ENTRE LOBOS E HOMENS

Escrita porRay Dias
Revisada por Lelen

Nota de autora inicial: Essa é uma fanfic escrita em 2012 por mim, postada em outros sites anteriormente, agora, a história está entrando no Espaço Criativo sob nova revisão e edição. Para quem leu antes, há mudança de narrador e algumas cenas.
Playlist da história


Capítulo Quinze • O que está acontecendo entre nós?

Tempo estimado de leitura: 22 minutos

  O dia seguiu como tantos outros: pacato. Steve pegou o turno da tarde e %Luna% foi para casa. Ela concentrou-se nos planos de seu laboratório e, procurando pela internet, encontrou um ótimo lugar para construí-lo. Decidida a não perder aquela chance, %Bedingfield% foi atrás do vendedor, mas o terreno já estava vendido, e como havia reservado aquele momento para a tarefa, %Luna% optou por vagar em busca de outros possíveis terrenos em Forks.
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  Após muita procura, sem sucesso, a fome lhe indicou o momento de pausa. Frustrada, ela retornou para sua casa e dedicou-se ao jardim, que estava sendo destruído por lagartas já que a mulher não tinha tempo para se dedicar a ele ultimamente. Enquanto tratava-o, ela observou como aquelas lagartas estavam gordas, realmente enormes. Insetos que pareciam monstros. De repente, indagou-se, “Tudo em Forks sempre nos remete a monstros?”. Felizmente, se elas eram enormes lagartas, logo, seu jardim estaria repleto de lindas e grandes borboletas.
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  Todo aquele cuidado com o jardim era, de fato, necessário. %Luna% fora bastante relapsa com as suas plantas que morriam aos poucos. O que era para ser um lindo canteiro de vida estava a ponto de se tornar um cemitério de flores, com exceção das suas plantas de estudo que se mantinham em um ponto de sua casa, mais artificial e protegido. Aquelas sim, eram as plantas pelas quais %Luna% dedicava-se sem se descuidar.
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  Depois de regar flores mortas, a mulher permaneceu observadora ao analisar a fachada da própria casa. Por mais que a pintura fosse nova, tudo ali era sombrio. Um jardim fraco que mal florescia, um casebre velho que em tudo rangia e soava ventos solitários e assustadores. Nem o cheiro de lá era bom… Era uma mistura de floresta e bolor. Parecia que a vida não gostava de se manter em Kalil, e ela começava a sentir uma repulsa forte por aquele lugar. Ficou ainda mais pensativa a respeito da última conversa que tivera com Erick: “Onde será que ocorreu o ataque? Seria perto demais da minha casa? Aquele homem na minha porta teria alguma coisa a ver com o assassinato? Era um homem? O que Jacob viu? E qual era o nível de perigo que eu corria agora?”, tantas perguntas sem respostas martelavam em sua cabeça.
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  Por fim, ela entrou em casa e após tomar banho retornou aos seus estudos da alga marinha encontrada em La Push. %Luna% descobrira há algum tempo que a planta continha um poder muito alto de antídoto para veneno. Fizera alguns testes de reação com algumas substâncias tóxicas e naturais, e à maioria delas o sumo da planta combatia. Sua intenção era desenvolver no seu laboratório uma fórmula medicinal com o sumo da planta. Também descobriu que a própria alga recém-retirada da água quando em contato com a pele, produzia enzimas capazes de acelerar a cicatrização de queimaduras e cortes na pele humana. Era uma excelente, valiosa e revolucionária descoberta! Se Hernando e Julian sabiam daquilo, %Luna% ainda não tinha conhecimento. Os irmãos lhe diziam que Sue ajudou-os muito em seus estudos, mas Sue não reconheceu a alga quando %Luna% mostrou a ela no dia em que a recolheu, portanto, talvez fosse uma grande descoberta científica e inédita.
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  Por volta das sete horas da noite, Jacob telefonou para a casa de %Bedingfield% e ela atendeu com uma voz mansa de quem estava contente e contida por ouvir a voz do rapaz:
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  — Oi, Black, já está com saudade? — brincou ela referindo-se ao fato de que há um dia estivera com ele.
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  — Posso dormir aí? Estou preocupado com você. — Surpreendendo-a não só com seu tom sério como pelo pedido repentino, Black também a deixou preocupada.
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  — Está ciente dos ataques, não é? — ela perguntou não obtendo resposta e após um breve silêncio, o respondeu: — Não aconteceu nada até agora, mas pode vir sim.
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  O ataque que Erick disse ter acontecido perto da casa de %Luna% já a apavorava, mas depois de falar com Jacob e perceber o quão sério ele estava, seu medo apenas piorou, foi amenizado apenas quando seu lobo favorito chegou.
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  — E aí, como você está? — Jacob perguntou assim que entrou na casa.
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  — Confesso que a cada dia que passa eu tenho mais vontade de sair desse casebre.
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  — Por quê? Aconteceu algo?
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  — Você deve saber, não é? Ontem teve um ataque aqui por perto. Erick veio à noite para saber como eu estava e ele estava me contando mais cedo, quando você o viu lá na loja…
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  — Falando nisso… Vocês dois… — Jacob buscava as palavras.
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  — Nós?
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  — Voltaram?
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   %Luna% não gostou da indagação. Sentiu-se brava pela pergunta de um modo mais emocional do que racional, pois sabia que ela e Jacob não tinham nada. Na verdade, ela não sabia bem o que ou que nome dar ao que sentia por Jacob, mas estava claro que alguma coisa mexia com os dois e %Luna% apegava-se àquilo. Embora se apegar a uma ideia vaga de sentimento não fosse tão inteligente.
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  — Como pode me perguntar isso, Black? — Devolveu-lhe, irritadiça.
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  — Ele tentou te beijar. — A voz de Black sequer tremeu. Era de uma certeza de alguém que presenciara a cena.
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   %Luna% arregalou seus olhos em surpresa enquanto o quileute a encarou, sisudo. Aquilo causou nela um pequeno temor de que a barreira antiga se erguesse novamente, mas isso era algo que ela não deixaria acontecer.
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  — Você viu…
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  — Sim, eu vi. Por que não deixou ele te beijar?
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  — Queria que eu tivesse deixado? — Os dois fizeram silêncio e não deixaram de perscrutar os olhos um do outro, quase apostando que havia ali uma aura de ciúme e medo do que ouviria.
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   %Luna% tentava descobrir o que Black sentia, no entanto, mal sabia que o lobo tentava o mesmo não apenas sobre ela, mas sobre ele próprio.
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  — Só quero saber se não o beijou porque me viu ou se há algum outro motivo…
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  — O quê…? — ela sibilou incrédula e mais irritada ainda por esperar que Jacob já soubesse do óbvio, que tampouco ela sabia. %Luna% respondeu rudemente: — Eu não deixei ele me beijar porque eu não quis! — E se levantou indo até a escrivaninha da sala onde trabalhava, numa espécie compacta de seu “escritório”.
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  A mulher começou a guardar as suas pastas, sendo visível os gestos de quem estava brava e já não falaria nada. Mesmo escutando os passos pesados de Black em sua direção, %Luna% não desviou ou tentou evitá-lo, apenas o ignorou, concentrada em organizar aquela escrivaninha.
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  — %Luna%… — Black chamou-a baixinho, bem perto do corpo dela, porém sem tocá-la. Apesar de imóvel ela não se virou para o encarar, estava respirando de modo ofegante, zangada, mas teve suas pernas enfraquecidas quando ele, de novo, sussurrou a chamando: — Mani…
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  — O que foi, Black? — perguntou um pouco grosseira apoiando as mãos na mesinha e respirando fundo.
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  — Eu… Falei alguma coisa errada?
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  — O quê? — Ela se virou ainda mais eufórica. — Você não pode estar falando sério!
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  — %Luna%, se acalma! Você está tendo uma atitude exagerada! Foi só uma pergunta!
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  — Não, Black! Não foi só uma pergunta! Foi a pergunta mais cretina que você poderia ter feito a mim!
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  — %Luna%?! — Jacob estava assustado e tentou pegar a mão dela, mas %Luna% se esquivou e foi andando até a cozinha.
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  — Olha aqui, seu lobo peludo e irracional! Se você não sabe o que disse de errado, então esquece! Não quero falar sobre isso! — %Luna% caminhou até a cozinha segurando-se para não ter a ridícula atitude de bater em Black, afinal, não adiantaria nada. %Luna% sequer teria forças contra ele, além do que, seria ainda mais ridículo do que o xingamento infantil que ela acabara de proferir. Jacob, no entanto, seguiu-a sorrindo:
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  — Lobo peludo e irracional? — ele perguntou tentando disfarçar uma risada, mas ela permaneceu séria e concentrada nas panelas que usaria. Ao perceber que alguma coisa muito estranha estava acontecendo, Black a pegou delicadamente pelo braço de forma que pudesse olhá-la nos olhos. — %Luna%? O que houve?
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  — Nada… Me desculpe… Esquece isso.
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  — %Luna%?
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  — Ai, tá certo! — resmungou diante da postura insistente de Jacob. — Por que você me fez uma pergunta daquelas?
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  — Eu… Só queria… Não… Precisava saber.
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  — Precisava? Por quê?
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  — Não sei! Não sei! Eu vi os dois lá… Eu achei que… Não sei, me desculpe! — Jacob atrapalhou-se nas palavras até organizar melhor as justificativas. — Depois que vi vocês dois juntos na farmácia e a tentativa dele de se aproximar, eu precisava saber se você só não o queria por perto ou se não era o momento. — Enquanto explicava para ela, Black andava de um lado para outro evitando encará-la.
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  Como bem sabia ele, não tinha nada com a mulher capaz de justificar seu acesso do que parecia ser “ciúme”, nem mesmo declarações, entretanto, os dois tinham uma noite passada. Uma noite onde ficou bem claro que não existia apenas o Jacob e a %Luna%. Depois daquela noite onde eles apenas compartilharam a temperatura de seus corpos e nada mais, ele achava que ficou esclarecido que a partir daquele instante se tratava de Jacob e %Luna%. Juntos. Dois. Dupla. Não era como antes, duas pessoas separadas, desconhecidas e distantes. Alguma coisa os unia, se não a proximidade ou a amizade, alguma outra coisa. E tanto Black quanto %Luna% estavam certos de que aquilo tudo precisava ser esclarecido, afinal, ambos estavam apegando-se aos sentimentos vagos. Não era somente uma falha de %Luna%.
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  — Black… O que está acontecendo conosco? Você também percebe que há algo…?
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  — Do que você está falando precisamente?
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  — Da noite passada, Jacob! Nós dormimos juntos e mesmo que não tenha acontecido nada além de só dormir abraçados, não podemos negar que a nossa relação mudou. E desde então eu estou cheia de dúvidas sobre nós… Por que você agiu comigo daquela forma? Por que essa manhã tudo estava tão… Diferente?
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  — Eu não sei, sinceramente, %Luna%. Não sei nomear e nem explicar essas mudanças. E também não quero, não por enquanto.
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   %Luna% ficou frustrada. Ouvi-lo dizer que não queria saber era o mesmo que não aceitar o que ela dizia. E para a mulher teria sido melhor o silêncio dele. “Não quero saber”, aquilo era algo positivo? Na concepção de %Luna%, não. Black estava a afastando, então ela não emitiu som algum, não demonstrou feição alguma. Agiu, no máximo que pôde, naturalmente. Se ele não demonstrara importância ou interesse nas oscilações que havia entre eles, ela também não mostraria!
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  Ao perceber o silêncio de %Luna%, Jacob voltou a se pronunciar na expectativa das reações dela, mas a mulher relevou fingindo uma distração com qualquer coisa desimportante.
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  — %Luna%?
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  — Sim?
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  — Está tudo bem?
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  — Está!
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  — %Luna%, eu não quis parecer um cafajeste… Ontem foi… Aquele nosso momento, a cumplicidade é maravilhosa, eu só…
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  — Black, tudo bem. Não temos que falar nisso. — Ela interrompeu o ignorando.
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  — Temos sim… Me deixe explicar — pediu e ela o encarou, insatisfeita, e Jacob continuou: — É que eu tive um vínculo com uma pessoa, embora eu não sinta mais nada… Nem sei se senti. É confuso… É que… Você é especial, desde você eu já não sei qual a razão desse sentimento antigo, e tantas coisas foram mudando…
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  — Black! Eu não tenho a menor ideia do que você está falando. Não precisa explicar… Até porque nem mesmo você sabe o que dizer — %Luna% declarou duramente e os dois ficaram uma brevidade em silêncio, apenas se olhando, até ela mudar o assunto: — Vou preparar algo para comermos. Alguma preferência?
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  — Não… Eu te ajudo.
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  E o assunto encerrou-se. Enquanto preparavam lado a lado o jantar, durante todo aquele período eles permaneceram em constrangedor silêncio, rompido apenas quando estavam servindo seus pratos e jantando de fato. Black observou-a levando a garfada à boca sem o encarar e, incomodado, deu voz a dissipar o clima:
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  — Eu preparei uma coisa para fazermos amanhã…
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  — O quê?
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  — Se lembra que você prometeu me mostrar seus dotes de motoqueira rebelde? Que tal amanhã? — Jacob sorriu e %Luna% o acompanhou, finalmente.
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  — Seria uma boa, mas… Não tenho uma moto.
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  — Mas eu tenho. Duas. E amanhã bem cedo nós vamos pilotar.
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  — Eu tenho turno na farmácia às oito.
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  — Prometo ser pontual.
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  O assunto realmente aliviou os momentos anteriores, mas depois da decisão eles jantaram calados, observando um ao outro. Pensativos, cada qual em suas próprias neuroses, arrumaram a cozinha juntos. Com o dito e não dito, %Luna% percebeu o quanto tudo aquilo era torturante, pois antes havia uma barreira e os dois mal se falavam, porém era suportável. Mas ali, naquele instante onde ambos já sabiam da importância um do outro… Todo aquele afastamento era dilacerante. No corredor, indo aos quartos para dormir, eles pararam em frente à porta do quarto de %Luna% e, ainda abalados, se despediram estranhamente.
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  — %Luna%…
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  — Boa noite, Black. — Ela virou-se para entrar.
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  — %Luna%, espera! — O rapaz a segurou. — Eu estraguei tudo, não é?
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  — Não. Está tudo bem. Estragar o que, não é mesmo? Boa noite. — Tentou sair, mas Jacob ainda segurava sua mão, o mesmo tom de voz e postura de insistência:
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  — %Luna%, por favor… Não vamos ficar assim estranhos.
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  — É, Black… Você bagunçou bastante, sim. Você me bagunçou e revirou o que quer que estava indo bem entre nós… — %Luna% dissera se controlando para não deixar lágrimas revoltadas caírem.
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  — Me deixa ao menos tentar me explicar melhor?
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  — Não. Não, Black. Eu estou cansada, com sono. Amanhã nós conversamos sobre isso se for realmente necessário. — Finalizou ela após dar um beijo de despedida no rosto do rapaz e entrar em seu quarto para dormir. Depois de tudo aquilo, %Luna% só queria adormecer e não pensar em dúvida alguma.
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[ —– ]

  Ela despertou na manhã seguinte junto aos primeiros raios solares. Jacob, apesar de levantar cedo, ainda não estava acordado, uma vez que %Luna% não o encontrou no térreo da casa. Ela abriu a porta da casa observando de sua varanda o início do dia ainda um pouco nublado. A entrada daquele casebre naquele horário proporcionava uma bela visão do nascer solar sobre a copa dos pinheiros, como se o Sol se ocultasse na densa mata à frente.
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  Enquanto %Luna% inspirava a brisa matutina — com agradável cheiro de orvalho e uma pequena pontada desagradável de bolor —, ela se recordou de que raras vezes apreciara aquele momento lindo em sua quase “cabana dos horrores”. Ela observou o assoalho de madeira da varanda, repetindo de modo automático um gesto que sempre fazia na intenção de perceber a presença dos animais selvagens. Porém, aquele gesto já não causava as mesmas sensações. As sensações da misteriosa proximidade dos lobos. Porque naquela ocasião, %Luna% já sabia de tudo. E ali, observando o seu piso coberto de poeira e nenhum pelo, a mulher imaginava qual seria a razão dos quileutes não mais a protegerem se ainda havia perigos. Perigos do tipo que faziam Erick procurá-la de madrugada para a alertar e ela ter que pedir socorro a Jacob.
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   %Luna% entrou novamente em sua casa, preparada para iniciar a manhã com uma deliciosa xícara de café. Enquanto ela terminava a montagem do sanduíche com pasta de amendoim que Jacob tanto gostava, ele surgiu à porta da cozinha. Os dois ainda não sabiam ao certo como agir depois daquela noite cheia de tensão. Sentiam-se envergonhados por dizerem tanto ao não dizerem nada.
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  — Bom dia, Black. — Ela rompeu o silêncio com um cumprimento e um sorriso. — Dormiu bem?
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  — Bom dia, %Luna%. Dormi e você?
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  — Mais ou menos — ela respondeu simples e Jacob se aproximou da bancada sentando na banqueta ao lado dela.
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  Ela estava de pé e Jacob virou o banco de forma que, sentado, ele ficasse de frente para %Luna% e o corpo dela posicionado entre as pernas dele. O lobo a observava de forma intensa, analítico ao que poderia absorver sobre que humor ela tinha naquela manhã e, embora silenciosa, %Luna% sentiu o olhar dele queimando sobre si.
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  — Coma — ela disse apontando para a mesa posta.
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  — Pasta de amendoim? É o meu favorito — Jacob falou pegando o sanduíche e %Luna% ainda fugia do olhar dele servindo-se de mais uma xícara de café.
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  — É… Eu sei que é — concordou sentando-se ao lado do rapaz e mantendo-se em silêncio.
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  — %Luna%… Sobre ontem…
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  — Black — finalmente o olhou à face e interrompeu o que ele diria, suspirou antes de declarar: —, não sei se eu quero falar sobre isso.
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  — Mas, Mani… Eu quero explicar. Eu preciso.
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  — E eu não quero ouvir! Não agora!
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  — Nós temos que falar disso! — Jacob foi um tanto enfático, tal como ela.
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   %Luna% tornou os olhos para sua xícara, negando com a cabeça e bufando ao abaixar a cabeça. Black fechou os olhos arrependido por seu tom um tanto impetuoso e reclamou:
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  — Já estamos discutindo de novo.
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  — É isso que estou querendo dizer… Não estamos preparados… Na verdade nós não temos nem mesmo motivo para isso tudo. Temos? — %Luna% falou ainda encarando a bancada.
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  — Temos! — Black proferiu certeiro e com singeleza ergueu o rosto dela para si ao tocar o queixo da mulher. — Mas concordo que podemos esperar para esclarecer qualquer coisa quando estivermos um pouco menos afetados emocionalmente.
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  — Ótimo! — ela declarou e, olhando para o relógio da cozinha na tentativa de afastar a mão dele de seu rosto, percebeu: — E então… Ainda vai dar tempo? — Black encarou ao relógio também e tocou-se de que precisariam ter saído bem mais cedo.
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  — Nossa! É mesmo! Perdemos a hora… Eu deveria ter levantado mais cedo.
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  — Eu também me esqueci do passeio… Me desculpe — pediu ela.
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  — Tudo bem. Nós dois fomos dormir tarde.
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  — Quando pode ser?
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  — Quando você quiser, Mani.
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  — Que tal amanhã? É sábado e eu não vou trabalhar.
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  — Às sete?
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  — Pode ser.
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  — Até lá então. — Jacob concluiu e beijou a testa dela, já se levantando para sair.
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  — Espera, Black… Aonde você vai?
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  — Embora? — ele respondeu com um sorriso calmo.
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  — Ah… Tá… Achei que íamos sair juntos… — %Luna% mencionou um tanto confusa porque, apesar de tudo, queria passar mais tempo com ele, e constatar aquilo só deixava-a ainda mais perplexa com os próprios sentimentos.
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  Ela passou a mão na nuca, virando o restante de seu café em um único gole ansioso. Jacob começou a rir de modo discreto e fraquinho, como alguém que acha a situação engraçada e ingênua. Sacudiu a cabeça de um lado ao outro em negativa e encarou a mulher sentada na banqueta do lado, um tanto resistente entre ser “durona” ou pedir pra que ele ficasse.
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  — Ah %Luna%… Você me perturba tanto… — declarou.
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  Atenta, %Luna% virou seu rosto para encarar o dele acima de sua cabeça, foi surpreendida com os braços fortes de Jacob passando ao redor de sua cintura e a erguendo dentro de um abraço apertado, porém, acolhedor. Jacob deixou um beijo casto no pescoço dela e %Luna% deixou um beijo indeciso no ombro dele. Os dois haviam então se despedido como sempre faziam. Ela o acompanhou até a porta e em seguida preparou-se para mais um dia de trabalho.
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N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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