ENTRE LOBOS E HOMENS

Escrita porRay Dias
Revisada por Lelen

Nota de autora inicial: Essa é uma fanfic escrita em 2012 por mim, postada em outros sites anteriormente, agora, a história está entrando no Espaço Criativo sob nova revisão e edição. Para quem leu antes, há mudança de narrador e algumas cenas.
Playlist da história


Capítulo Vinte e Oito • O que ela está se tornando?

Tempo estimado de leitura: 35 minutos

  %Luna% limpava os ferimentos que Bruh causou a ela no embate enquanto todos estavam auxiliando a jovem Ateara em cuidados mais precisos. Sam achou melhor que Quil não soubesse do ocorrido e que a loba adolescente fosse levada imediatamente a um hospital. Então Charlie foi chamado por Sue para prestar o socorro em levá-la. Quando Seth contou para %Luna% que, segundo os médicos, por muito pouco a artéria carótida de Bruh não foi atingida levando-a a óbito, um mal súbito tomou %Bedingfield%. %Luna% sentiu-se zonza e com uma ânsia impossível de controlar tamanho o enjoo que sentia.
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  Ficou ao encargo de Embry evitar que a notícia chegasse ao irmão da jovem Ateara. Ele visitou %Luna% em sua cabana e a encontrou escorada no vaso sanitário de seu banheiro. Havia recém recebido a notícia por Seth ao telefone. Embry apressou-se em prestar ajuda à amiga a colocando em repouso e continuando a lhe fazer os curativos. Emy, chamada por ele, cozinhava uma sopa para que %Luna% comesse depois que seu estômago estivesse melhor.  Acreditando ser causa de gastrite nervosa, Mani os despreocupou de seu mal-estar. Havia questões mais preocupantes, tais como: o que %Luna% era ou havia se tornado?
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  Billy, não demorou a manifestar sua preocupação com aquilo e como o senhor prudente que era, reuniu os quileutes presentes – com exceção de Bruh e Quil – para esclarecerem o fato. Novamente, lá estava %Luna% rodeada de indígenas curiosos, inclusive, alguns da reserva Whitton que decidiram a analisar e, conforme desejo de Malaika, realizar outro ritual como o anterior que havia sido feito sobre ela.
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  Nada adiantava perguntar a Billy ou Sue sobre o que acontecia com ela porque ninguém ali sabia esclarecer. Ao voltar do hospital para a reserva, Bruh permaneceu em repouso na casa de Sue e %Luna% quis vê-la e se desculpar, no entanto, a mulher foi surpreendida pela menina implorando desculpas pelo ataque. Bruh alegou que outra vez seu ciúme falou mais alto, porém, deixou-a com sequelas daquela luta que jamais pensaria ela ser derrotada por %Luna%. Em todos os sentidos. As duas não estabeleceram uma amizade ou tranquilidade, mas a tolerância e o respeito pareciam surgir em prol do bem da reserva, do bem de quem amavam e delas próprias. Bruh perguntou para %Luna% o que a “mulher comum” havia feito para ficar daquele jeito, e a outra, sem resposta, negou com a cabeça em um sorriso doloroso.
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  Jacob também não dava notícias há dias e algumas noites %Luna% podia escutá-lo perto de si. Era como se ele sussurrasse em seus ouvidos enquanto ela dormia, como se os seus pensamentos fossem dela. E era assustador. Por mais distante que o homem estivesse, %Luna% não estava desesperada porque sentia saber exatamente como ele estava e o que ele fazia.
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  A rotina de todos seguiu sem maiores eventos pós Bruh x %Luna%. Alguns pensamentos, porém, ainda causavam perturbação em %Luna%, por exemplo, a mulher loira que ela avistou dias atrás com Mark ainda era uma incógnita para ela. E um desejo suicida de encontrar Mark para perguntar a ele diretamente perambulava minha cabeça. Foi pensando naquilo que, em um dia ameno e tranquilo, Seth surgiu batendo no balcão da farmácia chamando a amiga para almoçar e afastando suas ideias estranhas, mas %Luna% não queria comer, e declarou aquilo. Seth, achando que teria algo a ver com Black, soltou para ela que ele tinha notícias. %Luna% então o olhou apreensiva e saiu de trás do balcão o mais rápido possível.
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  — Ele voltou?
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  — Não, mas eu consegui falar rapidamente com ele por telefone. Ele está bem e esperarão mais alguns dias antes de decidir se devem ou não voltar.
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  — Droga!
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  — Fique calma, está tudo bem. Agora que tem notícias dele, vamos almoçar?
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  — Não. Eu estou sem fome.
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  — O que está havendo com você? Não me parece bem. Achei que estaria preocupada com o Jake.
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  — Eu sei exatamente o que está acontecendo com o Jacob, não estou preocupada com isso.
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  — Como assim?
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  — Não sei explicar, mas eu posso senti-lo quando quero.
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  Seth encarava-a curioso.
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  — Desde quando isso começou?
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  — Dias depois do ataque de Bruh... — comentou %Luna% e, apesar de muito curioso, Seth elencou aquilo na “lista de mistérios sem respostas” que ultimamente permeavam a vida dos quileutes.
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  — E o que te preocupa, então?
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  A mulher olhou para ele sem saber se deveria dizer a verdade ou se deveria esconder. Entretanto, as conexões estavam mudadas também e Seth era capaz de pressenti-la pelo visto:
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  — Não, você não vai atrás daquele frio!
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  — Como você sabe que- — %Luna% suspirou. — Enfim, esquece.
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  — O que você pode querer com ele agora, %Luna%?!
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  — Eu o vi semanas atrás acompanhado de uma mulher.
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  — E daí?
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  — Ou ele trouxe alguém para Forks ou ele estava abordando alguém daqui. E depois não o vi mais e nem a mulher.
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  — Quem era ela?
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  — Eu não sei e por isso fico aflita! Me sentirei muito culpada se aquela fosse mais uma… presa de Mark ou Darak.
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  — Não os vejo e nem temos notícias deles há muito tempo.
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  — Então concorda comigo que temos que averiguar se tudo ocorre bem com o acordo?
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  — Sim, eu irei até o esconderijo deles — declarou Seth.
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  — Não! São dois contra um e agora podem ser três!
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  — E quem fará isso? Você? Jacob me mata se souber que deixei você se aproximar do frio.
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  — Vamos combinar assim: ninguém faz nada por enquanto. Pensaremos juntos numa maneira de investigá-los. Certo?
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  — Certo — respondeu Seth desconfiado e se despediu: — Trarei uma marmita para você.
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  — Não quero.
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  Com a teimosia de %Luna% o irritando mais que o normal, Seth acenou a cabeça contrariado e foi embora. %Luna% telefonou para saber como estavam Quil e Bruh, e Sue disse que o mais velho Ateara recuperava-se bem. Parece que Quil desejava sair daquela o mais rápido possível, antes mesmo de Jacob retornar com a solução. Já Bruh, não apresentava bons sintomas. Tinha febres altíssimas e, embora cicatrizados os ferimentos graças aos ataques de %Luna%, ela ainda estava muito fraca para tomar a forma de loba.
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  Naquele dia, %Luna% passou mais tempo em seu laboratório entre pesquisas incessantes sobre como ajudar os quileutes. Não encontrava nada muito promissor nos artigos, e uma das universidades em que ela entrou em contato lhe trouxe um atrativo material. Ela lia e relia as páginas da pesquisa enviada pela Università di Bologna, seus olhos cansados começavam a deixar as palavras turvas e letras embaralhadas. Olhando no relógio, percebeu que ele já marcava oito horas da noite. Havia perdido a noção do tempo e em seu celular constavam inúmeras chamadas do pessoal da reserva. Ela retornou a ligação para Sue avisando o que aconteceu e que já voltaria para casa.
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  A noite estava bastante fria e %Luna% com um fino suéter que mal conseguia aquecer-se, reuniu suas coisas pronta para ir embora. Trancou o laboratório e caminhou até seu carro. Ao tocar a maçaneta, um vento rápido e perfumado passou por ela. Assustada, ela olhou para trás e nada viu. Aquela era a sensação estranha, mas comum, de quando Mark se aproximava…
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  — Mark? — %Luna% encarou ao seu redor o chamando, mas não enxergava ninguém. — Mark, você está aí? Pare de palhaçada e fale logo o que quer…
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  Nada ainda.
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  — Darak, é você? — Ela continuou falando sozinha para a penumbra da noite.
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  %Luna% julgou que estava enlouquecendo mais rápido do que imaginou que aconteceria desde que chegou a Forks. Ela entrou em seu carro e deu partida de volta à casa um pouco mais confortável pela temperatura mais quentinha no automóvel, e um pouco mais segura por estar trancada dentro dele.
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  Na altura do seu antigo bairro, o Kalil, ela se assustou com algo parado no meio da estrada e freou bruscamente. Havia alguém no meio da estrada. Ao olhar para os lados, ela constatou que estava de frente para a sua antiga casa, o, agora entendido por ela, mausoléu que a mesma vendeu para Mark, e havia uma única luz acesa dentro dela. Depois de esmiuçar atenta aquele cenário conhecido, %Luna% retornou seu olhar à frente para a estrada novamente e gritou de susto ao ver uma pessoa tão perto. Ela caminhou calma e risonha até a lateral da janela do motorista. %Luna% estava muito, muito eufórica, mas não demonstraria aquilo nem que estivesse com as mãos da morte sobre seu pescoço.
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  A mulher loira, a mulher que avistara com Mark, bateu no vidro do carro pedindo para falar com ela. Tinha um sorriso plácido e um olhar mortal. %Luna% observou novamente a casa e nada diferente da única luz acesa estava ali. Encarou aquela mulher com a coragem que aprendera a ter em Forks. “Se fosse para me matar, eu já estaria morta”, foi o que %Luna% pensou. Contudo, mesmo quase certa de que não morreria naquele momento, o fascínio que %Luna% enxergou nos olhos dela era horrendo. %Bedingfield% retirou o cinto de segurança e manteve seu carro ligado. No mesmo instante seu celular tocou denunciando uma chamada de Embry. As duas encararam o aparelho juntas – %Luna%, de dentro do carro com o telefone em mãos, e a mulher loira, do lado de fora observando-a. %Luna% não atendeu a chamada, apenas abaixou o vidro da janela.
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  — Então você é a %Luna%?
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  — Quem é você e o que quer comigo parada como uma assombração na estrada?
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  Ela gargalhou fino e assustadoramente.
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  — Eles disseram mesmo que você era corajosa e ousada!
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  — E não socializo muito com tipos como vocês, fale logo quem é!
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  — Tipo como nós? Mas, o que acha que eu sou?
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  — Diga você — falou %Luna% ríspida e seca a fim de acabar logo com aquilo. A mulher, claramente uma criatura da espécie de Mark e Darak, arqueou uma sobrancelha e estendeu sua mão com unhas perfeitamente feitas na direção de nossa heroína.
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  — Muito prazer. Eu sou Valerie — apresentou-se em tom irônico.
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  — O que você é? — perguntou %Luna% pegando sua mão em cumprimento e notando o quão gelada estava, tivera certeza: era uma vampira. — Ou melhor, há quanto tempo você é um frio?
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  Irritada com a petulância, mas sem demonstrar alterações de humor, Valerie aproximou seu rosto ao de %Luna%, e, sorrindo, respondeu-lhe a centímetros de distância. A respiração da humana, porém, dava sinais de falha.
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  — Há muito mais tempo do que você sonhava nascer, humana.
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  — E o que quer comigo, Valerie?
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  — Apenas queria me apresentar… Conhecer a mulher que foi poupada da sede de Mark e Darak... Por que será que eles não beberam? Já pensou nisso?
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  — Não tenho o menor interesse em saber o que eles pensam sobre mim, na verdade, não existe qualquer ligação entre nós. E vocês três deveriam ir embora de Forks o quanto antes, tão silenciosos quanto chegaram.
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  %Luna% deu indícios de partir com seu carro, deixando a vampira com aquela provocativa palhaçada para trás, mas Valerie segurou o volante fazendo-a encará-la.
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  — Eu vim ajudar você, %Luna%. As suas respostas estão bem guardadinhas comigo, e mais rápido do que pensa, você poderá tê-las. Acredite, tudo pode mudar para você e para melhor.
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  — Do que você está falando?
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  — Tudo tem um preço, você sabe. E o meu preço… Bom, se quiser mesmo continuar esta conversa, sabe onde me encontrar — disse Valerie apontando a antiga casa de %Bedingfield% e com sarcasmo: — Está muito friozinho para continuar conversando aqui fora agora, não é?
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  Ela abraçou os braços fingindo uma ingenuidade que %Luna% já notara não existir nela, e sorriu esfregando-os. Valerie deu meia-volta no carro caminhando de volta para a casa, acenou sorrindo em despedida.
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  Frio definitivamente era a última coisa que ela sentia, %Luna% quis dizer a ela. Porém não daria mais chances para um cenário pior. %Bedingfield% deu partida no carro, respirando fundo e longamente. Assim que chegou à reserva, ela fechou as janelas de seu carro, desceu do mesmo, encontrando Embry sentado no sofá da cabana dela, preocupado.
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  — Por que não me atendeu? — perguntou o rapaz à amiga logo que ela entrou em casa.
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  — Boa noite e desculpe… Eu estava dirigindo.
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  — Hm… Tem certeza? — Embry pôs-se de pé a analisando.
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  — O que houve?
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  — Estou preocupado com você! Seth disse que você estava estranha e não quis nem comer.
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  — Em compensação eu comeria um carneiro inteiro agora.
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  — Já preparei o seu jantar.
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  %Luna% manteve a calma e olhou com ternura para Embry. Estava feliz por tê-lo como amigo, e, andando até ele, o abraçou forte.
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  — A gente se afastou tanto, não foi?
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  — Não acho… — Ele riu suspiroso. — E já acendi a lareira para te aquecer, suba para tomar um banho, eu te espero aqui. — Beijou o topo da cabeça e afagou os cabelos dela.
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  Ao entrar em seu quarto, %Luna% notou que havia uma blusa de moletom sobre a cama. A blusa era de Embry e ela se lembrava perfeitamente daquele dia. O dia em que ela foi para a reserva pela primeira vez e por conta da chuva molhou suas roupas. Sorriu saudosa àquele tempo onde ela não passava de uma querida estranha intrusa na reserva. Depois, no banho, %Luna% sorriu divertida ao lembrar de Embry e ela como um casal. Quem diria que tanta coisa mudaria entre os dois. Contudo, chegar em casa e notar a preocupação e cuidados dele apenas reforçava que Embry nunca deixaria de ser o primeiro amigo quileute que ela fizera, e se colocava cada vez mais como um irmão mais velho.
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  Ela desceu as escadas, Seth já havia invadido sua casa e comia seu jantar sentado em frente à lareira ao lado de Embry.
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  — Ele invadiu e roubou sua comida, eu tentei impedir.
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  — Tudo bem, Embry. Eu já estou me acostumando em como reagem os irmãos caçulas.
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  Sorriram os três e após montar seu prato de fetuccine de cenoura ao molho pesto, %Luna% se reuniu a eles.
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  — O que fez hoje, %Lu%? — perguntou Embry.
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  — Trabalhei como uma escrava.
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  — Estava até agora no laboratório?
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  — Sim, Embry… Recebi alguns artigos de Bologna, perdi a noção do tempo os lendo… Aliás, Seth, conseguiu falar com Jacob de novo?
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  — Não, não consegui.
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  Suspiraram pesadamente. Seth, recordando-se da conversa mais cedo, de repente iniciou um diálogo investigativo. Embry não entendia nada, mas %Luna% lhe contou o mesmo que dissera ao Clearwater mais novo a respeito de investigar os frios em Forks. E quando Seth iniciou seu “eu tenho um plano”, %Luna% o interrompeu contando de Valerie.
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  — Encontrei-me com a mulher loira. É uma vampira, seu nome é Valerie.
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  — %Luna%! Nós combinamos que ninguém faria nada até decidirmos juntos! — protestou ele.
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  — Ela que veio até mim! O que queria que eu fizesse? “Só um momento que eu vou ver com meu sócio se posso falar com você”!
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  — Você correu risco demais, %Luna%! Deveria ter atendido a minha ligação — Embry também reclamou.
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  — Exatamente, Embry, eu corri risco! Já pensaram se eu a ignoro ou atendo a sua ligação? Ela poderia resolver atacar!
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  — Afinal, ela é uma transformada recente ou não?
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  — O que isto importa, Embry? O tal Mark quebrou o acordo que a %Luna% estabeleceu com ele de qualquer jeito! Vamos, vamos nos reunir e ir atrás dele! — Seth se levantou impetuoso, mas Embry o segurou pelo punho revirando o olhar.
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  — Cale a boca garoto, senta aqui.
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  — Você dois, me ouçam! Ela veio propor algo a mim, pelo menos foi o que pareceu.
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  %Luna% repetiu as palavras da vampira e os meninos refletiam sem entender nada. Seth coçava a cabeça, pirracento por toda a nova confusão que começava. Parecia que um problema nunca teria fim para outro começar. Ou, na pior hipótese – a que %Luna% acreditava –, todos os problemas eram apenas um interligado como uma grande bomba programada.
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  Embry, mais maduro a cada dia, controlou o nervosismo de Seth e decidiu que não agiriam por impulso, o que significava que %Bedingfield% não deveria teimar em agir igual. Lembrou-os de que ela era o “meio de comunicação” entre os lados, e que sabia como agir com Mark se fosse preciso dialogar. Mesmo assim, preocupados, os dois disseram que vigiariam os passos dela. Antes de irem embora, Seth abriu a porta da cabana na saída e, olhando para %Luna%, ordenou:
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  — Vigiar seus passos também engloba controlar a sua alimentação, ouviu, garota!?
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  Ela sorriu afirmando cansada e logo depois que saíram, foi dormir.
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  No meio da madrugada outro pesadelo a assolou. Diferentemente do anterior, %Luna% andava à frente de um imenso túnel escuro; ao seu lado estava Mark e atrás deles, pessoas encapuzadas. Parecia adentrar uma caverna, e quando a imensa porta se abrira, ela ouviu uma voz a chamando. Luan acordou assustada. Sua lombar formigava, então ela se sentou na cama e sacudiu os cabelos nervosamente. Não entendia nada do que vinha acontecendo consigo e aquele formigamento muscular só poderia ser o cansaço extremo de horas sentada no laboratório.
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  A fim de espreguiçar-se, ela se levantou e tocou em sua lombar esticando-se para frente, mas sentiu uma queimação local incomum. %Luna% caminhou até a caixa de medicamentos no banheiro para procurar um relaxante muscular, enquanto a dor e queimação aumentavam. Quando tocou o local sintomático do corpo com a mão direita, %Luna% sentiu um reflexo branco em seus olhos e uma espécie de visão do momento em que ela tocou na mão de Valerie surgiu.
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  %Bedingfield% puxou a mão que havia cumprimentado Valerie e que era a mesma sobre sua lombar e viu que ela estava suja com sangue. Ainda sentia dor e estava assustada, apavorada na verdade, de costas ao espelho, foi averiguar. Qual surpresa horrenda não foi ao ver uma marca surgindo aos poucos sob sua tez, rasgando-a e ferindo, deixando uma linha fina e mais clara que sua pele, como um sinal natural, uma tatuagem sem cor. 
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  Ela se aproximou mais do espelho e devido ao sangue, pela marca em aparente queimadura – como aquelas feitas a ferro quente – %Luna% não podia entender o que era o desenho. Reuniu seus itens de primeiros socorros e tentou limpar com dificuldade o local, mas não conseguia sozinha. Telefonou ao celular de Seth na esperança de que ele acordasse e atendesse, e ele atendeu. Surgiu eufórico, batendo apressado na porta da cabana da amiga.
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  — O que houve, %Lu%!?
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  — Venha, suba comigo!
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  Seth se preocupou ainda mais ao notar a feição de horror estampada no rosto da amiga. Ao entrar no banheiro, ele bateu os olhos nos preparos de primeiros socorros e antes que perguntasse qualquer coisa, a mulher retirou a própria blusa de seu corpo e se virou de costas a ele.
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  — O que você fez? — Seth deixou o queixo cair em descrença e ora encarava os olhos da amiga, ora a marca em suas costas.
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  — Eu não fiz nada, Seth! Juro!
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  — Como isso aconteceu?
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  Ele tocou na ferida, e como se o gesto despertasse algo, outra visão forte e clara veio à frente dos olhos de %Luna%, como uma espécie de premonição. Era Jacob correndo pela mata densa e atrás dele, a matilha, em seguida Seth ao lado dela, e os dois iam a algum lugar desconhecido.
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  — %Luna%?
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  — Outra visão! Acabei de ter outra visão quando você tocou a marca! — confessou %Luna%, apavorada.
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  — Pelos céus, o que está acontecendo aqui? — Seth cruzou os braços a encarando tão assustado quanto a amiga.
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  Então %Luna% contou a Seth tudo que ocorrera naquela madrugada. Seth tocou novamente na ferida, mas a mulher não sentiu mais nada além da dor do ferimento. Ele limpou e fez os curativos. Apesar do horário, para %Luna%, outra vez já não havia mais sono. Os amigos desceram para a cozinha, ela preparou um café quente e Seth disse que estava exausto demais para se dopar com cafeína, se jogou no sofá da sala e adormeceu rápido. Sua feição confusa e séria denunciava o sono conturbado pelos inúmeros ocorridos de dias. %Luna% se sentou no banco da pequena ilha de sua cozinha e ficou de frente à janela daquele cômodo observando a neblina lá fora. Quando finalmente notou os sinais do amanhecer, %Bedingfield% saiu antes de Seth acordar deixando-lhe apenas com um bilhete:
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“Fui atrás de respostas e não se preocupe, não irei até Valerie.”

  Ela estava parada encostada no capô do seu Mustang de frente para a mansão de vidro. A placa “Residência Cullen” sob a neblina fraca que se dissipava naquela manhã mostrava fracamente um risco sobre as palavras, e que parecia recém-feito.
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  — Eu estou pensando mesmo em arrancar esta placa daí.
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  %Luna% escutou ele dizer e já imaginava o sorriso sacana que estaria em seu rosto. Ela já sabia que Mark estava chegando, afinal, agora ela podia pressenti-lo. O vampiro saiu de trás do carro dela e parou encostado ao lado de %Luna%, sorridente.
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  — A que devo a honra?
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  — Onde estava, Mark?
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  — Sou seu namoradinho agora por acaso para lhe dar alguma satisfação?
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  — Nunca. Apenas queria saber por que não saiu pela porta da frente da sua casa.
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  %Luna% o encarou de maneira desafiadora, e o olhar de Mark sobre ela mudou. Era sempre tão ameaçador, mas naquele momento, ao cruzar de seus olhares, a mulher pôde notá-lo desarmado.
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  — Há algo diferente com você…
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  — Há mesmo, e você vai me responder algumas questões.
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  — E se eu não quiser? — Virou-se apoiando-se sobre o cotovelo e a desafiou.
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  — Não estou lhe dando escolhas.
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  — Uau… O que fizeram com você?
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  — Quem é Valerie e por que ela está aqui?
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  — Ela já te encontrou? — Mark ficou surpreso e alarmado, tudo, claro, dentro de suas atitudes sempre muito concisas.
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  %Luna% assentiu afirmativamente e ele se levantou ajeitando sua impecável vestimenta. Andou em direção ao interior da casa e após um tempo observando em volta, %Bedingfield% entendeu que era para o seguir. Mark encarou-a levemente sobre seu ombro e sorriu de lado afirmando:
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  — Estamos sós, não se preocupe.
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  — Isto nunca foi razão para não me preocupar.
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  Ele deu uma risada fraca e abriu a porta para que ela entrasse. Era a segunda vez que %Luna% pisava ali e a sensação não se tornara melhor. Aquele lugar era sombrio, mesmo com tanta luz adentrando-o.
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  — Valerie te assustou, foi?
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  — Não. Talvez um pouco, mas me deixou muito mais curiosa do que com medo.
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  — Claro… E onde ela te encontrou?
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  — Ao que parece você cedeu a minha antiga casa aos seus amigos monstrinhos — esclareceu %Luna% um tanto ofendida.
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  — Outch! Monstrinhos? E os seus amigos são o quê? — zombou Mark dramático.
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  — Certamente não são monstros, mas não vim discutir quais seres sobrenaturais são mais assustadores, ok?
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  — Até porque ganharíamos.
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  — Não seja infantil, Mark. Não faz o seu estilo.
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  Ele riu debochado e ofereceu para que ela se sentasse. %Luna% observou ao redor e não recordava se havia móveis naquela casa a última vez que estivera ali. Mas agora havia.
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  — O que quer saber? Já adianto que não garanto responder nada — perguntou o frio um tanto desconfiado.
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  — Você vai responder. E para começar, quem é Valerie e por que ela está aqui?
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  — Não é minha namorada se quer saber.
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  — Não perguntei isso.
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  — Aquele dia na praça, você me pareceu bem enciumadinha… — Mark rodeava o assunto com piadas inadequadas e %Luna% estava sem paciência.
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  — Mark! Não faça piadas, eu não estou com paciência.
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  Com a altivez da mulher, a expressão brincalhona do vampiro modificou-se à séria.
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  — Sua ousadia é irritante. Vale lembrar que você está no meu território.
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  %Luna% engoliu seco. Ela interpretava um excelente papel despreocupado, embora estivesse uma pilha de nervos. O que faria se por acaso outros deles chegassem?
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  — Apenas me responda, sem mais piadas, por favor.
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  — Melhor assim… Valerie é uma de nós e está aqui por sua causa.
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  — Ela disse que veio me dar respostas, sob um preço. Do que ela estava falando?
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  — Ela estava falando o que você queria ouvir, não significa que ela veio para isso. Ela pode manipular você, se você não acordar antes disso.
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  — Sem piadas e sem metáforas, Mark.
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  — Já deve ter notado que há algo diferente em você.
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  %Luna% suspirou e percebeu que o frio sabia, talvez, das informações que ela precisava e que serviram como isca de Valerie para atiçar a curiosidade de %Luna% outrora.
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  — Sim. Eu notei.
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  — Você, por incrível que pareça, pode representar um risco para nós, %Luna%zinha.
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  — Sentenças de diálogo maiores serão apreciadas, Markzinho — ironizou ela de volta, impaciente pela fala dele carregada de mistério e poucas linhas.
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  — Antes de mais nada… Quero que saiba que… — Ele parou de falar e se mover, como se congelasse, e girou a sua cervical como se buscasse algum controle. — Droga!
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  — O que houve, Mark?
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  — Você não tem dimensão do que faz comigo.
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  — Do que você está falando?
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  — Pare!
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  — Eu não estou fazendo nada.
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  — Este seu… desejo de saber a verdade… é perigoso. — Mark se afastou e ficou de costas para %Luna%.
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  Como um estalo na mente dela, %Luna% notou que algo em si o fazia reagir aos seus comandos… Ele não queria falar nada, mas estava ali. Algo nela parecia controlar as reações dele, e imediatamente %Luna% se recordou das várias vezes em que ele poderia tê-la assassinado e não o fez, e as outras tantas vezes que ele indicara sentir uma atração a estar com ela assim como ela, a ele. Como um ímã.
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  — Meu desejo de saber a verdade? — %Luna% se levantou aproximando e refletindo sobre aquilo. Sua sede pelas respostas o fazia falar? Era isso? Ela não sabia, mas usaria a seu favor. — Olhe para mim, Mark.
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  Ele virou-se após relutar um pouco se deveria ou não, mas na aposta de que tinha o poder de controlá-lo, %Luna% acreditava que, desejando fortemente, ele obedeceria.
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  — Fale o que sabe sobre mim, Mark.
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  — Você tem poderes sobrenaturais e já sabe disso, Valerie foi enviada para detê-la. E a melhor forma é transformar você, então fuja de Valerie.
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  — Como eu represento um risco para vocês?
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  — Vai descobrir quando se despertar para o que você é. — Mark relutava em falar, mas era como se estivesse sendo torturado, imóvel e dolorosamente pela presença de %Luna%.
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  — Seja mais claro, por favor, despertar para o quê?
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  — Valerie é quem sabe e por isso está aqui. Mas não pense que conseguirá as respostas dela tão fácil como está sendo comigo. Desde o nosso primeiro contato você estabeleceu um controle que me afetou e eu já estava envolvido sem que fosse minha vontade.
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  — Valerie pretende me transformar e Darak e você vieram para ajudá-la?
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  — Não, nós viemos por outra razão, mas ao descobrir você, outros descobriram.
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  Aos poucos, Mark foi retomando o controle do que queria e deveria dizer, no entanto, colaborou de bom grado, afinal, ele não era o inimigo que %Luna% pensava. Nunca foi.
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  — Como outros descobriram que eu estava aqui? Vocês disseram?
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  — Sim. Inicialmente, Valerie estava envolvida com as mesmas questões de Darak e eu, mas… Foi designada a cuidar de você.
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  — Então, a Valerie sabe mais ao meu respeito, e há alguém que não me quer por perto. Certo?
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  — Sim.
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  — Então Valerie terá que me explicar direitinho o que está acontecendo!
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  — Não, não faria isso se fosse você! — alertou Mark, nitidamente preocupado. — No estágio em que você está, Valerie concluiria seu objetivo rapidamente.
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  — Por que está me ajudando, Mark? — Foi então que %Luna% percebeu que a postura dele para com ela era protetiva desde que o conheceu.
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  — Porque você está me obrigando — mentiu ele.
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  — Quanto mais eu posso te obrigar? — A fim de testar, %Luna% perguntou enquanto se aproximava lentamente dele.
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  — Você terá que descobrir essa sozinha, mi amore.
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  Seus olhos eram desafiadoramente atraentes. Como em toda vez que eles estavam próximos, %Luna% percebia um sentimento de sedução entre eles, e aleatoriamente ela começava a gostar bastante daquilo.
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  — Outra coisa, Mark: Darak não precisa saber desta conversa, certo? Até porque eu não sei qual é a dele.
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  — E nem a minha — advertiu Mark como se tornasse a tentar soar ameaçador para ela.
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  — Mas acho que eu consigo colocar você todo na palma da minha mão, logo, logo.
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  — Veremos! — O vampiro suspirou ao sentir o corpo retomar o controle próprio. %Luna% fazia de propósito ou ainda não havia percebido o quanto estava poderosa? — Mas fique tranquila, se você me pegar, pega o Darak também.
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  — Vou providenciar as duas jaulas o mais rápido possível. — Assim que ela terminou de falar, Mark relaxou como se aquela fosse a primeira vez que respirava durante todo aquele diálogo.
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  %Luna% sorriu vitoriosa saindo dali e acenando-lhe de costas. Ela não sabia a razão para aquilo, mas descobriu que não tinha mais medo de Mark. Naquele momento em que saía de perto dele, sua marca ardia ainda mais forte.
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  No caminho de volta à reserva, ela telefonou para Seth.
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  — Garota! Onde você está? %Luna%, você perdeu o juízo?
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  — Estou bem, Seth, fica calmo. Já foi trabalhar?
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  — Não! Como iria sem saber o que te aconteceu?
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  — Malaika está aí, não está?
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  — Sim, mas o que-
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  — Você lembra o caminho para a reserva Whitton? — %Luna% o interrompeu.
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  — Lembro, mas o que-
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  — Prepare algumas roupas, vamos sair e pode ser que não voltemos hoje — ordenou novamente ela sem deixá-lo terminar.
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  — O que está tramando, %Luna%?
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  — Tente arrancar informações sobre mim com a Malaika, não acho que ela vá me falar mais alguma coisa…
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  — E nem a mim, mas tentarei.
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  — Certo, estou quase chegando!
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  — Espera! É segredo que vamos sair?
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  — Não, eu não te chamaria se fosse… Como se você soubesse manter segredo — zombou a amiga dando um pouco de humor à conversa entre eles que parecia um tanto tensa.
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  — Você vai me contar direitinho o que foi que te deixou atrevida assim esta manhã!
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  — Atrevimento é minha mais nova qualidade… Você não sabe o quanto!
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  %Luna% desligou a chamada e não demorou para que ela e Seth saíssem em direção à reserva Whitton.
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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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Lelen

Ih, ó, surgem mais perguntas, de novo novamente. E sem respostas pras perguntas anteriores (ainda) OPMSAPDOMAPD
Qual a conexão com o Mark e por que ela tem esse efeito nele? É só nele? Ou ela influencia outros também? 🤔
Correndo pro próximo capítulo que eu quero saber se terei algumas respostas por lá HEHEHEHEHE

Ray Dias

As respostas demoram, mas virão aos poucos hahhaha

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