What I Need
Escrito por Effy Stanfield | Revisado por Luba
Capítulo único
Chego em casa e logo percebo a bicicleta de na varanda, meu coração começa a bater forte contra o peito enquanto caminho em direção à porta. O que ele está fazendo aqui? Será que... Não, ele não faria isso comigo. Ou faria?
Adentro a casa e meus pais estão sentados no sofá, conversando com , e a julgar pelas expressões deles, a situação não parece nada ser boa.
— Cheguei — anuncio.
Quando os olhos de minha mãe se erguem e encaram os meus, automaticamente entendo que ela já sabe de tudo. Diferente de como sempre os vejo, seus olhos estão escuros e severos, consigo ver neles uma mistura de mágoa, raiva e o pior de todos: A decepção.
Ela se levanta e caminha até mim, julgando-me com o olhar.
— O que você estava fazendo na casa daquela garota?
— Mãe, eu posso explicar…
— Me responde, ! O que você estava fazendo na casa dela?
— E-eu estava estudando.
Sinto uma ardência contra minha bochecha e não demoro a constatar que ela havia me dado um tapa.
— É isso que você chama de estudar, ?
A mulher empurra o celular no meu rosto, mostrando uma foto de eu a nos beijando no portão da casa dela. Como eles conseguiram aquilo?
Ergo os olhos até os de e seu rosto está impassível, ele não demonstra nenhuma comoção ou remorso do que fez. Como ele pôde fazer isso comigo?
— Depois de tudo que fizemos por você, a boa educação e os ensinamentos da bíblia que demos, você prefere mentir e escolher o pecado? — meu pai diz.
— Eu não escolhi ser assim! — vocifero, entre lágrima, recebendo outro tapa.
— Você nunca mais vai ver aquela garota, entendeu? Nós vamos te tirar daquela escola e você vai ser monitorada vinte e quatro horas por dia até aprender a não desrespeitar a palavra do Senhor!
A esse ponto já estou chorando tanto que não tenho mais energia para retrucar e também sei que não vai adiantar nada, pois eles não entendem. Eles nunca vão entender.
Olho para de novo e agora ele tem um sorriso desenhado no rosto. De todos naquela sala, ele é quem mais me magoa porque a dor física nem se compara a com a dor de ver meu melhor amigo gostando de assistir o meu sofrimento.
— Espero que esteja feliz por ter destruído a minha vida, , porque a partir de hoje você está morto pra mim.
Viro-me e começo a correr escada acima em direção ao meu quarto e ouço os gritos de minha mãe atrás de mim. Bato a porta e a tranco, me recosto na madeira e começo a chorar tão copiosamente que minhas pernas cedem e caio no chão.
Meu celular começa a vibrar no bolso da calça e vejo que é , o que só faz meu coração apertar mais. Tento controlar um pouco as lágrimas e atendo a ligação.
— Minha namorada chegou bem em casa? — diz do outro lado e um soluço sai pela minha garganta. — O que aconteceu, ? Você tá chorando?
— Eles descobriram tudo, ! Eles vão me mudar de escola, eu nunca mais vou poder ver você!
Um breve silêncio se faz do outro lado da linha enquanto tudo que consigo fazer é soluçar.
— Vamos fugir — diz e meus olhos se arregalam.
— O quê? Como assim fugir, ?
— Meus pais tem uma casa na praia não muito longe daqui, a gente pode ir pra lá por enquanto. Arrume suas coisas, passarei aí em cinco minutos. Amo você.
Fico tão aturdida que não consigo responder e ela desliga a ligação. Ela acabou de dizer que me ama e quer fugir comigo?
Minha vida virou de cabeça pra baixo em menos de um dia, mas está certa. Não posso ficar aqui, não posso deixar que eles atrapalhem a minha vida e tirem de mim a única coisa real que tenho. Vamos, , se recomponha!
Levanto-me do chão e limpo os rastros de lágrimas do rosto. Esvazio a minha mochila e abro o armário, selecionando as peças de roupas que eu mais gosto, e os únicos objetos que pego são meus fones de ouvido e os óculos que havia me dado logo quando nos conhecemos.
Ponho a mochila sobre os ombros e passeio o olhar pelo quarto, despedindo-me do meu antigo lugar favorito no mundo, o único lugar onde sempre me senti segura.
Suspiro e abro a porta, desço as escadas e caminho em direção a porta sem dizer uma palavra. Meus pais ainda estão na sala e provavelmente já foi embora, pensando que havia conseguido o que queria, mas eu gostaria que ele tivesse aqui e visse que agora, graças a ele, vou ser feliz longe daqui com a garota que amo.
— Onde pensa que está indo? — meu pai pergunta.
— Vou embora, se não posso ser eu mesma nessa casa porque é considerado pecado, então é melhor eu não ficar mais aqui.
— Se você cruzar essa porta, , esqueça que nós existimos, esqueça que já teve uma família — minha mãe diz.
Abro a porta e viro a cabeça em direção aos meus pais, encaro fixamente os olhos da mulher que me trouxe ao mundo, ergo os ombros e digo:
— Família não é machucar e proibir e julgar, família é amor, carinho e apoio. Eu nunca tive uma família.
Saio da casa sem olhar para trás e sinto um peso enorme sair do meu peito enquanto ando em direção à saída. Abro o portão e logo encontro recostada a um Jipe novinho e minha boca se abre em descrença.
— Uau, que carro maneiro! Você pode dirigir? — pergunto com a sobrancelha arqueada.
— Tecnicamente, não, mas Vinícius sempre me ensinava uma coisa ou outra quando me buscava na escola. — Ela dá ombros. — E meus pais iriam me dar o carro quando eu fizesse dezoito mesmo, só decidi pegar um pouco antes da hora.
Nós duas rimos e ela segura meu rosto entre as mãos, dando-me um beijo, e abre a porta do carro para mim, em seguida indo para o lugar do motorista.
— Como eles descobriram? — ela pergunta enquanto dá partida no carro e eu suspiro.
— contou tudo e provavelmente me seguiu o dia todo porque até foto da gente se beijando ele conseguiu.
A boca de se abre e logo em seguida seu rosto fica carregado em ódio quando ela desfere um soco no volante.
— Aquele filho da... Ei, não é ele ali? — a garota aponta para a frente.
Estreito os olhos para enxergar o ponto em que ela se referia e vejo alguém pedalando uma bicicleta à alguns metros de distância. A medida que começamos a nos aproximar, tenho cada vez mais certeza de que é ele.
— Vamos dar uma lição nele — diz, sorrindo.
A garota acelera o carro e passa bem ao lado do garoto enquanto buzina, fazendo-o se desequilibrar e cair com a bicicleta. dá a ré, estaciona próximo dele e abaixa os vidros.
— Achou mesmo que conseguiria derrubar a gente? Foi a gente que derrubou você! — Ergo os dois dedos do meio para ele. — Vai se foder, seu otário!
arranca com o carro e nós duas começamos a gargalhamos.
— Você viu a cara dele de assustado? — ela comenta, entre risadas.
— Acho que ele pensou que a gente fosse passar por cima dele! — respondo, também rindo.
— Mas eu bem que poderia... — sugere e encaro-a boquiaberta.
— Nossa, você é vingativa mesmo!
— Só com quem machuca a minha namorada. — Ela me lança uma piscadela e acaricia o meu rosto, trazendo-me para perto e me dando um selinho.
Sorrimos uma para a outra e ela liga o rádio. Uma música da Hayley Kiyoko está tocando e nós duas começamos a cantar a plenos pulmões. Coloco os óculos escuros e ponho a cabeça para fora da janela, entoando a letra e sentindo o vento bater em meu rosto. Eu nunca havia me sentido tão livre em toda a minha vida.
— Olha, um bar! — indico para . — Vamos?
— Não sei, , parece perigoso... — Ela aperta o volante em nervosismo. — Nós nem temos idade o suficiente pra entrar.
— Também não temos idade pra fugir de casa e dirigir. — Dou de ombros. — Eu sempre quis ir a um lugar assim, por favor, !
Faço cara de cachorrinho que caiu da mudança e bufa, revirando os olhos, porém acaba cedendo e balança a cabeça em concordância, fazendo eu soltar um grito de animação.
O céu já está escuro, então o bar estar bem cheio — provavelmente são pessoas que acabaram de chegar do trabalho e estão fazendo happy hour. Caminhamos até o balcão e nos sentamos nos bancos rentes a ele.
— Dois shots de tequila, por favor! — peço.
O barman me olha com uma das sobrancelhas arqueada.
— Quantos anos vocês duas tem?
— Dezoito — respondo.
— Posso ver as identidades?
— Esquecemos em casa — responde, dando de ombros.
O homem nos encara com os olhos semicerrados, parecendo nervoso. tira a carteira do bolso, pega uma nota de cem reais e arrasta sobre o balcão.
— Olha, nós só queremos beber alguns drinks e depois ir embora, ok?
O homem bufa e pega a nota da mão dela, virando-se para preparar as bebidas em seguida.
Sorrio, animada, e me viro para , entrelaçando meu dedos aos dela, porém um homem à nossa esquerda nos lança um olhar estranho, obrigando-me a soltá-la.
O barman volta com as duas bebidas pedidas e me instrui sobre o que eu deveria fazer: Primeiro lamber o sal, depois tomar a bebida e por fim chupar o limão. Fazemos caretas devido ao ácido da fruta e gargalhamos juntas.
— Olha, uma mesa de sinuca! Vamos jogar!
Aponto e em seguida seguro na mão de e puxo-a até a mesa, onde alguns homens jogavam.
— Você sabe jogar? — pergunta e eu nego com a cabeça.
— Quer que eu ensine, princesa? — um homem questiona em tom malicioso.
— Eu sei jogar, pode deixar que eu ensino — responde com rigidez e o homem ergue as mãos em defesa própria.
pega o taco e passa o giz na ponta e em seguida o entrega pra mim.
— Você é destra, então precisa segurar a base do taco com a mão direta e fazer a ponte com a esquerda. Se incline sobre a mesa e apoie a ponta entre em cima do dedão e abaixo do indicador — ela pede e eu obedeço. — Qual bola você quer encaçapar?
— A vermelha — respondo.
Ela se debruça sobre mim, apoiando as mãos em cima das minhas, ajustando a posição para que a mira fique diretamente na bola vermelha. Sinto sua respiração em minha nuca, fazendo os pelos se eriçarem.
— Comece empurrando o taco devagar e aumente a velocidade conforme ele for chegando mais perto da bola.
Mais uma vez faço exatamente o que ela manda, apesar de ser um pouco difícil me concentrar com ela tão perto e falando no meu ouvido. Assisto em câmera lenta a bola branca rolar pela mesa e bater na vermelha, jogando-a para dentro do buraco.
Abro a boca em descrença e solto taco, virando-me de frente para e me jogando em seus braços.
— Eu consegui! — grito e a garota ri da minha animação.
— Parabéns, .
Ela sorri, acariciando meu rosto, e eu retribuo o sorriso, envolvendo sua nuca com meus braços, e começamos a dançar ao ritmo da música que tocava na Jukebox. Ela estava tão perto que me fazia perder o ar.
— Vocês são namoradas? Dá um beijinho aí pra gente ver! — um homem diz, acabando totalmente com o clima entre nós duas.
revira os olhos e se afasta de mim, segurando em minha mão e me puxando de volta ao bar. Peço uma caipirinha e ela pede água, pois iria dirigir e não podia beber muito.
Bebemos mais alguns shots e dançamos mais uma pouco — dessa vez sem nenhum incoveniente para atrapalhar. Não sei se foi por causa da tontura que a bebida me causou, mas começo a ficar com sono, então puxo até um sofá velho no canto do bar e me deito em seu colo. Fecho os olhos e ela começa a passear os dedos pelos meus cabelos até eu pegar no sono.
De repente sinto meu corpo ser balançado e me levanto no susto. Esfrego os olhos e constato que somos as últimas no lugar.
— Ei, já são seis da manhã, vocês precisam ir embora porque tenho que fechar o bar — o barman anuncia.
Emito bufada de ar e resmunga. Pego meu casaco jogado no sofá e segura em minha mão, guiando nos duas para o lado de fora.
Entramos no carro e ela dá a partida, ainda me sinto sonolenta e minha cabeça lateja, então decido apoiar a cabeça seu ombro para tentar dormir mais um pouco.
Subitamente um barulho alto de freada entra pelos meus ouvidos e meu corpo é jogado para frente. Abro os olhos, assustada, e vejo a frente do carro coberta de fumaça.
— O que aconteceu? — pergunto.
— Um carro vinha em nossa direção e pra não bater tive que jogar o carro para fora da estrada e acabei acertando uma placa.
Encaro o rosto de e de repente nós duas começamos a gargalhar. Saímos do carro para ver o tamanho do estrago e felizmente só o para-choque e o capô amassaram um pouco.
— Pelo menos não foi tão ruim. Não podemos ligar para o reboque ou algo assim?
— Não, nós provavelmente vamos parar na delegacia. Não tenho os documentos do carro aqui e mesmo se tivesse ainda não estão no meu nome, além de que não tenho idade para dirigir ainda.
Praguejo mentalmente e dá um chute no pneu do carro. Analiso a estrada deserta em nossa frente e digo:
— Podemos ir andando.
— Ficou louca? Faltam tipo uns dois quilômetros.
— A gente pede uma carona ou sei lá.
bufa e pega sua mochila no banco traseiro e eu faço o mesmo. Começamos a andar pelo canto da estrada e nenhum carro ou caminhão aparece por ali.
— Estou cansada — diz, ofegante e eu ergo uma sobrancelha.
— Já? Estamos caminhando não tem nem meia hora.
— Você é acostumada a ir para a escola andando, eu não. — ela dá de ombros, fazendo-me rir.
— Sobe nas minhas costas, vou carregar você.
— Sério? — ela questiona e eu balanço a cabeça em confirmação.
se aproxima e pula em cima de mim, envolvendo meu pescoço com os braços. Agarro em suas coxas e começo a brincar com ela, andando em ziguezague, enquanto rir. Ela avista um carro vindo em nossa direção e aponta, eu a coloco de volta no chão e nós duas começamos a pular e fazer sinal com as mãos para que o motorista veja, porém o carro passa direto.
— Babaca! — grito, atirando meu casaco contra o veículo e vendo-o cair no chão.
Bufo e pego o casaco novamente. Voltamos a caminhar enquanto o Sol começa a ficar cada vez mais forte e a sede a apertar. A cidade parecia cada vez mais longe e minhas pernas doem. Vejo um carro parado à alguns metros de distância e aperto os olhos para me certificar de que não estava vendo coisas.
— Ei, tem uma picape ali! — indico para .
— Deve estar quebrada.
— Não, tem alguém ali dentro, eu vi. Se a gente correr talvez consiga egar uma carona.
Começo a correr o mais rápido que consigo e subo na traseira da caminhonete, , que estava mais cansada, não consegue acompanhar meu ritmo e acaba ficando para trás. O carro começa a se mover e arregalo os olhos.
— Corre, ! — grito, estendendo a mão para ela.
começa a correr mais rápido até conseguir alcançar minha mão, eu a seguro e a puxo para dentro da caçamba da caminhonete. A garota se deita, ofegante, nos encaramos e começamos a rir sem parar. estica a mão até mim, acariciando meu rosto, sorri e começa a se aproximar cada vez mais, porém, antes que ela pudesse me beijar, a caminhonete para de andar e o motorista sai.
— Que porra é essa? O que vocês estão fazendo aí? Saiam da minha caminhonete!
— A gente só tava pegando uma carona! — respondo, me levantando.
— E vocês acham que eu sou o quê? O Papai Noel? Saiam, anda!
Emito uma bufada de ar e nós duas descemos da caçamba.
— Ei, você é filha do Pastor Jorge, não é? — o homem questiona e eu balanço a cabeça, afirmando. — Cresceu, hein? Quase não te reconheci. O que está fazendo por aqui?
— Nosso carro quebrou e precisamos de uma carona até a praia. Você pode nos ajudar?
O homem estica a mão até mim e passeia os dedos pelo meu rosto, inspecionando todo o meu corpo com os olhos, fazendo eu me encolher, e sorri.
— Claro, linda. Você pode ir no carona comigo e sua amiga vai atrás.
Concordo com a cabeça e dou a volta no carro, abrindo a porta.
— O que tá fazendo? Vai mesmo pegar carona com esse cara? — pergunta.
— Não temos outra opção, .
— , esse cara é perigoso, viu o jeito que ele olhou pra você? E como ele te tocou? Não entra nesse carro, , por favor.
— E o que você planeja fazer? Ir andando? Já estamos andando há mais de uma hora e nada!
— A gente pode dar um jeito, pegar carona com outra pessoa, sei lá.
— Não tem outra pessoa! Entra no carro, !
— Não, eu não vou entrar no carro de um pervertido, , e você também não deveria fazer isso!
Encaro , furiosa, e entro no carro, batendo a porta em seguida.
— , por favor, não faz isso.
Ignoro-a e faço sinal com a cabeça para que ele siga viagem. O homem passeia a mão pelos meus cabelos, colocando uma mecha atrás da orelha.
— Não fica triste, linda, ela é que tá perdendo.
Encolho no lugar e respiro fundo. Calma, ele conhece a minha família, certo? Então não vai fazer nada.
— Quem é aquela garota? Sua amiga?
— É minha namorada — digo, firme, para mostrar que não quero nada com ele.
— Namorada, é? — Ele põe a mão sobre a minha coxa. — Isso é porque você ainda não conheceu o homem certo.
— Tira a mão de mim! — vocifero, afastando-o.
— Hum, que selvagem! Vamos ver se você também vai agir assim quando eu estiver fodendo você.
Ele para o carro e sai, dando a volta. Sinto meu corpo inteiro se encher de desespero quando ele abre a minha porta e segura em meu braço, puxando-me para fora.
— Por favor, não faça isso — imploro, me debatendo e sentindo as lágrimas se acumularem em meus olhos.
— Calma, linda, você vai gostar. Vai sentir o que é ser fodida por um homem de verdade.
Não consigo mais segurar e as lágrimas começam a descer pelo meu rosto.
— Não, por favor... — imploro, entre soluços.
Minha mente dá um apagão e tudo acontece rápido demais: Não sei como, mas consigo acertar um chute no meio das pernas dele e o homem cai no chão, agonizando.
— Sua vadia!
Começo a correr na direção contrária, corro tão rápido que me falta ar nos pulmões e ignoro totalmente as minhas pernas reclamarem e latejarem de dor. Sinto o vento gelado bater em meu rosto, secando as lágrimas que rolam por ele. De repente avisto alguém caminhando na beira da estrada e pelo casaco sei que é .
— ! — chamo.
Ela se vira, sorrindo, e não demora mais do que alguns segundos até eu estar entre seus braços, grudando meus lábios aos dela. Descarrego naquele beijo todas as emoções que se passavam pelo meu corpo: O medo, o arrependimento, o alívio e o amor.
— Me desculpa, me desculpa, me desculpa — murmuro repetidamente, com a testa colada a dela. — Eu amo você, .
— Eu também amo você, .
Ela sorri e volta a colar os lábios aos meus e abraço-a tão forte contra mim que acabamos caindo no chão, mas não paramos.
Estamos nos beijando, deitadas no meio da estrada com vários perigos em volta, mas não ligo. Não ligo porque nesse momento ela é tudo que eu preciso.
FIM
Olá, espero que quem quer que tenha lido essa fic tenha gostado, sei que a divisão das duas partes ficou meio estranha, mas eu só escrevi a segunda depois de ter enviado a primeira, daí ficou essa confusão sisjsjdjdk enfim, não se esqueça de comentar o que achou <3