ficar curiosos por quais motivos trouxeram-na para nós e por que você nos era tão familiar. Quando a nova transformação do Embry aconteceu, foi o momento em que Sue e meu pai acharam que era melhor, mais do que te proteger, te manter por perto.
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  — Mas pelo que eu entendi, os Whitton acham que eu sou a razão pra provocar isso no Embry…
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  — Não, não — Jacob a explicou calmo e didático: — Não é a razão. Eles acreditam que Embry está destinado a isso, como qualquer ser humanimado como nós: assumir uma face mais selvagem e evolutiva… Sobre você, a velha Makaul dizia que havia um espírito, uma energia sua conectada à nossa, e que isso surtiria um efeito de estímulo. Porém, mesmo que você não estivesse aqui, eles creem que as novas transformações podem acontecer.
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  — Está preocupado com isso? Com outros de vocês se tornando mais ferozes?
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  — Sim. Estou, não posso mentir. Mas nada me preocupa mais do que ser eu o próximo. Como alfa, isso pode ser um tanto quanto…
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  — Irreversível? Perigoso? — %Luna% interrompeu completando o raciocínio dele, entretanto, igualmente preocupada.
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  — É isso. Tudo o que a gente desconhece é assustador, não é? — Black deu de ombros tentando aliviar a tensão do assunto. — Mas nós estamos investigando entre nosso passado qualquer coisa e averiguando com as tribos vizinhas.
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   %Luna% assentiu sem dar-se conta de que ele contava a ela que havia mais do que os quileutes e os Whitton nos arredores de Whashington.
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  — Black, você acha que eu posso ser uma loba também? Que eu ainda só não… Despertei?
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  — Não. Ao menos nunca houve um relato tão tardio da manifestação. É comum que isso ocorra na puberdade humana, se você não manifestou, não vai acontecer.
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  — Quem sabe? Vocês não estão descobrindo novas coisas? — ironizou %Luna%.
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  — É, pode até ser… Afinal, você tem alma ancestral quileute, mas eu acho que é só até aí que a sua conexão conosco se estende. Embora descender de nosso sangue não seja pouca coisa para nós. — Black e %Luna% se encararam num misto de admiração, intimidade e mistério, e, avaliando o que estavam conversando, Black lhe perguntou: — %Luna%… Você já pensou que o fato de você vir para cá pode não ter sido a Bella?
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  Aquela era a primeira vez que %Luna% ouvia Jacob falar em Swan sem aquela repulsa de sempre.
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  — Mas se não fosse ela, como eu saberia de vocês?
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  — Acho que a Bella foi só uma artimanha para te trazer, mas ela não tem nada a ver com isso. Ela foi só… Um elo que o destino usou. Se o seu avô esteve aqui e o seu pai de certo modo… Quem pode garantir que você não teria nos buscado por uma força maior?
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  — Isso me lembra a premonição do Sr. Carter. Do que ele nos disse aquele dia, você lembra?
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  — Acho que eu nunca ouvi algo tão coerente entre as premonições do velho Carter. — Jacob riu.
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  — Black… Já que estamos aqui falando sobre isso, tem algo que eu também estava pensando…
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  — É sobre o que aconteceu hoje na sua casa? — Ele a interrompeu.
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  — Sim.
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  — Eu não posso dizer. Espera mais um pouco, é só o que eu te peço. Sei que você deve estar cheia de dúvidas ainda, mas pouco a pouco nós vamos juntos responder a todas estas perguntas.
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  — Não precisa dizer o que era então, mas só me diz por que você estar sozinho era tão perigoso?
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  — A matilha unida é mais forte.
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  — Alcateia.
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  — Como? — Black encarou %Luna% com expressão confusa e ela começou a rir antes de o explicar:
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  — O coletivo de lobos é alcateia… Matilha é coletivo de cães. Não é possível que logo o alfa mal saiba como se referir corretamente ao seu bando!
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  — Você… — Jacob sorriu desviando o olhar incrédulo numa admiração jocosa pela mulher. — É uma implicante!
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  Jacob também começou a rir e depois de sacudir a cabeça em negativa, divertidos, eles se encararam mais uma vez. Black passou a mão nos cabelos de %Luna%, colocando-os para trás e, a mulher analisou com cuidado o homem à sua frente. Concluiu que, definitivamente, não era o mesmo Jacob.
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  — O que está acontecendo? — ela perguntou a ele, abaixando a cabeça.
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  — Não sei. Eu… Posso afirmar que nunca passei por isso, mas todos dizem que eu estou melhor — Black confessou sincero erguendo a cabeça de %Luna% pelo queixo, fazendo com que seus olhos e rosto se aproximassem sem que notassem.
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  — Confesso que sinto falta das suas oscilações de humor… Seus mistérios e sua instabilidade — %Luna% falou como se estivesse descontente, e Jacob olhou para as próprias mãos, desapontado e soltando o rosto dela —, mas uma única coisa nisso tudo não mudou: seu olhar intenso, frio e amargurado.
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  Depois de ouvir aquilo, Jacob sentiu-se irritado, um tanto frustrado e realmente desapontado. Aquela era a imagem que ela tinha dele e não havia mudado nada?
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  — Então resumindo… Para você eu me tornei ainda mais repulsivo do que já fui?
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  — Não foi isso o que eu disse… — %Luna% justificou com um sorrisinho discreto de quem havia conseguido o provocar e continuou: — Você perdeu um pouco do seu ar sombrio, daquela figura antissocial que eu conheci… Mas seu olhar tão repulsivo continua o mesmo.
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  Black soltou um muxoxo sarcástico e mordeu os lábios visivelmente irritado. Seu maxilar travado também indicava o quanto ele não gostou de ouvir as impressões de %Luna%, e seus olhos já diminuíram formando as rugas na testa. Ela soube na mesma hora que ele estava a ponto de se levantar e a ignorar como fazia, mas travessa, %Luna% começou a rir enquanto concluiu sussurrando ao ouvido dele:
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  — E o problema é que eu gosto de coisas repulsivas, como esse seu olhar de que é superior, quando na verdade, sabemos que eu é quem sou.
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  — O quê? — Jacob então sorriu tímido sem olhar para ela, percebendo que havia caído na provocação da mulher e abaixando a cabeça. Então foi a vez de %Luna% erguer seu rosto para que ele a olhasse.
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  — Tem mais uma coisa que mudou em você que eu gosto muito.
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  — E o que seria? — A cumplicidade entre seus olhares era intensa.
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  — Você aprendeu a sorrir de novo. Eu não sei por que você não sabia, mas escondia um sorriso solar incrível e lindo dentro das suas trevas. Um sorriso que eu quero para mim. — %Luna% não acreditou no que havia acabado de confessar, mas era a verdade mais impulsiva que ela já havia dito.
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  Black se aproximou devagar de %Bedingfield%, engatinhando pela própria cama e circundando a mulher até as suas costas, ele se sentou atrás de %Luna%, recostado à cabeceira e a puxou contra seu corpo, de forma que, em um abraço íntimo, %Luna% pôde se manter segura escorada no peito dele.
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  — Me deixa ficar assim? — ele perguntou segurando-se para não beijar a mulher. — Você está gelada.
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  — E você quentinho. É irritante esse calor quileute! Me faz querer ficar assim mais vezes… — Eles riram baixinho.
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  — Você pode me utilizar como seu cobertor quando quiser, mas nada te impede de se agasalhar, sabe? Não que eu não goste de trocar esse calor contigo… — Jacob ouviu o risinho malicioso dela e ruborizou, pigarreando e se explicando: — Não foi isso que eu quis dizer… — %Luna% riu um pouco mais achando fofa a reação dele.
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  — Black, Black… Você está mudando da água para o vinho…
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  — Isso é ruim?
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  — Não. Eu gosto. Agora você até diz que eu posso me aproveitar do seu corpo quando estiver com frio! — %Luna% gargalhou e ele a acompanhou, sem deixar de se sentir “enferrujado” com aquele tipo de conversa. — Mas eu prometo não abusar. Eu sempre tenho agasalhos no carro, mas eu acho que eu me esqueço de sentir frio de tanto que me sinto uma de vocês.
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  Black ajeitou-se melhor na cama e apertou o corpo de %Luna% ainda mais em seus confortáveis braços. A moça sorriu e ergueu os olhos para encarar o rosto dele, estavam tão próximos e os olhares tão diretos… Ela já não tinha aquele pudor de antes com Jacob.
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  Em ato involuntário, %Luna% encarou aos lábios dele, claramente sinalizando o que tanto desejava. Jacob também observou a ponta do nariz dela, avermelhado pela baixa temperatura da noite, ouvindo piados das corujas na mata próxima da cabana e encarando com a mesma intensidade aqueles lábios convidativos da mulher.
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   %Luna%, de mansinho, ergueu um pouco o tronco, pensando se aquela barreira invisível entre eles realmente existiu. Jacob percebeu as intenções dela, mas não conseguiu se mexer. Os olhos dela eram intensos, e os sentimentos dele estavam tão bagunçados e confusos, que Black manteve-se imóvel para não cometer nada que pudesse se arrepender. Ainda não se sentia pronto para indagar por que o peito frequentemente acelerava perto dela. %Luna% tocou o rosto dele com uma das suas palmas frias, e só então ele notou que ela estava pronta para tocar seus lábios com os dela.
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  — %Luna%…? — O nome dela soou como uma dúvida no sussurro e olhar confuso dele. Aquilo foi um sinal para ela de que não deveria ter se deixado levar.
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  — Desculpe… — %Bedingfield% falou, ainda o encarando com desejo, e os lábios mal chegaram a roçar um no outro, a mulher foi se afastando, desvencilhando dos braços dele e se ajeitando para dormir.
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  — Eu não quis ser rude — ele falou preocupado em como ela poderia ter se sentido.
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  — E não foi. Eu é que me deixei levar… Está tudo bem, Jacob. — Ela sorriu amena, beijando o rosto dele e se deitando ao lado de Black, contudo, repousando o rosto no peito dele como se lhe pedisse para não sair dali. — Tudo bem ser meu cobertor por hoje?
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  Black assentiu e sorriu aliviado, deitando-se um pouco mais e puxando o corpo dela em um abraço protetor. Os dois adormeceram rápido e durante toda noite, Black era uma caverna aquecida, uma fogueira onde %Luna% se mantivera presa. Por uma noite, %Luna% se deu o direito de pertencer a ele, e ele, como se atendesse inconsciente ao pedido do corpo dela, não a privou de abraçá-lo. Não se deixou soltar dela. Por toda a noite.
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   %Luna% não sabia o que viria naquela manhã após uma noite tão cheia de significados e ao mesmo tempo sem definição alguma. Não sabia o que aconteceria depois, mas já não se importava. Pensar nos fantasmas que atormentariam sua mente era uma injúria maligna para alguém que recebeu a graça tão grandiosa de ter o seu próprio lobo selvagem, domesticado.
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  Ao amanhecer, aquilo que ela pensou ser um sonho não era. %Luna% acordou com calor e, olhando para cima, vislumbrou o rosto de Jacob que, mesmo dormindo, parecia tenso, pesado… Como se ele estivesse sempre alerta. E estava. Lobos selvagens não têm sono profundo porque é preciso que estejam atentos. Logo, ela soubera que para os quileutes também era assim. Contudo, apesar de compreender as memórias da noite passada antes de dormirem, %Luna% não pôde deixar de sentir-se assustada ao se ver tão próxima de Jacob. Além disso, ela tinha nítida a cena do quase beijo. Ela tentou beijá-lo. Ela queria muito beijá-lo! Mas por que ele não correspondeu? Era unilateral?
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   %Luna% encarou o peitoral atlético e esculpido de Jacob, sem perceber que suas mãos ainda estavam pousadas sobre ele, %Luna% fechou os olhos e deslizou delicadamente a mão pelo peito de Black. Subitamente, um pensamento impróprio lhe ocorreu e a mulher, desconfiada e até decepcionada por não se lembrar do que lhe veio à mente, ergueu com cuidado o cobertor olhando por baixo. Aliviada, estava vestida e Jacob também. Ou melhor, não exatamente vestido, mas o suficiente para comprovar que depois daquele quase beijo, de fato nada teria acontecido.
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  Voltando a olhar para ele, Jacob ainda mantinha sua expressão séria e desacordada. Devagar, %Luna% se desenroscou do aperto quente dos braços de Black. Vestiu seu hobby por cima da camisola e saiu do quarto a fim de melhor acordar. Precisava afastar também o calor incomum que sentia por estar nos braços dele.
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  Na cozinha, ela preparou um café da manhã em agradecimento a Billy e a Black pela tão simpática hospedagem, e claro, também estava agradecida a Jacob pela noite incrível com ele, mas esta era uma verdade que ela não diria. Já havia falado e feito demais. Pensou de novo no motivo pelo qual ele não tentou beijá-la de volta, até que Billy acordou e a encontrou na cozinha.
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  — Bom dia, %Luna%.
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  — Bom dia, Billy. Como passou a noite?
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  — Bem. E você? — Ao perguntar-lhe, Billy sorriu e ergueu uma das sobrancelhas do mesmo jeito travesso que Jacob costuma fazer. Essa foi a primeira semelhança que %Luna% notou em ambos.
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  — Dormi bem, sim — respondeu e sorriu para o mais velho tentando não demonstrar alguma reação que a constrangesse.
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  — Que ótimo. Espero que o Jacob não tenha roncado muito em seu ouvido esta noite. Quando fica muito cansado ele tem sonos perturbados — Billy informou ainda sorridente e ambíguo, encerrando o assunto ao complementar: — Vou buscar alguns ovos.
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  — Eu posso ir. Eu preparei todos os que tinham mesmo.
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  — Não é preciso. Termine de preparar seu café especial. — Billy manteve um sorriso feliz e girou sua cadeira saindo.
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   %Luna% ficou observando-o por cima do basculante da cozinha e inclusive, descobriu onde ficava o pequeno galinheiro: atrás da cabana, um pouco afastado. Não tinham muitas galinhas, via-se que era uma produção para consumo.
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  Enquanto terminava de preparar a mesa do café, ela pensava no que o senhor Black quis dizer com “espero que Jacob não tenha roncado muito em seu ouvido”. Será que ele havia flagrado os dois dormindo juntos? Será que ele pensou que havia acontecido alguma coisa entre os dois? Ou pior… Jacob teria transmitido pensamentos por telecinese a respeito do assunto para seu pai? Se fosse a última opção a certa, %Luna% já se sentia absolutamente irritada e traída com a probabilidade, embora tenha decidido não acreditar que Jacob fosse capaz de algo assim. Ela estava distraída quando Black surgiu atrás dela, acordado. Ele a abraçou por trás e beijou o pescoço de %Luna%, lhe dando bom dia. Logicamente ela não esperava por aquela reação.
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  — Bom dia, Black.
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  — Como passou a noite? — perguntou ainda abraçado nela e virando-a de frente para ele.
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  — Bem… E você? — %Luna% respondeu um tanto desconcertada.
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  — Que bom que fui uma boa companhia então — ele disse com um sorriso sacana e encantador em seu rosto.
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  A cena era cômica e constrangedora: Jacob e ela abraçados como um casal. Os dois se encarando e sustentando um sorriso desbravador, quando à porta da cozinha surgiu Billy flagrando os dois naquela aproximação bizarra. Billy arqueou a sobrancelha e olhou a cena curioso. Jacob notou a presença de alguém e virou o rosto para a porta dos fundos da cozinha, notando que seu pai sorria discreto, ao abaixar a cabeça. %Luna% seguiu o olhar de Jacob e deixou o queixo se abrir em espanto e constrangimento.
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  — Essa cadeira tão silenciosa… — murmurou ela sem graça, e Jacob soltou um risinho em muxoxo.
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  — Já acordou, pai? — Black pronunciou sem jeito e totalmente envergonhado.
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   %Luna% e ele se soltaram do abraço íntimo até demais, e ela retornou à tarefa de terminar de servir a mesa de café da manhã.
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  — Não. É só uma miragem sua. Ainda estou dormindo — Billy disse zombeteiro espreitando os dois que pareciam muito constrangidos ao seu olhar paternal. — Mas não se preocupe, acho que você não é o único tendo miragens, filho. Acho que eu também tenho tido algumas… — Billy disse olhando Jacob nos olhos e pronunciando para %Luna% antes de sair da cozinha: — Já volto. Sua mesa de café está realmente convidativa.
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   %Luna% apenas assentiu num meneio de cabeça e depois que estavam sós, Jacob, desconcertado, pediu antes de ir atrás do pai:
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  — Me desculpe por isso. Não achei que ele estivesse acordado quando te vi na cozinha preparando o café.
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  — Tudo bem — respondeu amena.
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  Jacob saiu e %Luna% pôde soltar a respiração que estava apertada, até que seu rosto esboçou um sorrisinho ladino discreto por achar fofa a cena de Jacob constrangido diante do pai. Cada vez mais %Luna% descobria e se encantava pelas peculiaridades do rapaz.
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  Mesa posta, ela rumou em direção ao quarto de Black para se trocar, mas no corredor interceptou um diálogo entre pai e filho ao qual ela espiou uma parte:
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  — Não é nada disso que você está pensando, pai.
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  — Não? É uma pena. Eu não me incomodaria nem um pouco.
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  — Do que está falando?
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  — É a %Luna%, Jacob.
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  No momento em que Billy terminou de falar, Sue surgiu à porta chamando-os. %Luna% correu para o cômodo de Jacob, mas ainda espreitou lá de dentro, atrás da porta, a última frase do pai dele:
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  — E já está na hora, filho — Billy disse e saiu em seguida.
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  Black estava sério e assim que %Luna% o viu se aproximar, ela se afastou da porta. Ela mexia em sua mala quando Jacob adentrou calado.
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  — Está tudo bem, Black?
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  — Sim — ele disse observando-a mexer nas próprias coisas, e sentou-se na cama. — O que vai fazer?
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  — Tomar um banho e, depois do café, ir para minha casa.
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  — Você não pode ir para casa.
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  — Por que não?
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  — É perigoso.
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  — Então você decidiu contar sobre ontem — %Luna% afirmou se aproximando da cama e de Jacob, atenta.
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  — Ainda não. — Ele se colocou de pé à sua frente. Mexeu nos cabelos da mulher e, sorrindo com olhar distante, falou: — Mani.
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  — Nunca soou melhor — ela respondeu.
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  — Tenho certeza disso… Minha Mani. — Black divertia-se com isso.
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  — Olha que eu vou acabar me acostumando… — %Bedingfield% afirmou sorridente, suspirando e fechando os olhos.
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  Sentiu um calor aproximando-se do seu rosto, mas não quis abrir os olhos. O hálito refrescante de Jacob bateu no seu ouvido em forma das palavras: “é para se acostumar” e os lábios quentes de Jacob pousaram em sua face. Tudo executado o mais lentamente possível. Quando ela abriu os olhos, Jacob a olhava invasivo. %Luna% distanciou-se pegando suas coisas e indo para o banho.
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  — Até logo… — Desnorteada pela ação que cada vez mais demonstrava a tensão e atração entre os dois, %Luna% pronunciou baixinho e saiu deixando um Jacob indecifrável jogado à própria cama.
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   %Luna% revisava os seus projetos que estavam guardados em uma pasta enquanto Jacob tomava banho, quando algumas chamadas perdidas piscavam no visor do seu celular.
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“Cinco chamadas não atendidas de Erick Jones”

  Em dúvida sobre o que o policial estaria buscando com aquele contato, %Luna% lhe telefonou, mas sem sucesso. Erick não atendia à chamada. Pensou em tentar mais uma vez, porém, Jacob surgiu no quarto inteiramente molhado e enrolado em uma toalha. Black sorriu de modo sacana ao notar que %Luna% estava hipnotizada o encarando. Aquilo tirou o foco da mulher que sorriu para ele e, desviando os próprios olhos para a janela, %Luna% tentou falar novamente com Erick, de novo, não conseguiu. Ficou observando o celular em busca de alguma mensagem e preocupada com a anterior insistência de Jones. Teria acontecido alguma coisa?
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  — Aconteceu alguma coisa? — perguntou Jacob já vestido e aproximando-se dela.
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  — Não.
  — Parece aflita com seu celular. Alguém te ligou? — Insistente no assunto, Jacob a encarava, mas %Luna% não achava prudente dizer que a aflição se chamava Erick Jones. Estava preocupada com o que Black pensaria a respeito daquele contato.
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  — Não, só alguns telefonemas desconhecidos. — Ela mentiu guardando o celular.
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  Black sorriu e os dois saíram do quarto, passando de mãos dadas pela sala onde estavam Sue e Billy conversando à porta.
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  — Bom dia, Sue.
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  — Bom dia, minha querida. — A senhora Clearwater acenou sorridente e discretamente olhou para a mão de %Luna% presa à de Black, e amena cumprimentou o rapaz: — Bom dia, Jake.
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  — Bom dia, Sue. — Jacob soltou a mão de %Luna% e chegou perto de Sue, depositando um beijo filial e muito carinhoso em seu rosto.
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  Sue intercalou os olhares dela entre Billy, %Luna% e Jacob, bem rapidamente como alguém que tentava compreender o cenário. O que aquelas mãos juntas dos jovens queriam dizer? Ela notou que %Luna% e Jake mal deram-se conta do que faziam, como se fosse um gesto automático, portanto, lançou novamente um olhar surpreso e curioso a Billy, que deu de ombros ao entender a dúvida da amiga. Sue nem precisou prolongar sua investigação ocular e discreta na observação do casal jovem porque Jacob em seguida, involuntariamente, confirmou a ela o que estava pensando. Mesmo que estivesse errada, não adiantaria: Sue já torcia para que aqueles dois ficassem juntos de verdade. Soltando-se do abraço com Sue, Black caminhou até %Luna%, novamente pegando sua mão entrelaçando-a com a dele e guiando Mani até a cozinha, convidando a mais velha:
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  — Tome café conosco, Sue! %Luna% quem preparou tudo! — Jacob falou sem esconder uma animação incomum, e lançou sobre %Luna% um abraço de urso todo feliz e orgulhoso.
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   %Luna% sorriu sem jeito para Sue, quando viu o semblante da mais velha a encarando com o típico sorrisinho sábio e malicioso que ela já havia visto também em Billy anteriormente.
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  — Obrigada, Jake, mas há três lobos famintos em minha casa que eu alimento. Logo eles acordam. Desculpe, %Luna%, fico te devendo um café da manhã preparado por você. — Sue sorriu animada e orgulhosa, passando a mão de forma simpática nos ombros da garota que ainda estava meio abraçada por Jacob que não a soltara.
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  — Ah, tudo bem. Eu entendo — %Luna% falou baixinho, tão sem graça quanto quase sufocada por Jacob.
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  — Fica para outra vez. Sem dúvidas não faltarão oportunidades. — Sue completou olhando para Jacob e ela. Entendendo o que ela disse, Black pigarreou, finalmente soltando-se de %Bedingfield%. Billy e Sue, mais uma vez, entreolharam-se cúmplices e se despediram. — Até mais, garotos!
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  — Até mais, Sue — Jacob e %Luna% disseram uníssonos.
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  Assim que a Clearwater saiu, Billy, Jacob e %Luna% foram à cozinha tomar café. Na mesa não havia muito o que falar. %Luna% estava um tanto abalada com aquela aura de manhã entre namoradinhos adolescentes, e que nem mesmo era real. Billy olhava aos jovens adultos à mesa de um modo sorridente que assustava a mulher, e Jacob encarava sério o pai. Mentalmente, os dois dialogavam um contra o outro: Billy o provocando e Jacob ficando ranzinza com o mais velho.
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  O café da manhã seguiu tão rápido quanto em silêncio, entretanto, não era um clima desconfortável para os três. Na verdade, a convivência entre eles parecia bem natural. Foi %Luna% quem quebrou o silêncio após terminar seu desjejum.
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  — Sem querer ser má educada, muito obrigada, Billy e Jacob, mas eu preciso ir.
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  Os dois olharam-se em dúvida. Na verdade, Jacob trocou um olhar duvidoso com Billy. Ele ainda estava preocupado com a mulher sozinha no bairro Kalil.
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  — Tudo bem, %Luna%. Jacob a leva para casa, mas tem certeza que não quer ficar mais um pouco?
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  — Eu agradeço, mas eu tenho que ir para a farmácia e terminar alguns estudos… Ah… Isso me lembra de que… Billy…
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  — Sim?
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  — Como sabe, estou no meio do projeto de construção do meu laboratório com investimento dos Vincent. E eu pensei em… Quero dizer, eu gostaria de saber se é possível que eu o construa pelos arredores de La Push, não só se você, como chefe da reserva, permitiria quanto como se há um lugar disponível para isso… — ela falou e notou que Billy franziu o cenho um tanto silencioso e pensativo e logo %Luna% foi voltando atrás: — Mas eu entenderei perfeitamente se não puder.
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  — %Luna%… Eu lamento, mas… Isso implicaria em… — Billy pausou e tentou uma negativa empática e didática: — Imagine se eu deixo você construir dentro da reserva e outras pessoas saibam… Eu já impedi muitas pessoas de trazer qualquer tipo de comércio ou empreendimento para cá e, embora eu confie em você, isso me faria perder a razão diante dos outros. Apesar de ser uma região vasta, esta é a nossa casa. E a nossa casa é uma reserva ambiental e histórica. Você compreende?
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  — Entendo. Imagine, Billy! Eu compreendo! Já havia permeado em minha mente que não seria possível, mas não custava ter certeza.
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  — Por que quer construir seu laboratório por aqui? — Billy perguntou genuinamente curioso.
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  — Eu me sinto muito bem em La Push. Seria incrível trabalhar por ali, e eu estaria mais próxima a vocês… — %Luna% justificou sorrindo. — Estou ficando um pouco dependente dos ares da reserva — ela disse e ficou ruborizada em como o comentário poderia soar, e ainda mais sem graça quando viu que Jacob sorriu satisfeito a encarando.
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  — É compreensível, afinal você é tão solitária onde mora… — Billy, sorridente, depositou um olhar compreensivo sobre a jovem e, tentando ser discreto, olhou para Jacob que parecia querer perguntar algo.
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  — Por que não se muda para cá? — o rapaz falou, tomando certa coragem.
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  — Seria legal, mas não dá, Black. Eu comprei um elefante branco.
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  Billy e Jacob olharam-se de novo compartilhando pensamentos, dessa vez, concordantes, e então Black levantou-se da mesa se prontificando a ajudá-la:
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  — Bem, então eu vou pegar as suas coisas. Tem certeza que não quer ficar por aqui mais um pouco?
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  — Se você me falasse o que eu quero saber, quem sabe? Fora isso, eu não vejo problema de voltar para minha casa.
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  Jacob suspirou contrariado e seguiu ao seu quarto para pegar as coisas de Mani. Um pouco depois, eles já estavam dentro do carro, a caminho do Kalil.
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  — Black… Só me responde uma coisa?
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  — Hm?
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  — Como chegou tão rápido à minha casa ontem?
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  — Por coincidência, eu estava por perto.
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  — Fazendo o quê?
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  — Então agora eu te devo explicações? — Jacob disse em tom divertido.
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  — Você me deve muitas explicações, Jacob Black. — Devolveu a brincadeira em tom óbvio.
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  — Eu voltava de uma entrega. Fui à Silverdale entregar uma mesa que esculpi.
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  — Ah… E a oficina?
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  — Com os últimos acontecimentos eu dei uma parada, mas a obra já está pronta. Falta só a pintura e a decoração.
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  — E onde ela fica?
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  — A dez quilômetros da saída de Forks.
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  — E quando você vai me levar lá?
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  — Quando você quiser — Jacob disse feliz e encantador. — Quer que eu a deixe em casa ou na cidade?
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  — Estou atrasada, mas preciso pegar meu carro antes de ir para a cidade.
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  — Se quiser eu te deixo lá e levo seu carro depois.
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  — Não, tudo bem. Não precisa se incomodar.
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  — Não é incômodo. Vou fazer isso, tudo bem?
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  — Tudo bem… — %Luna% respondeu com uma expressão admirada e um sorriso simpático pelo gesto gentil dele. — Eu agradeço.
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   %Luna% entregou a chave da casa para Black e ele a deixou na cidade, em seguida, então, a mulher abriu a farmácia e tirava a poeira da vitrine de vidro quando avistou Erick entrando na lanchonete. Certamente iria tomar café da manhã. Ela recordou-se das ligações dele e novamente tentou falar com o policial por telefone.
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  — Alô? Erick, bom dia. É a %Luna%. Aconteceu alguma coisa?
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  — Bom dia, %Luna%. Por quê?
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  — Você me ligou várias vezes…
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  — Ah, sobre isso… Eu gostaria de conversar com você. Pode ser?
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  — Claro. Estou na farmácia.
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  — Daqui a pouco passo aí.
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  Cerca de quinze minutos depois, Erick saiu da lanchonete e chegou calmo à farmácia.
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  — Olá, %Luna%. Como vai?
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  — Bem, e você?
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  — Seguindo… — Erick pronunciou um pouco misterioso e calado, prostrando-se escorado ao balcão da farmácia.
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  — E então, o que houve?
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  — É que… Ontem houve alguns ataques nas proximidades de Kalil e eu te liguei porque estava preocupado. Fui à sua casa, mas você não estava lá.
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  — É, eu fui para a reserva. Aconteceu algo estranho ontem e eu liguei para o Jacob que por sorte estava por perto.
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  — O que aconteceu?
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  — Acho que iam assaltar ou invadir a minha casa. Eu não sei bem o que aconteceria, porque felizmente não deu tempo. Eu me desesperei com a situação e por sorte, o Jacob chegou bem rápido.
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  — Sabe que pode me chamar se precisar, não sabe?
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  — Obrigada, Erick… Eu não te liguei porque… As coisas estão estranhas conosco, não é? Além do mais, eu fiquei bem assustada e o Black foi a primeira pessoa em quem pensei para pedir ajuda.
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  — Bem… Sobre isso… Digo, sobre nós dois… Eu te peço desculpas. Tenho sido muito idiota com você. Mas eu ainda sou policial e seu amigo, se permitir. Pode me telefonar em ocasiões como essa, %Luna%. É o meu trabalho te proteger.
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  — Tudo bem… Espero não ser necessário, mas na próxima, eu conto com você — ela falou sorrindo, e antes que um silêncio por falta de assunto se instaurasse, %Luna% lhe perguntou: — E o bebê?
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  — Que bebê? — Erick perguntou confuso, se erguendo um pouco do balcão e ficando tenso.
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  — Achei que sua namorada estava grávida.
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  — Jessica? Desde quando?
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  — Já faz tempo desde que ela me falou.
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  — Ela te procurou? — Erick àquela altura estava visivelmente nervoso com a informação dada por %Luna%.
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  — Não necessariamente. Ela veio comprar um teste de gravidez.
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  — O quê? Mas… Quando?
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  — Ah, não lembro, mas foi no mesmo dia em que você veio aqui e, abusado, me roubou aquele beijo. Acho que já se passou um mês. Desculpe pela notícia, Erick… Eu achei que já soubesse.
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  — Tudo bem, deve ter sido engano dela. Ela me falaria se estivesse grávida.
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  — Falaria! Com certeza!
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  — Nós terminamos há algum tempo — Erick justificou um tanto ansioso pela reação de %Luna%.
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  — Sinto muito. Vocês eram mesmo perfeitos um para o outro. — Sorriu, apesar do tom de ironia.
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  — E você, o que achou das flores?
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  — Flores? Espera… Foi você quem mandou aqueles arranjos?
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  — Sim. Gostou?
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  — Claro. São lindas. Mas… Por quê?
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  — %Luna%… — Jones suspirou e se aproximou devagar do corpo de %Luna%, que estava parado à sua frente e com cautela, Erick tocou o rosto da mulher fazendo-lhe um carinho delicado. — Não consigo ficar longe de você. É torturante.
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  — Não, Erick. — %Luna% o afastou com singeleza, mas de modo certeiro. — Por favor, não. Não cometa o mesmo erro.
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  — Desculpe, eu não te beijaria sem seu consentimento, mas estou sendo sincero. Eu acho que me apaixonei de verdade por você e eu espero que…
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  Um som oco e alto de motor os assustou, interrompendo Erick. Os dois olharam para a porta da farmácia e Jacob apareceu entrando na loja. %Luna% sentiu-se surpresa e indagou-se mentalmente se ele teria visto que Erick havia tentado beijá-la. Black e Jones ficaram encarando um ao outro, em silêncio. Jacob o olhou de cima a baixo e em seguida observou o cenário. Ele estava perto de %Luna% e os dois pareciam estar em uma conversa tensa. Já Erick, sentiu-se enraivecido por ser de novo “aquela gente” entre ele e %Luna%. O desprezo era palpável entre os dois: o lobo e o homem.
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  — Suas chaves. — Jacob estendeu as chaves do carro e da casa de %Luna% em direção a ela, que as pegou ainda um pouco preocupada. — Nos vemos depois?
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  — Claro que sim, Black. — Ela sorriu abertamente para ele. Então Jacob sorriu de volta e, ignorando a presença do policial, se aproximou mais da mulher, abraçando-a de um jeito apertado e lhe deixando um beijo no pescoço.
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  “Que mania era aquela agora?”, %Luna% pensou. Se era para a enlouquecer, não só estava conseguindo como a mulher também estava aderindo àquela louca atitude, e mordeu o ombro dele, como havia feito antes. Aquilo parecia estar tornando-se um “cumprimento de despedidas” entre os dois, tal como eles, impetuoso, ardiloso e de certo modo, selvagem. Jacob sentiu os dentes de %Luna% roçando seu ombro, apesar da camisa, em um gesto lento e sedutor, e olhou para ela sorrindo provocante.
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  — Eu também estou gostando e me acostumando com isso… — sibilou baixinho para que só ela escutasse e então a soltou, virou-se para Erick e antes de sair, educado, disse: — Passe bem, senhor policial.
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  Erick demorou um pouco para voltar a olhar na direção de %Luna% depois que presenciou a cena dos dois. Estava nítido, não estava? Ela havia mesmo se envolvido com o quileute.
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  — Bem, espero que as flores possam tê-la convencido a me perdoar — Jones proferiu após encarar a rua por um tempo silencioso.
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  — Tudo bem. Acho que podemos recomeçar do zero, como amigos. Não gosto de parecer uma ingrata com você que tanto me ajudou quando cheguei. Além disso, embora seus defeitos sejam… Enfim, eu gosto de você, Erick.
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  — Não acho que tenha sido ingrata, apenas ingênua com suas escolhas.
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  — Erick… — %Luna% o chamou como se fosse iniciar uma discussão, e o policial ergueu as mãos em postura de rendição e interrompendo-a:
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  — Tudo bem. Eu fico calado.
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  — Sobre o ataque… Pode me dizer o que era?
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  — Não sabemos. Essa vítima apresentava os mesmos sinais no corpo que a maioria das vítimas de alguns anos atrás.
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  — Como assim? Que sinais?
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  — Foi assassinada como todas as outras vêm sendo, mas dessa vez o corpo estava inteiro. Não parece que um urso ou lobo selvagem possa ter feito algo. É coisa de gente.
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  — Então esse ataque, diferente dos outros, não foi por um animal?
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  — Não tem nenhuma pista que leve a isso. Ainda aguardamos o que perícia dirá.
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  — E quem foi o atacado?
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  — Marcos Swood. Um rapaz de dezessete anos. Poucos conheciam. Dessa vez não era turista, nem alpinista. O pai disse à polícia que ele estava voltando da praia com a moto.
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  — Bem… Eu ficaria satisfeita se me mantivesse informada sobre esses assuntos. Por precaução.
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  — Certo, eu aviso se algo ocorrer. Talvez você devesse colocar câmeras de vigilância na sua casa, %Luna%.
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  — Hm… Não havia pensado nisso. É uma ideia.
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  — Bom, tenho que ir. Tenha um bom dia. — Ele se aproximou de novo mencionando um abraço de despedida e %Luna% correspondeu.
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  — Até mais, Erick.
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  — Bom poder falar com você novamente — ele disse baixinho no ouvido dela e saiu.
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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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Liv
  Em dúvida sobre o que o policial estaria buscando com aquele contato, %Luna% lhe telefonou, mas sem sucesso. Erick não…" Leia mais »

FOGE DESSE LIXO!!!

Liv
  — Então agora eu te devo explicações? — Jacob disse em tom divertido." Leia mais »

PELO AMOR, EXPLICA DIREITO PORRA. obviamente que tem que ser esclarecido, Jacob

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