What Is Happening to Me?
Juliana Batista | Revisada por Luba
Capítulo Único
Pov:
Eu estava sentado na minha cama, de olhos bem abertos, encarando uma das paredes brancas do meu quarto, algo dentro de mim ainda esperava que ela ligasse. Até esse momento, quando acabei de voltar de uma turnê, não tinha noção da falta que ela me fazia. Foi um choque pra mim quando vi que todos os postais que eu mandara durante a viagem permaneciam intocados na caixa de correio, quase derramei lágrimas ao notar que ela não viria me abraçar com o sorriso mais lindo do mundo estampado em sua face. Ela sempre me ajudara a superar tudo, não sabia mais o que seria de mim sem ela ao meu lado, escrever músicas com os caras seria algo quase impossível, ela me inspirava, me dava ânimo, me ajudava a manter o controle mesmo com toda a exposição.
Nunca pensei em namorar uma directioner, me surpreendi quando me dei conta de que estava completamente apaixonado pela menina em que o esbarrou antes de um de nossos shows em Londres. Um dia ela era só uma menina sortuda que o levou para o backstage, em outro ela virou minha melhor amiga, e pouco tempo depois, sem que eu percebesse, ela se tornou o amor da minha vida. Não conseguia tirar o sorriso estonteante dela da minha cabeça, sorriso este que vi minutos antes de vê-la com lágrimas nos olhos após ler alguns comentários sobre ela no twitter. O olhar dela quando ela me falou que não aguentava a pressão assombrava meus pensamentos desde aquele dia.
Agora é só uma existência cruel, como se não tivesse sentido nenhum em ter esperanças, me sinto louco, acordado a noite toda, todos os dias.
Pov:
Lembrava-me do dia em que conheci …
Flashback ON
Estava fazendo intercâmbio em Londres há dois meses e finalmente havia chegado o dia em que eu iria a um show da One Direction, estava incrivelmente nervosa e extremamente atrasada.
Cheguei ao local do show faltando 15 minutos para o horário previsto para o início, eu não fazia ideia de onde era o portão de entrada, ou seja, estava ferrada. Comecei a rodar o estádio feito uma louca, não tinha noção de nada ali. Já se aproximava da hora do show, ainda estava desesperada, quando, repentinamente, enquanto olhava para o lado procurando uma placa ou algo do tipo, quando esbarrei em alguém e caí no chão, senti meu telefone voar da minha mão e ouvi o barulho dele se estilhaçando ao encontrar o cimento do chão. A pessoa em quem esbarrei me estendeu a mão e me ajudou a levantar, notei uma tatuagem familiar em seu braço, meu olhar foi subindo até focalizar seu rosto e quase caí novamente ao notar que estava na minha frente.
Ele me pediu desculpas e me entregou o que restava do meu telefone , eu sabia que ele estava atrasado, por isso apenas o abracei o mais forte que pude:
- Obrigada, – eu disse.
- Por ter esbarrado em você e quebrado seu celular? - perguntou rindo.
- Não. - Encarei seus olhos, uma lágrima escorreu de um dos meus. - Por ter mudado minha vida.
Ele me apertou um pouco mais em seus braços e perguntou:
Posso mudá-la mais um pouco? - Mais lágrimas se juntaram à primeira e assenti sorrindo.
pegou a minha mão e me conduziu até uma porta onde se podia ler: ”Restrito à produção”. Ele me guiou pelo backstage até parar em frente a uma porta, que continha os nomes dos cinco impressos num papel branco, e me pediu pra abri-la. Eu não sabia, mas aquele momento mudaria minha vida de uma vez por todas.
Flashback OFF
Agora estou aqui, sentada num banco qualquer da praça, de olhos bem abertos e com uma coisa martelando na minha cabeça, não consigo me decidir se me livrei de uma cilada, ou apenas perdi o amor da minha vida. Os comentários das directioners não saíam da minha cabeça, por um lado, as entendia. Já fora uma delas, mas não conseguia não me chatear. O problema é que sempre fui apaixonada pelo , mesmo antes de conhecê-lo, e os momentos que passamos juntos foram maravilhosos.
Eu fico triste mesmo nos melhores lugares, eu o vejo por aí em todas as faces vazias na multidão. Levantei, resolvi chamar um táxi, entrei e, não sei o porquê, dei o endereço dele.
Pov:
Estava sentado no sofá comendo twix e vendo , o filme favorito dela. Tudo me fazia pensar nela, até a pequena mancha de chocolate que ela deixara no sofá. Tornara-me dependente da risada fofa dela e das mensagens que ela deixava espalhadas pelas minhas coisas sempre que eu viajava, mensagens às quais eu respondia sempre com cartões postais.
Peguei meu violão e comecei a dedilhar , estava absorto nos meus pensamentos sobre o quanto sentia falta dela que nem notei quando a mesma entrou pela porta da sala, só a notei quando ela, sem querer, deixou a porta bater. Olhei para ela enquanto ela subia as escadas, provavelmente até o nosso quarto. Assim que a perdi de vista, levantei e fui atrás dela, não podia perdê-la novamente. A encontrei sentada, de cabeça baixa, na nossa cama, conseguia ouvi-la soluçando levemente, não poderia vê-la assim, nunca mais, era pior do que mil facadas do coração, eu só queria ela de volta, nada mais. Parei em sua frente, puxei seu queixo delicadamente até que ela me encarasse, limpei as lágrimas que escorriam por suas bochechas, e sem perder tempo, comecei a falar:
, eu não quero viver para sempre, porque eu sei que, sem você, estaria vivendo em vão…
, - ela me interrompeu - e eu não quero me encaixar em nenhum outro lugar…
Eu só quero continuar chamando o seu nome, , - a interrompi. - até você voltar pra casa.
Eu já voltei casa, , - ela disse sorrindo, correndo pros meus braços e me beijando.