Your Biggest Fan
Escrito por Mariane Hessel | Revisado por Maah
E lá estava eu de novo. Sentado no famoso banco do parque nacional de Joplin... Era realmente um lugar belo, todas essas arvores, flores... Que me faziam relembrar ela.
Ainda estávamos afastados, pois nenhum de nós conseguia ficar em um mesmo lugar por mais de dois minutos. Ela ainda estava magoada com o que eu disse, eu sei, mesmo ela tentando esconder seus lindos olhos castanhos de mim, eu via a verdade.
Uma semana atrás
Sexta feira. Ótimo dia para... Ver um filme de romance com sua namorada. Claro que por mim seria um ótimo filme sangrento... Mas meninas, quem irá entendê-las? Ou pior ainda... Contrariá-las?
- Será que ele fica com ela no final? - ela perguntou brincando com a ponta dos meus dedos.
- Não sei... Acho que ela não o merece. - falei. Ela me olhou sorrindo, aquele sorriso. Deve ter ficado orgulhosa de mim por estar prestando atenção no filme.
- Acho que eles são perfeitos um para o outro, e, além disso, eles têm uma ótima imagem juntos. - me abraçou e deitou a cabeça no meu ombro.
- Uma ótima imagem? - perguntei confuso.
- Claro! Todos os adoram juntos... Parece a gente! - ela disse animada. Por que ela tinha que tocar nesse assunto de novo?
- Amor... Você sabe o que eu acho sobre isso. - falei receoso. Na hora, ela pausou o filme e se sentou na minha frente.
- Por que não? Não custa nada você pensar um pouco em mim! - ela disse com a voz um pouco aguda.
- Como assim pensar UM POUCO em você? - perguntei me ajeitando na cama.
- Você só pensa em você e nesse maldito sonho de seguir carreira musical! - ela disse nervosa.
- Por que o MEU sonho é maldito? - perguntei me levantando. - Por que eu TENHO que me importar com você, já que você não se preocupa comigo? - ela estava calada me olhando assustada. - Eu estou cansado e fazer tudo o que lhe agrada... Pior ainda, fazer tudo o que agrada seus amigos e essa sua imagem fútil! - dito isso, percebi que ela estava com os olhos vermelhos já.
- Sai daqui. - sua voz saiu meio abafada de tremula.
- Por favor... Repensa no que você está transformando a sua vida. Não por mim, mas por você. - peguei meu casado e sai de sua casa.
Dias atuais
O que eu havia feito na nossa relação? Eu havia sido estúpido com a minha garota. Havia magoado ela tentando fazer o melhor... Eu preciso falar com ela.
Levantei-me e corri. Corri muito. Até meus pulmões implorarem por ar. Diminui o ritmo de meus longos passos para respirar.
- É fraco até para isso senhor Drew. - reclamei para mim mesmo, retomando minha corrida contra o tempo.
Quando cheguei ao lado de sua casa, percebi que havia uma pequena movimentação de pessoas em frente, na varanda. Novamente diminui o ritmo e passei de corrida para uma caminhada apressada.
Quando Carolina me viu se aproximando, deu um pequeno grito histérico. Carolina a melhor amiga de , a mais histérica também.
- A está ai? - perguntei abrindo o pequeno portão de sua casa.
- Estou sim... - ouvi sua voz meio abafada. Subi os pequenos quatro degraus até a varanda e parei ao ver que ela estava em um pequeno balanço que havia lá. - O que você quer? - perguntou seca.
- Queria conversar com você. - respondi. Percebi que quando disse isso, vi seus amigos se ajeitando em seus lugares para ficarem mais confortáveis. - A sós. - avisei. os mandou um olhar mortal como ?SUMAM DAQUI?. No mesmo minuto todos se levantaram e se despediram dela.
Logo após todos se despedirem, suspirou.
- Porque todos estavam aqui? - sentei-me ao seu lado.
- A Lola morreu. - ela deu um sorriso triste. Lola sua cachorra, ?minha companheira , quando meu namorado só liga pra música?, como ela mesma dizia.
- Sinto muito. O que aconteceu exatamente? - perguntei.
- O veterinário disse que alguém a envenenou. - disse com uma voz chorosa. A olhei e percebi que lutava, sem sucesso nenhum, impedir que as lágrimas caíssem.
- Vem cá. - a puxei para um abraço. Ela não hesitou. Segurou forte meu braço e colocou seu rosto na curva do meu pescoço. - Ela tava velhinha já, meu amor... Pelo menos ela está em um lugar melhor agora não é? - acariciava seu cabelo enquanto ela ia se acalmando aos poucos.
- Obrigada. - levantou de vagar seu rosto inchado, limpando as ultimas lágrimas. - Obrigada mesmo. - tentou sorrir. Sorri de lado. Mas não foi para isso que vim aqui...
- Precisamos conversar. - o pequeno sorriso de seu rosto se desfez e seu olhar sério encarou com medo e apreensão os meus. - O que você espera de mim? - seus olhos se arregalaram levemente. Ela não estava esperando essa pergunta.
- Eu não espero mais do que você é. - dessa vez, eu me surpreendi com a resposta. - Acho que nossas discussões foram totalmente sem motivo... Eu era... Sou muito insegura comigo mesmo, e descontava em você. Não sabe como me arrependo. - seus olhos estavam no chão enquanto falava. - Me desculpe por fazer esse tempo que ficamos juntos um inferno para você. - ela tentou se levantar, mas a segurei pela mão. Levantei-me e fiquei de frente pra ela.
- Como você pode falar que tudo o que passamos foi um inferno? - perguntei indignado.
- Não disse que o que nós passamos foi um inferno. Disse que o que eu fiz fez tua vida um inferno ao meu lado. - lágrimas voltaram a escorrer de seus olhos.
- Não diga isso, pois não é verdade. Tudo o que passei com você, me fez ter certeza que a minha vida estava valendo à pena. Você me fez ver a vida de uma forma diferente, melhor. Tudo em você me encanta! - disse com um tom mais animado, mas ainda sério - Eu preciso de você ao meu lado, todos os dias, me fazendo sorrir mesmo quando eu acho que nada mais pode me deixar feliz. - ela me encarou, olhando em meus olhos. Aquele olhar que me fazia esquecer de respirar. - Eu preciso de você. Eu te amo! - ela me abraçou forte. Um abraço de saudade...
- Me desculpe mesmo assim... - ela disse entre alguns soluços.
- Não se desculpe. Eu te amo como tu és. Por favor, nunca mude... É dessa forma que eu me apaixonei por você, e morrerei apaixonado. - ela se afastou de novo. - Eu sempre serei o seu maior fã.