ENTRE LOBOS E HOMENS

Escrita porRay Dias
Revisada por Lelen

Nota de autora inicial: Essa é uma fanfic escrita em 2012 por mim, postada em outros sites anteriormente, agora, a história está entrando no Espaço Criativo sob nova revisão e edição. Para quem leu antes, há mudança de narrador e algumas cenas.
Playlist da história


Capítulo Dezesseis • Entre homens...

Tempo estimado de leitura: 57 minutos

  Um pouco mais tarde naquela manhã, Erick surgiu na farmácia para deixar espalhado alguns cartazes de “procurado” nas paredes do estabelecimento como fizera por toda área comercial de Forks.
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  — Estes são os suspeitos dos ataques? — %Luna% perguntou observando os rostos impressos nos papéis.
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  — Não. São assaltantes que têm importunado alguns alpinistas… — Ele ia contar um pouco mais sobre o caso dos ataques, mas a presença de uma das irmãs Parker adentrando o ambiente lhe chamou a atenção.
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  %Luna% revirou os olhos em sinal de nenhuma paciência e se preparou para caso aquela fosse outra tentativa de lhe implicar, mas Daniela apenas a ignorou, sendo diretiva ao policial:
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  — Bom dia, Erick. — Abraçou-o. — Sumiu lá de casa, por quê?
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  — Daniela… Você sabe que não faz muito sentido, não é?
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  — Jessica está desesperada para falar com você. — A irmã mais nova dava o recado e o policial encarou-a, de certo modo, preocupado.
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  — Aconteceu alguma coisa?
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  — Aconteceram muitas coisas, não é, Erick?
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  — Bom. Ela pode me telefonar e sabe disso.
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  — De todo modo… Por que não passa lá em casa? Essas conversas devem ser feitas pessoalmente, não acha?
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  %Luna%, apesar da pequena curiosidade, atentou-se somente em seu trabalho como se estivesse sozinha na loja. Contudo, desconfiava de que Jessica estivesse grávida de Erick como a mesma declarou semanas antes.
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  — Tudo bem, Daniela. Diga a Jessica que pela noite, ao fim do meu expediente, eu estarei lá.
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  — Claro! — Assim que terminou de falar com o policial, Daniela lançou a %Luna% um olhar de vitória e a outra mulher sorriu ladina, em total piedade.
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  Era lamentável a cena que aquelas duas faziam contra %Luna%, em achar que todo e qualquer homem de Forks a interessavam quando a mesma tinha olhos somente para uma região daquele condado. Erick ficou parado à porta observando a interação das duas enquanto Daniela caminhou na direção da gerente.
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  — Bom dia, Daniela — %Luna% mencionou educadamente.
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  — Bom dia. Preciso destes medicamentos. — A cliente esticou uma receita, desprezível e sem sinal de cordialidade.
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  — Só um minuto. — %Luna% encarou-a de cima a baixo e pôs-se a ler o papel e digitar algo no computador. Conferiu o registro médico assinado no papel bem como as dosagens passadas, em seguida entregou-lhe a medicação. Daniela pagou e saiu despedindo-se somente de Erick.
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  — Qual é o problema de vocês duas? — o policial perguntou para %Luna% apontando o percurso da silhueta de Daniela.
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  — Pergunte a elas a razão da implicância. Estas duas, desde que eu cheguei aqui, me odeiam.
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  — É porque você é muito bonita, diferente e atraente, %Luna% — Erick mencionou risonho dando de ombros e %Luna% o agradeceu aos elogios. — Mas o que acha do que ela me disse? Será que a Jessica está mesmo grávida? — Jones lhe perguntou.
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  — Bem, eu não sei, Erick. Você é quem deve saber, não é?
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  — O que ela poderia querer falar comigo?
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  — Juro que também não sei, apesar de sermos amigas íntimas — %Luna% falou ironicamente com cara de óbvia para ele. Erick riu, apesar de não esconder que o modo como Daniela lhe deu o recado deixou-o ansioso. %Luna% também percebeu e tentou o despreocupar: — Fique tranquilo. Não deve ser nada grave.
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  — É. Tomara. — Por fim, Erick bateu no tampo do balcão e lançou um beijo no ar para %Luna%, saindo em despedida. — Fique atenta aos cartazes, %Luna%!
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  — Pode deixar!
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  E ela ficou. Durante os momentos vagos de clientela, %Luna% alternou o trabalho com momentos de contemplação aos cartazes. Observou-os como se quisesse gravar a cara dos assaltantes em sua memória, também se mantinha curiosa sobre quem seriam os suspeitos dos ataques e quando seria possível ver os cartazes deles. Ao fim de seu turno, após ser rendida por Steve, %Luna% precisou passar do supermercado da cidade.
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  — Boa tarde, Carter! — ela cumprimentou o rapaz que estava parado ao lado de uma prateleira e seguiu caminhando entre as gôndolas.
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  — E aí, %Luna%! — Peter acenou.
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  %Luna% continuou suas compras e encontrou Scott apenas no caixa de pagamento.
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  — Olá, Scott!
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  — Tudo bom, %Luna%? — Simpático, sorriu para ela pegando os itens que a mesma colocava na esteira.
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  — Sim e com você?
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  — Vou indo…
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  — Parece cansado, Scott.
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  — Estou mesmo, um pouco.
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  — Hm… Scott, está tudo bem? — Preocupada com o semblante mais triste do rapaz, que era sempre tão risonho e altivo, %Luna% perguntou o encarando sem se importar se pareceria indiscreta. Scott, por sua vez, suspirou longamente e parou de passar as compras dela pelo sensor e, com um toque de amargura nos olhos, encarou-a de volta. %Luna% franziu as sobrancelhas tranquilizando-o. — Pode confiar em mim, Scott.
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  — Aceita sair comigo esta noite? Para conversamos.
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  Se o tom dele lhe ressoasse um resquício de galanteio, %Luna% tentaria esquivar-se do convite. Mas não foi o que lhe ocorreu. Scott estava sério, como se decidido a ter alguma conversa realmente importante com ela e por isso %Bedingfield% não tivera dúvidas ao responder:
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  — Claro! A que horas?
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  — Pode ser às oito?
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  — Pode! Eu venho lhe encontrar na cidade.
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  — Combinado. — Ele sorriu forçadamente.
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  — E os seus pais? Como estão? — ela perguntou voltando a por suas compras na esteira e ele a registrá-las.
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  — Minha mãe foi acompanhar meu pai em uma consulta lá em Seattle.
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  — Está tudo bem com ele?
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  — Sim, são exames de rotina.
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  — Bem… Fico aliviada. — %Luna% terminou de empacotar as compras e se despediu dele, embora ainda estranhando a reação do mais velho dos filhos Carter. — Até mais tarde então, Scott.
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  — Até lá. Se cuide.
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  — Você também! — Ela olhou para Peter mais afastado arrumando algumas coisas e acenou-lhe simpática: — Até mais, Peter!
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  — Beijão, %Luna%! — o mais novo lhe gritou sorridente.
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  %Luna% saiu descontraída do mercado e até pensativa sobre o comportamento de Scott. O que estaria acontecendo com ele? Não era estranho que Scott estivesse em um mau dia, mas sim o modo como lhe fizera parecer que seu mau humor relacionava-se à própria %Luna%. De repente, alheia à sua volta, %Luna% esbarrou em alguém.
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  — Oh, me desculpe! — %Bedingfield% pediu esticando um dos braços na direção da pessoa e a ela também, erguendo os olhos.
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  Bruh. Bruh Ateara era a pessoa em quem %Luna% esbarrou. A jovem quileute encarou a outra, a quem ela detestava com facilidade, de modo predatório, como se seus olhos transpassassem por dentro de %Luna%. Mas, ao contrário do que imaginou, Bruh não ameaçou %Bedingfield%, que não via nada além de uma garota adolescente e revoltada diante de si. Portanto, %Luna% a encarou de volta, sem abalar-se. As duas passaram em silêncio ao lado uma da outra, com a mais velha sustentando a intimidação de Bruh.
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  — O que foi, falsa quileute? Quer lutar? — Bruh perguntou zombeteira, quando notou que %Luna% passava ao seu lado sem desviar-se de seus olhares e ameaçou: — Olha que eu faço um estrago, hein!
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  — Não me subestime, criança… Posso não ter as mesmas táticas que as suas, mas eu também sei ferir. Onde mais dói. — %Luna% devolveu-lhe confiante e sóbria.
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  — Você acha mesmo? — Ateara retrucou, furiosa. — Não deu certo para ele uma vez e não dará de novo! Ele já sabe que garotas como você não podem curá-lo! — Soltou aquilo como se vencesse a uma provocação e saiu sorrindo torto. %Luna%, porém, permaneceu confusa e estática.
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  Do que Bruh falava? Ela mencionara Jacob, era claro, mas… O que ela queria dizer com aquilo? Curar Jacob de quê? De que garotas estava falando? Não dar certo de novo? Apesar da sensação de perder informações importantes, %Luna% tentou não dar tanto foco àquilo. Talvez Bruh só quisesse enganá-la ou dizer qualquer coisa para provocar reações em %Bedingfield%. Entretanto, era inegável que a jovem Ateara conseguira deixar %Luna% irritada! Pensar em que garotas ela se referia ou situação, a fez rememorar as desculpas de Black na noite passada.
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  — Lobinha ridícula! Cachorra de meia-tigela! Quem ela pensa que é? Aquela pirralha… — %Luna% xingava Bruh enquanto entrava furiosa em sua casa e de repente um lampejo racional veio à sua mente. De novo, as palavras de Bruh ressoaram como se a cena repetisse:
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  “Você acha mesmo? Não deu certo para ele uma vez e não dará de novo! Ele já sabe que garotas como você não podem curá-lo!”
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  E em seguida, mais uma vez, as palavras de Black:
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  “(…) É que eu tive um vínculo com uma pessoa, mas eu não sinto mais nada… Nem sei se senti. É confuso é que… Você é especial, desde você eu já não sei qual a razão desse sentimento antigo, e tantas coisas foram mudando…”
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  Se havia dúvidas antes de ouvir Bruh, depois, já não havia mais: Jacob tivera, ou ainda tinha, sentimentos por outra pessoa. Era alguém que definitivamente não deu ou não estava dando certo. Ponderou se poderia ser a própria Bruh… Mas não… Ele lhe garantiu que não a suportava! E depois… “sentimento antigo” ele dissera… Vasculhando suas memórias, %Bedingfield% teve um insight de outra conversa, mais antiga, entre ela e Embry:
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  “Sabe, %Luna%, Jacob sente amargura. Ele era apaixonado por Bella, mas então… As coisas tomaram rumos diferentes. Ela deve ter te comentado algo sobre isso, não?”
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  Bella? A sua antiga amiga? Jacob falava de Bella? De certa maneira, até faria sentido… A garota como ela de quem Bruh falou, o sentimento antigo… Só poderia ser sobre Bella! Mas era tão estranho pensar que Jacob não conseguia se relacionar consigo por causa dela. Algumas coisas pareciam começar a fazer sentido, mas em todo o caso, %Luna% não tinha a menor segurança sobre tal hipótese. Não sentia que fosse Bella a lembrança que se colocava entre ela e o quileute.
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  Durante o restante de seu dia, %Luna% fez tudo o que pôde para afastar aqueles pensamentos. Estava começando a perder o controle sobre o que sentia. Jacob começava a ocupar uma parcela grande demais dos seus desesperos e tornava-se ainda mais, a cada dia, o motivo maior de sua insônia.
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  Às seis horas, %Luna% parou com tudo o que fazia e foi preparar-se para escolher que roupa usaria no encontro com Scott. Concentrou os pensamentos no amigo, pois a preocupava vê-lo daquele jeito. Apesar da bela aparência e da excelente personalidade, Scott parecia ser muito solitário. O que era, também, muito controverso para alguém no qual a aura acarretava simpatias inúmeras, principalmente do público feminino. Daniela Parker que o diga! Scott parecia não ter amigos, sempre ocupado, sempre solícito, como alguém que cuida de tudo para os outros, mas não para ele.
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  Quando estava perto do horário de sair para ir até a cidade e o encontrar na casa dele como %Luna% planejara, ela deparou-se com batidas em sua porta. Estranhou, pois justamente havia dito a ele que iria ao seu encontro, a fim de que não desse a entender ao garoto que era um encontro romântico, já que ela sabia dos sentimentos de interesse do rapaz. Mas Scott pareceu notar a intenção de %Luna% depois que haviam se despedido e adiantou-se em ir buscá-la.
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  — Boa noite, %Luna%! Sei que disse que nos encontraríamos na cidade, mas fiz questão de vir buscá-la. É um tanto mais educado, não é? — ele falou assim que deparou-se com a mulher ao abrir a porta, de semblante confuso.
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  — Boa noite, Scott… Bem, eu… Tudo bem — disse ela, sorrindo ao final e o observando com mais atenção.
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  Ele estava muito bonito. Simples, mas irremediavelmente bonito, e a expressão cabisbaixa pareceu um pouco melhor. Talvez sair para conversar com ela o tivesse animado, e %Luna% ficou feliz em ter aceitado o convite do rapaz, visto que poderia fazer-lhe um bem.
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  — Você está linda.
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  — Ah, obrigada, mas estou o mais natural possível.
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  — Eu sei disso — Scott respondeu com uma serenidade habitual de todas as vezes que rasgava elogios à amiga.
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  — Mas por favor, entre. Seja bem-vindo.
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  Scott adentrou a casa bem arrumada e aconchegante de %Bedingfield%, embora fosse igualmente sombria pela distância de tudo. Ele não deixou de notar os riscos, mais uma vez.
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  — Como consegue ficar tão só? Não tem medo, %Luna%? — ele perguntou com um humor fraco evitando ofendê-la. — Esse bairro… Me dá arrepios, confesso. E a sua casa tão solitária…
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  — Eu tenho medo, na verdade… Frequentemente, ainda mais. — Ela riu. — Mas eu a comprei, não é? Não vejo como me livrar dela e depois eu não tenho para onde ir por enquanto. Este é o único bairro disponível em Forks. Parece que as pessoas não querem sair daqui, mesmo apesar de tudo o que acontece.
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  — É… Tem razão. Mas você precisa de uma companhia.
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  — Uma companhia? — ela indagou curiosa e até irônica, porque se ele lhe sugerisse um cachorro, seria de fato engraçado.
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  — Sei lá — ele riu —, alguém para não ficar tão só… Um parente. Ou algo que a protegesse como um cão ou um marido.
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  — Eu tinha os lobos, mas parece que eles saíram de temporada. — Ironizou e reforçou: — E um marido? Sério, Scott? Não sei… Entre lobos e homens, acho que prefiro os lobos.
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  — Os lobos não deveriam te causar tranquilidade — o rapaz respondeu curioso, observando-a terminar de fechar a casa para saírem. — Não quer casar?
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  — Talvez um dia… Por enquanto, tenho outros planos.
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  — Entendo… Podemos ir?
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  — Sim, podemos. — %Luna% pegou sua bolsa, apagou as luzes e trancou a porta da frente. — Aonde iremos?
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  — Nada público. Não queremos fofocas, não é? No seu caso… Mais fofocas.
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  — Sim, por favor! — Concordou risonha. — Algum lugar secreto?
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  — Um vilarejo próximo. Meia-hora de viagem. Mas garanto que não irá se arrepender.
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  — Tudo bem, eu gosto de vilarejos, lugares simples…
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  — E aldeias indígenas — Scott disse de modo objetivo.
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  — É. Você tem algum problema com isso? — %Luna% perguntou recordando-se de quanto Erick era contra aquilo.
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  — Não. Eu também gosto, talvez você até fique surpresa…
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  %Luna% não soube a respeito do que ficaria surpresa, mas enquanto ele dirigia, ela o observou meticulosa. O rosto pesado, a boca rígida, os olhos sem foco. Transparecendo uma alma assombrosa, perturbada, um fantasma interno. Ela estava tão desconfortável com aquilo! Ela queria e precisava ajudá-lo. Aquele não era o Scott que ela conhecera e qualquer que fosse o motivo de sua mudança, %Luna% desejava que ele voltasse ao que era.
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  — Scott. O que está acontecendo? Você está tão triste e eu estou realmente preocupada.
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  — Está preocupada comigo? Por quê?
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  — Porque você é meu amigo. E eu sei que tem algo o incomodando… Não pode se abrir comigo?
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  — Desculpe, %Luna%, eu não quero te preocupar ou fazê-la achar que estou sendo um imbecil de propósito… Fazê-la me desprezar ainda mais…
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  — Desprezá-lo? Eu nunca o desprezei, Scott. Nós já saímos tantas vezes, não é? Eu, você e o Peter. Menos vezes do que eu gostaria, mas em todas, acho que deixei claro o quanto gosto de você…
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  — Sim, deixou. E me desculpe, %Luna%, talvez a culpa seja inteiramente minha por criar expectativas irreais. Mas acho melhor esperarmos chegar para conversamos sobre isso.
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  — É por minha causa que você está assim, não é? — Ele a olhou de soslaio, incomodado. E bastou. %Luna% não precisava ouvir a reposta, estava clara. — Posso ligar o rádio? — perguntou ela.
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  — À vontade.
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  E no meio daquela música entorpecente e frenética, “From Now On” dos The Features, %Luna% observou pela janela os pinheirais de Forks correndo como se tivessem vida própria. Começou a pensar no que dizer a Scott. Estava claro que o assunto dele era sobre o que sentia por ela. A sua mente traíra e cruel, no entanto, a importunava em distraí-la sobre Jacob ao invés de formular uma desculpa decente para Scott.
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  Jacob, Jacob, Jacob… %Luna% sequer percebeu quando chegaram porque, como dito, ela travava uma luta interna consigo, segurando lágrimas, ódio e desejo por Jacob. O carro estacionou, ela de olhos fechados e escorada ao banco, e Scott a chamou algumas vezes.
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  — Você está bem? Chamei umas três vezes…
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  — Desculpa, Scott… Estava distraída.
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  — Ok… Vamos? Nós já chegamos.
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  %Luna% assentiu sorridente, Scott abriu a porta do carro para que ela descesse e, ao fazê-lo, %Luna% se deparou com um lugar incrível. Uma cabana com lâmpadas amarradas em cordas que se uniam, cabaninha por cabaninha; um pátio do tal vilarejo, que muito a lembrava a vila dos quileutes; pessoas sentadas em suas varandas, crianças correndo na rua, casais de namorados nas escadarias das cabanas e ao fundo, uma maior, por onde saía um som alto, barulho de vozes e risos. Era um bar. Típico “Saloon” de faroeste.
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  — Que lugar é esse, Scott? — %Luna% perguntou sob uma expressão maravilhada em presenciar uma cena tão antiga de filme.
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  — Vilarejo Menitt Howa.
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  — É uma tribo indígena?
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  — Sim, mas não tão mais indígena há muito tempo… Alguns costumes foram mudados com o tempo.
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  — É um lugar incrível.
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  — É… Mas só tem isso — ele disse apontando ao redor deles e sorrindo. — As cabanas dos moradores e o velho bar.
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  Scott abriu a porta para que %Luna% entrasse na cabana, ou “saloon”, onde o bar funcionava, enquanto a mulher esmiuçava com seus olhares atentos cada detalhe, cada pessoa.
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  — Tá brincando, Scott? Não tem mais nada?
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  — Não. É um esconderijo perfeito, não acha?
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  — É sim!
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  Os dois sentaram-se à uma mesinha ao fundo. O lugar parecia muito com os velhos salões de bebidas do faroeste que %Luna% assistia nas antigas fitas de filmes, herdadas de seu pai. A não ser pela decoração cheia de carrancas, artesanatos de tribos e muitos rostos simpáticos que diferiam do cinema.
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  Scott fez sinal para uma mulher que aparentava seus oitenta e alguns anos, um cabelo negríssimo, com poucas mechas grisalhas que media até os joelhos, todo trançado; alguns penachos decoravam seu penteado, olhos pequenos e puxados. Lembrava o rosto dos asiáticos, mas a pele era vermelha, como da maioria das tribos americanas antigas.
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  — O que vai querer beber, %Luna%?
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  — Não sei, o que você vai beber ou me sugere? — %Bedingfield% disse admirando a mulher sorridente, que a observava como se a conhecesse há anos.
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  — Eu estou dirigindo. Quer uma cerveja?
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  — É, pode ser — %Luna% respondeu absorta, ela ainda encarava a mulher de forma encantada. Aquela senhora era linda. Transmitia uma paz…
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  — Silakan melayani kita bir dan kaiak — Scott disse à mulher.
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  — Ya pak — a velha respondeu sorridente saindo em seguida.
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  — Mas o que foi isso? — %Luna% perguntou com a boca aberta e o cenho franzido numa satisfatória surpresa.
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  — É a língua que eles adotaram ao virem da Ásia.
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  — Como sabe dessas coisas?
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  — Frequento aqui há bastante tempo… Eu trago a mercadoria para que eles vendam.
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  — São seus fregueses?
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  — Não. São meus amigos. Ninguém, até onde sei, de Forks sabe desse lugar.
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  — Além de mim?
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  — Sim e, claro, da minha família — ele disse rindo.
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  O astral de Scott começou a mudar. O que era totalmente compreensível estando naquele lugar.
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  — Eu forneço para eles a mercadoria a um preço pequeno, basicamente só repassamos o custo. É também nossa forma de ajudar, já que o que restou da tribo vive com tão pouco. Distantes de tudo. Eles também fazem os trabalhos manuais que são vendidos na estrada e têm suas receitas próprias aqui na cabana.
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  — Eu acho que você não poderia ter me trazido a um lugar melhor…
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  — É perturbador presenciar a forma como você fica diante de lugares assim… Imagino que foi o mesmo quando conheceu os quileutes.
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  — O que quer dizer?
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  — Seus olhos… Transmitem uma alegria que não vejo em você quando está na sua rotina. É como se você pertencesse a esse mundo.
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  — Seu pai estava certo quando me viu e perguntou se eu era quileute. — %Luna% revelou e Scott espantou-se com o que ouviu. — Quero dizer… Eu não sou uma quileute, mas eu tenho sangue indígena.
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  — Sério? — indagou chocado de um modo positivo. — Isso explica algumas coisas.
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  — Meus pais… Eram filhos de indígenas.
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  — Você é realmente a pessoa mais surpreendente que Forks já viu… Nem mesmo os Cullen causaram tanto alvoroço nas pessoas.
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  — Os Cullen? — %Luna% ouviu aquele nome e algo em si pareceu reconhecê-lo. Onde ou quem já havia lhe dito sobre eles?
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  — Uma família bastante singular que morou por aqui. Há alguns anos eles se foram. E a Bella foi com eles, ela casou-se com um deles, o Edward. Foi um grande evento… Ela destoava um pouco deles, não sei bem no quê, mas… Era estranho.
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  — Por que nunca me disse isso?
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  — Não sei, talvez não tivéssemos falado de nada que me levasse a comentar…
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  A senhora chegou com as bebidas ‘kaiak’, ‘ber’. Quando estava saindo, disse outras coisas para Scott e olhando para %Luna%, sorriu:
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  — Dia benar-benar indah. Tapi masa depan mereka tidak menyeberang.
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  — O que ela disse? — %Luna% logo perguntou, muito curiosa, sem tirar os olhos da senhora.
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  — Não entendi… — Scott, apesar de compreender, mentiu, pois não queria contar à moça que o que a senhora dissera foi que %Luna% era realmente muito bonita, embora seus futuros não se cruzassem.
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  — Por que eu causo tanto alvoroço nas pessoas, Scott?
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  — Eu não consegui compreender ainda, mas… Papai disse que grandes mudanças vieram com você.
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  — E pode me dizer por que as pessoas se importam tanto com o que o seu pai diz…? Quero dizer, é como se elas confiassem na certeza das palavras dele.
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  — Meu pai nunca diz algo que não acontece. Ou que não tenha coerência.
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  — Ele é um tipo de profeta?
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  — Não. — Scott riu. — Mas sempre acerta, na grande maioria.
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  — E que mudanças são essas?
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  — Ele não diz. Acho que não sabe. Mas toda a cidade sente.
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  — Como assim?
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  — As pessoas sentem-se atraídas por você, mas não sabem se isso é bom… Não percebe isso?
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  — Atraídas? Por mim? — %Luna% riu como se escutasse um absurdo. — E sentem medo?
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  — Não… É algo maior… — Carter disse aquilo como se estivesse buscando ou enxergando alguma coisa ao redor dela ou, ainda, como se soubesse que havia um mistério, embora, fosse incapaz de defini-lo.
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  %Luna% e Scott beberam suas bebidas, encarando-se em silêncio. Ela esperando alguma resposta, e ele a analisando até declarar de novo:
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  — Seu olhar, %Luna%… Ele é fulgurante. Anunciador de alguma coisa além do que podemos compreender.
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  — Você está me fazendo sentir como se eu fosse um mostro… — a mulher falou cortando o clima de suspense e fazendo Scott rir.
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  — Não. Só não é alguém comum. Nem surgiu para pequenas coisas. Conte-me! Como era a sua vida, suas relações com as pessoas, antes de vir para Forks?
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  — Ah… Eu sempre fui rodeada de amigos. Algumas intrigas também, mas para mim isso sempre foi normal.
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  — Sempre foi popular, não é?
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  — É, acho que posso dizer isso.
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  — Ninguém consegue imaginar você e a Bella como amigas. Principalmente porque a Swan era… Apagada. O contrário de você. Eu, por exemplo, sentia algo de sombrio nela. Acho que é por isso que algumas pessoas te evitam, %Luna%! Por saberem que a Bella trazia um desconforto para nós e quando se uniu aos Cullen isso ficou maior. Eles não eram más pessoas. Mas eram muito distantes de todos, um pouco estranhos. E acho que algumas pessoas querem ficar perto de você, pelo inverso, justamente porque para alguns, você desperta o contrário do desconforto de Bella.
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  — Bella não tem sido o melhor ponto de referência para mim desde que cheguei. Ninguém fala nada que possa explicar isso. Mas acho que ninguém sabe de fato sobre alguma coisa a respeito do que houve com ela.
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  — Só os quileutes. Eles devem saber, com certeza — Scott respondeu convicto sob um risinho sábio. No mesmo instante, sua expressão estava diferente de novo.
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  — Por que diz isso?
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  — Eles são conhecedores de todos os mistérios da cidade. É o povo mais antigo. Os primogênitos de Forks. É por isso que você é tão apegada a eles? Por causa da relação em comum com a Swan?
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  — Não. Eu realmente gosto deles.
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  — Quer outra cerveja? — Scott perguntou desviando o assunto para a bebida. Não precisava que ela de repente começasse a dizer o quanto era apaixonada por algum quileute, como o mesmo desconfiava que seria.
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  — Sim, por favor.
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  — Quer experimentar uma comida típica daqui?
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  — Hum, claro!
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  — Rasa Tanah. Rasa significa sabor e Tanah, terra. É o que eu mais gosto, na verdade é um prato à base de carnes e tubérculos.
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  Depois de explicar a %Bedingfield%, Scott chamou a velha senhora e fez os pedidos.
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  — Você me parece à vontade aqui.
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  Sim. É meu refúgio. Surya, além de tudo, sempre foi uma grande amiga, uma ótima conselheira.
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  — Surya… É o nome da senhora que nos serviu?
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  — Sim. Ela é a Ibu pemimpin keluarga da vila. A matriarca. É a mais velha viva.
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  — Qual a idade dela?
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  — Completou cento e quinze anos, mas tem alma e carinha de oitenta.
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  %Luna% deixou o queixo cair com a informação surpreendente de uma vida duradoura como a de Surya.
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  — Ela é linda.
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  — Sim. O povo diz que Surya foi a mais bela mulher da aldeia. Desejada por todos. Mas casou-se com o filho do cacique.
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  — E ele?
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  — Morreu em uma batalha. Ela não era apaixonada por ele e quando ele descobriu, propôs ao homem que ela amava a disputa por ela. É um dos costumes da vila, que já não existe mais. Aqui o que manda é o sentimento das mulheres. Os homens devem zelar pela felicidade delas.
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  — Que incrível! — %Luna% falou encarando-o de modo ainda mais admirado pelo amigo e ele notou.
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  — Por que está me olhando assim? — perguntou.
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  Outra pessoa foi os servir enquanto Surya apenas observava aos dois, cautelosa, do balcão.
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  — Como você pode ser outra pessoa tão encantadora quanto a que eu conheci no mercado? Eu jamais… Imaginaria você com tudo isso. — %Luna% apontou para o entorno em que estavam.
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  — Então eu acertei. Eu sabia que quando a trouxesse aqui você gostaria mais desse Scott.
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  — Não. Não gosto mais. Eu continuo gostando de você da mesma forma, Scott. Só a minha admiração que aumentou.
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  — Que pena, então… Eu achei que conseguiria conquistar um pouco mais de afeto.
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  — Scott… Vamos voltar ao ponto que paramos no carro. O que você está sentindo, além de tristeza por ter sido desprezado, embora não tenha sido?
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  — Eu te amo — ele declarou de uma só vez, após a pergunta dela, sem receios. %Luna%, no entanto, sentiu seu sorriso e reação de alguém pronta a confortá-lo esmorecer. — Evitei dizer isso todo o tempo. Mas acho que sempre deixei claro o meu interesse, não é?
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  — Amor? Isso é tão inconsistente, Scott…
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  — Por quê?
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  — Porque para amar a gente tem que conhecer.
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  — Embry já havia me dito que você não acredita em amor à primeira vista.
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  — O Embry? Quando falaram sobre isso?
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  — Já tem algum tempo. Nós também somos amigos. Eu contei a ele o quanto eu sentia a necessidade de estar mais perto de você, mas eu sabia que você não se interessava por mim. Então o procurei para perguntar se você estava com alguém da reserva. Tomei um susto quando ele me disse que vocês estavam juntos, mas já haviam terminado. Então ele disse que eu deveria ser sincero com você, mas só falar quando eu realmente estivesse preparado, porque você não acredita que um homem pode, sem pedir muito, amar de repente.
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  %Luna% estava mais do que surpresa. Estava confusa. Guardou aquelas palavras que mereciam uma análise cuidadosa quando estivesse em sua casa.
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  — Estive me preparando essa semana para te dizer o que sinto e receber um “não”, bem grande. Mas confesso que por mais que eu já saiba o que você me dirá, é difícil me conformar.
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  — Sabe o que eu vou dizer?
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  — Que no momento você não está preparada. Que está confusa com algumas coisas, com outra pessoa. E que espera que possamos continuar amigos e irá dizer também para eu pensar um pouco mais no que eu sinto. Porque não quer me magoar e não quer que eu me confunda.
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  — Você é bom — ela disse envergonhada. — Isso é… Constrangedor. Eu já sabia que o assunto era mais ou menos sobre os seus sentimentos relacionados a mim… E que eu teria que dizer alguma coisa, mas não consegui pensar em nada para falar. Nem mesmo pensei que ouviria tudo o que você disse. E como você também afirmou, eu não tenho como lhe prometer ou permitir que aconteça algo… Eu estou em um momento um tanto… Indescritível até mesmo para mim.
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  — Isso significa quê?
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  — Que você não deve ter esperanças, Scott. Não é que eu esteja te rejeitando de um modo permanente. Pelo contrário, você tem atributos e qualidades que muito me atrairiam. Pode ser que um dia… Sei lá, as coisas me levem a nós, mas não confie nisso. Eu nunca vou tomar alguma atitude até que eu tenha certeza dos riscos. Na verdade, isso é mentira… — %Luna% repensou o caminho que o próprio discurso estava tomando e recalculou os argumentos sinceros. — Eu tenho me arriscado muito ultimamente e não consigo refrear esses atos impensados, mas sei que quando o risco não virá para mim e sim para alguém importante a mim, eu analiso com cuidado. Eu não arriscaria nem um fio de cabelo de quem eu amo.
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  — De quem ama… Como pode dizer isso? Há pouco falou que para amar a gente tem que conhecer… — desafiou-a de um jeito calmo e sereno. O jeito de Scott.
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  — Eu… Scott… A questão não é essa! Eu amo você, amo o Peter, o Erick, os quileutes… Os poucos amigos que tenho aqui, como iguais. Mas o amor ao qual você se refere, não é amor. É paixão. Não estou dizendo que você não pode me amar, só estou dizendo que o que você sente ainda não pode ser amor.
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  Scott a olhou apoiando a cabeça nas mãos em cima da mesa. Bebeu seu kaiak e fitou-a como se tentasse invadir seu interior.
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  — Que cara é essa? — %Luna% perguntou aflita.
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  — Estou tentando decifrar você… — Ele a fez sorrir sem graça descontraindo o clima desconfortável que havia ficado. — Então quer dizer que… Eu posso manter a esperança, mas não acreditar em nós? — indagou com certa confusão, pois a desculpa dada pela amiga era, de fato, contraditória.
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  %Luna% sorriu largamente ao ver a expressão de quem tentava a pegar desprevenida com aquela retórica. E o sorriso dela, contagiou o dele. %Bedingfield% virou um gole e, suspirando, pediu para que eles esquecessem aquele assunto:
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  — Scott… Só vamos deixar que aconteça o que, e se, tiver que acontecer.
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  — Tudo bem. Eu sei que não sou eu. Sei que não vai acontecer, mas uma única vez… Eu vou te beijar, %Luna%. Porque não existe outra que eu queira tanto, e nem vai existir. — Ela escutou aquilo surpresa, e ficou sem resposta. Não sabia o que dizer a ele.
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  %Luna% encarou Scott com seus olhos arregalados enquanto os dele transpareciam calmaria, no rosto do belo homem havia um grande sorriso. A velha senhora aproximou-se dos dois após observar um pouco da dinâmica do casal e, encostando a mão no ombro de Scott, disse como alguém que surgia apenas para intrometer-se:
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  — Gadis itu bingung. Dan kamu menipu dirimu sendiri. Gadis itu bukan milik tujuanmu.
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  (— A menina ficou perplexa. E você está se enganando. A menina não pertence ao seu propósito.)
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  — Dia mungkin bukan miliknya, tapi dia ada di dalamnya.
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  (— Ela pode não pertencer, mas está nele.)
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  %Luna% observou a conversa entre os dois, confusa, claro. Mas sentiu ainda mais curiosidade, pois entre os dois pairava uma atmosfera de que o assunto era ela. E caso estivesse certa, ela sabia que Scott não lhe contaria, por isso, %Luna% pegou seu celular e pôs-se a gravar o que eles falavam, sem que os dois notassem.
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  — Jangan kejam pada dirimu sendiri. Itu tidak akan bertahan lama, dan apa yang kamu rasakan hanyalah tandanya.
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  (— Não seja cruel com você. Não vai durar, e o que você sente é apenas o sinal disso.)
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  — Tapi tanda-tanda itu bisa menjadi hal yang baik, dan aku menginginkannya.
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  (— Mas esses sinais podem ser uma coisa boa, e eu quero.)
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  — Dia bukan untukmu, terimalah.
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  (— Ela não é para você, por favor, aceite.)
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  — Aku merasakannya. Aku merasakannya. Dan itu tidak berarti dia juga bukan bagian dari diriku… Aku juga bisa terhubung dengannya.
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  (— Eu senti. Eu sinto. E isso não significa que ela não seja também parte de mim… Eu também posso estar ligado a ela.)
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  — Jika seperti yang kamu katakan, jika kamu ingin menempuh jalan itu, maka kuharap kamu benar-benar siap.
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  (— Se é como diz, se quer seguir por este caminho, então espero que esteja realmente pronto.)
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  — Aku sudah siap untuk waktu yang lama.
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  (— Estou pronto há muito tempo.)
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  — Jalur ini tidak bisa kembali, hanya ada satu kesempatan untuk memilih.
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  (— Este caminho não tem volta, só há uma chance de escolher.)
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  — Aku sudah tahu apa yang akan dia pilih. Jadi mencoba tidak akan menyakitiku.
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  (— Eu já sei o que ela vai escolher. Então não é como se tentar fosse me prejudicar.)
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  — Bocah riang, tidak tersesat…. Aku akan selalu ada di sini untuk apa pun yang kamu butuhkan.
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  (— Menino despreocupado, não se perca…. Eu estarei sempre aqui para o que precisar.)
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  — Saya menghargai itu, Nenek.
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  (— Agradeço por isso, vovó.)
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  A senhora sorriu para Scott depois daquele diálogo e olhando a expressão curiosa e confusa, também um pouco boquiaberta de %Luna% a encará-los, sorriu para ela também, e em seguida a anciã saiu.
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  — Eu vou arriscar, apesar de achar que não, mas… Você vai me deixar saber o que disseram?
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  — Não. É melhor não.
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  — Tudo bem…
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  Apesar de desejar interrogar o amigo e arrancar qualquer informação que a mesma pressentia ser sobre si, ela não o fez. Os dois continuaram conversando e nada mais sobre aquele assunto foi dito. Um pouco depois de comerem e beberem, Scott quis levá-la para o pátio da vila e %Luna% conheceu todo o vilarejo.
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  Eles caminharam como bons amigos de braços dados, Scott apresentou ela a muitos moradores da vila e, embora fossem dez horas da noite, não parecia que os nativos dormiriam tão logo. Era um povo muito animado! E todos se referiam a Scott como “Anak laki-laki riang”.
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  As crianças da tribo gostaram do cabelo de %Luna%, não só pela mistura dos tons negros e mechas castanhas, para elas incomum, como pelo volume farto e as ondulações que diferiam da maioria dos cabelos indígenas da região, sempre tão lisos.
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  — O que significa “Anak laki-laki riang”?
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  — Menino alegre, menino despreocupado… Mais ou menos isso — Scott a respondeu orgulhoso.
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  — Puxa, era mais fácil que eles apenas dissessem o seu nome já que, de fato, pensar em você é pensar em alegria. Sem falar que “Scott” é bem mais curto… — %Luna% comentou um pouco altinha da bebida e Scott não conteve o sorriso de quem achava graça nela a cada expressão que fazia.
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  Não demoraram mais a ir embora. Então Scott e %Luna% se despediram das pessoas com quem conversavam na vila e a mulher prometeu que voltaria. Os dois entraram de novo no carro de Scott e, enquanto ele dirigia fazendo o caminho de saída do vilarejo, as crianças nativas corriam atrás do carro. %Luna% ficou observando-as sorridente e Scott acenou para elas da janela, afirmando:
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  — Acene também, senão elas virão atrás de nós até você acenar.
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  %Luna% riu fartamente, alegre de fato pela noite tão incrível que tivera e pendurou-se na janela do carro acenando de volta e gritando “até mais” para as crianças. Só então as crianças pararam de correr e acenaram de volta, logo dando as costas e voltando para a vila.
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  Aquela noite fora uma experiência muito inusitada para %Luna%! Não mais que outras que ela havia vivido em Forks, mas era tão especial quanto. Ela estava muito feliz e um pouco bêbada, então, gargalhava divertida e animada no banco do carro, já recomposta, mas segurando sua barriga. Não era risada de graça, era risada de deslumbramento, admiração e alegria genuína.
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  %Luna% estava eufórica no banco, digerindo aquelas memórias todas que mais pareciam-lhe ter entrado em um livro de contos e lendas, e Scott a observando sereno, satisfeito. Logo ele começou a rir junto com ela, porque não dava para não achar cômica a reação da mulher que ele não sabia se estava mais surpresa ou sob efeito de uma “metamorfose alcóolica”. Ao vê-lo alternar os olhares entre ela e a estrada, com boas risadas de tudo aquilo, %Luna% foi acalmando sua efusividade e parando de rir, trocou um olhar indagativo a ele e perguntou:
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  — As crianças correriam até Forks? O que foi aquilo? — E riu de novo, mas fracamente. — Elas realmente me esperavam acenar! Que divertido!
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  — É minha culpa — Scott começou a explicar —, acostumei a acenar para elas quando corriam atrás do carro e acho que elas pensam ser um cumprimento obrigatório. Tornou-se um ritual de despedida. Só param de correr quando eu aceno. E como você estava comigo, elas esperavam você acenar também…
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  Um breve momento de calmaria se colocou entre os dois no carro e %Luna%, já plácida e ainda mais curiosa, sorriu de maneira singela para Scott, o agradecendo.
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  — Obrigada.
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  — Pelo quê?
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  — Por dividir isso comigo. Você disse que ninguém mais além de você veio até aqui… Que você nunca trouxe alguém…
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  — Eu ainda posso dividir muitas coisas com você, %Luna%. — O tom dele não só era sério, como era sedutor de um jeito sutil.
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  %Luna% percebeu Scott com outros olhos naquele momento. Era talvez, a primeira vez em que ela o olhava como um homem a quem ela poderia beijar se as circunstâncias atuais fossem outras. Buscando afastar a onda de curiosidade sobre como seria o beijo do amigo, %Luna% mudou de novo o rumo da conversa:
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  — Agora… Responde uma coisa?
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  — O que você quiser.
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  — Eles não são apenas seus amigos. — Tão logo ela contestou, Scott suspirou como se entregasse a resposta da prova de matemática nas mãos da professora enquanto colava.
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  — Você percebeu…
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  — É. Percebi o quanto você faz parte daquilo tudo… É pelo lado do seu pai, não é?
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  — Sim… Ele é neto de Surya. Mas o meu pai não vem muito aqui por causa da morte dos meus avós.
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  — O que houve com eles? — %Luna% perguntou ajeitando-se a sentar de lado no banco, sem retirar o cinto de segurança, muito atenta para ouvir a história que Scott contaria.
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  — Quando os indígenas começaram a ser caçados pela América, os Menitt Howa perderam muitos deles. Meus avós estavam entre alguns assassinados e os poucos que restaram, fugiram para esses lados, assim como em algumas outras tribos da região. Esse vilarejo é o que restou dos antigo Menitt.
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  — Por que nunca ouvi falar dessa tribo na história que retrata os povos originários dessa região?
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  — Porque não é legitimamente americana. A aldeia mesmo era toda de povo indonésio, ao virem para a América os povos misturaram-se entre Apaches e Menitt.
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  — Como você pode esconder isso tudo de mim? — %Luna% retrucou indignada, pois, como bem sabia o amigo, ela era uma aficionada por histórias antigas e lendas, além de ser uma curiosa fã de estudar as civilizações indígenas e já havia comentado com ele sobre suas motivações e raízes.
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  — Era a minha última cartada. Tive que esperar o momento certo. — Ele riu dando de ombros.
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  — Mas você é completamente diferente… Digo… Vocês não têm essa ligação… Seu pai, o Peter… Não é como os quileutes com a coisa de serem tão parecidos entre si.
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  — É… Não tinha como sermos idênticos, não é?
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  — Só na personalidade, Anak laki-laki riang. Você, Peter e o Sr. Carter são igualmente adoráveis.
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  Os dois riram quando %Luna% mencionou o apelido de Scott de um jeito atrapalhado. Durante a volta, %Luna% acabou adormecendo e só acordou quando já haviam chegado e Scott a carregava.
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  — Ei… — Scott sussurrou e %Luna% levantou a cabeça que estava recostada no peito dele, e observou ao redor ainda sonolenta, mas reconhecendo sua própria sala. — Acorda, aventureira — ele sussurrou de novo e se explicou: — Desculpe, %Luna%, tive que pegar a chave em sua bolsa. Não quis acordá-la, dormia tão tranquila, mas achei errado só te deixar aqui e ir embora sem me despedir. — Scott terminou de falar já colocando-a no sofá.
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  %Luna% esfregou os olhos e jogou as costas para trás, bocejando, e riu quando voltou a olhar para o amigo em pé, de braços cruzados à sua frente, com um sorriso ladino.
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  — Tudo bem. Obrigada por me trazer em seus braços fortes, Scott — ela riu — e desculpe por dormir durante todo o caminho.
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  — Tirando os roncos, está tudo bem.
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  — Roncos? — Ela arregalou os olhos um tanto envergonhada.
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  — Estou brincando — Scott disse rindo e se abaixou para acariciar o rosto dela de modo delicado. — Você parecia uma criança cansada dormindo. Acho que foi efeito da cerveja também, não é?
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  Sentindo os dedos carinhosos dele em seu rosto e a ajeitar alguns fios de seu cabelo, o sorriso simpático e respeitoso de Scott, %Luna% ficou o olhando com algumas dúvidas e surpresas. Quantas revelações sobre ele, ela tivera naquela noite. O tempo todo havia alguém como ela bem à sua frente. Alguém que não era uma espécie de metamorfo ou lenda, mas sentia-se parte de algo maior. De uma história, uma ancestralidade. E, de novo, %Luna% percebeu que Scott era atraente de um jeito novo. Enquanto ela ficava calada o esmiuçando, o homem achou estranha a atitude dela. Ficou pensando em o que estaria se passando na mente dela ao encará-lo daquele jeito, e presos em olhares estudando um ao outro, Scott colocou uma mecha do cabelo dela para trás da orelha.
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  — O que você está estudando em mim? — ele perguntou.
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  — Como a vida é engraçada… Eu achei que estava cometendo algum crime desviando-me para os quileutes e que estava sozinha… Porque por mais que eu os adore, eles não conseguem me compreender… Quero dizer, eles me acolhem, me tratam como um deles, mas não compreendem os lamentos da minha alma tão confusa… De algum modo, eles e eu somos distantes e muito próximos, mas aí… Você…. Surge com toda a sua normalidade igual a minha, e com os dois pés fincados em um mundinho tão seu… Você é igual a mim, Scott — %Luna% declarou de um modo quase filosófico. Scott riu fraquinho e abaixou o olhar como quem pensava distante, só tornando a encará-la quando a amiga lhe perguntou: — E você, o que estava analisando me olhando desse jeito?
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  — Desde que eu a vi, eu já te conhecia. Meu pai também sentiu que já te conhecia, mas ao contrário de mim, ele falou, não foi? Eu guardei cada traço teu, de antes dessa noite, e agora… Enquanto te olhava gravando os traços de uma %Luna% diferente após ter conhecido a vila, eu pensava… Analisava, ou melhor, tentava analisar… O quanto a sua direção mudou. Porque seus olhos sobre mim já não são os mesmos.
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  — Isso é ruim?
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  — Não. Só me pergunto se fiz as coisas no tempo certo.
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  — Não acho que devamos marcar as coisas com tanta ordenação do tempo… Isso não faz diferença em alguns casos.
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  — Mas é assim que as coisas são. O tempo organiza. E ele é necessário até mesmo para desorganizar… Então, será que na tentativa de organizar algo confuso entre nós, eu tenha desorganizado ainda mais?
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  Aquela pergunta pairou sem resposta por alguns instantes, %Luna% estava deslumbrada. A cada palavra de Scott Carter ela descobria um novo ser, um novo amigo, um novo homem e um novo alguém que talvez fosse capaz de compreendê-la totalmente.
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  — Boa noite, %Luna%. Eu tenho que ir agora.
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  — Tudo bem… Eu te acompanho até a porta — ela sibilou quase inaudível de tanto que estava imersa nas palavras ditas por ele. Se levantando sob um clima de tensão diferente entre eles. Os dois caminharam em direção à porta de entrada dela, quando Scott retesou os passos no meio do caminho. — O que foi, Scott?
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  — Agora eu fiquei com medo.
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  — Medo? Medo de que, Scott?
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  — De acordar amanhã e tudo não ter as mesmas proporções…
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  — Co-como assim? — A amiga encarou os olhos dele sobre si, um tanto confusa, inebriada.
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  — Eu vou ter que fazer uma coisa, %Luna%… Só para que eu possa seguir em frente… Porque se eu não fizer, tanto posso retroceder como continuar no limbo em que estou, mas eu quero arriscar saber o que vem depois.
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  — Do que está falando? — %Luna% se aproximou de Scott e tocou no braço dele, preocupada e confusa.
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  E foi assim que ele tocou a mão dela que repousava em seu braço, com a cabeça acima da dela, pela diferença de altura, firme a manter uma linha direta do olhar que encarava os lábios da mulher. %Luna% percebeu aquele olhar como se uma chama de paixão pudesse sair das irises de Scott recaindo em si, e a atmosfera ao redor dos dois mudou.
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  Foi estranho, foi hipnótico, foi envolvente. Ela não sentiu os próprios pés dando pequenos passos de encontro a se aproximar ainda mais dele. Era como se um ímã os atraísse para perto, contudo, com pouco fogo. Não era luxúria, não era paixão, era um misto de estranheza ingênua, como quando adolescentes estão prestes a dar o seu primeiro, atrapalhado e tímido beijo. %Luna% tocou com a outra mão o rosto de Scott sem desfazer o contato visual, e o rapaz envolveu a cintura dela com seu braço, a trazendo delicadamente para perto.
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  — Scott? — No silêncio confuso da ausência de resposta dele, o resultado foi um beijo.
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  Os dois colaram suas bocas, com os olhos fechando devagar, e explorando e experimentando um ao outro, o ósculo era calmo e curioso. Era manso, cuidadoso, macio, uma sensação bem típica de Scott Carter causar. Totalmente contrário do que seria o arrebatamento de beijo quente e luxurioso que faria %Luna% perder-se nos braços de quem a beijasse. Entretanto, aquele beijo ingênuo tinha notas de maturidade e confiança capazes de deixar que ele guiasse as reações dela, e não o oposto. E só isso, por si, já foi para %Luna% uma surpresa enorme, quando sentiu uma mão de Scott em sua nuca, entrelaçando dedos por seus cabelos, segurando a cabeça dela como se a movimentasse para onde ele quisesse. Scott Carter, como alguém que manipula o boneco de ventríloquo, dominou o corpo de %Luna%. E ela deixou-se beijar por ele, como a outro, talvez, não deixaria; sem o menor pingo de disputa por “quem está beijando quem”.
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  Foi Scott que parou o carinho, afastando o rosto um do outro e explorando, já com olhos atentos, a expressão dela. A mulher com olhos ainda fechados, a boca entreaberta na espera de que ele retomasse ou dissesse algo. Um sorriso brando, ladino, de ladrão que surrupia uma maçã na feira sem ser pego e depois sai caminhando tranquilo, lustrando a fruta na camisa e a mordendo, estampava ao rosto de Carter. %Luna% então abriu os olhos notando-o satisfeito, sentindo a mão dele baixando de sua nuca num deslizar respeitoso pelas costas dela, e ela estava completamente assustada pelo modo como ficou dominada por ele. Sequer aproveitou o momento para também explorar alguns carinhos entre os braços, costas ou pescoço dele. Lembrou-se de Theo, seu antigo noivo beijava-a daquele jeito.
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  — Desculpe por isso. — Scott, por fim, rompeu o silêncio se afastando mais.
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  — Não tem que se desculpar. Acho que estávamos os dois curiosos por isso, depois de tudo… — ela disse recobrando a consciência e os gestos. — Não… Não peça mesmo desculpas por isso…
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  — Eu não sei o que vai ser quando nos vermos de novo. E nem vou ficar no seu pé ou fazendo dessa noite uma cobrança. Eu vivi o que queria contigo hoje, e…. O beijo… Eu realmente me culparia se saísse daqui sem ao menos deixar essa memória a mais pra nós dois.
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  — Scott, não pretendo te evitar por causa disso ou das suas confissões. Não se preocupe! Eu acho que no fim a gente realmente terminou a noite num encontro! O que era para ser só uma saída entre amigos, mas não me arrependo.
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  — Eu fico feliz por isso, de verdade. — Ele sorriu um sorriso de garoto travesso. — Eu acho que consegui mudar um pouco a minha imagem, não é?
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  — É, não posso negar. Agora você tem um… — %Luna% riu entrando no clima de gozação que o amigo estava provocando para descontrair. — Tem um tempero a mais, malandro….
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  Os dois riram e ele apontou a porta para ela, sorrindo.
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  — Tenho que ir.
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  %Luna% acenou e continuou o acompanhando à saída. Abriu a porta para ele e os dois se despediram em um abraço. Ela aguardou que ele entrasse no carro e assim que Scott fechou a porta, ela acenou e entrou, trancando a própria casa. Apagou as luzes da sala e subiu correndo para seu quarto e depois de acender a luz do abajur da mesa de cabeceira, %Luna% espiou em sua janela entre as cortinas: o carro de Scott ainda estava parado em frente à sua casa e o homem encarava o próprio volante, em inércia, pensativo. %Luna% suspirou e saiu das escondidas da janela, observando-o com mais atenção e Scott, dentro do carro, suspirou pesadamente.
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  — Você fez o que podia no momento mais apropriado, Scott. Agora é deixar as coisas acontecerem ou não — falou sozinho para si, e debruçou-se um pouco sobre o volante batendo a chave na ignição. Olhou para cima e notou %Luna% na janela, o observando. Piscou na direção da amiga e acenou sorridente, logo ela correspondeu ao sorriso, e ele partiu do lugar.
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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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Lelen

Pera que uma hora eu consigo ler tudo o que eu perdi até aqui KKKKK
Socorro, em algum momento eu consigo! 💪
(Perdoa, Jacob, eu te chutei no começo da história kkkkk mas continua chutado, meu lobinho favorito é o Seth e nem é por causa do Booboo, é porque o Seth é coisinha mais preciosa desse universoooo 🥹 🥹 🥹 🥹 )

Ray Dias

Ai amiga, eu te entendo! Eu sou apaixonada no Seth ♥

Liv

adoro que a Luna tá conquistando vários corações HAHAHAHA
Jacob tá perdendo a oportunidade, bem feito. Fica nessa demora toda e a gata está nos braços de outro.
aguardando o próximo capítulo hehehehe
Ps: queria o Embry como endgame hehe

Ray Dias

Amiga, só aceita que o Embry já foi, o Erick já foi, e a Luna ainda tem muita aventura pela frente. E tu, também hahahhaha

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