ENTRE LOBOS E HOMENS

Escrita porRay Dias
Revisada por Lelen

Nota de autora inicial: Essa é uma fanfic escrita em 2012 por mim, postada em outros sites anteriormente, agora, a história está entrando no Espaço Criativo sob nova revisão e edição. Para quem leu antes, há mudança de narrador e algumas cenas.
Playlist da história


Capítulo Vinte e Nove • Atrás de Respostas

Tempo estimado de leitura: 44 minutos

  %Luna% dirigia atentamente e ansiosa, enquanto Seth lhe ensinava o caminho à reserva Whitton. Ele não havia perguntado nada sobre o que havia acontecido porque sabia que alguma hora ela mesma faria, mas, como sua curiosidade era característica principal, não segurou por muito tempo:
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  — Você não vai me contar nada?
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  — Este é o Seth. Seth não sabe esperar. Seth é impaciente e fofoqueiro. Acalme-se, Seth, estou colocando as ideias no lugar.
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  — Esta é a %Luna%. %Luna% quer tudo no tempo dela. %Luna% deixa os amigos aflitos. %Luna% na verdade está selecionando o que vai me contar ou não. Oras, %Luna%, fale logo.
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  Os dois se olharam zombeteiros e começaram a rir.
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  — Está certo… Eu estive com Mark.
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  — Eu sabia! — falou Seth e suspirou insatisfeito.
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  — Ele me revelou fatos curiosos e estamos a caminho da verdade.
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  — Sobre você? Na reserva Whitton? Mal sabem sobre nós…
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  — É verdade, mas Malaika já provou conhecer alguma história, não é?
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  — Conte, o que ele disse?
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  — Antes de falar o que eu ouvi, preciso te contar como eu me senti. — %Luna% encarou Seth com espanto recordando-se das sensações, e ele desligou o rádio do carro para se atentar ao que escutaria: — Seth, assim que cheguei… Não, na verdade, dias atrás. Quando encontrei Valerie. Eu senti o habitual temor e calafrios de quando eles se aproximam. Mas, hoje com Mark, eu pressenti que ele chegava, mas não com a sensação de antes. Era como se eu não tivesse medo. Como se eu soubesse exatamente quando ele chegaria. E aí, enquanto conversávamos, eu descobri que posso estabelecer um controle sobre ele.
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  — Como assim?
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  — Eu não sei explicar ainda, mas Mark foi respondendo minhas perguntas “meio obrigado”, era o meu desejo de saber a verdade que o fazia responder. E ele lutava contra aquilo.
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  — Já vi algo parecido antes… — afirmou Seth, apertando os pequenos olhos a fim de revolver as lembranças do passado enquanto contava: — Havia um deles quando Bella ainda estava aqui. Na verdade, nada exatamente igual, mas havia uma vampira que podia torturar os outros com dor. E outra podia eletrificar quem quisesse com um simples toque… Bem, mas por mais que eu pense, não me recordo de nenhum ser parecido com o que você diz.
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  — Não é físico. O que eu pude fazer com Mark, é psíquico!
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  — Edward lia pensamentos. E a Alice podia prever o futuro. Até onde me lembro, eles estão mais perto do que você diz conseguir ter feito.
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  — É, mas eu não sei como fiz isso. Eu só deduzi pelas reações de Mark.
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  — Quando você lutou com a Bruh, não se transformou em nada, mas eu vi. E você sabe que é verdade: presas saíram de sua boca! — Seth tentava buscar alguma ordem e relação nos fatos trazido pela amiga.
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  — O que está insinuando? Que eu sou um tipo de vampira agora?
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  — Bem… Você lutava como eles… Com força sobre-humana, em um corpo de mulher e tinha dentes afiados. Eu diria que foi um embate muito parecido.
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  — Não! Não viaja Seth! Eu não sou um deles!
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  — Não estou dizendo que é. Só estou buscando pistas de onde começar a procurar.
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  — Espera… Mark disse que Valerie sabe sobre mim e ela também disse que tinha respostas… Ele disse também que ela veio para cá para me deter e que eu deveria ficar longe dela porque sua intenção é me transformar em um deles, pois eu represento alguma ameaça a eles.
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  — Mas se você fosse como eles, por que te deter? E te transformar? E como você é uma ameaça?
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  — Droga, Seth… Está tudo tão confuso, eu nem sei por onde começar! — %Luna% bufou, batendo no volante impaciente.
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  — Calma, vamos passo a passo, tudo bem? — Seth suspirou e pegou na mão da amiga a confortando.
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  — Certo! Primeiro, vamos descobrir o que os Whitton podem saber a meu respeito.
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  — Malaika não me contou nada diferente do que já havia dito a você.
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  — Pegue um papel e caneta na minha bolsa. Vamos criar um roteiro.
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  Seth seguiu seus comandos, e, à medida que eles viajavam e se aproximavam, o “roteiro” ia ficando grande. Tão grande quanto a quantidade de dúvidas naquilo tudo:
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Quem é %Luna%?

  • Tem descendência indígena e possível proximidade com os quileutes;
  • Malaika diz que %Luna% é responsável por despertar algo nos quileutes, que guarda o espírito de um lobo e que é uma presença perigosa;
  • Os pesadelos de %Luna% demonstram duas espécies sob o controle de uma mulher;
  • %Luna% pressente os frios e possivelmente pode os controlar;
  • Surge em %Luna% uma marca e ela sente-a queimar quando está com os frios;
  • %Luna% teve visões possíveis do futuro;
  • Mark disse que Valerie tem interesse particular em %Luna%, e que ela é uma ameaça aos frios;
  • %Luna% não é um frio, pois segundo Mark, Valerie ainda tem que transformá-la;
  • Mark revela que %Luna% realmente tem poderes sobrenaturais.

  Seth leu item a item. Em seguida, a encarou, aguardando a sua posição sobre tudo.
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  — Ainda está confuso, mas… Vamos começar pela minha ligação indígena com vocês? Quer dizer… Tentar descobrir que lenda é esta que faz os Whitton “me selarem” com aquele ritual.
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  — Eu já te previno que eles não são muito adeptos a compartilhar segredos.
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  — AH! E agora você diz isso? Por que não trouxe Malaika, então?
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  — Porque eu mal sabia o que estava acontecendo!
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  Os amigos chegaram na reserva “vizinha” e se olharam incrédulos um com o outro por não pensar na resistência que encontrariam. Não poderiam perder aquela viagem. Então %Luna% disse ao amigo que, se nada ali os ajudasse, ela procuraria a avó de Scott. Ela parecia saber muita coisa também.
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  Seth assentiu e desceu do carro antes, foi caminhando até o líder da reserva que já os espreitava. Apresentou-se, mas antes disso, havia sido reconhecido e com isso, eles foram bem recebidos, entretanto, como Seth imaginava, os Whitton não facilitaram. Após insistir respeitosamente no assunto, %Luna% os convenceu a compartilharem algo. Ela lhes contou o que Malaika havia dito a ela, mas esperava conseguir compreender melhor. Logicamente, Seth a auxiliou com o dialeto deles.
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  O ancião da tribo chamou-a para dentro de uma das cabanas. Os anciãos estavam acima dos líderes, e foi com a ajuda dele que ela conseguiu saber algumas coisas, entre elas, a lenda da deusa Rhikan, que a avó de Scott havia lhe contado.  %Luna% encarou Seth um pouco apreensiva. Apesar do receio, o velho lhe passou confiança e então os dois seguiram o ancião, cujo nome Seth a informara: Taekhi. 
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  A cabana dos Whitton pouco se diferenciava das quileutes. %Luna% já havia estado numa delas antes, mas não havia se atentado aos detalhes: eles tinham demasiadas imagens talhadas espalhadas por suas cabanas. Acreditavam ou cultuavam mais os espíritos do que os quileutes.
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  Foram convidados a sentar sobre um grande tapete após entrarem em um cômodo que %Luna% julgava ser “o oratório” do ancião. O velho sorriu amigável para os dois, e Seth comunicou-se com ele. Algo que talvez fosse um “pode começar”, uma vez que assim que o falou, Taekhi começou a história.
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“Em um tempo muito antigo, antes mesmo de homens caminharem pelas matas conscientes do que eram e de todas as coisas terem nome, existia uma deusa. Rhikan. Detentora do conhecimento sobre as matas e sobre magia. Rhikan era a própria Lua e o Sol. Ela podia controlar os ventos, as águas, mas, principalmente, o nascer da noite e do dia. Conta-se que nada mais vivia sob o universo. Então, Rhikan manifestou-se num corpo humano e desceu à Terra no desejo de saber o que havia aqui. Ela peregrinou por todo o canto onde o olho humano possa ver, e chegou a infinitos onde nem mesmo nossa cabeça poderia criar. Não havia outros como ela e nem figuras como a que ela havia se materializado. Apenas animais. Rhikan passou muito tempo sozinha na Terra, descobrindo-a. Lobos a acompanhavam durante o dia. E os morcegos faziam da noite um evento mais vivo. Um dia, Rhikan notou que quando ela invocava o anoitecer, os lobos adormeciam, e ao invocar o dia, eram os morcegos que adormeciam. Nomeou-os criaturas do dia e da noite. Até que chegou o tempo em que lobos e morcegos não satisfaziam mais a companhia da deusa e ela criou um ser idêntico ao que ela havia se materializado. Contudo, os animais, antes fiéis a ela, se aproximaram daquele novo ser, e Rhikan, enciumada, decidiu retomar sua forma divina e voltar à dimensão do universo ao qual pertencia. A nova criatura então, se apaixonou pelos lobos e originou outros iguais a ela, mas também iguais aos lobos. Foram os primeiros de nós a existir. Rhikan, enfurecida, tomou a noite, fazendo todos adormecerem e com sua magia fez com que os morcegos transformassem alguns deles em seres como eles, não exatamente iguais. Assim nasceram os frios.  A primeira criatura chorou a perda de seus filhos que deixaram de ser o que eram. E Rhikan ressurgiu após sua maldade, separando as espécies e lançando a maldição: um não pode viver com o outro. A noite é inimiga dos cães e o dia inimigo dos frios. A deusa era a única que podia controlar a noite e o dia, e, por isso, controlar os frios e os cães, assim como seus descendentes. E, àquela primeira criatura que criara, ela proferiu: darás a luz a uma criança que será minha e entre os dois mundos poderá trazer a paz ou o caos. Nunca mais ouvira-se falar na deusa que sumiu da Terra deixando-os, e apenas voltara a controlar o nascer da noite e do dia.”

  Seth traduzia cada frase de Taekhi e, ao terminar, os amigos olharam um para o outro, curiosos e confusos. Taekhi sorriu e os perguntou:
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  — Suponho que não é o suficiente para compreender?
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  Seth traduziu a pergunta do ancião. %Luna%, em resposta, negou com um aceno de cabeça, então o ancião levantou-se e saiu, retornando com um livro velho em mãos.
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“Há muitos anos, é aguardada a profecia. Os frios buscam a criança de Rhikan para que tomem o poder da deusa para si e dizimem aqueles que os destroem. Contudo, a profecia é clara. A criança, cuja a deusa disse que nasceria daquela que deu à luz e apaixonou-se pelos lobos, é irmã dos lobos. E por isso, eles se encontrarão em algum tempo, e juntos formarão uma forte aliança.”

  Taekhi mostrava as páginas do livro, cheia de frases em dialetos desconhecidos que Seth avidamente lia, enquanto %Luna% apenas se atentava às figuras. Poucas ela compreendia. E então, em uma das páginas ela viu o selo que Malaika havia colocado nela e apontou para ele, olhando o ancião, em dúvida. Ele compreendeu o que ela queria dizer, mas nada disse. Então a amiga pediu a Seth que lhe perguntasse se ela era a criança de Rhikan.
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“Não é algo que devemos assumir. E nem negar. A única pessoa que pode descobrir a criança é ela mesma, que despertará no tempo certo. Tudo o que sabemos sobre a lenda de Rhikan é isto. E por isso controlamos os ataques com o selo de Rhikan. Acreditamos ter funcionado em você e por isso Malaika o utilizou. Mas não podemos dizer que é você a criança da profecia. Isso só você pode descobrir, ou não.”

  %Luna% se deu por satisfeita após tudo aquilo e disse a Seth que podiam partir. Eles se levantaram e agradeceram ao ancião. Saíram da cabana e o líder da tribo estava do lado de fora, aguardando. Taekhi sorriu para os dois jovens e pegando na mão de %Luna%, encarou seus olhos por alguns minutos, sério e silencioso, e, depois, sorridente lhe disse: “não se preocupe com as respostas, elas virão até você”. %Luna% assentiu silenciosa e saiu em direção ao carro.
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  No caminho de volta, Seth e ela pareciam ter descoberto a cura de um câncer raro. Estavam pensativos e silenciosos. Só quebraram o silêncio até a metade do caminho de volta, quando ela decidiu falar:
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  — E então? — perguntou %Luna%. — O que achou disso tudo?
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  — Muita coisa indica que a profecia pode ser sobre você.
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  — Muita. Pegue aquele papel e me acompanhe…
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  Seth pegou o “roteiro” em seu bolso e acompanhou os pensamentos da amiga.
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  — Segundo a lenda…  A deusa detém conhecimento das plantas… Uma coincidência, mas…
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  — Você cria remédios e emplastros com maestria.
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  — A criatura se apaixonou por um lobo.
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  — Você por vários.
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  — E então, uma criança nasce dela que também não é nem lobo, nem frio, e nem criatura. Mas transita entre os três mundos.
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  — Você de novo. Humana esquisita, herança indígena com nosso sangue, e intermediária dos frios. E não esqueça que a deusa tem poderes mágicos que controlam os mundos.
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  — O que me remete ao que aconteceu com Mark. E meus “poderes” sobrenaturais. Na profecia também os frios estarão atrás da criança.
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  — Confere.
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  — Mas os lobos se encontrarão com ela por serem descendentes indiretos.
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  — Você veio até nós.
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  — E não posso esquecer jamais do meu pesadelo, Seth: a mulher sob a lua, controlando lobos e seres sombrios, um sob a noite e o outro sob o fogo. Só pode ser isso: a criança da profecia.
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  — %Luna%… Eu não acho que tenha alguma coisa que não deixe claro que é você. E teve o lance da avó de Scott afirmar que a deusa se manifesta no seu corpo.
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  — Supondo a realidade ser justamente a da profecia… Qual o nosso próximo passo?
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  — Descobrir o interesse dos frios em você?
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  — A profecia já diz: destruir-me para dominar esse dito… “Poder”.
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  — Sim, mas… Será mesmo só isso? O Mark não havia dito que a razão de terem vindo para cá primeiramente não era você?
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  — Verdade… Vieram por outros motivos, mas ao me descobrirem… Na verdade, ao me descobrirem só Valerie foi encarregada de me deter. Mark e Darak ainda estão aqui pelo mesmo motivo que, de certo modo, não parece ter ligação com essa lenda.
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  — O que me faz pensar que o ataque ao Sam foi mesmo proposital e nada teve a ver contigo — concluiu Seth, tentando entender o que motivava Darak e Mark, os primeiros vampiros a chegarem ali, a terem ido até Forks.
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  Ao voltarem para a reserva, Seth e %Luna% combinaram que nada seria comentado sobre aquilo. O foco se fazia necessário e deixar todos cientes colocaria mais pessoas a “comandar” a situação. E não era o que ela queria.
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  Aquela noite, %Bedingfield% mal pôde dormir. Não conseguia parar de pensar no que acontecia. E depois, começou a pensar em Jacob. Até escutá-lo lhe chamando. %Luna% acordou assustada. Estava sonhando, mas a presença dele se fazia sentir, como se estivesse ao seu lado. Seria mais uma novidade da sua recém-descoberta paranormalidade?
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  Amanheceu e ela se preparava para o trabalho quando abriu a porta da sua cabana e encontrou Malaika parada diante da mesma, como se fosse bater ali. Ela não havia dito nada, apenas pegou em sua mão e entregou à %Luna% um pacotinho. Ao abrir, a bióloga descobriu que dentro dele havia sementes vermelhas. Ela não recordava o nome, mas reconheceu a espécie pelo cheiro. Aquilo era veneno. %Luna% não entendeu, mas Malaika sorriu e voltou à cabana de Sue. Como se estivesse dando para %Luna% algo que ela precisava guardar, a mulher colocou o embrulho em seu bolso.
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  Charlie estava chegando do trabalho noturno e a abraçou, caminhando com ela até Sue, depois de abraçar a mais velha, %Luna% também entrou na casa dela e subiu para o quarto onde estava Quil. Ele estava em pé com Embry e Seth ao seu lado.  Não o visitava há alguns dias.
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  — Quil! — exclamou %Luna%, feliz ao vê-lo de pé. — Que bom vê-lo recuperando-se bem!
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  — %Luna%! — Ele encarou surpreso à chegada da mulher, afirmando: — Estou bem melhor!
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  — Eu fico muito contente com isso, de verdade. — %Luna% abraçou-o e ouviu o irmão da caçula Ateara comentar ingênuo:
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  — Agora, quero ver a Bruh. Estranhei ela não ter me visitado mais.
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  — Ahn… Quil… — %Luna% começou a falar sem graça, se sentia culpada, mas Embry a interrompeu.
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  — Ela andou doente, Quil, mas está melhor e está na cabana de Emy, foi buscar o emplastro da %Luna%.
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  A verdade dita por Embry pegou %Luna% de surpresa, ela não sabia que Bruh estava melhor tão rapidamente e que já caminhava pela reserva. Quil assentiu e saiu do quarto apressado para ver a irmã, ele parecia revigorado.
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  — O que foi essa melhora repentina de Bruh?
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  — Foi o seu remédio. Sam, nos contou da recuperação dele e nós entupimos Bruh daquela bruxaria sua — disse Embry, brincalhão, e Seth e ela se entreolharam de modo cúmplices. Disfarçaram antes que Embry percebesse que eles escondiam algo.
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  — E quanto ao Quil? Ficou bem tão de repente…
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  — O Quil na verdade foi uma surpresa mesmo. De ontem para hoje teve uma melhora significativa.
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  Assentiram silenciosos, Seth e ela e em seguida Embry se despediu apressado para tomar o café da manhã.
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  — Vamos, Seth?
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  — Vamos, já faltei ao trabalho ontem por sua causa! — O mais novo a abraçou, culpando-a pela falta e os dois desceram as escadas lado a lado, abraçados e conversando coisas cotidianas.
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  %Luna% deu carona a Seth e combinaram de voltar dos seus trabalhos, também juntos. O dia na farmácia foi como todos os outros, e a tarde no laboratório tão cansativa e cheia de fórmulas como todas as outras. As pesquisas de %Luna% avançavam em teoria, mas não em prática. Ainda faltava algo para ela descobrir exatamente como parar as transformações quileutes. Antes de ir encontrar Seth, ele já estava parado do lado do carro dela no fim do dia.
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  — Veio andando?
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  — Correndo. Percebi que estou ficando um lobo muito fraco, então pratiquei um pouco de corrida.
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  — Vai dizer que a culpa disso é minha também?
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  — Não tenho dúvidas — zombou ele, a irritando.
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  Eles entraram no carro e seguiam para a reserva até serem abordados na estrada por Mark, poucos metros depois do laboratório, muitos metros antes do bairro Kalil. Seth desceu do carro nervoso e %Luna% lhe pediu para ter calma. Os dois caminharam até Mark, que parecia apressado.
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  — O que houve? Que abordagem é essa agora, Mark? — disse %Luna% séria para ele, já tentando estabelecer o controle sobre o vampiro e sentindo a sua marca queimar nas costas. Devia significar que aquilo estava funcionando.
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  — Você tem que vir comigo antes que Valerie a encontre.
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  — Ir contigo para onde? Está louco? %Luna% não vai com você a canto algum… — Seth avançou na direção dele, mas %Luna% o segurou.
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  — Calma, Seth! Mark, me diga o que aconteceu.
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  Mark não parecia estar contra a discreta ordem dela, tampouco, sentia-se controlado pela mulher.
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  — Eu vou te levar a um lugar que pode fazer você achar as respostas que precisa. E de quebra ficará protegida de Valerie por um tempo, seu amiguinho lobo aí que me desculpe — apontou para Seth —, mas vocês não são capazes de defendê-la de Valerie.
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  — E por que — proferia Seth com ódio, aproximando-se mais e mais de Mark — logo você quer ajudá-la?
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  Mark sorriu desafiador a Seth, e, olhando para %Luna%, disse:
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  — %Luna% e eu temos um lance… Ela sabe. E, para ser sincero, eu preciso da sua ajuda, %Luna%. Então não posso deixar nada te acontecer ainda.
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  — Seth… — %Luna% puxou o amigo, distanciando-o de Mark discretamente e falou mais baixo: — Eu vou com ele. Pressinto que Mark não mente, inclusive porque eu não quero que ele minta. Entende?
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  — Você descobriu ontem que é um tipo de bruxa e já está achando que pode montar numa vassoura e sair voando?
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  — Seth… Eu sei que parece imprudente, mas eu tenho que ir. É uma boa chance de descobrir o que além de mim os trouxe aqui.
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  — Eu vou com vocês.
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  — Não, Seth! Eu preciso que você me dê cobertura aqui, e controle as coisas para mim…
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  — Não concordo com nada disso.
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  Mark se aproximou dos dois como uma rajada de vento e, revirando os olhos, disse para o jovem Clearwater:
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  — Ei, garoto! Eu não vou acabar com ela, fique tranquilo. Tem a minha palavra.
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  — O que faz você pensar que isso vale algo para mim? — Seth o desafiou com raiva.
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  — Eu já disse: eu não quero que ela seja pega. E você também não. Então, por enquanto, vamos colaborar um com o outro?
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  — Tudo bem, Seth. Só, faz o que eu pedir — declarou %Luna% ao amigo, e, a muito contragosto, mais uma vez, Seth cedeu aos seus pedidos.
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  %Luna% combinou com Mark de a encontrar na saída da cidade. Pediu a Seth para a acompanhar até a reserva e depois deixá-la no ponto de encontro. Seth, com razão e revoltado, bradava broncas a ela no caminho de volta. Ele não estava errado quando dizia que era uma loucura absurda que %Bedingfield% acompanhasse um frio a algum lugar que ela não fazia ideia, por um motivo que não havia sido exposto. Mas, além do seu ímpeto a correr riscos, a intuição de %Luna% lhe dizia que ela o deveria seguir.
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  — E como faremos com Jacob? Essa manhã ele já reclamou por telefone horrores na minha cabeça por nós dois termos desaparecido ontem! — indagou Seth, preocupado, à amiga.
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  — Diremos a ele e aos outros na reserva que Julian e Hernando precisavam que eu viajasse para resolver um problema para eles. Não acho que teremos algum problema com isso, já que os gêmeos mal aparecem em Forks, e se eles aparecerem não é como se alguém lhes fosse perguntar algo. De todo modo, por isso você deve ficar também e me dar cobertura. Eu não sei por quanto tempo ficarei fora, você precisa ser convincente de que tudo isso foi do nada, e principalmente com Jacob. Se Black voltar antes de mim, não deixe que ele encontre os irmãos Vincent e me avise imediatamente.
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  — Ele deveria ter voltado dessa expedição muito antes, isso sim. Assim ele a impediria melhor!
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  Seth, embora desgostoso de tudo aquilo, se deixou ser convencido por ela. Ele seria a única ajuda que ela teria.
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  Os dois chegaram na reserva e %Luna% deu as explicações aos presentes, que, por mais desconfiados que pudessem estar, acharam uma urgência normal na sua rotina sempre fantástica que: “a funcionária fora solicitada pela empresa”.  Já em sua cabana, %Luna% preparava as malas quando Seth chegou dizendo que Sue insistiu que ela jantasse antes de partir, e perguntou a ele aonde eu iria, mas o amigo sabia ser discreto quando queria, fingiu não saber de nada.  Seth a ajudava a separar algumas peças de roupas quando ouviram um barulho no andar de baixo, mas não avistaram ninguém e nem obtiveram resposta quando perguntaram.
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  — Vamos combinar que assim que chegar sabe-se lá onde, você vai me dizer qual é o lugar. E se for perigoso vai me enviar a sua localização via GPS!
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  — Certo, Seth.
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  — E tem mais, dependendo do local, eu vou calcular uma média de dias para você demorar e se passar o tempo, irei atrás de você.
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  — Ok.
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  — E você, assim que possível, vai me contar o motivo de Mark levá-la, nem que seja por mensagem ou alguma telepatia das suas novas bruxarias.
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  — Eu não sou uma bruxa.
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  — Você não sabe. E tem mais uma coisinha.
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  %Luna% estava ansiosa e Seth não parava de falar. Entendendo a preocupação dele, ela respirou fundo e largou a sua jaqueta sobre a cama.
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  — Fala, Seth.
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  — Já usou essa aqui com o Jake?
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  Assim que ela se virou, lá estava Seth com uma cara atrevida segurando uma das suas calcinhas de renda azul-turquesa das mais bonitas que ela tinha. %Luna% sorriu sem graça e ele gargalhou, correndo para a abraçar.
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  — Foi só pra descontrair! — mencionou ele, a acalmando, e provocou: — Mas ele já viu?
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  — Não! E devolve isso!
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  — Promete que me deixa vê-la vestindo um dia?
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  — Seth!
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  — Sem maldade, juro. É só curiosidade.
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  — Deixa o Black saber.
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  — Ei! Ele não precisa saber, me mataria! Quer que eu morra?
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  — Quero que me solte.
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  — Promete primeiro!
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  — Você é um pervertido, eu não prometo nada e vamos logo!
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  Ele a soltou do abraço, gargalhando. Lógico que era apenas uma brincadeira para descontrair e Seth havia conseguido, mas eles precisavam ser rápidos. Finalizaram as bagagens que não foram muitas além de uma mala pequena, e a bolsa carteiro dela.
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  Depois que desceram ela se despediu com falsa calma de todos os moradores da reserva. Sue reclamou por ela não jantar, mas %Luna% mentiu que já havia comido. No caminho para a saída da cidade, Seth parou no mercado dos Carter para que ela retirasse um dinheiro emergencial e também comprou um sanduíche e suco. Ela foi comendo no banco do carona e ouvindo mais recomendações de Seth. Antes de chegar ao posto, ele parou novamente na estrada para anotar os dados bancários da amiga caso ela precisasse de mais dinheiro. Não seria necessário recorrer às poupanças de Seth, mas ele ficaria mais tranquilo se ela apenas concordasse em ceder aquelas informações. Surpreendentemente, assim que ele estacionou no ponto de encontro marcado, Seth se atirou sobre ela em um abraço de irmão aflito.
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  — Eu estou lutando contra minhas próprias convicções em te ajudar nisso, então, por favor, volte para nós. E rápido! Eu não conseguirei seguir se algo de ruim acontecer a você.
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  — Que isso, Seth! — %Luna% o abraçou ainda mais apertado e ela se afastou. Ele colocou a mão no rosto dela e a acariciou, encarando-a nos olhos.
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  — Eu falo sério, %Luna%. Eu não me perdoaria, mesmo que todos me perdoassem. Volte inteira para nós.
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  Ela sorriu envergonhada e um pouco preocupada com o que ouvira. Seth lhe demonstrava o desespero real daquela situação, o desespero que ela não alimentava até aquele momento. Beijando o rosto dele, %Luna% pegou suas coisas para sair do carro. Desceram juntos, Seth retirou a mala dela da traseira do carro. Mark já a aguardava dentro de uma Ferrari, e se por algum segundo ela pudesse se permitir animar, era por saber que estaria dentro daquela Ferrari.
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  — Cuide bem do meu bebê — falou %Luna% a Seth, lhe dando um último abraço, se referindo ao seu Mustang. Ele assentiu, sorrindo e, mais uma vez, antes que desse as costas, puxou o punho da amiga, advertindo:
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  — Já sabe: se demorar, eu vou atrás de você.
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  — Relaxe, Seth.
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  Caminhou até o carro de Mark que estava a aguardar. Ele encarava Seth, quando ela chegou ao lado da porta do carona e bateu no vidro, indicando a mala para guardar na traseira. Mark a encarou, por fim, sorrindo como uma criança indo ao parque, e com um botão pressionado por ele, a porta traseira abriu. %Luna% colocou a mala lá dentro e antes que ela pensasse em sentar atrás, Mark proferiu: “não sou o seu choffer”. Ela respondeu no mesmo tom: “achei que fosse” e se dirigiu contrariada ao banco da frente. Após afivelar o cinto, notou que ele e Seth ainda travavam um duelo por olhares então ela pigarreou, tirando a atenção de Mark sobre Seth.
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  — Achei que o seu namoradinho fosse outro cachorro — declarou o vampiro.
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  — Eu não namoro cães. E Seth não é meu namorado.
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  — Não é o que parece.
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  — Por que diz isso? — mencionou ela, confusa com o que quer que aquilo significasse.
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  — Pronta para se divertir comigo na nossa primeira viagem? — Mark ignorou a sua pergunta e deu partida.
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  O carro deles passou ao lado de Seth e ele entrava no Mustang lançando à amiga um último olhar aflito. O coração de %Luna% apertou-se. Ela começava a se arrepender do que havia feito. Quanta imprudência ela ainda seria capaz de cometer?
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  Mark estava calado, observando os retrovisores, e a mulher notou a preocupação em sua face, assim como notou a ausência de Darak. Não que ela quisesse estar na presença dos dois, indo sabe-se Deus para onde, mas aquilo era algo a ser considerado. Ela já tinha as suas muitas perguntas e nenhuma resposta, e se concentrou em fazê-lo falar, até que…
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  — Não precisa se esforçar me obrigando a dizer nada, certo? Eu disse que precisava de você e não pretendo negar as respostas — afirmou Mark, surpreendendo-a.
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  — Quem disse que me esforçarei?
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  — Que bom, porque… Não sei se sabe, mas é doloroso quando faz isso.
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  — Mark… Aqui estou eu, no seu carro, indo para qualquer lugar desconhecido com você e sabe-se lá por quê, então, julgando que me faria mal… Eu já teria facilitado muito, não é?
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  — Eu sei também que não está com medo, se não, não teria vindo. Quando eu disse pro seu namoradinho que nós temos um lance, eu não menti, %Luna%. Nós temos. Ou, a minha boa vontade em colaborar com você não pode ser considerada?
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  — Ok. Temos uma parceria.
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  — Era o que eu precisava saber — concordou ele, satisfeito, apesar das entrelinhas do que ele dissera e ela sequer imaginaria.
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  — Mas… Não se anime. Toda parceria exige o mínimo de trocas e informações e, por enquanto, não temos nenhuma.
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  — Você é muito, muito ansiosa. Espere sairmos deste perímetro e eu falarei.
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  %Luna% observou que Mark continuava nervoso ao tentar sair rápido da cidade e perguntou, curiosa:
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  — Está fugindo de quem? Darak ou Valerie?
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  — Qual dos dois está atrás de você?
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  Ela não respondeu. Seu celular vibrou e ao pegá-lo em sua bolsa, em seu colo, a mensagem de Seth piscava.
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  — Nossa! Seu namoradinho é realmente possessivo.
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  Mark riu. %Luna% estava sem humor e não foi necessário dar a ele atenção uma vez que, após soltar sua piadinha, imediatamente voltou a observar a estrada.
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“Não deixe de dar notícias. Eu estou realmente preocupado após encará-lo daquele jeito. Tivemos uma troca telepática. Acho que esse é o poder especial dele… Como Edward. Só que ele pode não só ler como partilhar os próprios pensamentos”.

  Então Mark podia se comunicar por telepatia com outros? Mas com lobos também? %Luna% se recordou de Seth comentando sobre o assunto, e nada ele havia esclarecido sobre os frios terem efeito com estes poderes sobre os lobos. Mas se havia acontecido minutos antes, então era verdade. Pelo menos com Mark.
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“Confie em mim, você saberá cada passo nosso”.

  Respondeu a Seth. Queria perguntar sobre o que falaram, mas se sentiu insegura pela companhia ao seu lado. Já estavam bastante afastados do perímetro da saída de Forks e entrando na autoestrada. %Luna% guardou o telefone na bolsa e pelo canto de seus olhos analisou a postura de Mark. Não estava mais tão focado ao seu redor, estava até com uma expressão menos rugosa, embora ainda se mantivesse concentrado em seus pensamentos. E tratando de pensamentos, %Luna% tivera cuidado com os seus, afinal, quantas vezes ele não teria lido-os? E mais uma vez ela se indagou se Mark já havia premeditado todos os seus passos. Olhando para ele, discreta, ela o viu sorrir de canto.  Será que ele estava lendo sua mente naquele momento? O melhor era não pensar em nada. %Luna% percorreu o olhar rapidamente sobre as mãos dele e viu o anel com as iniciais KM. Recordando a primeira vez que eles se viram, ela não tinha, até então, reparado se ele sempre usava aquele anel.
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  Verdadeiramente, a mulher estava nervosa por toda aquela situação que havia se metido e ainda mais por desconfiar que sua mente não era mais segura. A única maneira de se ocupar e se livrar da interação mental com ele seria fazer Mark abrir a boca.
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  — E então, Mark? Vai começar a falar?
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  — Como pode viajar com alguém que não consegue confiar?
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  — Como poderia confiar em você?
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  — Certo, %Luna%, eu sou um vampiro perigoso, você, uma humana vulnerável, eu morro de vontade de te chupar…
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  — Argh! — resmungou %Luna% em negativa pelo comentário dele. — Que idiota!
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  — Ok, escolha errada de palavras… — Ele fez uma pausa divertida e provocou: — Ou talvez não.
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  — Mark!
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  — O fato é que eu sou perigoso desde o início. E quando foi que realmente te ofereci algum risco?
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  — Não é como se tivesse deixado de ser um risco para mim porque somos bons amigos, mas sim porque, por alguma razão, você precisa de mim.
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  — Boa percepção, mas está errada. Quando eu cheguei aqui você não era nada interessante — mentiu ele de novo.
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  — Ah é? E por que me deixou livre então?
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  — Porque eu gosto de brincar com a comida.
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  — Você é detestável. Fale logo, por favor, qual a razão disso tudo?
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  — Bem… Anteontem eu descobri por Darak uma coisa sobre você. Você tem algo que pode me ajudar. Mas eu não sei ao certo se pode realmente.
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  — E o que é?
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  — Liga o aparelho de som e dê o play.
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  Ela fez o que ele pediu. Ligou o aparelho de som do carro, o número 01 apareceu e %Luna% deu o play. Os primeiros acordes de um piano começaram, e em seguida uma canção instrumental. Ela achava que haveria alguma gravação ou coisa do tipo, e o olhou irritada e incrédula.
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  — O quê? Eu gosto de uma musiquinha embalando minhas histórias.
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  — Idiota… — sussurrou e ele riu, continuando.
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  — Eu venho de uma província ao Sul da Bélgica, nasci em 1647 e me chamo Killiam Mark.
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  — Killiam? — perguntou %Luna%, interessada e olhou para o anel enfim compreendendo as iniciais. — Gosto desse nome.
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  — Pois eu não, era o nome do meu pai.
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  — Hm… Problemas familiares.
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  — Fui transformado aos dezoito anos de idade, por Killiam Ruskt depois de presenciar um ataque dele a uma mulher. Eu fui criado por meu pai e por minha mãe até os doze anos de idade. Ela faleceu naquela época da Peste Negra que havia assolado nossa região, e eu fui mandado para um colégio interno bem antes de ela morrer, para evitar que eu fosse infectado. Quando reencontrei o meu pai, aos dezoito anos, ele já era um vampiro. Havia sido salvo da doença desta forma. Se é que se pode dizer que foi salvo... — Mark fez uma pausa da história para observar a reação da mulher, e como ela o encarava paciente e curiosa, ele continuou: — Após minha transformação, continuamos a viver juntos, saímos da Bélgica em direção a outros países, à procura de outros como nós. E encontramos. Àquela altura, meu pai tinha mais conhecimento e tempo como vampiro do que eu, obviamente, o que me fez segui-lo. Ele se tornara pouco a pouco um caçador de recompensas. Caçava crianças vampiras, mas não transformadas como nós, e sim… Que nasceram já vampiros.
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  Ao ouvir aquilo, %Luna% se recordou de Emy, Lia e Embry lhe contando sobre Renesmée, a filha de Bella e Edward.
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  — Crianças nascidas… É possível?
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  Ele ignorou a pergunta retórica e continuou sua história.
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  — E eu continuei fazendo as mesmas coisas que ele. Foram longos tempos de matança… O que me levou a me separar do meu pai, foi que ele passou a me caçar. Descobriu algo valioso, algo pelo qual ele poderia se tornar importante, mas era preciso que me entregasse a um grupo de vampiros poderosos.
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  — O que ele descobriu?
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  — A lenda de Rhikan.
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  %Luna% fez o que pôde para não demonstrar surpresa, mas Mark já sabia que ela tinha informações sobre aquilo.
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  — É, %Luna%… A mesma lenda da qual você vem.
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  — Como sabe se eu venho mesmo da lenda?
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  Mark a ignorou novamente e esboçou um falso riso pelo nariz.
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  — Os Volturi são um grupo de caça talentos. Uma família antiga e poderosa entre nós, e certamente você já ouviu falar deles por causa do seu namoradinho. Enfim… Eles buscavam a criança. E meu pai tinha algo valioso para que eles a encontrassem.
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  — Que coisa valiosa?
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  — Eu. E acreditando que se os ajudasse ele seria recompensado no meio disso tudo, ele começou a trabalhar para eles e me enganou. Azar o dele eu ter um talento escondido.
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  — Você?
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  — É, %Luna%! Achou que era a única com poderes sobrenaturais? Eu sou um poderoso telepata e radar!
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  — Não, Mark! Não é disso que estou falando! Você… Você e a lenda… O que poderia…?
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  — Eu falei que nós temos um lance antes, não falei? Você não queria acreditar… — zombou Mark, rindo. — E pelo visto você não soube uma parte da profecia: a criança será encontrada pelos lobos, mas terá um frio que nascerá designado a dominá-la. Quando Rhikan lançou a maldição, ela lançou também outra maldição oculta. Um ser da noite nascerá muito antes da criança para que em sua vida seja preparado a encontrar no futuro a criança, e assim despertar a Deusa dentro dela. Ele será o sacrifício para Rhikan despertar ou aquele que a dominará primeiro. Entende?
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  — Você é o caminho para encontrar a criança…
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  — Não só isso. Eu passei muito tempo, depois de descobrir os planos de meu pai e dos Volturi, me escondendo. Os Volturi nunca souberam que eu era o ser da profecia porque assassinei o meu pai antes que descobrissem, e quando estive cara a cara com um deles, meu poder de telepatia preservou a verdade. Mas não sei quanto tempo mais isso poderá ser evitado agora que você foi descoberta.
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  — Mas, eu posso não ser a criança! — %Luna% se alarmou começando a compreender o que trouxera Mark até ela.
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  — Não seja ingênua! Como não percebeu que foi depois da minha chegada que seus poderes começaram a despertar?
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  — Não foi não!
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  — O quê? Acha que os lobos são responsáveis por isso? %Luna%, %Luna%… Você não entendeu a profecia ainda? Rhikan dentro de você pode despertar o que os lobos têm dentro deles, mas só depois que o frio liberar a deusa dentro de você é que você pode se tornar uma ameaça para nós. Senão, porque todos estariam buscando você antes que Rhikan desperte?
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  — Eu estou zonza com toda esta informação…
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  Mark a olhou um pouco preocupado e os dois ficaram em silêncio. Ela assimilava tudo o que ouviu e estava mais uma vez, como tantas outras, confusa e surpresa.
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  — Durma. Você está cansada do dia longo e de todas as coisas que eu disse.
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  — Não, eu estou bem.
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  — Durma! Vai precisar estar bem-disposta para tudo que ainda virá.
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  — Não, eu estou bem.
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  — Céus, como é teimosa. Durma, %Luna%! Eu não vou fazer nada contra você! E depois, eu quero chegar logo e para isso, preciso correr a uma velocidade que pode te dar enjoo, então… Apenas durma.
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  — Certo… Mas antes, me diga: para onde estamos indo?
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  — Para minha casa, na Bélgica.
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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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Lelen

Agora eu não sei se quero que a deusa seja despertada IANDOPJPOD
Quero o equilíbrio, pra isso ela tem que despertar? Mas aí o moço lá vai morrer? Eu tava começando a pegar um carinho por ele, posha 🥹 (Aliás, Killiam é melhor que Mark HEIEHOIEHEO)
Eu adoro histórias que giram em torno de lendas <3
Vamos ver como vai ser esse tempinho na Bélgica (se é que vão chegar lá :B), tranquilo? Atribulado? Aguardamos.

Ray Dias

Amiga, perdoa! Só hoje vi seus cometários e responderei todos ♥ Eu também prefiro ‘Killiam’, mas vamos lá… Sem dar SPOILERS… A Deusa precisa despertar, porque sem isso, nada se resolve. Não posso falar mais. kkkkk

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