You are what I missed in London
Escrito por Bruna Amicci | Revisado por Natashia Kitamura
Eu já estava inquieta, andando de um lado para o outro naquele saguão de aeroporto. Estava olhando para o relógio toda hora e não me conformava com o atraso do voo. Voltei a me sentar nas poltronas de espera, pois ficar nessa ansiedade toda não iria fazer com que o avião chegasse mais rápido.
~Flash Back
- Continue com os olhos fechados.
- Ok, ok, mas ainda ta longe?
- Ai como você é curiosa ! - riu. - Pronto chegamos. Pode abrir os olhos!
Quando abri os olhos, me deparei com um lugar extremamente lindo e calmo. Se podia ouvir perfeitamente o som dos pássaros cantando e ao longe um barulho de água, o que eu presumi ser algum rio. Olhei em volta e havia várias árvores e um campo coberto por grama. Próximo a nós dois havia uma toalha estendida no chão, e em cima da mesma, havia frutas, doces, refrigerantes, salgados, e mais algumas outras coisas, logo ao lado, tinha um violão ainda dentro da capa de proteção. Sorri involuntariamente, e olhei para , que me olhava também sorrindo
- Então, gostou? - ele mordeu o lábio inferior e coçou a nuca, ele ficava extremamente sexy quando fazia isso-
- Se eu gostei? Eu realmente amei tudo isso! Obrigado . - eu falava um tanto animada, ele se aproximou de mim e acariciou meu rosto com uma das mãos,me deu um beijo na testa e depois um selinho demorado, logo depois sussurrou.
- Você sabe que não precisa agradecer. - simplesmente estremeci com o seu toque e com o tom de sua voz. Nós nos sentamos sobre a toalha que estava estendida no chão, ficando um ao lado do outro-
- Ainda não acredito que você vai embora. - eu disse depois de provar um cupcake de chocolate-
- Mas eu vou voltar. - disse encarando a própria latinha de refrigerante, depois me olhando profundamente nos olhos. - Eu prometo que eu volto, não sei quando, mas volto! - escolhas, a vida é feita principalmente delas, e tinha feito a dele. Iria se mudar para assumir o negócio da família, eu via o quanto ele estava animado com isso, mas ao mesmo tempo ele ficava tão triste quando se lembrava que deixaria para trás muitos amigos que realmente o amam. Ele comentou comigo, que por várias vezes pensou em desistir de ir, mas eu o incentivava a seguir em frente, não era só o sonho do pai dele que estava em jogo, era o sonho de que também estava, mesmo que isso doesse em mim, eu queria o vê-lo feliz, mesmo estando longe de mim. - Agora vamos para de falar sobre isso . - assenti balançando minha cabeça positivamente. -
Conversamos a tarde inteirinha, e já podia se ver o por do sol, sorri com aquela imagem, eu achava lindo os pores do sol.
- Você fica tão linda quando sorri. - ele disse me observando enquanto eu admirava o por do sol-
- Você me deixa tão sem graça quando diz essas coisas. – rimos.
- , tem uma música que eu gostaria que você conhecesse. A escrevi na semana passada, e bem, preciso da sua opinião.
tirou seu violão de dentro da capa de proteção e começou a tocar uma melodia calma, e também começou a cantar, ainda olhando para mim.
"I won't let these little things, Slip out of my mouth, But if I do, It's you, Oh, it's you, They add up to" ele alternou seu olhar para o violão e voltou a me olhar intensamente "I'm in love with you, And all these little things(...)" a voz dele era tão linda, aquela música era tão perfeita, e toda vez que ele me olhava ainda cantando, fazia com que eu me arrepiasse inteira. "(...) You'll never love yourself, Half as much as I love you, You'll never treat yourself right darlin, But I want you to, If I let you know, I'm here for you, Maybe you'll love yourself like I love you, Oh…"
Ele parou de tocar e colocou o violão de lado, estávamos a uma distância mínima, aqueles olhos me olhavam intensamente fazendo com que minha respiração ficasse falha. colocou uma de suas mãos em minha nuca, e a outra em minha cintura. Ele ia diminuindo cada vez mais a distância que ainda existia entre a gente. Fechei meus olhos e senti seus lábios roçarem os meus, envolvi minhas mãos em sua nuca, e vez ou outra, eu puxava levemente os cabelos dele. Ele me beijava intensamente, como se ainda não houvéssemos nos beijado, ele se inclinou em cima de mim fazendo com que eu me deitasse em cima da toalha onde estávamos. segurava minha cintura fortemente, enquanto eu deslizava minhas mãos pelos seus braços. Partimos o beijo, ambos ofegantes, ele me olhou nos olhos e mordeu o próprio lábio inferior, mal sabia ele que todas as vezes que ele fazia aquilo, eu me arrepiava inteira, ou será que sabia? Ele aproximou sua boca da minha, e dessa vez mordeu o meu lábio inferior, logo deslizou sua boca para o meu pescoço distribuindo alguns beijos pela região e depois sussurrou:
- Você não sabe o quanto é importante pra mim .
Flash back off~
Rever depois desses dois anos e dez meses me trazia uma mistura de insegurança, ansiedade e felicidade ao mesmo tempo. As coisas não eram mais como antes, elas haviam mudado de uma maneira rápida e brusca. Seria estranho rever , já não éramos mais namorados, éramos apenas amigos, ele já tinha outra, e eu repetia para mim mesma que ela uma garota de sorte por tê-lo como namorado. Nesse meio tempo também tive outros namorados, mas nada que durasse muito.
Antes do dia que embarcaria para Phoenix, ele preparou um piquenique para a gente, conversamos muito, e de comum acordo decidimos que separar era a melhor opção. Eu fui forte, sabia que não tinha como prosseguir com aquele namoro, mas era tão doloroso ter que vê- lo partir, só estávamos juntos há um mês, misero um mês, e logo ele recebeu a notícia de que teria que ir morar fora - e também não iria só para assumir o negócio da família, iria doar medula óssea para seu irmão mais novo que era portador de Leucemia, e era o único da família que podia doar, já que era compatível. Antes de namorarmos, éramos grandes amigos, e agora, parece que teríamos a nos acostumar que daqui em diante iria ser assim novamente. Muitos diziam que se fosse amor de verdade teríamos enfrentado a distância, é simplesmente uma das coisas mais fáceis de se dizer, coloca-lo em pratica é completamente diferente, pois mesmo dizendo que iria voltar, ele mesmo sabia que talvez isso não acontecesse.
Por diversas vezes pensei em ir visita-lo, mas com oito meses que ele foi embora, ele havia arranjado uma namorada, Jina era o nome dela, e acho que não seria de agrado dela que uma ex de fosse o visitar.
"Então vaca do meu coração, já chegou? Mais tarde eu e o vamos no seu apartamento visitar ele, mas apenas ele ok?! kkk beijos gata, até mais!
XX "
"O avião que ele esta embarcado acabou de pousar. Você só vai lá pra visitar ele sua cabrita? Magoo legal agora kkk ok, até de noite então. Beijos moreco!
XX "
Guardei meu celular dentro da bolsa após responder a SMS de , e voltei a procurar no meio daquela multidão. Ou eu estava cega, ou ele estava se escondendo, ou ele havia mudado muito, por que eu definitivamente não estava o encontrando.
- Então veio mesmo me busca é?! - alguém me abraçou por trás e distribuiu vários beijos na minha bochecha, eu conhecia aquela voz, eu conhecia aquele perfume, e não pude conter o sorriso, me virei e abracei como se eu não quisesse mais o soltar, e ele correspondeu o abraço na mesma proporção-
- Eu disse que viria te buscar não disse?! - minha voz saiu abafada devido à ainda estarmos abraçados. Ele afrouxou um pouco sua mão da minha cintura de forma com que pudéssemos nos olhar, porém ele continuava com as mãos na minha cintura e eu com as mãos em seus ombros. -
- Senti tanto sua falta .
- Eu também senti sua falta. - ficamos nos encarando, ambos com um sorriso no rosto. -
- Hã, e.. a galera? - ele disse desfazendo o contato visual que mantínhamos, retirei minhas mãos que estavam sobre seus ombros e me afastei um pouco.
- Alguns trabalhando, outros na faculdade. - eu era a única que já tinha entrado de férias, e por coincidência, a única que tinha um quarto a mais no apartamento, ou seja, iria passar a primeira noite na minha casa, para depois ele ir dividir apartamento com . - Então, vamos?
- Vamos! - ele disse já empurrando o carrinho onde estavam suas malas.
Nós dois dentro do carro, com o rádio ligado, tocando justo a música que a gente amava, definitivamente não dava certo.
- Ai meus ouvidos , você é muito desafinado!. - fiz careta e comentei assim que a música terminou, era pura ironia, cantava muito bem na verdade-
- Eu sou muito desafinado? Lógico que não! é que você estava cantando junto ai estrago tudo. – rimos.
- Você não mudou nada .
- Não? E isso é bom? - ele riu. - Já você, mudou .
- Mudei é? Tipo, o quê?
- Tipo, você está muito mais linda. - ele disse sorrindo me fazendo corar.
- Você é tão besta!
- Você é tão amável quando me xinga.
Em menos de quinze minutos chegamos ao condomínio em que eu morava. Estacionei meu carro e logo pegou suas malas de dentro do porta malas.
- Quer ajuda?
- Não, tá tranquilo .
Subimos até o terceiro andar onde ficava a minha batcaverna, hã ok, onde ficava o meu apartamento, ele era até grande para quem morava sozinha. Uma sala, três quartos, duas sacadas, uma cozinha, uma pequena lavanderia, e um pequeno home office.
- Sinta-se em casa! - eu disse assim que entramos-
- Obrigado.
Conduzi até o quarto de hóspedes, indiquei onde ficavam as toalhas, onde era o banheiro, e que se precisasse era apenas chamar.
Fui para o meu home office e peguei um livro que eu já havia começado a ler, pra mim ali estava um monte de letras aleatórias, eu as lia, mas não estava prestando um pingo de atenção. "Que lindo pra sua cara em ." Tentei voltar a me concentrar, mas eu simplesmente não conseguia. Fechei o livro e o coloquei de volta no lugar, definitivamente a minha vida era feita de puta ironia, eu estava acolhendo o meu ex no meu apartamento, e o pior de tudo, agíamos como se nunca tivesse acontecido nada entre a gente, como se fossemos amigos do início até agora. Era uma situação estranha, mas o fato era que independente da maneira a qual eu tinha ao meu lado, eu simplesmente ficava bem."Você ainda vai acabar ficando louca de tanto pensar nisso ".
Fui para a sala pegar o telefone e ligar em algum restaurante para pedir tacos."Maravilha, cadê o telefone agora?". O problema de eu ter um telefone sem fio, era que eu nunca lembrava onde eu o deixava. "Quarto! Isso, esta no quarto". Eu estava passando pelo corredor quando vi a porta do quarto de meia aberta, eu não resisti e dei uma olhadinha, ele estava de bermuda preta e sem camisa, mostrando o belo tanquinho que ele adquiriu durante esses dois anos, ele estava secando os cabelos e se quer notou que eu o observava. " , foco! Foco! Telefone, está lembrada? Você veio aqui apenas pelo telefone" Balancei minha cabeça negativamente e voltei a caminhar pelo corredor, mas um lindo de um tapete resolveu se embolar no meu pé e eis que eu venho a cair no chão. "Droga!" . Um assustado saiu do quarto e veio até mim, ele rapidamente me pegou no colo e me levou até o meu quarto, minha respiração estava falha, a proximidade que eu mantinha do abdômen dele descoberto era extremamente perigoso, a qualquer momento eu não poderia responder por mim. Em outras palavras... Ele estava tão sexy.
- O que aconteceu pequena? Se machucou? - ele me colocou na cama-
- Não me machuquei pode ficar tranquilo, hã eu tropecei no tapete, eu tinha vindo pegar o meu telefone, - eu disse apontando para o aparelho que estava em cima da cama próximo a mim. riu e depositou um beijo na minha testa.
- Que bom que você está bem . Quer me matar do coração é?! - ele riu novamente e saiu do meu quarto me deixando boquiaberta, quando é que o meu havia ficado tão gato daquele jeito? Muito mais do que já era...-
Fiz o pedido dos tacos e permaneci no meu quarto, até que eu ouvi a campainha tocar. Me levantei e fui atender, com certeza não seria o entregador do restaurante.
- Oi . - disse me abraçando-
- Olá amores, acabei de pedir tacos, você vão ficar para comer não é?!
- Vamos pensar no seu caso. - se pronunciou, nos fazendo rir. - Olá . - ele disse me dando um beijo no rosto e logo em seguida entrando no meu apartamento.
- , você tem visitas! - praticamente berrei, educação pra que né? -
apareceu na sala todo sorridente - já havia vestido um camiseta - e abraçou , alias eles eram melhores amigos.
- Wow nem acredito que você está aqui man. Pensei que tinha se esquecido dos amigos .
- Como que eu iria esquecer de vocês ? - ele disse ainda sorrindo após o abraço. - ! Que saudade de você. - agora ele abraçava .
- Também estava com saudades. Você fez uma tremenda falta pra todos nós!
Conversávamos animados e ríamos horrores lembrando dos velhos tempos. Logo os tacos chegaram e acho que o momento de mais silêncio era enquanto comíamos por que o resto... escândalo total. Pelo menos os vizinhos não tinham ido reclamar com o síndico.
- Precisamos ir galera. - disse se levantando logo seguida de seu namorado.
- Mas já? - fiz bico.
- Você ainda diz já?! Amiga já são 00:45 hrs e olha que chegamos na sua casa eram umas 20:15 hrs por ai. – rimos.
- As horas passaram voando. - comentou.
- Verdade, mas agora precisamos mesmo ir.
e se despediram e foram embora, ficando apenas eu e .
- Estou sem sono, mas caso você queira ir dormir fique a vontade, a casa é sua! – sorri.
- Também estou sem sono . Então, a gente podia conversar até pegarmos no sono.
- Boa ideia.
Sentamos um do lado do outro enquanto conversávamos, era bom ter ele de volta, era realmente muito bom, era impossível não rir com , ele sempre estava de bom humor e fazia de tudo para as pessoas a sua volta ficarem bem. Pensei que ficaria um clima estanho entre a gente, porém aconteceu ao contrário.
Havíamos colocado um filme qualquer para ver se a hora passava mais rápido, encostei minha cabeça no ombro de e senti que minhas pálpebras ficaram pesadas, o sono foi chegando aos poucos até que ficou tudo escuro.
***
Acordei com um barulho vindo da cozinha. Sentei na cama enquanto tentava me acostumar com a claridade, demorei uns belos cinco minutos até me levantar e ir para o banheiro do meu quarto fazer minha higiene matinal. Após o banho, coloquei uma regata branca com a estampa do mickey, e o meu shorts jeans de lavagem escura, como meu cabelo estava molhado eu apenas o enrolei na toalha.
- Bom dia! - eu disse assim que entrei na cozinha, encontrando um de avental fazendo panquecas, eu ri. - Você fica lindo de avental !
- Bom dia, e ah, eu fico lindo de qualquer jeito. – rimos.
- Humildade você tem de sobre hein. Não me lembro de ter ido pro quarto ontem. - eu disse me sentando próximo ao balcão.
- Você estava dormindo toda encolhida no sofá, então decidi te levar para o seu quarto. - ele disse sorrindo.
- Obrigado cavalheiro.
- Disponha bela dama. – rimos. - Senti falta dessas conversas bestas que a gente tinha.
- Eu também.
- Conversei com o agora pouco por celular, e eu vou para lá de tarde.
- O quê? Quer dizer... é... não achei que você fosse dividir o apartamento com ele agora, tipo achei que ia demorar algumas semanas e tal.
- Quanto mais rápido eu parar de te dar trabalho melhor ! - ele riu. Fazia tempo que estava procurando alguém para dividir o apartamento, mas ele queria alguém confiável, e já que havia voltado a morar em Londres e os dois eram muito amigos, seria a oportunidade perfeita para ambos.
- Você sabe que você não da trabalho.
- Vai ser melhor eu ir . Mas, então, vamos sair no sábado?
- Vou ver se não tenho nada melhor pra fazer, depois eu te falo.
- Vou comprar um saquinho de humildade e te dar de presente de Natal. – rimos.
- Sábado que horas?
- As 20:30 hrs ta bom pra você?
- Uhun.
Tomamos o café da manhã, depois arrumamos a bagunça que fez na cozinha, e devo admitir, as panquecas que ele fez estavam muito boas. Fomos para a sala assistir tv, mas acabamos por jogar vídeo game.
- Háááá, na sua cara, engole essa , admite que eu sou melhor no video-game do que você!
- Apenas sorte de principiante.
- Uhun, sorte de principiante em quatro partidas seguidas.
- Não quero mais falar nisso! Cansei de jogar. - ele cruzou os braços e fez bico olhando pra mim, não demorou muito para nós dois cairmos na risada. - Então, Fúria de Titãs 2?
- Isso! - eu disse animada-
- Ok, vou colocar o DVD pra gente assistir, e pode tratar de preparar alguma coisa pra mim comer, to com fome. - ele mostrou a língua e foi em direção ao meu DVD-
- Saco sem fundo! Sorte sua que eu também estou com fome seu guloso. Se não, eu não faria nada pra você comer. – rimos. - Vou fazer pipoca pra gente. Já volto - eu disse me levantando e indo para a cozinha-
Eu havia colocado um saco de pipocas no microondas enquanto cantarolava uma música qualquer e procurava as barras de chocolate que eu havia guardado no armário.
- Chocolaaaaaaaaaaaaaaaaate! - disse pegando as barras de chocolate da minha mão-
- O criança feliz, na próxima vez peça antes de arrancar da minha mão. - cruzei os braços fazendo uma cara supostamente brava.
- Ah não , amigos não podem sentir raiva de amigos - ele se aproximou de mim me dando vários beijos estalados na minha bochecha. É. Amigos, era uma palavra que estava começando a me incomodar toda vez que se tratava de mim e do . - Agora trate de desfazer essa cara de emburrada - eu continuei de braços cruzados, me segurando ao máximo pra não começar a rir-
veio com sua mania de distribuir beijos pelo meu rosto - de novo- e me fazer cócegas, porém não mudei minha expressão.
- Não vai rir é?! - neguei com a cabeça, ele então teve a audácia de encher um copo d'água e jogar na minha cara, ele ria feito um besta, e eu estava demorando para processar o que aquele bobo alegre tinha acabado de fazer.
- , você não fez isso! - eu disse vagarosamente, logo depois passando a mão pelo meu rosto.
- Hã, é eu acho que eu fiz. - ele continuava rindo.
- Você sabe que vai ter troco, não sabe? - eu disse respirando fundo.
- Sei, eu acho... hm eu devo correr agora?
- Se você quiser o próprio bem, é, acho que você deve correr!
Pronto, dois bestas correndo e rindo pela casa, sério mesmo que eu tenho 19 anos? Viu, mais um dos efeitos que causa em mim, simplesmente esquecer de todos os problemas, e me divertir, assim como fazíamos quando éramos mais novos.
A melhor parte de fazer guerra de travesseiros, é quando a guerra tem a minhas regras, e nesse caso, as regras eram: era o saco de pancadas, ou seja, o óbvio, só ele apanhava.
- Chega! Acho que até meu cérebro saiu do lugar depois de tanto levar travesseirada na cara.
- Eu só vou parar, por que estou cansada. - eu disse me sentando ao lado de na cama do quarto onde ele estava hospedado.
- Ok, acho que mereci.
- Acha?
- Ta eu mereci. - rimos e me empurrou fazendo eu deitar na cama e ele se deitar por cima de mim, mania idiota dele fazer isso, não que eu não gostasse, mas e se eu não respondesse por mim? As coisas se complicariam e bem, tudo ficaria tenso, e isso era a última coisa que eu queria que acontecesse.- Senti falta da sua risada, de passar tanto tempo com você. - a esse ponto meu coração já estava a mil, e minha respiração estava falha. - Senti falta dos seus mínimos detalhes, de como você fica extremamente fofa quando esta nervosa. - ele riu me fazendo rir também. - É bom te ter por perto novamente . - ele estava alternando o seu olhar para a minha boca e para os meus olhos, e eu já podia sentir sua respiração bater de leve contra o meu rosto.
Nosso contato visual se quebrou com o som do microondas que anunciava que a pipoca havia ficado pronta.
- É... bem...
- Eu, vou... vou pegar a pipoca .
Eu sabia que não deveria nutrir esse sentimento que eu tinha por , mas absolutamente tudo o que ele fazia me arrancava um sorriso rosto do rosto, fazia com que eu o admirasse mais, fazia com que eu quisesse tê-lo mais perto de mim... porém nada disso era possível, pelo menos não mais.
***
Sábado a noite~~
Eu estava terminando de colocar meus brincos quando ouvia a campainha tocar, sem muita demora peguei minha bolsa em cima da cama e fui abrir a porta.
- Pensei que você não pudesse ficar mais bonita do que já é! - disse após me dar um beijo na mão e logo depois um na bochecha.
- Pensei que você não conseguisse ficar me deixando sem graça toda hora. – rimos. - Obrigado. - sorri, tranquei a porta do meu apartamento, e ele entrelaçou nossos dedos enquanto caminhávamos em direção ao carro.
Conversamos e rimos muito a caminho do restaurante, aliás era quase impossível ficar perto de sem dar risada.
desceu do carro e deu a volta no mesmo vindo abrir a porta para que eu saísse, entregou a chave do carro para um manobrista e em seguida nós entramos no restaurante. Era um lugar extremamente agradável, e tinha uma vista linda de Londres, nos sentamos em uma mesa perto a enorme parede de vidro.
- Esse lugar é muito lindo. - comentei olhando em volta.
- É um dos meus restaurantes mexicanos favoritos, tudo aqui me agrada, a comida, o ambiente. Enfim, antes de ir morar fora eu tive a oportunidade de conhecer esse lugar, vinhemos aqui em uma janta de família, tenho saudade daquele tempo. Fico feliz que tenha gostado daqui.- colocou a mão dele em cima da minha que estava sobre a mesa-
Veio uma garçonete muito educada e simpática e serviu nossas taças com vinho, e as outras duas taças com água, logo após se retirando.
- Boa noite, o que vão querer? - um garçom extremamente sorridente veio até nossa mesa após a garçonete se afastar.
- Boa noite. Eu quero tacos de frango e tacos de camarão.
- Ok, e a sua namorada vai querer o mesmo? - o garçom disse olhando para mim sorrindo docilmente, me segurei para não cuspir – literalmente - a água que eu havia acabado de beber, olhei para que me olhava com um certo receio, ele se arrumou na cadeira e retirou sua mão de cima da minha, voltei a olhar para o garçom.
- Hã.., eu... - pensei em desfazer o engano que o garçom cometeu, mas preferi não dizer nada, aliás, ele ficaria sem graça, e realmente não tinha como ele saber se éramos ou não namorados. - bom, eu vou querer tacos de camarão também, mas não os de frango, e sim de carne por favor.
- Certo, tacos de camarão e de frango para o rapaz, e de carne e camarão para a bela moça. Logo trago os pedidos.
O garçom saiu do nosso campo de visão e eu e permanecemos em silêncio.
- Então namorada, prefere tacos de carne do que os de frango? - disse em tom de brincadeira, ele sempre arranjava um jeito para que não ficássemos sem assunto, e eu devo admitir, eu amava aquilo.
- Isso mesmo namorado. - rimos.
Nossos pratos chegaram, e nós dois jantamos, os tacos daquele lugar eram realmente deliciosos. Pedimos a sobremesa, conversamos e rimos enquanto comíamos. Começou a tocar uma música não tão alta, era calma e que eu gostava muito, sorri involuntariamente, comecei a cantar baixinho com a música enquanto apenas me olhava sorrindo. Aquele sorriso que eu amava. Ele se levantou veio até o meu lado e estendeu a mão para mim.
- Aceita dançar comigo?
- agente está no meio de um restaurante!
- E qual o problema? - ele consegui arrancar um sorriso bobo de mim, segurei a mão dele e nós dois fomos até o meio do restaurante, ele colocou suas mãos em minha cintura e eu coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço.
Deitei minha cabeça em seu ombro, e me deixei levar por aquela melodia. O cheiro do perfume dele era tão bom, e o seu toque fazia com que eu não quisesse mais sair de seus braços. A respiração dele no meu pescoço fazia com que eu me arrepiasse inteira. Para a minha grande surpresa, alguns outros casais se levantaram e assim como nós, começaram a dançar.
- Obrigado. - olhei confusa para após ele dizer aquilo-
- Obrigado por quê?
- Por você ter aceitado sair comigo, obrigado por estar tornando minha noite tão boa. Por me fazer feliz independente das circunstâncias em que estamos juntos, obrigado por você nunca me abandonar, e obrigado por você continuar aquela que eu tanto admiro, a minha . - ele selou nossos lábios, e me beijou lentamente, eu correspondi.
Ele aproximou mais nossos corpos - se é que ainda dava para fazer isso-, seu beijo era tão bom, e aos poucos ia ficando mais intenso, eu parecia estar sonhando, tínhamos uma sincronia tão perfeita que eu queria que aquilo durasse para sempre. Se ele soubesse o quanto eu senti falta dos seus beijos... Toda vez que ele me beijava era como se milhões de sensações novas percorressem pelo meu corpo, e eu nunca me cansava disso. Infelizmente aquela música não durou tanto tempo, porém o que eu achei que seria apenas momentâneo, se prolongou pelo resto da noite e devo dizer que até mesmo pela madrugada após voltarmos para o meu apartamento.
Sabe quando você acorda mas tem até preguiça de abrir os olhos?! Então... Passei a mão pelo colchão a procura da pessoa que esteve comigo durante um bom tempo naquela cama, porém o máximo que eu consegui encontrar foi um travesseiro e o cheiro do perfume de . Abri os olhos e observei o quarto, as roupas dele já não estavam pelo chão, e pelo o silêncio que aquele apartamento se encontrava queria dizer que ele já não estava mais ali. "Pensou mesmo que iria ser que nem antes ? Por favor né, ele deixou uma namorada em Phoenix, ou será que você está esquecida disso?!" Passei minha mão pelo rosto e me levantei, fiz minha higiene matinal e voltei para o quarto. Em cima do meu criado mudo havia um papel dobrado em cima do meu celular, o peguei e logo o li:
"Sei que é estranho, mas , vá até a cozinha... kk"
XX "
- Só pode estar de brincadeira com a minha cara!
Fui até a cozinha e em cima da mesa havia uma jarra de suco de laranja, waffles, donuts, uma pequena porção de salada de frutas, e mais um bilhete, sorri ao ver tudo aquilo e logo li o outro bilhete.
"Pensei em fazer um café da manhã para você, fui até a padaria e comprei os waflles e os donuts, sei que você gosta muito disso tudo kk. Quando você ler isso provavelmente eu já terei ido para casa, acordei com o despertador do meu celular, acho que não te disse, mas tenho uma entrevista de emprego hoje, acho que as coisas aqui em Londres estão ficando boas para mim :), enquanto meus pais não abrem uma filial da empresa deles aqui, eu tenho que me virar kk. E sobre nós, , a noite que tivemos juntos foi incrível, gostaria de ter ficado mais e ver seu lindo sorriso ao acordar, porém eu tive mesmo que ir. De tarde eu te ligo!
XX "
Me peguei sorrindo que nem boba. Sério, já não dava mais para esconder que eu não conseguia te- lo esquecido, esses dois anos que se passaram apenas me fizeram aprender que daquela forma seria melhor, mas não que eu não mais o amava. Eu estava com medo, por um lado tudo o que eu mais queria era ficar com , e por outro eu tinha medo, medo de ser pra ele apenas um passa tempo, e assim que ele pudesse, voltaria correndo para os braços de sua namorada, Jina.
Como o prometido, havia me ligado, ele disse que passaria para se despedir, já que passaria o Natal com sua família em Phoenix. E por incrível que pareça estávamos agindo como ficantes, ou até mesmo namorados. Eu estava tão feliz, parecia que esses dois anos não haviam se passado e que ele nunca fora morar longe de mim.
***
Oh sim, véspera de Natal com os amigos é coisa de louco! 23:20 da noite do dia 24 de dezembro, faltava apenas alguns minutos para entregarmos os presentes. Isso é, se a galera lembrasse onde haviam deixado os presentes. Devo dizer que muitos ficaram bêbados antes da hora, exemplo vivo disso : .
- Então é nataaaaaaaaaaaaaaaal, e ano novo tambééém!
- O que você esta fazendo criatura? - eu disse rindo e olhando para o estado deplorável que se encontrava.
- Oxi, não ta na cara? Estou fazendo o favor de deixar vocês reles mortais ouvirem minha divina voz cantando. - ele pegou minhas mãos e começou a fazer uma dança um tanto idiota. - Uhuuul, se anima , é Pascoa meu!
- Hã, , é natal... e não páscoa.
- Mas o que eu falei? Falei Natal! Você que bebe demais e fica com essas nóia ae! - ele saiu cantando e abraçando uma garrafa de vodka, eu não pude deixar de rir-
- Amigo pinguço é foda né?! - ouvi uma voz sussurrando na minha orelha, estremeci, e logo senti duas mãos envolverem minha cintura e alguns leves beijos pelo meu pescoço-
- Pensei que você fosse passar o Natal com os seus pais .
- Eu passei a véspera lá, almocei com eles, ficamos um pouco juntos em família, e eu vim pra cá. Aliás, tem algo que eu quero te entregar. - ele disse me puxando pela mão, desviando das pessoas e indo para o lado de fora da casa do .- Fique aqui. - ele disse soltando minha mão próximo a piscina, logo ele se distanciou e eu fiquei ali sozinha, já que toda a galera estavam entretidas demais vendo no karaokê. Não demorou cinco minutos e vi se aproximar com uma enorme sorriso no rosto. - Demorei?
- Hã, pode se dizer que não. – rimos.
- Bom, espero que goste. - ele disse me entregando uma caixinha retangular. - Mas, não abra ainda. Eu quero te dizer algumas coisas. - ele segurou a minha mão livre e eu sorri involuntariamente. - Sobre a Jina. - Ah é, ainda tinha a bendita da Jina, eu não disse nada, apenas continuei olhando em silêncio. - Eu não tenho mais nada com ela. Desde quando eu voltei de Phoenix, há uma semana atrás, eu não tenho mais nada com ela. - ele riu. - E sabe o que é engraçado?! Ela me perguntou o que era que eu tinha perdido aqui em Londres. Eu simplesmente respondi: O amor da minha vida, é isso que eu perdi em Londres. - minha boca se abria e fechava como se as palavras houvessem fugido, eu não estava acreditando naquilo, era como se fosse um sonho. - Sabe , assim como você teve alguns namorados depois que eu fui embora, eu tive a Jina, mas era um relacionamento que não me fazia bem, só brigávamos, e eu não a amava, sentia admiração, carinho, mas amor... não, amor de verdade, amor assim como um homem ama uma mulher eu só sinto por uma pessoa. - meu coração estava quase saindo pela boca. - E caso você não saiba, essa pessoa é você!
Ele me beijou intensamente, segurando firmemente minha cintura, era uma mistura de sensações e eu o queria mais do que nunca, queria junto a mim, eu também o amava, ah, como eu o amava. Partimos o beijo com longos selinhos, parecia que nada daquilo era real, estava tudo tão perfeito.
- , eu te amo, eu te amo da mesma forma com que te amava quando você foi embora, te amo com a mesma intensidade do começo do nosso namoro, te amo a ponto de ter preferido ver a sua felicidade mesmo estando longe de mim. - abriu um imenso sorriso ao me ouvir dizer aquilo, me deu outro selinho demorado e depois mordeu levemente o meu lábio inferior-
- Eu tinha tanto medo de não encontrar mais a que eu deixei aqui em Londres, eu tinha tando medo de não encontrar mais a minha ! Lembra quando eu disse que voltava?! Então, eu voltei! E voltei por você, voltei por que eu te amo, e que ficar longe de você só me fazia mal.
Eu e os meus sorrisos bobos, eu estava tão feliz, era impossível não sorrir ao ouvi- lo dizer aquilo, ao saber que ele ainda tinha o mesmo sentimento por mim.
- Então, não vai abrir o presente pequena? - ele riu.
- Ah é. - abri a caixinha retangular e encontrei uma pulseira de prata com vários pingentes em forma de coração, era realmente linda. - , eu adorei! Obrigado. - o abracei forte e depois o beijei, um beijo lento e calmo. Era tão bom poder beija-lo, te-lo perto de mim. - Eu não comprei nada pra você, mas juro que amanhã vamos no shopping e eu deixo você escolher o que você quiser! – rimos.
- Eu já ganhei presente . O ganhei antecipadamente, há quase três anos atrás. - o olhei confusa e ele sorriu- O meu melhor presente, for ter conhecido você !
me puxou para mais um beijo, eu era a pessoa mais feliz do mundo, agora eu tinha a pessoa que eu amava junto a mim, aliás, eu sempre o tive, porém ele nem sempre pode estar presente.
Fogos e gritaria era o que se podia ouvir, eu e partimos o beijo e ele olhou no seu relógio de pulso, sorrindo logo em seguida.
- Meia noite. - ele riu- Enfim o Natal chegou. – rimos.
- Feliz Natal !
- Feliz Naral princesa, e nunca se esqueça, eu te amo!