ENTRE LOBOS E HOMENS

Escrita porRay Dias
Revisada por Lelen

Nota de autora inicial: Essa é uma fanfic escrita em 2012 por mim, postada em outros sites anteriormente, agora, a história está entrando no Espaço Criativo sob nova revisão e edição. Para quem leu antes, há mudança de narrador e algumas cenas.
Playlist da história


Capítulo Três • Descobrindo a Reserva

Tempo estimado de leitura: 42 minutos

  Ao chegarem à reserva, muitas pessoas, muitas mesmo, estavam conversando alto e sorrindo uma para as outras. Os quileutes, para %Luna%, lhe pareciam pessoas muito felizes. Ela avistou Sue colocando travessas em uma mesa enorme de madeira, esculpida à mão e que se encontrava ali no meio do que seria uma espécie de “pátio”, abaixo de um enorme carvalho. Era como um piquenique no meio da floresta.
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  %Luna% adorava as cenas e lamentava apenas não estar com a sua câmera profissional, aquele cenário merecia registro. Seriam fotografias lindas. Até poderia sacar a câmera do smartphone e fotografar, mas acreditou ser invasivo, ofensivo e até estranho fazê-lo. Enquanto %Luna% olhava-os de dentro do carro, aos poucos eles iam percebendo a presença do Rabbit vermelho estacionado e de duas pessoas dentro dele. Jacob então tocou o braço dela, como se quisesse a acordar de um sonambulismo.
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  — Você está bem?
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  — Ótima. É tudo tão perfeito aqui. — Ela sorria.
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  Todos do lado de fora ainda observavam curiosos, calados e sorridentes. Aquela recepção toda era para %Luna% ou eles eram assim mesmo?
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  — Eu não trocaria esse lugar por nenhum outro no mundo — Jacob disse também admirando todos à sua frente.
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  — Certo, vamos! Já estamos parecendo dois loucos.
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  Jacob abriu a porta para ela descer, assim que ele se pôs ao lado de fora. Ao descer, %Luna% avistou Embry vindo em sua direção de braços abertos e sorriso contagiante. Como um urso, ele a abraçou forte, arrancando dela gargalhadas.
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  — Ei, Embry! Não me envergonhe. Tem muitas pessoas aqui!
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  — Relaxa. Eles estão acostumados com a minha espontaneidade.
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  %Luna% sorriu para o rapaz dando um soco fraquinho em seu ombro. As pessoas começaram a se aproximar e a se apresentar. Sue, sempre muito simpática e sorridente, abraçou a garota e a parabenizou pelo trabalho conquistado. %Luna% retribuiu o gesto carinhoso.
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  — Eu quem devo agradecê-la, se não fosse por você eu não teria o emprego e nem estaria aqui!
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  — Nesse caso, viva a Sue! — Embry dizia alegre fazendo %Luna% corar.
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  — Está apavorando-a, Embry. — A mesma voz trovejante que falara com ela ao telefone se pronunciou. — Seja bem-vinda, %Luna%. Sou o Sam Uley. Já nos falamos, lembra?
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  — Sim, foi nessa manhã. É um prazer conhecê-lo.
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  — Olá %Luna%, eu sou Billy Black. Venha, deve estar com fome.
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  %Luna% observou ao Billy por um tempo enquanto o acompanhava. Percebeu que se tratava do pai de Jacob a supor pela idade e interação entre eles, porém, ela não observou nenhuma característica comum entre os dois. Talvez tivessem alguma, mas de fato naquele momento a mulher não conseguiria perceber.
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  Jacob estava sentado em um toco um pouco afastado da grande mesa, ao lado do carvalho gigantesco. Ele estava de costas para a mesa absurdamente grande e magnificamente esculpida à mão.
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  — Ei, %Luna%, Jacob comportou-se direitinho com você? — Embry perguntou e todos riram, menos Jacob, que o olhou de soslaio.
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  — Bem, ele se comportou como deveria, eu acho — respondeu tímida, sorrindo fraco.
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  — Tudo bem, querida, esses meninos gostam de piadinhas, mas não acreditam quando dizem a eles que eles não têm a menor graça — disse Sue sendo abraçada em seguida por Jacob que havia se levantado. Ele disse a ela: “É por isso que eu te adoro, Sue”.
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  Black a olhou e %Luna% sorriu sem graça; Sue olhou para ele e para a visitante discretamente.
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  — Posso ajudá-la? — ofereceu.
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  — Tudo bem, querida, Emily e as meninas já me ajudaram bastante. Fique à vontade. — Sorriu.
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  — Ok. — %Luna% se sentiu inútil e paparicada, e odiava se sentir assim.
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  — Ei, %Luna%! — Embry gritou. — Vem cá! Tem uns bobões querendo conhecê-la!
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  — Você está transformando a garota em uma atração, Embry — disse Emily, sendo acompanhada pelas risadas de todos.
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  — Embry é muito animado. Não se preocupem, e depois, não pode ser pior do que foi no mercado dos Carter’s — ela atestou a fim de não ser o centro das atenções.
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  — Você é muito gentil — disse Emily.
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  Emily tinha uma cicatriz bem grande no rosto e evitava falar com %Luna% olhando-a totalmente de frente. Talvez, por receio de alguma atitude da outra, contudo, %Luna% fingiu não perceber as marcas.
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  — Obrigada, Emily, você também é. — Soltou uma risada divertida e isso deixou Emily mais à vontade.
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  Abraçando Embry de lado, a nova amiga do rapaz resolveu se soltar um pouco mais:
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  — E então, onde estão os bobões, Embry Call?
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  Todos riam. Embry apresentou-lhe mais alguns garotos da reserva, incluindo Quil Ateara, outro irmão. Em seguida foram almoçar assim que Billy os chamou e %Luna% ajudou a organizar tudo depois da comilança. A mulher surpreendeu-se ao notar que os quileutes tinham mesmo um apetite e tanto.
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  Depois de um tempo, Embry convidou %Luna% para descerem à praia. Naquela hora, Jacob surgiu ao lado dele e sussurrou: “Pode não ser uma boa ideia”. Então Embry disse em sussurro que não teriam problemas. Foram descendo em uma trilha escorregadia e com algumas pedras até a praia. %Luna% caiu algumas vezes e a cada tombo, os dois se acabavam de rir. Como ela estava muito estabanada, ao chegarem à parte mais pedregosa, Embry parou.
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  — O que houve? — ela perguntou.
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  — Como você está? — arguiu Embry a encarando de cima a baixo.
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  — Apenas alguns hematomas. Nada grave, por quê? O que houve?
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  — Nesse caso, peço-lhe desculpas e licença, mas eu preciso fazer isto — dizendo aquilo, ele tomou-a em seu colo.
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  Com o susto %Luna% agarrou-lhe o pescoço. Ele olhou para ela e a expressão de seu rosto era cômica, Embry começou a rir do semblante assustado e constrangido da mulher, até que ela começou a rir junto.
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  O quileute era muito rápido e ágil, conseguia andar sobre as pedras como se os seus pés já tivessem as medidas certas das duras figuras. Entre um pulo e outro, o casal conversava, embora %Luna% sentisse um pouco de constrangimento com aquela situação.
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  — Está confortável? — ele disse zombeteiro.
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  — Bastante — E ela respondia sorrindo e encarando seu peitoral. — Obrigada pela carona. Você me livrou de alguns hematomas mais sérios e um longo tempo sem poder me sentar. — Embry gargalhava.
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  — Ah não — disse o rapaz após parar de rir.
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  — O que foi? — %Luna% perguntou olhando para frente.
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  — Já chegamos. Infelizmente! — Embry a olhava atrevido e ela ainda não entendia a razão por ele lamentar o fim da trilha até a praia, até que ele explanou: — Estava me sentindo muito bem em carregá-la.
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  — Bem, pode fazer isso mais vezes se você quiser.
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  — Certo, então eu acho que eu deveria continuar, afinal nós vamos subir nas rochas para nos sentarmos e como você mesma disse, melhor evitar hematomas mais sérios.
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  %Luna% sorriu, mas ficou apreensiva. Pensou que poderia não ser uma boa ideia já que carrega-la enquanto escalavam as rochas lhe parecia muito arriscado. Indagou se era a respeito das impetuosas ideias de Embry que Jacob falava antes dos dois descerem. Achou melhor afastar aqueles pensamentos e se concentrar em cair o mais seguramente possível. Embry conseguiu subir com ela nos braços sem o menor esforço, e %Luna%, atenta a ele, tinha algumas perturbações em mente: Como ele conseguia ser tão ágil daquela forma? E por que ele estava tão quente? Aliás, desde a noite anterior, ela notara que a pele do rapaz parecia incendiada.
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  Ao sentir a brisa fresca do mar tocar-lhe a pele, %Luna% ficou ainda mais curiosa em quais circunstâncias genéticas daquele povo permitia-lhes não estarem cobertos com suéteres. Forks não era quente apesar de estarem também em uma praia, e absolutamente todos os rapazes indígenas ali estavam descamisados.
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  Embry colocou-a sentada sobre as rochas mencionadas e logo se juntou a ela, sentando ao seu lado e beijando sua face.
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  — Você parece sentir frio — mencionou o rapaz ao sentir a pele gelada do rosto dela.
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  — Vamos confessar que está, de fato, frio. Vou fingir que você se veste de vez em quando.
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  — Eu me visto. Estou de calças, não é o suficiente? — Olhou-a travesso e rindo.
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  — Sério? Ok! Então me diga que todos na reserva não estão vestidos apenas por minha causa!
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  — É complicado… Basicamente nosso metabolismo deixa a nossa temperatura corporal acima da média — Embry falava como se fosse a coisa mais comum do mundo.
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  %Luna% poderia começar a congelar a qualquer momento, tamanho era o frio que sentia e ele lá, com aquela vibe: “Eu sou hot, baby”. O problema seria com ela? Embry percebeu que não era uma situação muito comum para a mulher deparar-se com aquela desculpa. Na verdade, nos últimos tempos, ele vinha sentindo-se aquecer mais do que os demais irmãos. Na tentativa de inventar desculpas mais convincentes, ele continuou suas explicações sobre o fenômeno, sem que entregasse o seu segredo:
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  — Claro que nós sentimos frio e nos agasalhamos, mas também vivemos a vida inteira em Forks. Nós nos acostumamos ao clima ameno daqui. Provavelmente você está estranhando as baixas temperaturas para alguém que veio de Phoenix, como se estivesse no próprio Alasca! — Olhou-a de soslaio com um sorriso de canto zombeteiro.
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  %Luna% sorriu e olhando para as pedrinhas abaixo de seus pés, fingiu acreditar enquanto seus pensamentos o contradiziam: “Sim, claro, eu e toda a cidade que viemos de Phoenix…”.
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  — Está com frio? — Por fim, perguntou a ela de modo amigável.
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  — Sim, e parece que o tempo está virando ainda mais — %Luna% respondeu brincando com algumas conchinhas na rocha e contou-lhe: — Eu lhe telefonei mais cedo.
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  — Eu soube.
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  — Seus amigos estão enganados a nosso respeito.
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  — É, eu sei — justificou-se rindo. — Não ligue para eles, tá?
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  Embry abraçou a mulher aninhando-a em seu peito. Em seguida, pediu desculpas e perguntou se podia fazer aquilo, alegando que o abraço era apenas para que ela se esquentasse um pouco. Lógico que %Luna% não recusaria, assentiu calada e colocou suas mãos nos bolsos da própria jaqueta. Um silêncio absurdo pousou naquela praia sendo desafiado pelo rumor das ondas furiosas.
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  — %Luna%?
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  — Sim?
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  — Por que você disse lá em cima que nossas reações não poderiam ser piores do que foram no mercado Carter?
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  Ela ergueu a cabeça à altura do queixo de Embry para espiá-lo. O garoto fitava o horizonte com olhar enrugado, aquele olhar que molda rugas na testa.
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  — Não foi nada de mais, por quê? Eu ofendi o pessoal?
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  — Não. Só que… Eu falava sério quando perguntei se o Jacob havia se comportado. Ele é bem instável, sabe? Eu não fui o único a ficar apreensivo com o que ele poderia dizer a você, quando soubemos que ele a socorreu em seu carro e te traria para cá.
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  — O que ele poderia dizer ou fazer comigo para tanta preocupação? — perguntou curiosa.
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  — Não é nada ruim, mas é que… Jacob pode ser bem rude quando quer. E você é amiga da Bella…
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  — É eu já percebi. Não que ele tenha sido rude, mas Jacob é um mistério. Ao mesmo tempo em que ele se aproxima, ele se afasta. Não sei se não gosta de mim, se tem medo das pessoas ou os dois — %Luna% falava voltando a olhar o mar e ainda abraçada com Embry. Ela não o soltaria por dois motivos: aquela situação era deliciosa e estava aconchegante e quente.
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  — Não acho que seja possível não gostar de você — Embry falou acariciando os cabelos dela. — Jacob vai se soltar assim que te conhecer melhor. Não se preocupe.
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  — Certo. — E se lembrando da pergunta, que parecia que ela tentava evitar, %Luna% respondeu notando que começava a chuviscar: — Respondendo a sua pergunta… É que lá no mercado dos Carter insinuaram que o Jacob e eu tivéssemos algum tipo de relacionamento parentesco.
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  — Como assim?
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  — O Sr. Carter perguntou se eu era uma quileute, pois parecia muito pelo tom da minha pele. Quando eu esclareci tudo, ele viu o Jacob me esperando na porta do mercado e insinuou que se eu não era parente de alguém da reserva, em breve eu me tornaria. Então quando eu esclareci as coisas novamente, ele meio que… — %Luna% parou de contar e começou a rir lembrando-se: — Profetizou que havia alguém me esperando aqui na reserva, ainda que não fosse o Jacob.
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  — Você deveria levar um pouco mais a sério as “premonições” do Sr. Carter. É só um conselho. Costumam funcionar.
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  A chuva tornava-se levemente maior e mais grossa.
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  — Sério?
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  — Bem, de fato esperávamos você aqui, não é? — Novamente Embry gargalhava divertido. O humor dele era contagiante!
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  — Seu bobo! Você entendeu! O Sr. Carter falou como se tivesse algum tipo de namorado para mim por aqui — a mulher disse voltando a erguer seu rosto para o queixo dele e falou de maneira óbvia.
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  — Talvez tenha. — Embry devolveu baixando o rosto dele a ponto de olhá-la nos olhos.
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  Suas faces estavam muito perto e a chuva começava a encharca-los. Embry pousou sua mão quente no queixo arredondado dela e os dois se beijaram. Um beijo calmo, tranquilo e harmonioso. A forma como Embry a prendia contra seu corpo era delicada, %Luna% se sentia confortável para tocá-lo e abandonar-se nos braços musculosos e fortes do rapaz. Ambos pararam o beijo e começaram a rir pela cena adolescente de um casal aos beijos tomando chuva. Ele novamente colocou-a em seu colo, e ela o agarrou mais uma vez, dando risadas divertidas enquanto Embry fazia caretas fingindo não aguentar o peso dela.
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  — Ei, mocinha, esse beijo te engordou — disse piscando saliente.
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  — Esse beijo te enfraqueceu, você quis dizer! — %Luna% sorria cada vez mais largo.
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  — É… Ou isso — concordou fazendo uma cara engraçada. — Agora vamos, já estamos muito molhados.
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  Subiram a mesma trilha pedregosa e ao chegar ao topo, ainda na mata e um pouco afastados do acampamento quileute, Embry a colocou no chão. Jacob estava ali ofegante e observava-os. Ao perceberem ele, %Luna% desenrolou seus braços do pescoço de Embry.
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  — E aí, Jake? Aconteceu alguma coisa?
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  %Luna% percebeu que a reação de Jacob ao ouvir Embry pronunciar aquele apelido foi bem diferente da forma como ele reagiu com ela. Era como se ele não ligasse, como se fosse indiferente ouvir aquele nome sendo dito por Call.
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  — Não. Eu só estava indo atrás de vocês. Parece que vem uma tempestade por aí.
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  — Tudo bem, nós estamos bem — Embry disse. — Vamos, a %Luna% vai precisar se trocar.
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  Ela sorriu para Embry como se fossem duas crianças que haviam feito travessuras. Jacob deu-lhes as costas e saiu, enquanto o casalzinho o seguia. Já no grande pátio da reserva, saídos da mata, Jacob foi direto para a casa de Billy que estava sentado na varanda. Seu pai estranhou que o humor do filho parecia afetado e lhe direcionou palavras, mas Jake não ouviu. Apenas entrou molhado, sendo seguido por Billy.
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  Sue e Emily estavam deitadas em umas redes na varanda da casa de Sam e a maioria das pessoas que estavam na reserva já haviam ido embora. Junto com as senhoras, sentados na varanda, estavam Quil e Sam.
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  — Para onde foram todos? — %Luna% perguntou a Embry enquanto se aproximavam dos novos amigos.
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  — Acredito que para suas casas. — O rapaz apontou para o norte da mata da reserva: — Outras cabanas afastadas um pouco mais a frente.
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  Quando notaram os dois se aproximando, Quil e Sam se olharam e riram discretos entre si. Pela expressão do irmão, %Luna% voltaria mais vezes à tribo. Sue, toda preocupada, entrou para pegar uma toalha e Emily puxou %Luna% para dentro da casa também.
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  — Emily, eu vou molhar todo o assoalho — a visitante reclamou ao entrar.
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  — O assoalho seca! Já uma gripe… São litros e litros do chá caseiro da Sue, que apesar de ser uma ótima cozinheira e muito boa pessoa… Bem, é melhor você evitar aquele chá — ela disse sorrindo. — Vamos! Empresto algumas roupas a você.
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  — Obrigada. Você mora aqui então? — Sue apareceu entregando uma toalha à moça e sorrindo, em seguida foi à cozinha.
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  — Desde que Sam e eu nos casamos.
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  — Ora! Eu não sabia que vocês eram casados. Bem, formam um casal lindo, de verdade! — %Luna% mostrou-se simpática entrando no quarto, embora ainda cautelosa.
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  — Obrigada. — Emily já se sentia muito mais confortável com %Luna% e olhando para trás, notou-a na porta estática evitando entrar. — Ora, vamos! Entre. Não precisa se preocupar com o chão. — voltou a olhar seu guarda-roupa enquanto %Luna% entrava tímida. Namorou um vestido e erguendo-o perguntou: — Esse está bom para você?
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  — Está mais do que ótimo!
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  — Não, é sério! Tenho outros, pode escolher se não te agradar.
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  — Esse é lindo, Emily. Está muito bom — a mulher afirmou com o vestido em mãos.
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  — Bom, então o banheiro é ali, pode trocar-se. Caso não lhe sirva, deixarei outros aqui na cama para você escolher. Vou descer e volto já.
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  — Certo. Obrigada.
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  A casa de Emily e Sam era acolhedora e linda. O tipo de casa que agradava muito à %Luna%: cabaninha rústica, simples, feminina e alegre. A sua nova casa não estava assim tão perfeita. Precisava de algumas pinturas e reformas, e logo a recém-moradora conseguiria deixá-la totalmente ao seu gosto. Porém, o que fazia a cabana de Emily perfeita, na opinião de %Luna%, era a sua localização. %Luna% se encantou pela reserva, pela praia de La Push e irrevogavelmente pela vizinhança. Se o seu casebre fosse ali, com certeza seria perfeito!
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  O vestido caiu-lhe como uma luva. Um pouco justo pelo tipo de tecido, mas nada vulgar. %Luna% sabia que sentiria frio, mas não recusaria uma gentileza e faria exigências!
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  Dobrou suas roupas molhadas e pegou seus sapatos, e ao entrar novamente no dormitório da quileute, os vestidos estavam lá como Emily dissera. Não encontrando a dona das roupas ali, decidiu chama-la para guarda-los. Abriu a porta do quarto e topou de cara com Embry. Ele enxugava os cabelos desgrenhados — tal como os cabelos de %Luna% — e ainda estava sem camisa, com “a roupa” molhada.
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  — Uau! Alguém deveria dizer à Emily que esse vestido cai muito melhor em você do que nela.
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  — Obrigada — %Luna% agradeceu encarando o chão visivelmente sem graça.
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  Emily apareceu atrás de Embry, mas não foi percebida pelos dois que ficaram se olhando.
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  — Vai se trocar, Embry! Antes que a Sue te veja ainda molhado e corra para preparar o chá. — Embry piscou para %Luna% e saiu esfregando os cabelos em direção a outro quarto.
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  — Eu já ia te chamar. Pode guardar seus vestidos e muito obrigada, Emily! Acho que ficou bom, não é? — %Luna% deu uma voltinha para ela.
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  — Sim, ficou ótimo! — Emily disse animada puxando-a de volta para o quarto: — E se disserem o contrário é só você olhar para o rosto do Embry e ficará certa disso! Vocês também formam um casal lindo. Fico muito contente por vocês. — A mulher soltou de uma vez suas teorias e abraçou %Luna% deixando a outra confusa.
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  — Hãm… Eu agradeço, Emily, mas somos apenas amigos.
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  — Arrãm! Mais alguns beijos e tudo ficará certo! — A morena arregalou os olhos e a quileute gargalhou, explicando: — Ele não disse nada, eu só percebi que vocês voltaram diferentes. Me desculpe, %Luna%! Nem nos conhecemos direito, mas, por favor, me conte! — Emily dizia enquanto puxava a visitante para se sentar na cama dela.
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  — Ah, tudo bem. Vai ser bom ter uma boa amiga para contar segredos! — %Luna% revelou e Emily batia as palmas como uma adolescente. — Foi só um beijo, um pouco antes de subirmos. Mas foi ótimo. Embry é… Como dizer… Hãm…
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  — Delicioso? — Emily falou e %Luna% a olhou surpresa. — Bem, Sam é delicioso. Eu só dei um palpite.
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  — Acho que eu poderia dizer isso, mas não é a palavra certa… Só sei que eu me senti muito confortável com ele.
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  — Isso é lindo! — Emily disse sorrindo. — Olhe, desça com sua roupa. Sue vai colocá-la na secadora.
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  — Não é preciso, eu já vou embora. Antes que a tempestade me pegue.
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  — De forma alguma! Ficará aqui mais um pouco. Embry ou Jacob levam você para casa. Enquanto eu arrumo aqui, vai descendo, o café de Sue já está cheirando! Sente?
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  %Luna% assentiu num meneio de cabeça. Abriu a porta do quarto e novamente esbarrou em Call. Ele a cobriu com um enorme casaco dele.
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  — É claro que ninguém vai se ligar que você é uma friorenta até começar a ficar roxa.
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  — Eu pensei a mesma coisa. Tenho sorte de você ser esperto, não é?
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  — É, eu sou esperto.
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  — Tenho sorte também de você estar por perto, certo?
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  — Você eu não sei, mas eu tenho muita sorte de tê-la aqui. — Embry segurou em seu queixo e, novamente, a garota perdeu o ar se imobilizando. Os dois beijaram-se mais uma vez, e foram interrompidos pela porta que se abriu, revelando Emily que fez uma careta engraçada por ter atrapalhado.
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  — Ah não! — ela disse quando viu que os dois se afastavam: — Continuem! Por favor, eu nem estou aqui! — Piscou e saiu rumo ao andar de baixo.
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  Desceram atrás dela, %Luna% entregou as roupas a Sue e pegou uma bandeja e, depois de muito implorar para parecer útil, conseguiu convencê-la a deixar que %Luna% servisse a todos.
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  Ao chegar à varanda, %Luna% avistou que Jacob estava lá. Todos pegaram suas canecas e quando chegou a vez do rapaz, ele colocou a mão na dela, e, sem retirá-la da bandeja, começou a encarar os trajes que a garota vestia. Ergueu a sobrancelha em dúvida para ela, a respeito do casaco. Quil fez uma piada sobre “o defunto ser maior” e eles riram, então %Luna% explicou que o moletom era de Embry. Sam zombou divertido: “Hummm… Já estão dividindo as roupas? Quanto até chegarem às escovas de dente?”. Embry não gostou muito da piada e jogou uma almofada no mais velho mandando-o se calar, ao passo que %Luna% apenas sorriu bem pouco constrangida.
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  Ela passou o fim de tarde ali conversando com eles. Os meninos contando piadas e a garota, na maioria das vezes, rindo. Vez ou outra era instigada a contar alguma também e fazia certo sucesso. Até Jacob estava se divertindo.
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  Começou a chover mais forte e %Luna% sentia ainda mais frio. Embry, ao perceber, a abraçou e aquilo gerou uma confirmação geral de que “algo” estava rolando. Nem ele e nem ela confirmaram nada de fato, porque não tinha nada a confirmar. Então, %Luna% se pronunciou a eles sobre ter que ir embora, pois já era tarde.
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  Antes de obter qualquer resposta, Billy apareceu na porta da casa de Sam e chamou os garotos com certa urgência; Sue e Emily se olharam cúmplices. Ninguém notou que %Luna% tinha uma atenção apurada ao que a rodeava, e tal como estavam, ela sentiu a todos apreensivos. Embry aproximou-se e disse a ela que precisaria sair com os rapazes, pois havia uma matilha de lobos solta na mata e eles deveriam afastá-los.
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  — Mas como vocês vão fazer isso? — perguntou um pouco preocupada.
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  — Tudo bem, nós estamos acostumados, eles sempre aparecem. Nós não os matamos porque é contra nossas tradições e regras quileutes. Todos ficarão bem. Relaxe — ele disse sorrindo. — Jake levará você de volta, tudo bem?
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  — Claro! — Ela sorriu de volta.
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  — Nos vemos depois? — Embry disse um pouco desconcertado.
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  — Se você não ligar, eu ligo — %Luna% falou convincente.
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  — Eu vou ligar — disse e a beijou.
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  Aquilo foi suficiente para que os rapazes soltassem gritinhos de aprovação e zombaria.
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  Eles partiram mata adentro e Billy se aproximou da visitante do dia. Disse para %Luna% não se preocupar, e que todos ficariam bem. Sue trouxe as roupas dela, secas, em uma sacola. Despediu-se de Emily e Sue, agradeceu imensamente pelo dia maravilhoso e Jacob acompanhou %Luna% até o seu carro, abrindo a porta para ela. Os dois seguiram em silêncio durante todo o percurso, a menos por um pequeno diálogo.
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  — Esses lobos… — E antes que ela terminasse a pergunta, Jacob a interrompeu:
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  — Ficarão todos bem. Principalmente Embry, ele é sagaz. — E soou rude como Embry havia lhe dito.
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  %Luna% percebeu que ele estava áspero, com cenho vincado em preocupação e se encolheu no banco do automóvel tamanho era o desconforto que sentiu. A voz de Jacob soava muito mais trovejante e bravia.
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  — Não se preocupe, %Luna%. — Black a encarou, acuada, e pôs-se a parecer mais educado tentando amenizar o clima, porém, ofendida, %Luna% nem mesmo olhou para ele.
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  A mulher continuou observando a mata à sua janela. No caminho eles se depararam com o carro de Charlie Swan. A viatura parou e Jacob estacionou no acostamento, ele desceu do carro e foi falar com Charlie. Conversaram uns pequenos instantes e logo voltaram aos seus cursos. Jacob não contou para a mulher o que havia sido dito e ela também preferiu não perguntar.
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  Ao chegar em sua casa, a tempestade estava alta com muitos relâmpagos e trovões. %Luna% não parava de pensar nos rapazes no meio da floresta e do risco que corriam com os lobos e o mau tempo. Jacob seguiu aquele mesmo ritual de “verificar se tudo está bem” antes de permitir que ela descesse do carro; um ritual, para ela, desnecessário e assustador. Era como se, quando faziam aquilo, demonstrassem que ela corria sérios perigos. %Luna% sentia medo, tudo parecia horrendo com o cenário do seu casebre isolado e a tempestade. As luzes fracas dos postes da rua se apagaram e ela abriu a porta de sua casa, tentando acender as luzes.
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  — Ótimo. Faltou energia — resmungou.
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  Jacob já havia notado e, com delicadeza, a instigou a entrar logo; em seguida, ele fechou e trancou a porta. Apesar de desconfortável, ela não o expulsaria de sua casa sem mais nem menos, o avisou que tinha algumas lanternas na cozinha enquanto ele ficava parado na sala. Depois que pegou e acendeu as lanternas, %Luna% retornou para o cômodo onde ele estava lhe entregando um objeto, e então, eles ouviram um estrondo no telhado.
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  Jacob correu até as janelas e ficou imóvel e cauteloso observando do lado de fora. Enquanto %Luna% procurava a caixa de interruptores ouviu um rosnado alto e próximo, depois um silêncio. A garota correu em direção à sala, onde Jacob estava e perguntou o que era aquilo. Ele falou que era um lobo na porta, mas que já havia ido embora.
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  Black se ofereceu para ficar com ela aquela noite, pois, sem energia e com lobos à solta, em uma casa isolada e aparentemente inabitada poderia ser perigoso que ela ficasse só. %Luna% de fato estava apavorada e não pensou em recusar por nenhum momento. Levou Black ao quarto de hóspedes para que soubesse onde ficava e lhe entregou algumas roupas de cama.
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  Depois eles desceram, e Jacob se ofereceu para olhar a instalação elétrica. O interruptor geral ficava na cozinha, Black analisava-o com a lanterna e %Luna% espalhou algumas velas acesas pela casa. Com um pouco de dificuldade, ela começou a guardar as compras que estavam sobre sua bancada e ele a impedira de guardar mais cedo. “Deixa isso, eu te impedi de guardar mais cedo então te ajudo assim que acabar por aqui”, Black disse. Então %Luna% deixou tudo de lado e preparou um café rápido. Sentou-se na banqueta do balcão com a sua xícara de café, pousando a xícara dele ao lado da sua.
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  — Tudo bem, Jacob, acho que o problema foi geral. Senta aqui, seu café vai esfriar. — %Luna% mordiscava uns biscoitos que conseguiu servir apesar do escuro.
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  — Você está certa. O problema não é na sua instalação, porém ela precisa de uma revisão — ele disse fechando a caixa e dirigindo-se para o banquinho ao lado da mulher, sentou-se de modo que os dois ficaram de frente um para o outro.
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  — Café a luz de velas. — Jacob ergueu a xícara para um brinde e %Luna% sorriu sem graça, brindando de forma bem-humorada com ele:
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  — Ao escuro — ela disse.
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  — Ao escuro? — Black riu confuso.
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  — Você consegue pensar em algo melhor para brindarmos? — Ela bebericou seu café amargo, o olhando por cima da xícara de uma forma travessa.
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  — À minha companhia, é lógico!
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  — Sua companhia? O que o faz pensar que isso é algo do qual eu deva brindar?
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  — Não gosta de ficar perto de mim?
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  — Eu? Imagine! Não sou o tipo de mulher que se retrai pelos outros. Pelo contrário, você é que não gosta muito de pessoas.
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  — Tudo bem, se você diz. — Jacob sorriu e continuou bebendo e comendo.
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  Continuaram conversando aleatoriamente coisas sem nexo. Para %Luna%, qualquer coisa que ela conversasse com Jacob seria sem nexo. Ela o sentia tão distante, tão perto, tão igual a ela apesar de ver o contrário! Ele a confundia e isso não era nada, absolutamente nada, bom, tratando-se de um ser meticulosamente curioso como %Luna%. Então a garota observou uma tatuagem no braço do rapaz e ficou olhando-a silenciosamente.
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  — É coisa de irmãos e clã — Black respondeu olhando para ela, de um modo frio.
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  — Ah… — disse envergonhada: — É muito bonita.
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  Ela estava sendo sincera, mas Jacob riu entre as narinas e abaixou a cabeça a fitar o chão. Levantou novamente a visão para o rosto da mulher à sua frente, de modo direto, enquanto %Luna% fingia observar qualquer objeto na sala para escapar à encarada dele.
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  — Você é muito curiosa — ele disse fazendo com que %Luna% voltasse a olhá-lo.
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  — É? Como sabe?
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  — Percebo as coisas. Isso eu percebi no dia em que nos conhecemos em La Push.
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  — Como?
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  — Só percebi.
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  Inteiramente enigmático. Um tipo intrigante de pessoa que toca em um assunto para depois distanciá-lo. Após beber duas xícaras de café conversando em quase silêncio com o galante Black, ela decidiu guardar as compras ou pelo menos aliviar o número de sacolas espalhadas na cozinha.
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  Levantou-se retirando as xícaras e levando-as à pia para lavar, porém Jacob interveio segurando em seu braço e dizendo amistoso: “Eu faço isso”. %Luna% o respondeu com um sorriso e foi às sacolas; logo ele se pôs a ajudar.
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  Black estava completamente perdido na cozinha da casa dela, o que fez com que %Luna% não contivesse uma boa risada ao vê-lo andar atrás de si com as coisas na mão pronto para entregá-las, batendo nos armários e esbarrando nas banquetas. Alguns itens ficavam em um armário alto, ela abriu a porta dele e com a lanterna buscou algo em que pudesse subir a fim de alcançar as prateleiras. Entretanto, Jacob se ofereceu para guardá-los dizendo que seria bom que ela evitasse acidentes, já que ele percebera que a garota tinha um declínio para tombos e fazia o tipo desajeitada.
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  Ouvindo aquilo, ela sorriu enviesada e decidiu não negar, virava-se para pegar algumas coisas sobre o balcão abaixo do armário alto e iria entregar a ele, mas a mão de Jacob foi mais rápida do que a dela. Ele estava atrás de %Luna% e com sua agilidade surpreendente colocou os itens no armário. A mulher ficou meio presa entre ele e o balcão do armário, sentindo a proximidade dos seus corpos lhe causando um novo desconforto.
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  Quando ele havia terminado de guardar as coisas, %Luna% pôde olhá-lo novamente, sem graça, estavam mesmo muito perto. Jacob se aproximou mais, ao ponto de sentir a sua respiração que começaria a se alterar a qualquer momento. Ela até pensou que ele a beijaria, porém, o rapaz apenas esticou o corpo para pegar uma última lata de conserva que estava mais distante sobre o balcão. %Luna% permaneceu olhando para baixo quando ele a pegou e guardou e, fechando as portas, se distanciou dela.
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  — Acho que acabaram. Não vejo mais nenhuma sacola. — Jacob olhava em volta. — Se bem que, nessa iluminação…
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  — Sim, sim. Já guardamos tudo. — Ficaram se olhando em silêncio, as luzes da vela iluminavam suas faces de um modo terrorista e, quase em sussurro, %Luna% perguntou:
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  — Você quer mais alguma coisa, Black?
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  — Não, obrigado, estou bem. E você, quer alguma coisa? — o rapaz respondeu sentindo a mesma aura palpável de tensão.
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  — Não… — ela disse absorta a olhá-lo, até recuperar os sentidos de vez: — Tá. Eu vou subir… Tomar um banho e descansar, mas fique à vontade!
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  — Eu também prefiro me recolher se você não se importa.
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  — Certo… — Ela ainda estava desconcertada, mas não conseguiu assimilar uma razão para aquilo.
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  Instantes antes estavam os dois falando como duas pessoas comuns e à vontade; e no outro, novamente se tratavam como se pisassem em ovos. Era culpa da barreira, talvez, a tal barreira que %Luna% sentia que Jacob impunha entre eles e não a deixava esquecer.
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  — Pegue uma lanterna então. Apagamos as velas e se no meio da noite você quiser descer…
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  — Tudo bem — Black disse pegando o objeto e apagando as velas da cozinha de repente, deixando a ambos totalmente no escuro.
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  — Hã… Jacob, eu não enxergo — ao dizer isso, %Luna% sentiu uma respiração muito próxima à sua. Ele estava em sua frente e muito, muito perto.
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  — Desculpe. — Pegou a mão dela, e acendeu a lanterna sob seus rostos.
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  %Luna% sentiu certo medo, naquele momento ele parecia um psicopata, mas ao mesmo tempo — de forma contraditória — ela se sentia bem com ele. Jacob a guiou pelo caminho, ela pegou a própria lanterna e foram apagando as velas espalhadas nos outros cômodos. Subiram as escadas e ao chegar à porta do quarto da garota, os dois pararam.
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  — Bem, você conhece o caminho. — Ela apontou o quarto em que ele ficaria.
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  — Boa noite, %Luna%. Durma bem. — E pela primeira vez, ele pareceu gentil.
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  — Você também. — %Luna% sorriu alegre. Ele deu-lhe as costas, mas ela voltou a chama-lo permitindo a ele encará-la de novo. — Obrigada pela companhia e pelas compras… — %Luna% disse fazendo uma das suas caretas ridículas.
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  E mais uma vez, ao notar como ela mesclava-se entre a desconfiança e a ingenuidade, Jacob Black lhe direcionou o sorriso travesso de quem não sabe sorrir. Lamentavelmente, %Luna% começava a se apegar àquele sorriso.
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  — Não tem que agradecer por nada — falou voltando-se ao quarto.
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  Quando entrou em seu quarto, %Luna% preparou-se para tomar banho pegando seus pertences e direcionando-se ao banheiro que ficava do outro lado do corredor. Não demorou naquela tarefa básica. No corredor, na parede de frente a ele, lateral à porta do banheiro havia uma janela pequena coberta com uma cortininha caipira. Ao sair do banho, distraída, %Luna% deu de cara com uma figura alta e gritou assustada. Os reflexos dos relâmpagos que incidiam pela janelinha, iluminaram o rosto à sua frente. Era Jacob, e ele segurava a sua mão tentando a acalmar.
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  — Tudo bem, %Luna%, sou eu. Só vim ao banheiro — falou a olhando assustado e aflito.
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  — Isso está parecendo um filme de terror! — a mulher resmungou, por fim, ofegante.
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  — Você está bem? — Jacob a analisava de cima a baixo.
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  — Sim. Agora sim.
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  — Certo, então eu posso entrar?
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  — Claro.
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  Desajeitados e ansiosos, os dois se esbarravam tentando passar um pelo outro até que Jacob parou, permitindo que a mulher, assustada, saísse primeiro. %Luna% olhou para trás e ele já tinha entrado. Jacob ainda estava sem camisa, e novamente ela indagou-se da capacidade que os quileutes tinham em não sentir frio.
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  Tentou dormir com certa dificuldade, em seus pensamentos não saía a sensação e memórias recentes dos beijos e momentos com Embry. Pensou também naqueles rapazes lá fora, atrás de lobos. Pensou no tal lobo, que horas antes Jacob dissera estar na porta da sua casa. Pensou em Jacob e ela na cozinha, com as compras, com as velas, e finalmente na porta do banheiro. Tantos pensamentos a impediam de dormir; então %Luna% desceu a fim de beber um copo de água e se acalmar.
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  Chegando à cozinha, a mulher viu um vulto passar pela janela do lado de fora, e decidiu se aproximar de forma imprudente e automática. Com passos leves e tímidos foi andando até a janela, até que um homem apareceu por trás dela, prendendo-a pela cintura e com outra mão silenciando-a. Era Jacob, de novo.
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  — Sobe! Eu vou lá ver — sussurrou.
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  Parecia nervoso e agitado, tinha uma feição enojada. %Luna% teimou com ele, mas Black a convenceu. A morena subiu meia escada, então ele olhou na sua direção e apontou para que ela subisse de vez e, contrariada, ela o fez. No topo da escada espionou-o.
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  Jacob saiu, %Luna% ouviu um rosnado forte por alguns minutos e depois silêncio. Quando decidiu descer para checar se Black estava bem, o quileute apareceu na sala. Trancou a porta, conferiu todos os trincos, foi à cozinha e demorou uns minutos. Quando %Luna% ia atrás dele, Black apareceu com uma jarra de água e um copo. Pediu a ela que subisse e ela o obedeceu sem saber por quê. Jacob a seguiu até que pararam novamente no corredor.
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  — Jacob! — %Luna% chamou-o como alguém que exige explicações.
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  Jacob abriu a porta do quarto dela entrando, e a mulher seguiu-o um tanto confusa e surpresa, o homem deixou em sua mesinha de cabeceira o copo e a jarra com água e os dois voltaram a se encarar. Ela, incrédula e curiosa.
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  — Os lobos estão agitados esta noite. E estão por perto, não sei bem por quê. Não se preocupe que ao raiar do sol eles somem.
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  — Lobos? — %Luna% fez uma pausa, desconfiada e afirmou: — Escuta, o que eu vi foi um vulto humano.
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  — Bom, realmente era um lobo. Você deve ter se confundido.
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  — Jura?
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  — Você não o ouviu rosnar para mim? — Jacob perguntou de modo esnobe.
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  — É… Eu ouvi. Como se livrou dele? — A mulher continuava duvidosa.
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  — Tinha uma vassoura perto da porta. Não será problema se não vier em bando. De qualquer modo, aqui dentro estamos seguros, ele não vai assoprar sua casinha como fez com os três porquinhos. — Black ironizou bem-humorado.
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  — Tudo bem.
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  Apesar de concordar com ele, %Luna% fingia acreditar. Estava muito certa de que era um humano o dono daquela sombra, e não um lobo. Jacob saiu do seu quarto fechando a porta sorrindo e depois de tudo aquilo, a garota fechou os olhos para dormir. Com sucesso não conseguiu mais acordar, pelo menos, até o sol da manhã queimar o seu rosto.
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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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Lelen

Tô nem aí pro Jacob, quero o Embry. Embry é fofo e me fez sorrir aqui JASSHDOIASNDO
Sai Erick também. :B
CADÊ CONTINUAÇÃO? EU NÃO QUERO PERDER AS MELHORES PARTES. MIMDÁAAA!

Ray Dias

Ai Lelen, ainda tem TANTA coisa para acontecer! hehehe O Embry é mesmo um fofo, mas já estou ansiosa para ver suas reações futuras. kkk Obrigada por ler a minha história ♥ E a continuação está toda com a Beta já. Não ficará órfã de atualizações! 😉

Liv
  Embry abraçou a mulher aninhando-a em seu peito. Em seguida, pediu desculpas e perguntou se podia fazer aquilo, alegando que…" Leia mais »

Embry até agora tá sendo o meu favorito

Ray Dias

ixe 👀

Liv
  — É eu já percebi. Não que ele tenha sido rude, mas Jacob é um mistério. Ao mesmo tempo em…" Leia mais »

hehehehe danada

Liv
  — Não acho que seja possível não gostar de você — Embry falou acariciando os cabelos dela. — Jacob vai…" Leia mais »

concordo

Liv
  Suas faces estavam muito perto e a chuva começava a encharca-los. Embry pousou sua mão quente no queixo arredondado dela…" Leia mais »

JACOB E ERICK WHO????? AQUI É TEAM ATACANTE EMBRY!!!!!!

Ray Dias

você vai se apaixonar é pelo Seth

Liv
  — Sim, ficou ótimo! — Emily disse animada puxando-a de volta para o quarto: — E se disserem o contrário…" Leia mais »

obrigada hehehehehe

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