We’re Best Friends.. But I Want You Mine
Escrito por Lígia Barros | Revisado por Natashia Kitamura
O efeito que ela tinha sobre mim era... Surreal. Nós nunca fomos melhores amigos, na verdade eu nem sabia se éramos amigos na visão dela. Mas ser vizinho dela e poder sentar no meio fio e reclamar da vida com era o suficiente para mim.
Nós fazíamos isso todas as sextas, quando a semana acabava e podíamos contar nossos assuntos fúteis. Era engraçado mal ter ouvido falar de coisas de meninas realmente fúteis em todos os anos desde que nos conhecemos. Três anos.
- Ei! Você! – Eu estava de costas para a casa de , sentado no meio fio. Olhei para trás e a vi sorrindo, parada com a porta aberta. Ela fez uma careta e olhou rapidamente para dentro da casa. – Acho que você devia entrar.
Ela estava de castigo, com certeza. sempre me convidava para dentro quando estava de castigo. Eu ri, indo em sua direção.
Nós entramos pela sala e me puxou pela mão indo até a escada. Eu nunca tinha passado da escada. Ela me disse para ignorar seu pai, assim que passamos por ele. Eu não o fiz, é claro, apenas o cumprimentei com um leve aceno.
me puxou pelos primeiros degraus da escada e eu gelei. Parecendo um garotinho, comecei ar perguntar se eu ia parar no quarto dela. Dito e feito.
Ela entrou no quarto e se virou para mim, ficando vermelha. Eu sorri. Meu Deus, o que estava acontecendo comigo? Como eu tinha chegado àquele ponto?!
- Eu sei que você nunca veio aqui em cima, mas meu pai que deu a ideia, você sabe como ele é e bom, ele está lá embaixo... - Não demorou muito para a vergonha de passar, já que no minuto seguinte, ela me pegou pela mão e me puxou para sentarmos na cama. Como eu estava desconfortável! Ela era uma grande amiga, eu estava apaixonado por ela e... Droga! Ela era linda! – Você sabe há quanto tempo nos conhecemos, ?
- Há três anos. - , que estava deitada na cama e parecia extremamente confortável, levantou a cabeça e me olhou.
- Você sabe? – Assenti. – Você conta?
- Não... – Eu estava nervoso. Eu não contava, mas eu sabia a data com certeza por mais que isso parecesse coisa de menina.
- Como nós nunca comemoramos isso?
- Nós deveríamos comemorar o dia em que você me atropelou? - gargalhou. Foi daquela maneira que nos conhecemos... Ela estava com a carteira de motorista nas mãos desde o dia anterior e eu estava na calçada, onde os pedestres devem ficar... O resumo foi que me atropelou ao sair da garagem de sua casa. Na verdade, atropelar seria um pouco de drama, mas foi quase isso.
- Estranho pensar que nós apenas nos falamos naquele dia mesmo sendo vizinhos há tempos, não é? - Eu assenti - E agora somos melhores amigos...
- Somos? - Somos? Eu, definitivamente, nunca pensei que ela pudesse me considerar melhor amigo dela.
- Não somos? Você deve ter outros amigos, claro e... - parecia um pouco decepcionada, mas ela mal sabia que eu sempre a considerei assim.
- Você sempre foi minha melhor amiga. - Ela me olhou, sentou na cama e sorriu.
- Jura? - Tive a impressão de ter ficado vermelho. Eu realmente parecia uma menininha.
- É, quero dizer, eu não sabia se você... - Não pude terminar de falar, se jogou em meus braços me dando um forte abraço. – Wow, calma! - quase me derrubou da cama ao me abraçar. Passei uma mão em volta de sua cintura e a outra foi para os seus cabelos. Ela adorava que eu a fizesse carinho lá. Eu fazia cafuné nela, quando senti seu nariz roçando no meu pescoço, me fazendo um pouco de cócegas.
- Não faz isso, . – Estranhei. nunca tinha me pedido para parar de fazer cafuné.
- Por quê? – Continuei fazer o carinho, rindo baixinho. Eu estava adorando ter o rosto dela próximo ao meu e poder sentir o cheiro gostoso do cabelo dela. Mas me fez parar. Afrouxando o abraço, parou com a mão na minha nuca e deu um beijinho no meu pescoço. Gelei.
- Você gosta de mim, não gosta, ? – Senti um aperto na minha nuca e beijos subindo pelo meu pescoço. – Eu também gosto de você, querido. Eu sou apaixonada por você, . Desde sempre. Desde que nos tornamos amigos. Eu te quero tanto.
Deus do céu, eu não sabia o que fazer. No impulso puxei pelo cabelo, fazendo a garota me olhar. Ela não parecia ter sentido dor ou nenhum tipo de incômodo.
- Eu vou ser preso, garota. – Eu estava tenso quando a puxei para um beijo. Não pela nossa diferença de idade, mas pelo fato de estar completamente apaixonado por ela e aquele ser o primeiro beijo que eu dava nela. estava acabando a escola e eu já perto da metade do segundo período da faculdade...
Se o pai de descobrisse, acho que ele me botava na cadeia.
Nós realmente paramos para conversar sobre tudo, depois do beijo.
O problema era que parecia um pouco animada demais para experimentar algumas coisas que ela não conhecia... Mas o pai dela estava no andar debaixo!
- ... - Ela não cansava de me provocar!
- ... - respondeu em um tom provocador, como se não estivesse entendido o que eu queria quando chamei seu nome.
Olhei para e ela sorriu para mim. Cara, ela era tão linda! Eu sabia que não me importaria se tivesse de passar horas olhando para ela. Em um movimento rápido, prendi entre minhas pernas, ficando um pouco em cima dela mesmo tendo medo de a esmagar. Prendi suas mãos em cima da cabeça e ela sorriu safada. Eu ri. Garota pervertida.
- ! ! – A voz do pai de ecoou no corredor e podíamos ouvir os passos dele se aproximando. Quando percebi, as mão de estavam no meu peito e ela me empurrou. Caí de costas no chão, o que fez um puta barulho e apressou o pai de a entrar no quarto, preocupado. Ele não se preocupou realmente quando viu sua filha sentada na cama, rindo da minha cara. Na verdade, nós dois rimos com ela.
- Então... - Estávamos no andar de baixo, mais precisamente sentados no sofá da sala. Nossas mãos estavam uma na outra, mas parecia querer soltar a minha. Eu não sabia o que falar, não teríamos privacidade o suficiente para conversar. E eu só queria ouvi-la dizendo de novo que estava apaixonada por mim.
- Então... - sorriu maliciosa. Desde quando aquela garota tinha ficado tão ousada?! Nem eu era ousado daquele jeito! E eu era muito ousado quando se tratava de seduzir alguém. Quando vi, olhava para trás, para ter certeza que seu pai não chegaria enquanto ela se sentava no meu colo. – Então... Nós estamos juntos?
Tudo bem, eu não sabia o que falar. E eu nunca pensei que fosse ser tão direta. Ela estava me surpreendendo... Sempre pareceu tão tímida e inocente quando se tratava de caras. Talvez fosse eu. Hm, eu a deixava ousada? Curti a ideia. De qualquer maneira, eu não sabia o que responder. Se estava perguntando aquilo, significava que ela queria? Porque bom, eu queria ficar com ela. E muito. Um ‘talvez para sempre’ passou pela minha cabeça, mas eu tratei de tirar aquilo da minha cabeça. Muito cedo, , muito cedo.
- E-eu não sei. - franziu a testa e eu passei a mão no seu rosto. – Eu quero muito, . Você não sabe o quanto.
- Uma condição. – Estranhei. Ela tinha uma condição para ficarmos juntos?! Que bosta era aquela? Tudo bem, eu tinha que arriscar. Era a , porra! A garota que eu amava! Assenti e continuou. – Você tem que fazer tudo, repito, tudo o que eu quiser daqui a uma semana, no meu aniversário.
- Mas eu já faço isso todo ano. – E foi ali que sorriu sapeca e me deu um selinho.
- Você vai fazer isso como meu. Meu namorado. Porque eu te amo e eu quero ser sua.
Suspirei aliviado. No segundo seguinte, eu tinha seu rosto em minhas mãos e nossas testas estavam coladas. Eu queria beijá-la, mas não foi isso que fiz... Apenas sorri brincalhão e sussurrei:
- Feito.