ENTRE LOBOS E HOMENS

Escrita porRay Dias
Revisada por Lelen

Nota de autora inicial: Essa é uma fanfic escrita em 2012 por mim, postada em outros sites anteriormente, agora, a história está entrando no Espaço Criativo sob nova revisão e edição. Para quem leu antes, há mudança de narrador e algumas cenas.
Playlist da história


Capítulo Trinta e Quatro • Nova Aliança

Tempo estimado de leitura: 53 minutos

  — Embry aceitou ser cobaia. Mas, vou logo adiantando que eu não estou muito tranquila com isso!
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  — Leah! Isso foi praticamente ideia sua. Se acalme, nós não faremos nada sem ter certeza de que é seguro.
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  — Vou preparar as coisas para o exame — Leah comentou e saiu um pouco nervosa.
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  %Luna% e ela estavam no laboratório pessoal de Befingfield. Após toda a confusão do pacto, elas dariam prosseguimento ao plano de buscar a cura das transformações através do DNA de %Luna%. Embry havia aceitado ajudar e assim que desligou a chamada telefônica, Leah veio em direção à amiga bastante preocupada por seu namorado. %Luna% tentou reconfortá-la, pois em hipótese alguma ela permitiria usar Embry como teste se não soubesse o quão seguro fosse para ele. E Leah se acalmou em saber que era verdade: ambas pensavam primeiramente no bem-estar dele, do que em alcançar uma cura a qualquer custo.
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  Enquanto Leah preparava as seringas para coletar o sangue de Mani e fazer os testes, %Luna% pensava no que seria possível fazer caso sua hipótese estivesse errada. Brincava com o vidrinho do seu próprio emplastro cicatrizante, quando Leah lhe chamou para iniciar os exames. Jacob ligou no momento em que ela preparava o braço para a coleta.
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  — Fala sério! Essa conexão mental de vocês dois está deixando a todos cansados, sabia? — reclamou Leah assim que %Luna% pegou o próprio celular.
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  — Não fui eu quem pediu para ele ligar.
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  — Este é o problema. Fala ao Jake para dar um tempo. Eu preciso respirar sabia? Nossos pensamentos se cruzam tanto que eu nem sei mais quando é coisa da minha cabeça ou de outro!
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  Leah parecia realmente estressada e %Luna% riu. Assim que atendeu ao telefone, ela passou o recado ao namorado que pediu desculpas e concordou que os dois andavam inconscientemente atingindo ao elo mental de toda a alcateia. Mas não era proposital, era como uma ligação nova e forte, difícil no início para se adaptar e levaria um tempinho a mais para “calibrarem” suas psiques. Jacob desejou sorte para as duas e assim que desligou a chamada, Leah coletou o sangue dela. Tanto a médica quanto a farmacêutica e bióloga ficaram um pouco assustadas ao ver o líquido encher o tubo. O sangue da humana havia se modificado consideravelmente. Ainda era vermelho, e espesso como sangue humano, mas brilhava. Tinha uma mescla magnética.
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  — Você tem muita sorte, garota.
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  — É, eu não sei o que houve de fato, mas, pelo que vejo acho que... Na verdade não acho nada. O que aconteceu com meu sangue, Leah?
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  — Isso é o veneno dele no seu sangue, mas… Incrivelmente não se fundiu totalmente. Vi uma vez o veneno deles. É um líquido viscoso e prateado, como prata derretida. E seu sangue apresenta a mesma viscosidade agora, pelo que vejo há um elemento brilhante nele. Provavelmente é o veneno de Mark. Por muito pouco você não se transformou totalmente. Mas vamos ter que fazer os testes de composição. E torcer para que ele não tenha atingido tanto o seu DNA.
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  %Luna% deixou nas mãos de Leah toda a análise sanguínea, ela não conseguia pensar direito. Afinal, mais uma vez, havia escapado por muito, muito pouco.
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•••

  Dois dias após a coleta os resultados já haviam ficado prontos. O sangue de %Luna% foi minimamente modificado, os componentes “naturais” dele, ou melhor, aqueles que pertenciam a Rhikan, eram mais fortes. Não permitiram uma incorporação eficiente do veneno de Mark. Logo, elas tinham em mãos uma fórmula bioquímica que torciam para dar certo.
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  Todos os quileutes estavam reunidos na reserva aguardando o resultado. Embry ao lado de %Luna%, de mãos dadas com ela e tão nervoso quanto a amiga, para saber se o teste havia funcionado. Os outros parados à varanda de Billy igualmente ansiosos. Leah pegou o papel em suas mãos e leu o resultado recém-impresso no laboratório. %Luna% não tivera coragem de ler os resultados que ela coletou, e nem Leah teve coragem de ler sozinha, ainda que já soubesse o resultado, após os dois dias de trabalho duro.
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  — A incorporação hematopoiética ao elemento zircônio ultra reativo foi negativa. Entende-se que as quantidades mínimas não foram atingidas. — Leah terminou a leitura e olhou desanimada para Embry e %Luna%, concluindo: — Ou seja, não houve reação. A quantidade mínima de elementos reagentes nem foram alcançadas. O sangue da %Luna% é altamente resistente ao veneno, e cerca de 0,001% do veneno de Mark foi o que restou. Seu corpo elimina o veneno, %Luna%, as sequelas que ficaram em você se formaram na primeira hora de contaminação, e depois... Seu sangue desintoxicou.
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  %Luna% deixou os ombros caírem em desânimo. Ela havia entendido, mas, algumas faces mantinham-se confusas.
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  — Eu não sou o único leigo, então explica melhor, Leah. Por favor — Jacob pediu, confuso.
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  — Funciona como se o corpo da %Luna% fosse atingido pelo veneno apenas na primeira hora de contaminação, e depois seus anticorpos combatem ao mal. Ela fica com sequelas, mas o sangue dela volta ao normal. Ela não tem como “contaminar” outros.
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  — Então... Em um exemplo tosco... Ela se torna uma vampira que não pode transformar outros, porque volta a ser humana? — perguntou Seth de modo ingênuo.
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  — Basicamente isto, Seth. Ela fica com o bônus de ter os poderes dos vampiros, dependendo do nível de veneno no sangue. Como Mark não finalizou, não há como saber. Entretanto comparando ao que ocorreu à Bella por ser humana, e tendo claro que não soubemos quanto de veneno foi exposto à sua corrente sanguínea, posso afirmar que foi uma quantidade muito mínima, capaz de ser expelida por seu organismo, mas igualmente potente para deixar as alterações.
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  Enquanto todos comemoravam o fato de %Luna% não ter se tornado em parte uma vampira, e nem existir esta possibilidade, ela se levantava desanimada.
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  — Não está feliz de saber que é inatingível a eles, %Luna%?
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  — Não é isso, Black... É que agora sabemos que eu não posso ajudar Embry ou Quil que já manifestaram as transformações em lobisomens.
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  Todos a olharam atentos e preocupados.
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  — Use o Mark. Não foi para isso que você deixou ele te morder? Ele não é seu escravinho apaixonado, agora?
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  A resposta arrogante e talvez mais certeira veio de onde menos todos esperavam. Bruh que estava mais afastada soltou sua frase e saiu de perto deles. %Luna% observou ela dar as costas enquanto Quil desculpava-se pela irmã. Segundo ele, ela estava apenas preocupada com o irmão, mas eles não entenderam que havia possibilidade de ela estar certa.
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  — É isso! — afirmou %Luna% enquanto via Bruh entrar na cabana de Sue. — Ela está certa. Se os níveis de veneno não foram suficientes temos que aplicar mais, e uma parcela muito, muito menor do meu. Por exemplo: se o “sangue” de Mark é ácido, e o meu básico a ponto de neutralizá-lo, então temos que aplicar mais ácido até que o meu sangue possa reagir, mas sem permitir uma neutralização.
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  — Você está certa, %Luna%, mas teremos que fazer vários testes até encontrar a porcentagem ideal do seu sangue para que ocorra a reação.
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  — Não vejo problema, Leah.
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  — Eu vejo — Jacob se pronunciou. — Primeiramente Mark teria que aceitar ajudar vocês, e em segundo... Eu teria que aceitar Mark a ajudando.
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  Todos olharam em direção ao casal, constrangidos. Àquela altura não havia como manter segredos, certamente todos sabiam da “confissão de amor” de Mark.
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  — Jake... — Paul, o único que nunca falava muito se manifestou. — Temos que pensar em como ajudar a todos. Embry e Quil tiveram sorte até agora. Eles ainda podem ter seus quadros revertidos, mas até quando? Leah e %Luna% precisam de nosso apoio, de toda a ajuda necessária. Até porque sabemos que não irá parar em Quil. Essas transformações também podem afetar ao alfa. Vamos parar sem ao menos tentar? Por orgulho? Existe uma possibilidade, afinal.
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  %Luna% não sabia o que estava acontecendo: Bruh foi pontual, Paul foi pontual e só faltava Charlie para completar o círculo de “os calados que nunca opinam” trazerem as respostas certas. Todos olharam-se cientes de que Paul estava certo. E foi Billy quem mais uma vez deu a palavra final. Ele pediu a todos, que tentassem convencer Mark. Infelizmente, todos ali podiam se encarregar daquilo, mas sabia-se que só %Luna% poderia alcançar a ajuda dele.
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•••

  Jake e %Luna% desceram do carro e deram as mãos em direção à sua antiga casa no bairro Kalil. O descontentamento era visível no rosto de Jacob. Mark, porém, abriu a porta antes que os dois chegassem à varanda.
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  — Benvenuta, il mio tesoro! — gritou Mark para os dois parado à porta.
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  — Sem palhaçadas, Mark — Jacob o dissera direto.
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  Ele passou %Luna% à sua frente a fim de que ela entrasse primeiro e ficou encarando Mark ao lado da porta quando entrou.
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  — Eu estava ansioso para revê-la, depois de nosso Bacio.
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  — Eu acho que você não entendeu, não é, Mark? — Jacob tentou avançar na direção dele, mas %Luna% o segurou.
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  — Black!
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  — Amigo, amigo... — Mark zombou Jacob referindo-se como se ele fosse um cão.
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  — Mark. Sem gracinhas! Não torne tudo mais complicado, por favor — %Luna% também o repreendeu arrancando-lhe um sorriso de zombaria.
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  — Como se sente, %Luna%? — curioso, Mark perguntou, dando uma encarada nela dos pés à cabeça.
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  — Como pode ver, você deixou algumas sequelas.
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  %Luna% abriu os braços se olhando, como se as mudanças em seu corpo fossem visíveis demais.
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  — Não. Não deixei. Há um realce diferente em sua aparência... Como a sua pele mais clara... Ah! — Mark suspirou pesadamente com ar de pena. — Que droga! Eu adorava o seu bronzeado natural... Mas creio que para uma moradora da praia, logo isso voltará ao normal.
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  Jacob bufava enquanto o vampiro conversava com %Luna% e lançava provocações.
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  — Mark, algumas alterações foram feitas, mas a verdade é que eu sou imune ao seu veneno.
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  A feição de Mark pareceu conformada, como se ele já soubesse daquilo.
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  — Eu sei. Desde que feri teu punho eu descobri que por mais que a ferisse, não ia adiantar. E fico confuso com isso desde então. Estudei cada linha de meus escritos sobre como libertaria Rhikan já que não faria efeito transformá-la. Então reli as descobertas de Darak, e de fato, o ritual poderia dar certo. Mas com essa sua maldita ligação com os lobos…
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  — Você descobriu mais alguma coisa? — %Luna% perguntou mais curiosa se aproximando dele, e Jacob revirou os olhos ao ver a namorada tratar o vampiro como um parceiro de investigações.
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  — Você anda transformando seus lobinhos, não é? Acho que por isso está aqui.
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  — Como esse cara sabe tanta coisa? — Jacob sussurrou contrariado.
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  — Trezentos anos de sabedoria, meu caro lobo! E lamento que %Luna% prefira os atletas, aos inteligentes — Mark escutou e respondeu a ele de forma provocante.
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  Jacob novamente tentou avançar sobre ele, mas %Luna% o segurou.
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  — Temos um pacto, Mark. E você tem que me ajudar.
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  — Não, eu não tenho. Mas, eu vou porque eu ainda acho que posso tirar o Jacob do meu caminho. Afinal, Edward conseguiu e ele é um banana, por que eu não conseguiria?
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  %Luna% tentou de novo segurar Jacob, mas com aquela provocação ela não teria como. Black foi muito mais rápido e forte e lá estava ele segurando Mark pelo pescoço contra a parede. O vampiro riu zombando.
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  — Oras, Jacob, supere isso! E me solte porque é você quem precisa de mim.
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  — Black... — Ao ouvir a voz de %Luna%, ele soltou Mark e lhe deu as costas, mas logo girou o corpo e de surpresa deu um soco no rosto de Killiam.
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  %Luna% revirou os olhos e estendeu a mão para que Black a pegasse se juntando a ela no sofá de Mark.
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  — Estressadinho o seu namorado. — Já Mark continuou zombando. — Diga logo antes que eu quem perca a compostura e revide a ele. O que quer de mim agora, %Luna%?
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  — Vamos precisar do seu veneno. Muitas vezes. E, das respostas que já tem.
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  — Uma coisa de cada vez, %Luna%. Eu não sou idiota. Vou querer algo em troca...
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  — Eu não vou hesitar de novo, Mark. Ou você para com as gracinhas ou eu te mato sem pensar duas vezes se precisarei ou não de você vivo! — Jacob esbravejou.
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  — Jacob, acalme-se! Mark só quer te provocar.
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  — Eu realmente adoro provocá-lo — Mark respondeu rindo e caminhou até a antiga escrivaninha de %Luna%, puxando um livro da gaveta. — %Luna%, eu te ajudo com seu “antídoto”. É isso o que está tentando fazer, não é? Mas, pelo que li aqui... Não vai funcionar...
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  — O que é isso?
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  — Darak era um exímio matador, mas também estudioso. Este é o diário dele com tudo o que havia descoberto. E essas transformações não podem ser contidas, muito menos enquanto você estiver por perto. É você que as causa. Aliás, Rhikan.
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  — Então, por que vocês contavam que meus poderes aliados aos poderes dos vampiros seriam capazes de conter os quileutes?
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  — Darak não teve tempo de contar isso aos outros. Afinal, ele era meu aliado. O nosso plano era me livrar da maldição e levar a garota. Os outros ainda acham que podem contar com isso.
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  — Que outros? — perguntou Jacob eufórico.
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  — Os Volturi. E seus velhos amigos, Jacob.
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  — Malditos! — grunhiu Black enquanto Mark ria.
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  — Ainda assim tentaremos, Mark. Você, por favor, nos acompanhe ao laboratório. Eu quero tentar todas as possibilidades.
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  — É perda de tempo, mas se quer tentar... — Mark respondeu e subiu as escadas. %Luna% e Jacob ficaram confusos o aguardando. Quando desceu, ele estendeu uma caixa para %Luna%.
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  — E eu ainda estarei esperando-a, %Luna%, como eu disse... Sua única chance de salvar os quileutes é se afastando deles, porque Rhikan só pode ser extraída de você com a minha morte e eu não pretendo morrer.
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  — O que é isso? — %Luna% abriu a caixa e havia ali três vidros com um líquido parecido com o que Leah lhe informou.
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  — É o veneno dele — respondeu Jacob com a cara fechada.
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  Provavelmente as dolorosas lembranças que ele não contava para %Luna% deveriam ter surgido.
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  — Como sabia?
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  — Depois de nossa viagem à Bélgica achei que tinha entendido que não pode me esconder nada.
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  — Odeio o fato de que você ainda consegue estar um passo à minha frente!
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  — Nossa ligação está ainda mais forte agora, gracinha. Não achou que Rhikan influenciaria apenas a eles, não é?
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  Mark ria e %Luna% decidiu esquecer a tal “ligação” que tinha também com Mark. Era menor do que a sua com Jacob, mas também importante por dar a ele informações preciosas.
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  — Uma última coisa, Mark... Me diga, por que o ritual não deu certo? — %Luna% perguntou se levantando após fechar a caixa que ele lhe entregou.
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  — Porque não basta tudo aquilo... O lobo presente no ritual não pode ser qualquer um.
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  Killiam sorriu com maldade então %Luna% se arrepiou com aquilo. Black perguntou-lhe do que ele estava falando, mas %Luna% não respondeu. Fitava os olhos cruéis de Mark e quando ele lançou um olhar de cobiça a Jacob, %Bedingfield% o entendeu. Pegou a mão de Black e o guiou para fora dali. Mark os acompanhou calmo e acenou falsamente da varanda. Enquanto os dois entravam de volta ao carro, Jacob perguntava para ela, o que o vampiro queria dizer, e %Luna% apenas pediu para que ele fosse em direção ao laboratório porque Leah estava esperando.
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  Ao chegarem no laboratório, Jacob não insistiu naquelas perguntas. Ele conseguiu entender o que Mark quis dizer quando percebeu a grande preocupação da namorada com o assunto e, claro, depois de ouvir os pensamentos de %Luna%. Ela abriu a porta de entrada do laboratório e foi até a parte de trás do balcão da recepção deixando sua bolsa ali. Antes que entrasse à porta do laboratório em si, Black segurou a mão dela a impedindo.
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  — Eu teria que morrer, não é? Não adianta mentir, seus pensamentos… Eu já entendi.
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  — Não tenho certeza se foi isso que ele quis dizer.
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  — Mas se não for eu, certamente é um de nós. O tal lobo que ele falou não poder ser “qualquer lobo”.
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  — Ninguém vai ter que morrer, porque eu tenho isso! — %Luna% falou enérgica para Black mostrando a caixa com as porções de veneno de Mark.
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  — Mani... Apenas não fique alarmada com as palavras de Mark. Ele mente, não é confiável. Tenho certeza que seja qual for a saída, todos ficaremos bem.
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  — Não me venha com este tom de morte, Black!
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  %Luna% soltou a mão da dele, e Leah abriu a porta da sala saindo de dentro do laboratório e os encarando curiosa. Black e ela não deixaram de se olhar nos olhos, e nem de terminar o assunto mesmo com a presença dela.
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  — Eu não vou deixar ninguém morrer por causa disso!
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  — Mani, eu só quero dizer que algumas coisas podem estar fora do seu controle. Eu também acredito que há outro modo. Mark não é confiável como eu disse, então, não se preocupe a ponto de se maltratar em fazer isso… — Ele pegou a caixa da mão dela concluindo: — Dar certo a qualquer custo, por medo do que ele disse.
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  — Eu sei, Black. Vai dar certo, sem que ninguém se sacrifique por isso... Desculpa.
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  — Desculpa, pelo quê?
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  — Por ter feito todo este mal a vocês desde que cheguei aqui.
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  — Você não tem culpa de nada!
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  Black estava exaltado. Na verdade, os dois estavam. %Luna% também vivia um misto de controvérsias. Não sabia se acreditava ou não em Mark.
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  — Sempre soubemos que eu tenho influência nisso tudo. E hoje, Mark confirmou tudo o que vinham me dizendo sobre eu ser a responsável por…
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  — Para! — Black a interrompeu. — Pare de se culpar, eu já disse que não devemos acreditar em tudo o que aquele maldito frio diz.
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  — Acontece, Black, que eu devo a ele tudo o que descobri até agora. Como não acreditar? Se Mark estivesse mentindo eu já teria descoberto há muito tempo. E, no entanto, tudo o que ele disse fez as peças se encaixarem.
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  — Er... Pessoal, eu... O que está acontecendo? — Leah os tirou de sua discussão a dois.
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  — Black, pode passar na farmácia e ajudar Steve com todas as burocracias do dia? É só pegar tudo o que ele vai lhe entregar, eu confiro depois.
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  — Claro. Fique bem e não esquece que eu te amo.
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  Ele abraçou a sua Mani apertadamente e beijou-a na testa. Se despediu silencioso de Leah e quando as duas mulheres ficaram sozinhas, %Luna% contou tudo o que havia acontecido. Leah estava tão assustada quanto eles, mas concordava piamente com Jacob sobre não acreditar em tudo o que Mark dizia. Decidiram que a melhor coisa a fazer no momento era focar nos trabalhos com as fórmulas.
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  Passaram pouco mais de uma semana trabalhando na fórmula. Os resultados estavam cada vez mais perto, entretanto, todo pequeno erro culminava na perda de material. E tempo. Quando restou o último frasco de veneno, Leah adotou uma postura tão animada para alcançar um resultado positivo que %Luna% não conseguia ter. Estava cansada de furar suas veias coletando sangue, cansada de chegar ao quase, cansada de pensar o que faria se não desse certo, cansada de pensar que Mark mais uma vez poderia dizer a verdade. Cansada, apenas.
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  Na tarde de sexta-feira, ela saía da farmácia após verificar os trabalhos da semana com Steve, quando viu a motocicleta de Leah aproximar. Ela tirou o capacete revelando um sorriso largo.
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  — Consegui!
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  — Não brinca.
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  — Consegui, %Luna%! Vamos para casa.
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  %Luna% correu apressada ao seu carro estacionado do outro lado da praça e Leah partiu rápida. Chegaram quase juntas à reserva, e quando ela desceu da moto gritou a todos. %Luna% foi ao encontro dela no meio do pátio enquanto pouco a pouco os quileutes se aproximavam.
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  — Leah! Não faça rodeios! — %Luna% estava tão preocupada e ansiosa que mal podia esperar todos chegarem para saber.
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  — Calma, %Luna%, deixe que todos cheguem então eu digo.
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  Saíram apressadas para reunir todos, e %Luna% se direcionou até a cabana de Billy, o encontrou dormindo em sua poltrona e acordou-o, ansiosa.
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  — Desculpe, Billy! Leah tem um recado urgente, onde está Black?
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  — Na marcenaria.
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  — Por favor, se apresse.
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  — Pedir a um velho para correr já é um insulto. Pedir a um velho para correr em uma cadeira de rodas ainda mais, %Luna% — ele resmungou e %Luna% se colocou a empurrar a cadeira dele rapidamente. Billy se assustou e reclamou um pouco, depois ela foi correndo até Black. Jacob estava concentrado em um totem que talhava e não a percebeu chegando.
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  — Black! Venha rápido!
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  Ele olhou assustado e antes que perguntasse algo, ela saiu correndo de novo. Logo Jacob a seguia apressado e todos aguardavam em um grande círculo no meio do pátio.
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  — Pronto, Leah, fale de uma vez! — disse %Luna% ansiosa e ela sorria encarando todos.
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  — %Luna% e eu trabalhamos com muito foco no antídoto estes dias. E foram muitas as falhas, mas estivemos próximas dos resultados. Há alguns dias, eu consegui atingir o percentual exato de hemácias da %Luna% reagentes ao veneno de Mark.
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  — O quê?! Como você não me diz isso? — perguntou %Luna% revoltada e chateada com Leah.
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  — Eu não queria que todos tivéssemos falsas expectativas, %Luna%. Por isso eu menti para você. Mas a verdade é que eu consegui o resultado.
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  Todos sorriam e comemoravam.
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  — Então agora é só testar!? — perguntou Seth sorridente fazendo com que todos encarassem novamente Leah.
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  — Não necessariamente.
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  — Como não!? — bradou %Luna%.
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  — Eu já testei.
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  — O quê? — todos perguntaram confusos.
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  %Luna% encarou os olhos negros de Leah com curiosidade, confusão e medo. O que ela teria feito para chegar à conclusão que parecia ter chegado?
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  — Eu não podia criar expectativas em mais ninguém. E de acordo com os estudos que a %Luna% desenvolveu ao longo de nossos dias de pesquisa, a probabilidade de dar certo resultaria num antídoto potente a ponto de curar os lobos inclusive de sua forma natural. Se um de nós deixasse de ser lobo, então a probabilidade de anular o avanço das transformações é muito maior.
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  — Leah... — Sue pronunciou o nome da filha com certo pesar e preocupação, mas a jovem continuou sem deixar Sue dizer mais nada.
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  — O que quero dizer é que, se um de nós deixasse de ser um lobo comum, logo, um de nós ao chegar ao estágio de lobisomem voltaria apenas a ser lobo. Não só retardaríamos, como anularíamos o avanço.
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  — Leah o que você fez? — perguntou Embry preocupado.
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  %Luna% estava certa. Ela sentia que Leah havia feito o que ela imaginava, e se sentia muito culpada por aquilo.
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  — Quando descobri os resultados positivos da fórmula, eu me fiz de cobaia. E já se passaram os dias necessários para saber se a fórmula funcionou em mim. E antes que qualquer um me recrimine por isso... Eu quero dizer que foi minha escolha. E se isso der certo, eu vou ter realizado um sonho.
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  Ela olhou para Embry com os olhos marejados, para sua mãe, seu irmão e para Sam. Sam de certa forma estava chateado com aquilo. Ele abaixou a cabeça sem encará-la.
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  — Eu passei anos me sentindo perdida, me sentindo sem uma identidade porque tudo envolvia a todos. A vida de um era a vida de todos. Meus pensamentos eram compartilhados contra a minha vontade. Eu não podia fazer muitas coisas como as garotas normais. Eu sofri com um imprinting maldito. E depois que encontrei o meu verdadeiro amor... — Ela olhou para Embry — eu tive que lidar com a chance de perdê-lo, com a falta de paz por estar distante... Este elo quileute que não nos permite nos afastar, e nos maltrata quando perdemo-nos da alcateia. O rompimento que nunca é permitido... Enfim... Tudo isso me fazia sofrer estudando longe de todos, como se uma corrente amarrada aos meus pés me impedisse de seguir. Minha mãe sabe da minha dor, e sempre soube que eu escolhi a Medicina para tentar me livrar disso.
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  Todos os quileutes estavam de certa forma confusos. Os sentimentos de Leah deviam ser conhecidos por alguns, mas o rompimento com a tradição sempre foi um tabu. Algo quase proibido.
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  — A vida é mesmo injusta. Enquanto eu fui forçado a não ser mais um lobo ativo, você, Leah, escolheu isso, matar quem você é. — Sam proferiu com mágoa e Emily segurou a mão dele.
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  — O que você diz ser uma benção, Sam... — Leah tinha um tom de choro com raiva, em sua voz — eu vejo como uma maldição tão grande quanto a de um frio!
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  Todos se espantaram com a fala dela. Sue abaixou a cabeça em um choro contido. Ela sempre soubera as razões de Leah, e a compreendia. Mas, também sentia-se ferida por não poder fazer nada.
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  — Ter a vida roubada por um fardo, geração após geração. Um fardo que agora se torna maior e pior! Isso não é uma benção! Jake tentou fugir de ser o alfa e não pôde escolher! Você feriu a mulher que ama e perdeu um de seus braços por isso que você diz ser uma benção! Malaika nos comprovou quantos de nossos antepassados tiveram que se matar aos poucos por causa dessas transformações! E nós passamos a nossa vida a vigiar e defender um território de seres tão repugnantes. Mas, quem disse que não somos repugnantes como eles? Só porque protegemos os cidadãos de Forks? Eles não têm outra condição de sobrevida, Sam. São seres selvagens, malditos, assim como nós que os caçamos. A única diferença é que nós podemos nos camuflar melhor entre humanos. Ou melhor... podíamos.
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  Sam escutou todas aquelas palavras calado. Assim como todos ali. Leah conseguiu transformar uma condição em que todos se orgulhavam, em uma ponta de dúvida. Ele pegou Emy pela mão e saiu dali. Os outros permaneceram, quietos, assustados, alguns compreensivos e outros não.
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  — Eu concordo com ela — respondeu Bruh chamando atenção de todos. — Mas, não sei se é melhor ser um monstro ou um ser vulnerável e indefeso.
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  A jovem Ateara saiu e o único que disse algo no meio daquele silêncio constrangedor foi o patriarca da reserva.
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  — Leah. O que está feito, está feito. Como saberemos se você agora é uma humana apenas ou não?
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  Billy retornou a atenção para o fato de eles não saberem ainda se deu certo.
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  — É por isso que os reuni. Eu preciso testar... Se ainda tenho alguma ligação com os outros.
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  Leah limpou as lágrimas e se fez forte. Era claro que ela se sentia atingida pelos outros. Não era a revolta o que ela esperava. Achou realmente que iriam entende-la, mas todos pareciam desapontados demais. %Luna% não achava que o discurso dela estava errado, aliás, sempre enxergou uma hipocrisia quileute em não compreender que suas tradições feriam também. Não diretamente, mas, indiretamente. Como Emily que ultimamente vinha sendo cobrada de uma maternidade que não queria ainda. E Sam, que quando deixou de “ser útil” deixou de fazer parte do escalão de frente da alcateia. Ou de Black que por mais escolhas de fugir das responsabilidades no passado, não conseguiu atingi-las, fora o peso de ser um Black. Considerado líder e exemplo para o povo quileute. E para além dos sentimentos deles, %Luna% colocou também os seus. Ela ainda não havia esquecido o quanto sofreu quando chegou e foi limitada por ser “uma intrusa” com pouco conhecimento de questões importantes. Logicamente, uma coisa não se comparava à outra, mas ela conseguia compreender Leah.
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  — Então vamos começar — disse Jacob, tomando a frente do círculo.
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  Ele sorriu para Leah na tentativa de dar-lhe apoio. Ela sorriu de volta e acenou levemente a cabeça agradecendo. Paul, Quil, Embry e Seth se colocaram ao centro junto a Black. Leah aproximou-se mais deles. Passaram um tempo se olhando silenciosos.
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  — Não ouviu nada?
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  — Não — respondeu ela.
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  Todos se olharam novamente, Billy abaixou o olhar e Sue o encarou preocupada.
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  — Então vamos direto ao que nos garantirá se você perdeu ou não seus poderes, Leah — disse Black e foi o primeiro a se afastar dos outros correndo e transformou-se. Em seguida Seth, Quil, Paul, Embry. %Luna% já os havia visto em forma de lobo, mas sempre era espantoso presenciar aquilo: a transformação em si. Leah se afastou um pouco e correu de olhos fechados. Quando os abriu, encarou a todos novamente em suas formas humanas. Ela pôde perceber pela altura que os via, que nada havia acontecido. Era isso. Ela havia se tornado humana, apenas humana.
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  — Estou até aliviado. Nunca mais você vai se meter nos meus pensamentos e correr para contar qualquer coisa à mamãe! — Seth foi o primeiro a falar, e o único a fazer alguns deles sorrirem.
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  No meio do clima fúnebre, ele se compadeceu da alegria da irmã e a abraçou, e Sue se juntou aos filhos.
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  — Não nos cabe julgar a Leah, mas agradecê-la. Por causa dela sabemos que temos uma chance de salvar outros de nós. Eu fico feliz também que você pôde ter a sua própria escolha, Leah — Black falou como um líder. Abraçou Leah. Em seguida, Quil, Paul e Embry vieram abraçá-la.
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  Ela estava muito sorridente e alegre. Aos poucos os outros aceitariam aquilo. No momento, eles sentiam-se divididos e aquilo era natural. %Luna% saiu dali em direção à sua cabana após abraçar Leah, em um misto de felicidade e culpa. Ela se sentia extremamente culpada por tudo o que vinha acontecendo, e embora soubesse que não teria como evitar chegar até onde chegaram, %Luna% pensava se deveria continuar entre os quileutes.
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  — Pode tirar essa ideia absurda da sua cabeça.
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  — Black... Não faça mais isso! É invasivo.
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  — Desculpe, amor, força do hábito.
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  Ele a abraçou carinhoso e ela o puxou para sentar-se com ela ao sofá.
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  — Tem acontecido tanta coisa, e eu sinto que estamos longe do fim.
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  — Não pense assim, meu amor. Agora que sabemos a cura estamos próximos de finalizar isso tudo.
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  — Embry foi o primeiro, você o segundo, Quil o terceiro... Será que vai dar certo? Eu não consigo parar de pensar no que Mark disse.
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  — Já deu certo, Mani! Leah é a prova.
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  — Leah foi topetuda de testar nela o antídoto! Meus estudos eram apena hipóteses prováveis de dar certo com o caso dos lobisomens. É como uma ferida, quanto mais raso o corte, mais fácil cicatrizar.
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  — Então pode não dar certo?
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  — Pois é... Temo que ela tenha feito tudo à toa.
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  — Não. Não. Ela estava muito confiante, e à toa não foi. Ela está feliz.
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  — Verdade... A propósito... — %Luna% virou-se de frente a ele e colocou suas pernas em seu colo. — Estou orgulhosa pela forma como a tratou.
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  — Não foi nada. Ela merece a compreensão de todos. Ela teve coragem de dizer e agir como muitos de nós nunca conseguimos.
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  O casal de namorados sorriu um para o outro e ficaram pensativos.
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  — Vai seguir a ordem para aplicar o antídoto?
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  — É o certo. Devido ao tempo que cada um foi exposto às mudanças, mas é estranho o fato de você ser o único que não teve sintomas tão significativos quanto os outros.
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  — Não me recordo quando diz que ocorreu comigo.
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  — Voltando do passeio de moto, na estrada quando nós dois discutimos… — %Luna% mencionou tentando fazê-lo lembrar.
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  — Verdade! Lembrei. Mas, não foi uma transformação, só um momento de fúria.
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  — Segundo Malaika e tantos outros, eu posso ter despertado seus primeiros sinais. Lembra-se quando ela contou o motivo para acontecer a Embry? E ele sentir-se ligado a mim ao ponto de vocês precisarem me salvar dele?
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  — É, tem razão. Pode ser. Mas por que não manifestou mais?
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  — É o que eu não sei. Desde que você se tornou o alfa, eu tenho me preocupado muito com isso, mas até hoje nada mais aconteceu. Já os outros, me parecem mais vulneráveis.
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  — Hm... Sabe o que está vulnerável?
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  — O quê?
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  — Meu corpo tão perto assim de você e minha boca tão longe da sua...
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  Jacob sorriu travesso a puxando em um abraço para mais perto de si. %Luna% não poderia discordar daquele fato. Há algum tempo eles não curtiam um ao outro com tranquilidade.
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  — Sabe do que precisamos? — perguntou %Luna% depois de beijá-lo.
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  — Subir para o quarto?
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  — Também... — ela o respondeu rindo — mas eu estava falando de passar um dia sozinhos trancados na cabana…
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  — Ótima ideia... Mas do jeito que as coisas andam, eu acho que não duraria um minuto a sós. Podíamos ficar sozinhos longe daqui.
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  — Alguma ideia nova, Jacob? — perguntou %Luna% animada.
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  — Sim! Nós vamos para o quarto agora!
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  Jacob a ergueu em seus braços e enchendo-a de beijos guiou-os ao quarto de %Luna% que, risonha, desceu do colo dele o empurrando levemente até a cama. Antes que Jacob caísse nela, ele a virou abraçada em seu corpo e quem caiu na cama foi ela. %Luna% ficou encarando seu olhar firme que analisava cada linha do rosto dela.
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  — Você é tão linda, Mani.
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  Ela sorriu e ruborizou. Ouvir qualquer elogio por parte de Black a deixava constrangida. Aquele homem lhe amava tão verdadeiramente que ela mal podia acreditar. Contornou as linhas de seus lábios com a ponta dos seus dedos, e ele passou o braço por baixo das costas de %Luna%, puxando-a para perto e a beijando apaixonadamente. %Luna% sentiu a mão quente de Black acariciar sua cicatriz, e imediatamente ela queimou. Não pela temperatura dele, mas pela dela. %Luna% atacou-o voraz com um beijo forte e um abraço entregue e dali o casal seguiu com suas carícias até o amanhecer.
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  Ela sentiu o Sol bater em seu rosto e como se houvesse sonhado com a noite sórdida que tivera com Black, %Luna% levantou subitamente se sentando na cama. Abriu os olhos assustada e lá estava ele ao seu lado deitado e igualmente surpreso.
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  — O que houve?
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  — Achei que tinha sonhado.
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  — Como?
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  Ele apoiou-se sob os cotovelos a olhando confuso. E %Luna% avançou novamente sobre ele, o abraçando firme.
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  — Em hipótese alguma saia de nossa cama sem que eu acorde. Ouviu?
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  Jacob riu baixo e %Luna% se ergueu sentada em seu colo. O vidro da janela que tinha sombra da árvore do lado de fora, permitiu a ela ver o seu reflexo, mesmo com o Sol invandindo o espaço. Ela estava descabelada como nunca estivera.
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  — Céus... Olha o meu cabelo!
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  — Está lindo.
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  — Estamos cada vez mais selvagens, Black.
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  — Somos lobos. O que você queria? — Ele riu a beijando.
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  %Luna% saiu da cama e foi ao banheiro, logo Jacob a seguiu e enquanto escovavam os dentes, eles não paravam de olhar um para o outro. A cada dia que passava %Luna% se sentia mais, e mais apaixonada. E Jacob também.
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  Ela desceu antes dele para preparar o café da manhã, e ele chegou um tempo depois. O casal comeu juntos, abraçados na varanda da cabana. Alguns amigos acenavam e os convidavam para tomar café na cabana de Sue. Mas, eles só queriam ficar sós um pouco.
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  — Eu não disse que está ficando difícil ficar a sós?
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  — Como faremos quanto a isso? — Mani perguntou, suspirosa.
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  — Se arrume. Vamos passar o dia na oficina.
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  — Sério, Jacob? Que romântico... — disse sarcástica.
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  — Quero mostrar uma coisa a você.
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  — Na oficina?
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  Ele a empurrou para dentro de casa, rindo e fazendo voto de silêncio e mesmo sob protestos de curiosidade dela, Black não contou nada até chegarem lá.
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  O lugar estava organizado, muito bonito e havia uma mesa central coberta com algo grande.
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  — Confesso que nem me lembro direito da oficina…
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  — Você deveria vir mais vezes ao trabalho do seu namorado.
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  — O que é isso?
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  Perguntou %Luna% tentando espionar o que tinha abaixo do lençol que cobria algo na mesa central. Aquela era a mesa onde Jacob deixava a peças mecânicas que consertava, montava ou desmontava. Ele surgiu ao seu lado batendo de leve em sua mão.
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  — É surpresa!
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  — Não foi para isso que me trouxe aqui?
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  — Sim, mas não agora. Primeiro vamos passear. Eu só vim pegar a moto.
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  — Então eu quero pilotar!
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  — Ahn... Eu planejei pilotar com você na minha garupa... — Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e sussurrou: — Bem coladinha em mim...
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  — Tudo bem, eu deixo passar dessa vez.
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  Eles se prepararam para sair e %Luna% olhou mais uma vez para o lençol coberto tentando imaginar o que havia ali. Não se aguentava de curiosidade. Black parou em um posto de gasolina alguns quilômetros à frente da oficina e encheu o tanque.
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  Seguiram pelas estradas o dia todo. Ele havia preparado um dia de circuito viajante. Foram de cidade em cidade das proximidades de Forks com a moto. %Luna% não podia acreditar naquela loucura! O dia inteiro tiraram fotos, conheceram lugares — a maioria ele já estivera —, e por fim pararam em um restaurante de uma das cidades para jantar.
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  — Black! Estou destruída! Olha para mim, não vai me fazer entrar aí para jantar, não é?
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  — Você está linda, e a fachada é só uma fachada! Vamos! Você vai gostar daqui, o dono é meu amigo.
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  Assim que eles entraram, %Luna% ficou abismada. O lugar que parecia elegante ao lado de fora, por dentro recriava um bar de motociclistas. Ela começou a gargalhar assim que entrou e Black ria junto, perguntando “o que havia de errado”. A risada de %Luna% atraiu olhares das mais diversas figuras ali: motoqueiros charmosos, dos clássicos aos modernos, motoqueiros mal-encarados e até a um grupo de motoqueiros idosos.
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  Black a abraçou guiando a namorada até o balcão e logo ouviram a voz de um homem o chamando.
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  — Jake!
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  — Carl! Como você está, cara? — Black sorriu largo estendendo a mão em cumprimento e um meio abraço carinhoso ao homem.
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  — Jake! Seu idiota, por que não veio mais aqui?
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  — Andei ocupado nos últimos tempos. Mas senti saudades do melhor hambúrguer da região!
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  O homem que o cumprimentara observava %Luna%, atento.
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  — E eu trouxe uma pessoa para conhecer a toca.
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  — Estou vendo... — Ele respondeu olhando surpreso de %Luna% para Jacob.
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  — Esta é %Luna%, minha namorada.
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  A voz orgulhosa de Black ao apresentá-la a deixara encantada. Ela nunca havia o visto se referir a ela como sua namorada daquela forma.
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  — Eu sou o Carl. — O homem estendeu a mão em cumprimento para %Luna%. — Seja bem-vinda à Toca dos Desviados, %Luna%. E parabéns por conquistar esse cara.
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  — É um prazer conhecê-lo, Carl. Estou muito feliz em descobrir outros lugares da convivência do Black.
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  Ele sorriu e logo foi direcionando-se ao balcão. Jacob pediu a ele “o de sempre” para os dois.
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  — Trouxe sua namorada para comer hambúrguer, em um bar de motoqueiros chamado “Toca dos Desviados” como programa romântico, Black? — perguntou %Luna% risonha.
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  — Não gostou? — perguntou preocupado.
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  — Adorei. Nunca outra pessoa poderia pensar em algo tão... Próprio.
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  Ele sorriu. O mesmo sorriso solar que ela amava. %Luna% beijou tranquilamente o seu namorado, e assim que avistou uma vitrola correu até ela. Jacob observava sorrindo. Ela pegou uma moeda em seu bolso e inseriu na máquina, procurou pela música que tinha em mente. E logo que encontrou, deu o “play” se virando para Black, e dali onde estava, %Luna% começou a fingir tocar uma guitarra imaginária. Aos poucos, as pessoas ali a olhavam curiosas, satisfeitas com a música, e Black começou a rir desacreditando que sua namorada pagaria tamanho mico. Ela puxou um dos tacos de sinuca da mão de um dos caras que jogava e que a olhou sem entender nada, e continuou tocando sua guitarra imaginária que logo se transformou em um microfone.
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  A galera do local começou a bater palmas no compasso da música e logo %Luna% chamou por Black. Ele deu um salto do banco onde estava e começou a cantar alto com ela, a segunda estrofe de “Dream On”. A música dos dois. A música que tocava quando deram seu primeiro beijo. Jacob a puxou pela cintura e de corpos colados continuaram cantando, como se não existisse mais ninguém ali. Ouviram o coro de alguns cantando com eles, o refrão. %Luna% dançou colada a Black e ele pegou o taco de sinuca fazendo-o de guitarra. Ela deixou-o tocando e subiu na sinuca incorporando o próprio vocalista do Aerosmith. Jogou os cabelos de um lado ao outro, e todos batiam palmas junto com a música e cantavam em coro.
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  %Luna% e Jacob fizeram um verdadeiro estardalhaço ali, Black devolveu o taco ao dono, e %Luna% se jogou em seu colo sendo abraçada e beijada por ele. Todos gritavam e assobiavam, aos poucos iam retornando às suas diversões no bar, enquanto Black e ela continuaram rodopiando, beijando e curtindo o seu rock’in roll.
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  Quando voltaram ao balcão, Carl já estava lá com seus pedidos. Ele ria com a visão dos dois e lhes servia as bebidas. %Luna%, mais do que faminta pegou o hambúrguer e antes de dar a primeira mordida, se desculpou com Carl.
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  — Me desculpe pela bagunça na Toca, Carl.
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  — Que nada! Jake! Case-se com essa garota! — Ele disse ao casal que se entreolharam risonhos.
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  — Uau, Carl! Este hambúrguer é coisa de outro mundo!
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  — Fico feliz que tenha gostado, %Luna%. E você! — Ele apontou para Jacob. — É sério, case-se com essa garota!
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  — Pode deixar — respondeu Black, sorrindo a Carl e piscando para %Luna%.
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  Eles pegaram novamente a estrada um pouco depois de conversarem mais com Carl e terminarem de comer. Voltaram à oficina pelas duas horas da manhã, estacionaram a motocicleta e antes que %Luna% saísse da oficina após pendurar o capacete, Black a segurou pela mão.
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  — Não está esquecendo de nada? — perguntou ele, apontando com o olhar, o lençol coberto.
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  — Céus! Eu havia esquecido!
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  Ela começou a rir e correu até lá retirando o lençol e dando de cara com uma maquete linda. Toda talhada e montada em madeira. Era uma casa. Uma espécie de cabana muito maior. E quando se girava a base dela podia-se ver toda a maquete de outros ângulos, a parte de trás mostrava cômodo por cômodo. E dois bonequinhos lá dentro deitados em frente à uma lareira.
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  — O que é isso Black? — perguntou %Luna% enquanto observava a maquete minunciosamente.
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  — Eu construí enquanto você estava na Bélgica.
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  %Luna% se virou para encará-lo, espantada. Mas, o que viu a deixou ainda mais espantada. Black recostado à moto, com um braço cruzado e na outra mão uma caixinha de joia aberta.
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  — O que significa isso?
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  — A maquete é a nossa casa, e isso — ele balançou a caixinha aberta em sua mão — digamos que estou seguindo o conselho de Carl.
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  — Black... — sussurrou %Luna% com a voz falha.
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  Ela se apoiou na mesa atrás de si e o encarava surpresa. Black se desencostou da moto e caminhou lentamente até ela. Segurou a mão de %Luna% e a beijou, em um ritmo calmo. Encarou os olhos marejados da mulher, secando as lágrimas que se formavam.
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  — Você quer que eu ajoelhe? — Ele perguntou e ela acenou negativo. — Mani... Você me devolveu a alegria de estar vivo. E eu quero ser feliz contigo para o resto da minha vida. Aceita se casar comigo?
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  — Não brinca, Black. Isso não tem graça!
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  — Eu sei que dissemos para “deixar as coisas acontecerem”, mas elas aconteceram, Mani. Eu não posso viver sem você.
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  %Luna% não sabia se os últimos acontecimentos com Mark ou se o risco da morte surgindo tantas vezes entre eles, foram os motivos para Black tomar aquela atitude, mas ela estava extremamente feliz. Pulou em seu corpo enlaçando-se em sua cintura. Ele cheirou o pescoço dela e ela, mordeu o ombro dele. Afinal, era o ritual dos dois. O seu gesto de mostrar o quanto pertenciam um ao outro.
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  — Isto é um “sim”?
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  — Para sempre!
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  %Luna% desceu de seu colo chorando e sorrindo. Eufórica e letárgica. Todos os paradoxos possíveis. Ele enxugou suas lágrimas e selou seus lábios. Pegou o anel dentro da caixinha e o colocou na mão dela, e ela sorria largamente, e novamente o abraçou.
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  No caminho de volta à reserva, %Luna% não conseguia parar de olhar a própria mão com o anel de compromisso. Black ria hora ou outra quando a pegava sorrindo e admirando a joia. Por volta das duas e quarenta e cinco da manhã, eles terminavam de chegar no patio da reserva pela trilha que surgia na mata, onde a oficina ficava mais afastada. E estranharam a movimentação àquela hora. Luzes acesas nas cabanas e um burburinho na casa de Sue. Os dois se entreolharam curiosos e bateram à porta. Quando Leah a abriu, imediatamente ela começou a reclamar:
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  — Onde é que vocês se meteram, hein? Passamos horas tentando falar com vocês, e eu o dia todo os procurando!
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  — Precisamos fugir um pouco, ter um dia só nosso — Black falou encarando a todos. — O que houve, pai?
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  — Paul. Ele sumiu esta tarde e não o encontramos até agora.
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  — Quem foi atrás dele?
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  — Embry, Sam, Emily e Bruh.
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  — Sam e Emily voltaram no início da noite. Seth e Quil foram procurar. Já Embry e Bruh estão desde cedo.
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  — Eu vou também! Para que lado seguiram? O que Paul fazia quando sumiu? — perguntou Black a caminho da porta.
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  — Não sabemos, Jake. Ele simplesmente desapareceu.
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  — Eu vou com o Black!
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  — Não, %Luna%. Você fica aqui com Sue, meu pai, Leah e os outros.
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  — Eu vou sim! Não me venha com essa agora, Black! Sabe que posso ser útil.
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  — Infelizmente não sabemos em que direção os outros estão, Jake. Eu não tenho mais como me comunicar... — Leah disse preocupada.
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  — Não se preocupem, nós daremos um jeito — disse %Luna% abraçando-a.
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  Jacob seguiu direto ao carro, já %Luna% seguiu até sua própria cabana. Preparou uma bolsa de viagem emergencial, pegou carregador de celular e quando chegou ao carro exigiu ao Jacob que lhe permitisse dirigir. E ele aceitou, afinal, estava exausto de dia de passeio com ela e soubera que teimar contra %Luna% naquele momento, nada adiantaria.
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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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OREMOS QUE VEIO A NOTÍCIA BOA!
Tudo bem que ainda temos certas dúvidas sobre o quanto isso vai ser efetivo, mas inicialmente, temos resultados positivos finalmente!
E Mark continua um abusado, né? Mas o abusado que a gente ama (sim, aceito uma fic só com ele, quero na minha mesa pra ontem). E será se ele tá falando a verdade? Às vezes ele só não sabe de tudo, né, muitas coisas a serem descobertas.
Eu amei que a Leah pôde escolher quem ser no final das contas. Ela nunca quis ser uma loba, então essa escolha foi linda pra ela <3
E PRA ONDE CARALHOS FOI O PAUL, COMO ASSIM O HOMEM SÓ DESAPARECE?

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