Welcome to New York

Escrito por Amanda Ferreira | Revisado por Peagne

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Capítulo 01

  22 de maio de 2005

  - "Em um reino muito distante chamado ‘Portari’ havia uma jovem princesa de longos cabelos loiros. Esta princesa era destemida e acreditava que valia de tudo para cuidar daqueles que se ama e que merecem. Ela não tinha medo de nada e se infiltrava no seu próprio exército para poder ir à luta. Uma jovem assim tinha que se prezar! Mas, um dia ela conhece um rapaz pelo qual se apaixonou perdidamente e ela acaba mudando seu foco, isso traz danos irreparáveis ao seu reino. Traz a destruição. E, no meio de tudo isso, ela descobre que o rapaz é do exército inimigo e ele, por ganância, a mata. FIM!"
  - Acabou? - Minha mãe pergunta indignada.
  - Sim, o que achou? – Questiono, realmente interessada na opinião dela.
  - Mas, não tem final feliz? - Ela pergunta realmente chocada com o fim.
  - Mãe, nem todas as histórias têm finais felizes e, por muitas vezes, o amor cega as pessoas, não há felicidade quando se perde o foco. - Respondo tentando fazê-la entender meu ponto de vista.
  - Mas... mas você tem apenas dez anos, , como pode pensar uma coisa dessas? - Acho que ela está meio magoada.
  - Ainda bem que desde nova estou percebendo as coisas reais por trás de tudo, não?! - Digo.
  - C-claro, só não ache que isso acontece sempre. Em toda regra há exceções. - Ela diz calmamente.
  - Eu sei. Fica tranquila dona . Agora vou dormir, boa noite mãe! - Dou-lhe um beijo e vou para cama.
  Sei que minha história é um pouco doída demais para minha idade, mas realmente acredito no fato de que, atualmente, o amor se tornou banal demais, e nem tudo que parece amável é, de fato, assim.

  14 de junho de 2014

  - Mãe, desce logo, desse jeito vou perder o voo. - Eu disse apressando-a.
  - Calma, ainda falta quase uma hora para seu embarque. - Ela disse descendo as escadas.
  - Eu sei, mas eu estou tão ansiosa que não consigo esperar aqui em casa. - Falo sinceramente.
  - Isso tudo é pressa para me abandonar? - Ela perguntou séria, mas percebi um sorrisinho em seus lábios.
  - Claro que é! - Exclamei. - Será o dia mais aliviante de todos.
  - Ora ora, coloque-se em seu lugar, senhorita . - Minha mãe disse fingindo um sermão, não aguentei e caí na gargalhada.
  - Okay, agora vamos? - Perguntei já me direcionando à porta.
  - Vamos, pirralha. - Ela falou dando um tapa na minha bunda. Caraca, vou sentir muita falta dela.
  Depois de quase vinte minutos na estrada localizo, com os olhos, o aeroporto internacional de Chicago, daqui a trinta minutos estarei indo para Nova Iorque. Sei que não é muito longe, mas é o mais distante que vou viajar nestes meus dezenove anos de vida.
  Estacionamos e eu fui fazer o check-in. Com tudo em ordem, fomos para a sala de espera.
  - Então, você vai vir para o Natal? - Minha mãe me pergunta assim que sentamos.
  - Eu nem saí daqui ainda! - Dou uma risada curta. – Mas, estava pensando em você ir passar o Natal comigo.
  - Não acho uma boa ideia. - Ela nega, devido ao seu medo de altura.
  - Mas mãe, seria maravilhoso passarmos esse dia incrível na cidade que nunca dorme! - Insisti fazendo beicinho.
  - Vou pensar, mas não prometo nada. - Ela diz sorrindo de canto.
  - Eba! - Comemoro batendo palminhas.
  - Para com isso garota! - Ela ri.
  - Okay. - Digo apenas.
  Ficamos conversando por uns quinze minutos, até que ouço uma vozinha na sala de espera.
  "Passageiros do voo 4366 com destino à Nova Iorque dirijam-se ao portão 9B."
  - Esta é a minha deixa. - Falo me levantando.
  - Não acredito que você está mesmo indo. - Ela diz com os olhos cheios d'água.
  - Eu sei, é inacreditável para mim também. - Suspiro. – Mas, sempre que quiser pode ir me visitar, me ligue a qualquer hora. Te amo mãe! - Digo sentindo as grossas lágrimas escorrendo pela minha face.
  - Me ligue a hora que quiser também. Te amo mais, ! - Ela puxa para um abraço, vou sentir tantas saudades dessa mulher.
  "Última chamada para o voo 4366 com destino à Nova Iorque, dirijam-se ao portão 9B."
  - Agora tenho mesmo que ir. - Digo dando um beijo na sua testa.
  - Tudo bem. Faça uma boa viagem! Me ligue assim que chegar lá. - Ela me instrui.
  - Okay. Tchau. - Aceno enquanto estou indo para a sala de embarque.
  - Tchau. - Ela fala e se direciona a saída do aeroporto.
  Depois de me acomodar em meu acento, coloco o fone e dou play em uma música aleatória da minha playlist. Essa viagem dá início à minha independência. E quem sabe o que pode acontecer em Nova Iorque?!

Capítulo 02

  Eu dormi o voo quase todo, mas acordei uns minutos antes de pousarmos.
  A vista da pequena janela do avião é linda! Vejo muitas luzes, já que são dez da noite, e vejo o quão bela esta cidade consegue ser. Não vejo a hora de finalmente colocar meus pés nela.
  Alguns minutos depois o avião aterrissa.
  Na sala de desembarque vejo muitas pessoas se abraçando, e isso faz com eu sinta saudades da minha mãe, mas tento não pensar sobre isso enquanto vou em busca de um táxi. Aceno para um e ele para e me ajuda com as malas e depois eu entro. Dou-lhe o endereço da faculdade e ele ruma para lá.
  O trânsito está um pouco agitado, mas conseguimos chegar em pouco menos de trinta minutos, desço, pego minha bagagem, pago a corrida e vou para dentro do prédio.
  Conseguir uma bolsa parcial na Columbia University foi uma das minhas maiores conquistas até agora, senão a maior. E posso dizer que o lugar é incrível, enorme.
  Sigo caminho até a secretaria para dar início a minha matrícula. Vou fazer o curso de Arquitetura.
  - Olá, no que posso ajudar? - pergunta, simpaticamente, a mulher morena à minha frente. Ela deve ter por volta de uns quarenta anos, tem cabelos negros e estampa um sorriso acolhedor.
  - Sou a nova aluna bolsista. . - Digo sorrindo de volta.
  - E qual o seu curso, querida? - ela pergunta enquanto mexe em alguns papéis.
  - Arquitetura. - digo.
  - Deixe-me ver... achei. - ela levanta uma pasta amarela. - Bom, senhorita , aqui consta que você conseguiu metade da bolsa, sim? - ela questiona.
  - Isso mesmo, senhora...? - quero saber seu nome.
  - Argan. Evangeline Argan. - ela diz sorrindo outra vez. - Vou passar sua grade e direi onde se localiza seu apartamento, tudo bem?
  - Claro. - falo.
  - Aqui estão seus horários. Seu apartamento fica no prédio 13A, quarto 32, sua companheira ainda não deu entrada aqui, mas está para chegar amanhã. Quer que alguém lhe mostre a universidade? - a senhora Argan oferece.
  - Não será preciso, amanhã, quando minha colega chegar, nós faremos isto juntas, mas obrigado mesmo assim. - digo e sorrio. - Vou indo, até qualquer hora, senhora Argan.
  - Até! Tenha uma boa noite, senhorita .
  Vou em direção ao prédio onde meu quarto se encontra. Não é difícil de localizá-lo, suspiro quando consigo entrar, finalmente, em um lugar com uma cama.
  O apartamento é extremamente confortável. Tem uma copa/cozinha à direita; uma sala à esquerda, a sala é pequena, mas agradável, no ambiente pode-se ver um sofá de três lugares e uma poltrona, duas janelas dispostas na parede de forma que a tevê ficou entre elas, ao longo do espaço há um corredor com três portas, duas à esquerda e uma à direita, as da esquerda eu julgo ser os quartos e acerto quando vou olhar, escolho o último quarto e me jogo na cama assim que entro nele. Neste pequeno espaço se pode ver um guarda roupa embutido ao lado da porta, uma escrivaninha ao lado da cama, a mesma se localiza no lado direito do quarto. O outro aposento é semelhante a este.
  Enquanto estou deitada, ouço um "click" vindo da sala e imagino ser , minha colega de apartamento. Conheci ela umas semanas antes de vir para cá, ela veio da Inglaterra para cursar moda aqui.
  Vou até a sala para dar uma devida recepção à ela.
  - Oi, ! Como foi de viagem?
  - Cansativo, porém valeu a pena. Preparada para o início do curso?
  - Muito. Arquitetura sempre foi meu sonho!
  - E moda o meu.
  - Seremos grandes profissionais.
  - Uou! Uma futura estilista e uma futura arquiteta dividindo o mesmo espaço, este lugar está muito bem frequentado. - diz divertida.
  - Chegamos para divar nesse lugar. - falo entrando na brincadeira.
  - Eu sempre divo, darling. - ela levanta e desfila. Eu gargalho.
  Ficamos conversando um bom tempo, depois fomos cada uma para seu quarto e dormimos. Estávamos precisando disso. Amanhã seria um longo dia.

#

  Acordei pouco depois das nove, fui ao banheiro fazer minha devida higiene e assim que terminei troquei de roupa e me encaminhei pra cozinha, afinal estou faminta.
  Ao chegar lá me deparo com uma fazendo panquecas, a cena é bem engraçada, já que ela está toda suja de farinha, rio com isso e ela olha pra mim.
  - Isso, ria mesmo, não tem compaixão com uma pobre garota panquequeira. - ela dramatiza e eu rio mais ainda, mas mesmo assim vou ajuda-la.
  - Okay, mademoiselle, vai se limpar que eu termino o café da manhã. - digo-lhe.
  Ela sai em rumo ao banheiro para tomar um banho e eu tomo à frente na cozinha. Em menos de dez minutos as panquecas ficam prontas e eu aproveito para limpar a bagunça na cozinha, assim que termino chega para o café.
  - Agora vamos comer, eu estou super faminta. - ela fala comendo de tudo um pouco que tinha ali.
  - Nem precisa falar. - respondo e me posiciono para comer também.
  Depois do maravilhoso café da manhã e de lavar os pratos, decido sair um pouco.
  Assim que entro no elevador meu celular toca, ao ver no visor quem estava ligando dou-me um tapa na testa, era minha mãe, esqueci de ligar para ela ontem. Atendo-a já esperando o sermão.
  - Então quer dizer que a donzela vai para Nova Iorque e esquece que tem mãe? - percebo a irritação na voz dela.
  - Mãe, mil desculpas, me esqueci completamente de ligar para você. Cheguei tão exausta, e ainda tive que receber minha colega de apartamento, que nem passou pela minha cabeça que tinha de fazer isso. - falo suspirando.
  - Se for assim eu desculpo, mas que isso não se repita. - ela diz firme.
  - Não vai. - falo. - Eu estou com saudades da senhora.
  - Oh, meu amor, eu também estou. - a voz dela embarga um pouco. - Não passamos tanto tempo distantes desde quando você tinha sete anos.
  - E eu fiquei só oito horas fora e quis ir para casa ficar contigo. - digo rindo pelo nariz. O elevador chegar ao térreo e eu saio do prédio.
  - E ainda vamos ficar muito tempo separadas, não estou preparada para isso. - ela fala.
  - Nem eu, mas minha proposta de Natal ainda está de pé. - repito a oferta esperançosa.
  - Ainda estou pensando no assunto. Qualquer coisa peço ao Dave para me levar ai.
  - E quem seria Dave ?
  - O Dave é... ele é... o Dave oras, meu amigo. - ela gagueja.
  - Amigo, dona ? - quero rir.
  - Sim, amigo. Agora preciso desligar. Ligo pra você outro dia. Beijo, amo você. - ela se despede fugindo do assunto.
  - Conversamos sobre isso depois. Beijo, amo você também. - falo e desligo. Prestando atenção por onde estou andando.
  Enquanto caminhava resolvo parar em uma loja que vende discos. Ela é enorme e posso ver os variados estilos musicais dispersos em prateleiras de fácil acesso, organizadas por ordem alfabética.
  Vou olhando os mais diversos álbuns, dos mais diversos artistas, muitos chamam a minha atenção, até que eu levo uma cotovela nas costas e paro minha 'vistoria musical'; ao olhar para trás para ver quem tinha feito isso, me deparo com umas seis garotas se empurrando na prateleira da letra 'o', como sou um ser muito curioso resolver checar o motivo de tanta agitação. Me encaminho para a sessão que chamei de "Movimento Esterogenal", quando chego lá pergunto a uma garota baixa de cabelos ruivos.
  - Qual o motivo de toda essa agitação?
  - É que só tem apenas dois álbuns Midnight Memories Deluxe, e como pode ver tem seis meninas aqui. - ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
  - Okay, e de quem é esse álbum? - continuo perguntando.
  - Sério que você não conhece? - ela me olha surpresa e eu digo que não apenas balançando a cabeça. - É da banda mais famosa da atualidade, One Direction. Sério, em que mundo você vive? - ela completa, indignada.
  - No mesmo que você, só que com coisas mais importantes para fazer do que ficar dando crises por carinhas. - digo realmente afetada pelo comentário dela.
  - Deixa de chata, se ouvisse eles ia entender o que passamos. Agora me deixa em paz que tenho uma batalha para vencer. - ela me dá um empurrãozinho e continua tentando pegar o cd.
  Vou em direção ao caixa e peço ele um cd dessa bandinha, não quero ser considerada uma estranha, por isso resolvo ouvir algumas músicas dessa tal de 'One Direction'. Pego o cd e volto para casa.
  Quando chego lá, encontro uma dormindo esparramada no sofá, rio da cena, vou até nosso som e coloco o EP para tocar. Assim que a música começa levanta de uma vez o que me faz dar um pulinho de susto.
  - Que susto, garota! - digo pondo a mão sob o peito. - Por que fez isso?
  - Não sabia que você gostava da One Direction. - ela diz com um tom de acusação na voz.
  - Eu nem conhecia essa banda. - digo me "defendendo".
  - Então por que comprou o cd deles?
  - É que eu estava em uma loja de música e tinhas umas garotas surtadas por eles lá, então constatei que eles eram um sucesso local, resolvi comprar o cd para não me isolar da música daqui.
  - Sucesso local? - ela prende um riso. - Eles são conhecidos mundialmente.
  - Sério?
  - Sim, e eles não são americanos, são europeus.
  - Me sinto péssima agora. - dou uma risadinha.
  - Caramba, você é uma raridade. - ela ri me acompanhando.
  - Você é fã deles?
  - Mais ou menos.
  - Tem certeza?
  - Olha, não devia te contar, mas como você nem os conhece...
  - Fala logo, mulher.
  - Eu meio que sou amiga deles.
  - O quê? Você é amiga de uma boyband mundialmente conhecida?
  - Nessa colocação parece tão surreal.
  - Desculpa, é que a única pessoa famosa que eu conheço é o Papai Noel que ficava no shopping da minha cidade.
  - Você é louca. - ela ri. - Mas sim, eu sou amiga de uma boyband mundialmente conhecida.
  - Uou! E já pegou algum? - sim, sou curiosa.
  - ! - ela me repreende e fica vermelha.
  - Ih, já vi que sim. - eu dou uma risada alta.
  - Não. - ela meio que sussurra. - Mas eu gosto muito de um deles, só que somos só amigos.
  - Qual deles?
  - Niall. Niall Horan. - ela sorri. – Mas, como eu disse, somos só amigos, ele só me vê assim, pelo menos.
  - Já falou pra ele sobre isso?
  - TÁ LOUCA? - ela grita. - Isso daria um fim na nossa amizade.
  - Ou começaria o relacionamento de vocês.
  - Ele não gosta de mim e vamos encerrar esse assunto.
  - Okay. - reviro os olhos.
  - Vamos sair?
  - Pra onde?
  - Sei lá, uma boate?
  - Eu topo. Conhece alguma?
  - Sim, fica três quarteirões de distância.
  - Então vamos nos arrumar.
  - Let's go to party.

Capítulo 03

  Já se passaram vários meses desde a nossa ida à boate. E com isso chegaram as férias de verão. A estava ansiosa, pois os amiguinhos famosos dela viriam visitá-la, devo dizer que gostei bastante de todos eles, já que quando a conversava com eles pelo Skype ela me forçava a participar da conversa, que sempre acaba em risadas.
  - Você vai abrir um buraco no chão, garota. - a avisei, já que ela não parava de andar de um lado para o outro da sala.
  - Desculpa, é que eu não consigo ver a hora de abraçá-los logo. Porra, faz seis meses. – ela estava quase chorando.
  - Calma, daqui a pouco eles chegam, respira fundo. – assim que falei isso a campainha toca e ela arregala os olhos e sorri maniacamente. Credo.
  - São eles. São eles. – ela está eufórica.
  Eu quem vou abrir à porta e quando faço isso dou de cara com cinco garotos, excepcionalmente lindos.
  - Oi, entrem e abracem logo essa surtada ali. – digo sorrindo e apontando para minha amiga paralisada.
  Eles fazem isso e ela começa a chorar, e como ela chorou. Depois nos apresentamos e engatamos uma conversa descontraída. Já disse que gostei deles? Que amorzinhos.
  - , certo? – o Zayn me pergunta. (Depois de muita batalha, decorei os nomes deles. YAY!)
  - Certo. – sorrio.
  - Você pode me ajudar com uma coisa? – ele parece receoso com a minha resposta.
  - Depende, com o quê? – pergunto.
  - Bom, o Niall meio que gosta da , mas ele é muito lerdo pra tomar uma atitude, e eu sei que a também gosta dele. Você poderia me ajudar a juntar os dois? Já tenho um esquema. – ele sorri. E, JESUS, que sorriso é esse. Quase morro.
  - Eu adoraria. – concordo. – Qual o esquema?
  - É o seguinte, vamos fazer um show aqui, daqui a três meses, e daí vamos convencer o Niall a cantar a música que ele fez pra ela e se declarar no final, vai ser incrível! É simples, porém significativo. – ele parece realmente empenhado nisso. Amei.
  - Simples? Milhares de fãs vão estar presentes e você acha isso simples? Você sabe o conceito de simplicidade? – digo perplexa e irônica ao mesmo tempo. – Mas, assim, em que posso ser útil nesse esquema? Ainda não entendi.
  -Você vai manter a longe da internet e convencê-la a ir ao nosso show. – ele diz.
  - Convencer? – estou confusa agora.
  - É que desde que umas fãs a xingaram por sair conosco, ela não gosta muito de nos acompanhar nos shows. – ele abaixa a cabeça em sinal de tristeza.
  - Não fique assim, eu a farei ir. Prometo. – digo arrancando-lhe um sorriso. Nota mental: sorriso destruidor.
  - Obrigado. Mesmo. – Ele me dá um beijo na bochecha e eu me sinto flutuando.
  - Que isso, tudo em nome do amor. – dou risadinha xoxa, ainda estou embriagada com um “simples” beijo na bochecha. Esse homem é demais.
  Depois de um tempo pedimos comida japonesa e continuamos um papo que não parecia ter fim. E a cada minuto eu me perdia no sorriso do Malik. Qual é? Ele tinha “o” sorriso. Mas, ai merda, eu só tinha conversado UMA vez pessoalmente com ele e estou assim, pareço uma criancinha.
  Passaram-se alguns dias e com isso eu fui me aproximando muito dos meninos, principalmente do Zayn. Mas eles tiveram que voltar para a Inglaterra para alguns shows e só voltariam no final de outubro para o grande show/declaração.
  Ah, e minha parte da missão estava um pouco difícil já que manter a longe da internet estava cada dia mais impossível e ela estava relutante sobre o lance do show. Ai lord.
  - , vamos, por favor? – imploro.
  - Não, elas vão me xingar de novo. Não quero isso. – qual é?
  - Isso não vai acontecer, vamos ficar na parte afastada. Vai, por mim? – insisto.
  - Por que você quer tanto ir? – fodeu.
  - Porque sim, quero ver como é um show deles. – minto, bem, mais ou menos.
  - Sei. – ela diz desconfiada. – Você quer é ver o Zayn cantar, percebi os olhares de vocês.
  - HÃ? Não pira. Olha pra ele, quando que uma pessoa daquelas ficariam com uma pessoa como... eu. – é verdade.
  - Para com isso, você é incrível. – ela me conforta.
  - Então vai ao show comigo, por eles, por mim, por mim e... e o Zayn. – estou lascada, menti feiamente pra ela e ainda meio que confessei minha paixãozinha pelo Malik.
  - Em prol de um bem maior, eu aceito. – ela suspira.
  - Amo você. – digo animada.
  - Amo você também.
  Ela nem sabe o que a espera no final de outubro, bom, e nem eu sei o que ME espera.

Capítulo 04

DIA DO SHOW

  Depois de, finalmente, ter conseguido convencer a a ir ao show, estávamos nos preparando para vê-los.
  E eu estava muito ansiosa, mais do que achei que estaria.
  Iríamos ficar no camarote e encontraríamos eles depois do show, no backstage. Claro, dependendo de como será depois da surpresa.
  - , eu quero ir embora. – disse assim que chegamos ao camarote.
  - Você só pode estar louca, aquieta o facho aí que só vamos sair daqui ao final do show.
  - Mas... – ela ia argumenta, mas eu interrompi.
  - Mas nada, agora silêncio que começou.
  Ela suspirou, mas fez o que eu pedi e em menos de cinco minutos depois os cinco entraram no palco e começaram o show.
  A primeira música foi Better Than Words e o show foi seguindo conforme a setlist.
  Quase no final do show o Liam começou falar:
  - Bom, isso não estava no “roteiro”. – ele fez aspas com a mão ao dizer roteiro. – Mas por uma causa de bem maior vamos cantar uma música do nosso próximo álbum. – as fãs foram à loucura.
  - O nome da música é 18 e ela será dedicada para uma pessoa muito especial pra mim. – o Niall surpreendeu todo mundo ao dizer isso. – E essa pessoa é você, . – ele olhou para o camarote e deu um sorriso. A ? Bom, acho que ela entrou em coma, porque estava estática e suspirando pesadamente. Cruzes.
  Eles começaram cantar e a música é completamente perfeita. Em cada verso a dava um sorriso, ela estava tremendo e toda abobada. Era tão engraçado e ao mesmo tempo tão fofo.

  I want a love like you made me feel
  When we were 18

  E assim a música fora finalizada. Os gritos aumentaram. E Niall mais uma vez tomou à frente.
  - , por muito tempo eu venho guardando isso só pra mim e hoje, com ajuda dos meninos e da , eu tomei coragem para dizer tudo. – ele suspirou e sorriu. – E esse “tudo” se resume em uma única coisa: eu te amo. – ele gritou essa última parte.
   estava quase tendo um treco e ela sorria de um jeito que dava medo. Em um ato rápido ela saiu do camarote com a ajuda de um segurança e foi para o palco.
  - Eu estou muito surpresa, sério, nunca pensei que isso aconteceria. – ela falou ofegante. – Mas eu amei. Amei tudo. Caramba, Niall, eu amo você há tanto tempo e isso é demais pra mim. VOCÊ é demais pra mim. Mas quem liga? – ela deu beijo dele, um BEIJÃO. Essa é a minha amiga, Uhuul.
  Eu assistia tudo deslumbrada, não sou do tipo romântica, mas sei reconhecer um momento fofo.
  Com muitos gritos, choro e palmas o show terminou. E nós sete fomos para o camarim dos meninos.
  - O que foi aquilo? – eu perguntei ao Malik assim que ele se juntou a mim no sofá.
  - Gostou? Saiu melhor que o esperado. – ele estava orgulho do feito.
  - Eu amei, de verdade, você é um ótimo cupido. – o elogiei.
  - Nós somos. – ele sorriu pra mim. CARAMBA, ELE SORRIU PRA MIM. Respira. Respira.
  - Somos sim. – tentei manter a calma.
  - Gente, agora eu e a estamos oficialmente juntos. – o Niall gritou todo feliz.
  - Ufa, desencalhou amiga. – eu não puder perder essa.
  - Cala a boca, senão eu falo que você tá afim do Z... - eu tapei a boca da criatura antes dela falar alguma besteira.
  - Que tal nós irmos a algum pub? – eu mudei de assunto.
  - Eu topo. – o Louis disse e todos concordaram.
  - Eu mato você se falar alguma coisa desse tipo de novo. – eu ameacei que ria descontroladamente.
  - Você não vai fugir disso mesmo se eu não disser nada. Não se foge disso, . – ela disse assim que parou de rir.
  - Mas se controla. Agora vamos. – a puxei em direção ao carro que nos levaria ao pub.

  Já no pub todos nós fomos em direção ao bar e pedimos nossas bebidas. Depois ficamos conversando até que começou tocar uma música que eu amava e então fui com a dançar.
  Quando já estávamos com os pés doendo fomos onde os meninos estavam e sentamos.
  - Dançaram muito? – Louis perguntou ironicamente.
  - Mais do que nunca. – eu nem percebi a ironia, acredita?
  - Tô mais cansada que gari depois da eleição. – eu não aguentei e disparei a rir por causa da comparação ridícula da .
  - É sério. – ela choramingou.
  - Droga. – Resmunguei.
  - O que foi? – Liam perguntou fazendo todos restarem atenção em mim.
  - Não queria levantar daqui, mas deu vontade de fazer xixi. – eu disse meio baixo e todos gargalharam.
  - Deixa de preguiça e vai logo. – o Harry me empurrou.
  - Calma, moleque. – eu ri e levantei indo ao banheiro.
  Depois de fazer minhas necessidades, saí do banheiro e acabei trombando em alguém.   - Desculpa... Zayn? – franzi a testa ao vê-lo.
  - Er... podemos conversar? - ele estava nervoso.
  - Claro. – concordei e fomos para frente da boate que foi o lugar mais calmo que achamos.
  - , eu não sou muito bom com as palavras, mas depois de hoje achei que devia tomar coragem pra dizer uma coisa. – ele falou pegando em minhas mãos.
  - E o que seria? – eu estava curiosa e muito nervosa.
  - Eu... eu acho que gosto de você. – ele gaguejou no início, mas conseguiu concluir.
  - Você o quê? - eu não estava acreditando naquilo.
  - Parece estranho mesmo, mas é a verdade. Caramba que coisa louca. – ele falou passando a mão pelo cabelo.
  - EI, EI não fica assim. – o chamei. – Eu meio que gosto de você também. – disse corando em seguida.
  - Isso é bom. – ele sorriu de canto. Não vou mais falar o que esse sorriso causa em mim.
  - Espero que sim. – disse sinceramente.
  - E é. – ele se aproximou e colou nossas testas e eu fechei os olhos sentido sua respiração se misturar na minha, em seguida senti seus lábios nos meus e sua língua na minha. Foi uma sensação tão maravilhosa que eu só queria mais e mais. Porém tivemos que parar por falta de ar.
  - Você é incrível. – ele suspirou.
  - Você é maravilhoso. – eu dei um selinho nele.
  Por mais mágico que este momento tenha sido, tive que jogar a realidade nele.
  - Eu amei tudo isso, mas não quero um relacionamento agora. Não estou pronta, sinto muito. – disse fechando os olhos com medo da sua reação.
  - Eu te entendo, também não quero um relacionamento agora. – ele beijou minha testa. - Mas isso não me impede de querer ficar perto de você, de te beijar. – ele me deu um selinho longo.
  - Obrigado por entender. – sorri. – E eu vou amar te ter por perto. – iniciamos um beijo intenso, porém lento. Aquele momento não era um início de relacionamento, mas foi surreal do mesmo jeito.

NATAL

  Enfim chegou o Natal.
  Depois de muito insistir minha mãe veio para NYC e trouxe o Dave, que descobrir ser seu namorado. DÁ PRA ACREDITAR? Foi estranho vê-los juntos de mão dadas, mas acabei simpatizando com o Dave e apoiei os dois.
  Os meninos foram ficar com suas famílias, mas prometeram que viriam nos ver em breve. A foi também, mas voltaria pra passar o Réveillon comigo.
  O que aconteceu depois da noite do show? Bom, o Niall e a não se desgrudavam mais, mesmo depois de ter voltado para a Inglaterra eles viviam conversando por sms, Skype, face time, cartas, pombo correio e todos os meios de comunicação possível. Exagerei, mas eles vivem se falando por celular. Agora é sério.
  Eu e o Zayn preferimos não começar nenhum relacionamento, mas estávamos cada vez mais próximos e era inevitável não sentir borboletas toda vez que sorria ou me beijava.
  Os meninos, eu e a viramos um grupo de amigos que vale a pena guardar para o resto da vida. Eles foram as melhores coisas que me aconteceram.
  Quem diria que vir para Nova Iorque me traria tantas coisas assim. Eu vim pra cá com uma coisa em mente, mas tudo mudou depois que conheci os meninos e a .
  Descobri o poder que uma amizade tem. Descobri que, mesmo que gostemos de uma pessoa, isso não significa que vamos querer um relacionamento com ela. Só de estar com essa pessoa já é o suficiente e aí, quando sentirmos que esse sentimento dará base para uma relação, só aí, podemos tentar um namoro. Apressar as coisas não vai deixar nada melhor ou mais fácil. Viva intensamente cada instante com aqueles que você ama, sem ligar pra rótulos. O amor não se rotula.
  E eu descobri também que não importa a hora, o dia, o mês ou o ano, Nova Iorque sempre estará esperando por nós, para nos mostrar que, independente do que nós vivemos antes, na cidade que nunca dorme esses problemas somem e nós nos tornamos quem nós quisermos. E querer quem nós quisermos. Pois em Nova Iorque você é a batida da multidão. E encontrar pessoas que nos faz bem é só mais uma qualidade da cidade de luzes brilhantes.

  “WELCOME TO NEW YORK AND LIVE WHILE WE'RE YOUNG.”

Fim



Comentários da autora


N/A:Eu sei que me perdi um pouco ao falar do tempo na fic, peço mil desculpas. Não foi a melhor estória que eu já escrevi, sei disso, mas, ainda sim, espero que tenham gostado nem se for pelo menos um pouquinho.
Bom, é isso. Obrigada por lerem.
Mandy xoxo