You Stole My Heart

Escrito por Ana Batalha | Revisado por Mariana

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  “Dê valor a quem gosta de você, porque depois você poderá perder essa pessoa. Mas quem disse que você não a consegue de volta?”
  ’s POV
  Acordei com o despertador tocando, mas não levantei. Fiquei deitado pensando na vida, nas férias. Ah, as férias... Nem fui pra escola ainda e já quero distância, menos por um motivo. Ela... .
  Sabe aquela menina que tira as maiores notas e não fala quase nada, mas quando fala é para brigar contigo? Então essa é ela. Pois é, eu sou privilegiado em ser tratado com grosseria, porque meu Deus! Mas, nas férias eu fui surpreendido por ela em uma festa.
  Meus pensamentos foram interrompidos pelo despertador tocando mais uma vez. E quando me virei pra ver as horas:
  - Ai caraca, atrasado de novo. – pensei alto já correndo vestindo qualquer roupa e comendo qualquer coisa pra correr pra escola. Nessa hora já não teria mais o ônibus que me deixa lá perto então fui correndo mesmo.
  As aulas já haviam começado há algumas semanas, mas eu ainda não tinha ido. Estava ansioso para ver se algo mudou naquela escola chata.
  ’s POV
  Férias de Julho. Pouco tempo, mas tempo o suficiente pra descansar e pra mudar. Mudar... Muita coisa aconteceu durante minhas férias de Julho. Minha mãe, que é divorciada de meu pai, começou a namorar um cara muito legal e eu... Bem, eu fiz uma amizade, a . Ela é toda animada e conseguiu me tirar de casa nas férias, coisa que eu faço dificilmente.
  - Hey , vai ter uma festa sexta-feira, daqui a duas semanas, igual a que fomos nas férias pra comemorar o começo das aulas. Vamos? – chegou já animada, mas não quero sair já logo agora. Até mais porque terceiro ano não é fácil e agora que começam as provas e preparativos de final de ano.
  - Desculpa, , mas quero estudar. Os professores já estão passando trabalhos e as matérias não estão fáceis. As provas vão começar na segunda-feira depois dessa festa, não quero me dar mal – falei já caminhando junto de para a sala de aula.
  - E desde quando tira notas baixas? – olhei-a com cara de confusa, afinal como ela sabia se acabou de entrar na escola? – Que foi? Sou nova aqui, mas já me falaram de você viu? – ela explicou e fomos para os nossos lugares porque o professor entrou.
  A aula estava tranquila, fora a matéria super chata, até que ouvimos uma batida na porta e meu olho se encontra com o dele, mas eu logo desviei. , o menino riquinho e metido a besta que eu era apaixonada. Talvez ainda seja um pouco segundo e minha mãe, mas, por mim, não via ele nunca mais.
  *Flashback*
  - Você gosta dele. – dizia andando atrás de mim, eu e ela estávamos nos arrumando pra festa que ela, conseguiu me convencer de ir.
  - Não gosto – claro que eu não ia concordar. Eu gostava de , e gostava muito, mas não ia admitir isso para .
  - Gosta sim. Admite logo, que chata.
  - Ok, eu admito. Eu gosto do . – me dei por vencida e disse me jogando na cama.
  - Finalmente, vamos glorificar! Mas, agora nós vamos mesmo é pra festa vem, termina de se arrumar. – terminamos e fomos pra festa. Eu estava um pouco nervosa, até mais porque não estou acostumada com festas.
  Chegando lá já conhecia bastante gente e eu só os via na escola. Eram a galera popular, os metidões, ou seja, também estava lá. Na hora senti minha perna bamba, mas mantive a calma, peguei algo para beber e sentei no banquinho que tinha ali. Já perdi de vista, essa menina não tem sossego.
  *Flashbackoff*

  ’s POV
  Entrei na sala de aula atrasado e a professora me lançou um olhar de morte, mas me deixou entrar. O único lugar que tinha sobrado foi bem ao lado de , e quando ela percebeu isso revirou os olhos e tentou chegar a cadeira mais para o lado. Disse baixo só pra ela ouvir:
  - Pode deixar que não vou te incomodar. – e ela só bufou.
  Murmurei um “oi” pra que estava atrás dela. Conheci em uma festa nas férias, A festa.
  *Flahback on*
  Estava observando a de longe, de novo. Já gostei dela uma vez, na verdade ainda gosto, mas não posso gostar. Acho que ela foi a primeira garota que eu amei de verdade, só que ninguém sabe disso. Pensei bem e fui andando até ela. Não estava em condições muito boas, mas decedi ir. Um lado meu sabia que isso não ia dar certo, mas outro lado meu já não aguentava mais. Tá que ela me acha o menino metido a besta por conta dos meus amigos e pelo dinheiro que tenho, mas... Sei lá.
  - Oi – disse meio tímido.
  - O-oi, o que você está fazendo aqui? Digo... Por que não está com seus amigos?
  - Não sei, senti vontade de vir falar com você então... Aqui estou! – ela riu baixo e senti vontade de dançar. – Quer dançar? – ela concordou e fomos para a pista de dança improvisada e fomos dançar uma música que estava tocando, que não sei o nome.
  A cada movimento da música estávamos mais próximos um do outro e uma hora acho que não estava em seu estado normal. Acho que ninguém numa festa animada daquelas estaria em seu estado normal, se estivesse bebido ou não.
  Passei meus olhos rapidamente pela sala da festa e meus olhos se encontraram com o de Peter, que estava nos fuzilando, ou melhor, me fuzilando. Acho que quando vi Peter voltei ao meu estado normal, mas não consegui fazer nada, pois me beijou. Pensei em retribuir, eu queria e todos naquela escola sabiam o quanto ela gostava de mim, mas eu simplesmente não consegui.
  - Desculpa, mas... Mas, eu não posso. Não posso ficar com você! – as palavras sairam rapidamente da minha boca após eu ter empurrado ela de leve para separar nossas bocas. Vi que seus olhos encheram de lágrimas, mas eu realmente não podia e não tinha coragem de fazer isso. Peter já foi meu amigo um dia e é louco por desde sempre.
  *Flahback off*

  Minhas lembranças, não tão boas, foram interrompidas pelo som do sinal. saiu rapidamente pela porta e eu fui atrás dela.
  ’s POV
  Quando o sinal bateu saí rapidamente da sala, e quando estava no corredor senti meu braço ser puxado.
  - Ei! Er... Oi – era o idiota do .
  - Oi – disse seca, soltando meu braço de suas mãos. – O que você quer?
  - Nada, só queria saber se posso pagar um suco pra você. Sabe... Conversar. – o olhei incrédula, como ele pode perguntar isso?
  - Nem nos seus sonhos mais loucos, queridinho. – quando já estava prestes a me virar, ele me impede de continuar.
  - Não espera, só me fala o porquê.
  - Fala sério, você ainda pergunta? Menino, você tem problemas mentais? – já sabia onde aquilo ia dar então, só respirei fundo e continuei. – Não vai dar, porque vou sair com Peter e que eu saiba vocês não se dão muito bem, e mesmo que eu não fosse sair com Peter, eu prefiro ir pra casa. Adeus. – disse e sai, deixando-o parado no meio do corredor com uma cara enorme de pato.
  ’s POV
  Ela recusou. Já era de se esperar né, onde eu estava com a cabeça. Dei meia volta e fui em direção à saída B do prédio do Ensino Médio. Quando já esta perto do portão as meninas do 3ºA estavam com a barraquinha de convites para o nosso baile de formatura, que sempre é realizado meses antes da formatura não sei o porquê, e eu decidi comprar.
  - Ei, Carly! Me vende dois ingressos, por favor. – a menina logo ficou animada.
  - E ai, , belezinha? Quem vai ser a sortuda hein? - ela riu e me entregou os convites. Carly é uma gata, todos da turma já deram uns pegas nela. – Tá aqui, dois convites. Bom baile!
  - Obrigado, Carly! É o que espero ter. – disse já com os convites na mão e já do lado de fora da escola, correndo pra casa.

***

  - Mãe, to indo no dentista! – gritei pra minha mãe antes de ir para o dentista que não ficava muito longe então fui de skate mesmo. Finalmente iria me livrar do aparelho que usava há três anos.
  Chegando lá tive que esperar um pouquinho e na porta que dava para o corredor eu ouvi uma voz se aproximando, e uma voz conhecida. A voz dela...
  ’s POV
  Estava no consultório do meu pai ajudando ele a tarde inteira. Se eu não tinha saído com o Peter? Não foi só pra despistar o mesmo. Mas não por muito tempo pelo visto.
  Estava indo pra recepção para pegar a lista de próximos pacientes com a secretária do meu pai. Ficar de assistente é péssimo, mas eu tava precisando da grana, então...
  - Carmem, você pode me dar a lista dos... – Jesus, dai-me paciência – O que você está fazendo aqui, ?
  - Não se pode nem ir no dentista mais, né? – ele perguntou já indignado – Ai, por favor, você pode não gostar de mim, mas eu gosto de você e mesmo que não gostasse, eu cuido dos meus dentes. Nem sabia que seu pai era dentista! – juro que nunca vi aquele garoto assim, mas é verdade né, coitado. Ele nem sabia que meu pai é dentista, ele queria cuidar dos dent... Calma ai...
  - Você disse que gosta de mim? – ele ficou meio envergonhado, mas concordou com a cabeça coçando a nuca. Depois disso ficamos conversando por um bom tempo, até ele ser chamado para a consulta e se despediu indo pra casa.
  ’s POV
  Eu tive a brilhante ideia de deixar os convites para o baile com o pai da . Como já sabia que ela provavelmente não iria aceitar sabendo que vinha de mim, mas com certeza ela iria aceitar se não soubesse que sou eu.

***

  - FILHO! VAI LOGO SENÃO VOCÊ VAI SE ATRASAR! – minha mãe gritava do primeiro andar da casa para eu ir logo. Olhava-me no espelho a cada dois minutos, estava com medo de estar feio ou coisa do tipo. O tema do baile esta noite é máscaras, então as chances do meu plano dar errado eram pequenas, mas mesmo assim.
  Eu nunca gostei de verdade de uma garota e nem nunca fiz uma coisa desse tipo por uma. Mas pra tudo tem uma primeira vez.

***

  A decoração do salão que a escola alugou estava muito maneira, uns negócios na cor prata com rosa e azul, ambos no tom pastéis ou bebê, não sei como são essas mulheres falam. Vi que tinha chegado ao salão, juro que pensei que ela não iria. E se fosse, acho que não tão bem arrumada. Coloquei minha máscara e agora é só esperar.

Narração em 3ª pessoa

   chegou ao salão ainda sem acreditar que sua mãe tinha convencido-a de ir naquele baile, mas recebeu um bilhete dizendo que seria surpreendida naquela noite, então a curiosidade falou mais alto.
  Já estava do outro lado do salão, observando a menina de longe. Os amigos do grupinho dos populares haviam avisado pra ele que era um risco que ele correria, afinal era . Brian, o melhor amigo de , não entendia o porquê de ele gostar de , porque ela não era do grupo deles e também porque ele tinha qualquer outra menina que ele quisesse. Oras, ele era um dos meninos mais bonitos e populares da escola, podia escolher a que quisesse.
  A festa já tinha começado e meninas do primeiro ano do colegial passavam no meio da multidão para entregar bilhetes para os alunos, correios anônimo era o nome. Tinha um ponche e todos estavam de máscaras, ao chegar à meia noite todos iriam tirar suas máscaras para assistirem o show de fogos de comemoração para os formandos. Ainda faltam uns meses para a formatura, mas sempre faziam o baile antes.
  Uma menina passou por e deixou um bilhete do correios com ela. Ela estranhou, mas abriu.
  “Achei que você não iria vir, mas olha ainda bem que veio. Você está linda.”
   estranhou no começo, mas depois lembrou que podia ser Peter. Não... Peter está viajando. A menina deu de ombros e foi a procura de .
   procurava por Brian, mas não achava de jeito nenhum. O único que ele achou foi Daniel, mais conhecido como Dan. Eles não conversavam muito, ou melhor, eles nunca conversaram na vida. Mas, eles ficaram um tempinho ali conversando e rindo um pouco. Dan, não era tão chato como diziam.
  - ! Até que enfim achei você, menina, por onde andou? - disse assim que viu a amiga chegando.
  - Ah, eu acabei de chegar. , você está linda demais! – a amiga deu uma rodadinha e as duas riram. – Olha o que eu recebi. – disse entregando o bilhete para a amiga ver.
  - Olha, se fosse um bilhete manuscrito, seria um pouco mais fácil de saber quem foi que te mandou, mas como não é, eu não faço a mínima ideia de quem seja. Ai, olha, estou indo dançar. Se você quiser vir que venha viu. – riu e saiu dali.
  Logo outra menina já passou entregando outro bilhete pra ela.
  “Concede-me essa dança? Estou perto da mesa do ponche com uma máscara branca.”
  A menina entrou em estado máximo de curiosidade e foi correndo pra lá, mas antes no caminho, foi interrompida com várias meninas entregando bilhetes pra ela. Os bilhetes eram lindos, dentro de envelopes vermelhos e digitados, bem simples, mas fofo.
  O primeiro dizia: “Na meia noite vamos ter que tirar nossas máscaras. Só te peço pra que não se assuste.”.
  O segundo era: “Posso ter errado, mas se estou aqui, fazendo isso, passando pela opinião de todos os meus amigos, é com certeza por um motivo especial.”.
  E o terceiro ela simplesmente não abriu, ficou segurando até encontrar o menino. Eles se encontraram, e ele estava com um sorriso imenso no rosto.
  - Recebeu meus bilhetes meio anônimos? - eles riram fraco e ela concordou mostrando os bilhetes em sua mão.
  E então eles dançaram, dançaram música lenta, música eletrônica, várias músicas, umas que nem lembravam como era. Só lembravam-se que uma tinha um tal de “oh, oh, oh... yeah, yeah, yeah”.
  E enfim os fogos começaram. Meia noite, hora de as máscaras caírem. tirou a sua com facilidade, já que o menino já sabia que era ela.
  - Você não vai tirar sua máscara? - perguntou para , sem saber que era ele, e ele abaixou a cabeça. As chances de darem certo eram mínimas, mas ele tinha que arriscar.
  Ele tirou a máscara devagar e levantou a cabeça pra ver que ele era ele. A menina ficou sem reação. Raiva, tristeza, decepção, mas felicidade também por ver que , o metido que magoou ela há quase um mês, tinha feito uma coisa tão fofa. Mas na hora não foi isso que ela pensou, ela só saiu de perto dele. E ele não fez nada a não ser dar alguns passos e falar alto o suficiente para ela ouvir:
  - Achei que você tinha lido todos os bilhetes. Achei que iria entender. Mas, pelo visto não. – e ele foi caminhando para um lugar mais arejado e que pudesse ver os fogos direito.
  ’s POV
  Não acredito que perdi minha noite correndo atrás do pra acabar sair chorando pela segunda vez em uma festa e pelo mesmo motivo. Acabei esbarrando (leia-se trombando) com alguém no caminho da saída do salão. Era .
  - Ei, onde você tá indo? Por que você está chorando? , olha pra mim e me conta o que houve. – Contei tudo pra ela e ela estava surpresa. Acho que qualquer um ficaria.
  - Você leu todos os bilhetes que ele mandou? - neguei com a cabeça – Então leia o que falta, menina. To saindo porque os fogos estão acabando já e quero tirar umas fotos. Boa sorte, ai! – ela disse e me deixou sozinha.
  “Bem, como eu já disse, eu sei que errei e tenho consciência disso. Eu juro que a última coisa que eu queria era te magoar. Acontece que Peter estava me ameaçando e por isso não podia ficar com você. Você sabe que Peter tem o dobro da minha força e quase o dobro do meu tamanho. E ele já foi meu amigo um dia e é louco por você. Meus amigos também ficavam me ridicularizando por gostar de você e eu me sentia humilhado, por isso te abandonei naquela festa. Mas hoje eu estou aqui, mandando esses bilhetes pra você e correndo o risco de você brigar comigo, mas também de você entender meu lado e me perdoar. Confesso que a segunda opção é melhor viu? hahaha. Me desculpa.
  Eu te amo.”

  Depois disso eu já não via mais nada por conta das lágrimas que tomaram conta dos meus olhos e por mais que eu tentasse não deixá-las cair, elas eram teimosas e escorriam pela minha bochecha.

Narração em 3ª pessoa

  A menina saiu correndo pelo salão a procura de , que estava vendo os últimos dois minutos de fogos que pareciam inacabáveis. Até mais porque e atenção dele não estava nos fogos, em suas cores ou que ele já estava quase se formando, era só de que seu plano não tinha dado certo.
  Quando os fogos acabaram e já estava virando-se pra ir embora, deu de cara com uma com maquiagem borrada e cabelo meio bagunçado, ela havia chorado. E rapidamente a menina abraçou . Um abraço bem forte e demorado. Ela e ele se gostavam e agora ela tinha certeza disso, tudo o que sua mãe havia falado estava correto.
  - Desculpa por não ter te ouvido antes e por ter saído correndo sem nem ter ligo a última e mais importante bilhete, que está mais pra uma carta. – eles riram – Eu também te amo. – e eles se beijaram
  - Aceita dançar comigo, cara princesa de maquiagem borrada?
  - Nem eu seus sonhos mais loucos, seu metido.
  E eles dançaram a noite toda. Um tal de “oh oh oh, yeah, yeah, yeah”

FIM



Comentários da autora


Nota da autora: Ai gente eu ‘to apaixonada por essa fic lskalhdjaklsja Eu espero que tenham gostado. Eu estava com a ideia de hospedar ela no site e contar a história dos dois pp’s desde o começo e com mais detalhes, mas não tenho certeza ainda.