We Are Broken

Escrito por Ray Dias | Editado por Lelen

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“Eu estou do lado de fora e eu estive esperando pelo sol. Com meus olhos bem abertos, eu vi mundos que não faziam sentido”.

  Gargalhadas altas. Conversas divertidas entre os amigos e ela rindo de tudo e todos. Ela sorrindo para mim. Colocou o dedo indicador em um dos molhos da mesa, não me lembro de qual sabor, e sujou o meu nariz ainda sorrindo para mim. Eu abaixei o olhar, divertido, e limpei meu próprio nariz e a abracei. Sussurrei coisas bobas em seu ouvido, enquanto ela me olhava com aquela expressão atrevida e ao mesmo tempo inocente. Uma de nossas amigas a puxou pela mão nos tirando daquele nosso momento e a levando para a pista de dança. Fiquei na mesa observando de longe, dançando, sorrindo, feliz. Coloquei a mão no bolso de meu casaco puxando a caixinha aveludada. Os caras à mesa perceberam e começaram a me zoar e a sorrir. Pedi que disfarçassem e não contassem nada. Eu sorria como um tolo, um tolo que anda sobre chamas acesas em carvão. Era aquilo: meu coração era uma brasa.
  Olhei novamente na direção dela e não vi aonde estava. Percorri os olhos pelo lugar e novamente não a encontrei. Levantei-me preocupado e caminhei entre a multidão de corpos dançantes, alcoolizados e alegres. Mãos delicadas puxaram o meu punho e abraçaram-me em um convite para dançar. Aquele não era o cheiro dela. Afastei aquela mulher, delicadamente a dispensando, mas ela insistia. Falava palavras confusas e bêbadas ao meu ouvido, e eu segurei-a levemente a afastando de mim. Coloquei-me a caminhar mais apressado. subia as escadas em um canto daquele lugar. Antes que eu chegasse ao final, uma das meninas que estavam conosco me parou e pediu para eu voltar para a mesa e me acalmar, porque ela conversaria com a amiga. Eu estava confuso. O que a tinha visto?
  Retornei à mesa, e os caras continuavam tranquilos, distraídos, conversando e bêbados. Perguntaram-me aonde eu fui e apenas balbuciei uma desculpa qualquer. Eu não conseguia não olhar para a direção de onde eu vim. Levei as mãos à cabeça, parecia que uma enxaqueca iria começar. Suspirei pesadamente, e já não estava confortável ali. Peguei meu celular discando o número dela, e enquanto aguardava-a atender, um par de braços me envolveu os ombros. Eu reconheci o cheiro dela. Desliguei a chamada e me levantei urgente a abraçando.
  — Foi um engano, não foi? — Ela me perguntou.
  — A moça na pista de dança? — perguntei e confirmou com olhos aflitos — Sim! Era uma garota qualquer desconhecida e que estava fora de si, apenas convidando um cara para dançar sem saber que ele procurava a mulher da sua vida. — respondi.
   me beijou. Tudo estava mais calmo de novo, menos o meu coração que depois do susto quis levá-la para casa.
  — Vamos embora?
  — Já vai amanhecer mesmo... — Ela me respondeu e deu de ombros.
  — Sério? Não percebi... — peguei a mão dela e levei ao meu peito — Tem um Sol que me aquece bem aqui.
  Sorrimos, nos despedimos e saímos.

•••

“Minha boca está seca com palavras que não consigo verbalizar”

   havia me levado para a praia antes de ir para casa. Eu tinha meu braço entrelaçado ao dele e sentia o cheiro de maresia que eu tanto amava, misturado ao perfume dele, que eu também amava. Ele me transmitia paz. Meu estômago doeu e, embora eu estivesse faminta, o motivo era a lembrança daquela mulher o tocando e falando ao ouvido dele na boate. Antes que aquela lembrança amarga me fizesse vomitar palavras falsas, eu senti o corpo dele se afastar do meu. Ele corria pela areia em direção ao local onde as ondas haviam acabado de arrebentar. Parei o observando se abaixar e pegar algo. Olhou para mim sorrindo, com o conjunto de dentes mais brilhantes pelos quais eu já havia me apaixonado. Ajeitou os cabelos com uma das mãos, e na outra segurava uma estrela-do-mar.
  — Pra você. — Ele me estendeu mordendo os lábios.
  — É linda... Mas... Posso devolvê-la ao seu lugar? — perguntei sem graça.
  Ele esboçou um sorriso convencido. sabia que eu a devolveria. Fez sinal positivo e juntos caminhamos até a borda do mar. Quando as ondas tocaram os meus joelhos, ele e eu nos seguramos firmes, gargalhando pelo medo do meu próprio desequilíbrio. Lancei a estrela para as águas, caminhamos para um local mais seguro, e não voltamos a andar. me segurou fazendo parar ali, onde eu poderia olhar em seus olhos e ainda sentir as geladas ondas em minhas canelas. Puxou uma caixinha aveludada de seu bolso e sorriu. Imediatamente, lágrimas embaçaram minha visão, e escorriam também pelo rosto dele. Ele a abriu tirou o anel, colocou-o em meu dedo, e disse a única frase que era nosso “código secreto” para perguntas e respostas retóricas:
  — Está bom assim, agora?
  Abracei-o e beijei. Lágrimas estavam imersas desde nossos olhos, aos nossos pés, misturadas nas ondas salgadas do mar.

•••

“Diga-me por que nós vivemos assim?”

  Passos apressados até chegar ao escritório dele. E um extenso sorriso em meu rosto demonstrava a urgência em contar a ele as novidades. Antes de vislumbrar o elevador que me levaria ao andar de seu escritório, eu percebi em uma visão paralela, os dentes brilhantes dentro do sorriso que eu era dona. Eu era capaz de reconhecer por seu sorriso, onde quer que eu estivesse. Desse para vê-lo ou não. Meu coração pressentia tua presença, e eu estava certa. Lá estava ele, no restaurante do escritório, dividindo a mesa com uma executiva tão cheia de sorrisos quanto ele. Se aquilo era uma conversa de negócios, eu não sabia negociar. Subi assim que a porta do elevador se abriu. Eu rodopiava sentada na cadeira da mesa dele, quando a porta se abriu e o som de sua voz animada se fez ouvir.
  — Estela, você é a mulher mais incrível que eu já conheci nesta empresa! — Ele sorria largo dando passagem para a tal Estela entrar.
  Ela colocou os cabelos para trás da orelha, sorrindo tímida. Ou cínica, aos meus olhos. Ele pegou a bolsa dela que estava no sofá de sua sala, e a entregou. Vestiu-a o casaco dela, como um cavalheiro à moda antiga. Ou um cafajeste à moda atual, aos meus olhos. Ela agradeceu e sua mão foi em direção ao rosto dele. Minha boca estava seca com palavras que eu não consegui verbalizar. Eles deram “dois beijinhos” cordiais em suas faces e se despediram. Assim que ela saiu e ele fechou a porta, afrouxou a gravata suspirando desanimado e só então me viu. Mas, eu não sorria mais.
  — Amor... O que faz aqui? — perguntou risonho caminhando animado até mim.
  Puxou-me de sua cadeira e me colocou em seu abraço. Seus braços eram como torres para mim.
  — Eu vim... Ah... Nem sei mais... Com meus olhos abertos eu acabei de ver mundos que não fazem sentido.
  — Estela? — Ele perguntou ao perceber meu estado atônito e fraco — Não entenda errado, ela é só…
  — A mulher mais incrível que você já conheceu nesta empresa? — o interrompi.
  — Exatamente. Ela é eficaz em seu trabalho, e tem sido muito bom para nós trabalharmos com ela na equipe.
  — ... Você é inacreditável! Vai continuar a rasgar seda para esta mulher na minha frente?
  — Qual o problema, se na frente dela, eu rasgo seda para você? — Ele respondeu quebrando as minhas pernas.
  Eu me soltei confusa e envergonhada. Ele riu divertido e com sua expressão de deboche. Ele sempre debochava do meu ciúme. Afastei-me bufando de raiva, peguei minha bolsa que estava em cima da mesa dele e antes de alcançar a porta do escritório, senti a mão de me segurar, risonho.
  — Eu estava tão ansioso para saber o que lhe fazia caminhar em direção ao elevador, com aquele sorriso tão lindo e grande antes de me ver no restaurante... Não vai mesmo me contar? — falou olhando os meus olhos.
  — Você me viu então…
  — Eu te pressinto mesmo quando não está aqui.
  — Argh... Você é…
  — Inacreditável, eu sei. — Ele respondeu.
  Começamos a gargalhar de tudo aquilo, e ele me abraçou e me beijou.
  — Está bom assim agora? — perguntou e eu apenas o puxei para outro beijo ardente.

•••

  Ela literalmente surtaria ao me ver chegando sem avisá-la. Depois de um voo de onze horas eu só queria estar com a minha noiva. Sentir a pele de e o seu sabor. Não houve um dia em que eu não pensasse nela enquanto viajava a negócios. Se eu bem a conhecia, ela estaria no calçadão da praia bebendo água de coco ou caminhando. A praia era seu lugar favorito no mundo. Depois de mim.
  Passei em casa, tomei banho, larguei as malas e me vesti rapidamente. Peguei as chaves do carro e dirigi até ela. Depois de estacionado o carro, eu caminhei até o posto onde geralmente ela ficava e sempre atento com olhares a procurar a silhueta de . Meu coração batia forte a cada passo para perto de onde ela poderia estar. E então, eu a vi. Sentada na areia em frente a um jogo de futevôlei. Ela acenava e gritava para alguém que jogava ali.
  O dono do quiosque que já me conhecia há tanto tempo, quando me viu, veio cumprimentar-me. Mas, eu não conseguia me concentrar em outra coisa que não fosse ela, e ele percebeu, sorriu dizendo um sonoro e autêntico: “vai lá, homem apaixonado!”. Desci o declive de areia com meus chinelos em mãos, e tirei a camisa pendurando-a no ombro. Quanto mais me aproximava dela, mais ela parecia distante. Até que em um momento ela se levantou pulando, gritando e um dos jogadores veio em sua direção correndo e a pegando no colo. Rodopiava ela no ar e pulavam alegres. A risada dela, a gargalhada que eu achei que só acontecia ao meu lado, ecoou gritante em meus ouvidos. Minha boca estava seca com palavras que eu não consegui verbalizar. Ele a jogou sobre os próprios ombros e correu em direção ao mar. Eu senti as pernas falharem e o sangue ferver. Andei a passos bruscos até eles. Vi quando ele a jogou na água, e ela afundava a cabeça dele. Levantaram-se espirrando água um no outro e aos poucos saíam do mar. Ela ria, ria muito e ele continuava implicando com ela, tocando o corpo de , fazendo cócegas, até que ela o empurrou e ele caiu no chão. Ela subiu risonha correndo e então me viu.
  Quando meus olhos encararam os dela, tudo girava em volta de mim. Mas, girava de medo. Medo do meu próprio desequilíbrio. Ela sorria apreensiva e desacreditada. Correu em minha direção com a velocidade do nosso amor e se jogou em meus braços me entrelaçando as pernas pela cintura. Fomos ao chão e ela me beijava toda a extensão do rosto, desacreditada. Aquele cara que estava com ela ficou parado ao nosso lado sorrindo e nos observando.
  — Como você faz isso comigo, ! Sabe que eu quase enfartei agora, não é!? — Ela perguntou enquanto nos levantamos enfarinhados de areia.
  — Eu quem enfartei aos poucos aqui. — falei sério, mas não rude encarando o outro homem.
  — É sério? — Ela ria debochada — Pois eu achei que você estava muito bem com a situação enquanto o meu primo me levava em seus ombros até o mar.
  Ela respondeu e eu arqueei as sobrancelhas. Sentia-me insultado, bobo e envergonhado.
  — Você sabia então...
  — Está bom assim, agora? — Ela me perguntou me puxando para um beijo quente de Sol.
  Ouvi as risadas do rapaz ao lado, que subiu e nos deixou a sós.

•••

“Me mantenha salva dentro. Seus braços que são como torres. Torres sobre mim”.

  A chuva forte que caía parecia ser o reflexo da dor que eu sentia em meu ventre. não entendia nada do que acontecia. Eu me retorcia de dor e chorava desesperada. Ele carregava-me em seu colo, assustado e desesperado. Quando me colocou na poltrona do carro, e entregou a minha bolsa, o meu choro era silencioso. Obscuro, era o meu olhar. E a expressão de desespero no rosto dele me deixava ainda mais culpada.

  Quando o médico me chamou para entrar ao quarto de , em silêncio e sem me dizer mais nada, eu estava ainda mais assustado. Eu nunca vi sentir cólicas tão fortes, e depois de sabermos a alguns meses que ela não poderia engravidar sem tratamento, eu já vinha me preocupando com o nosso casamento próximo. Não porque ela poderia não me dar filhos, mas porque o desejo de ter filhos poderia fazê-la sofrer com o processo. Eu teria que ser a sua âncora. Quando vi tanto sangue em seu vestido, eu temi pelo pior: que tivéssemos chegado ao ponto em que ela não pudesse ao menos tentar.
  — Grávida? — A minha cabeça girava ao ouvir o que ela me disse.
  — Desculpe... Eu não queria dizer até... Pelo menos até a barriga aparecer.
  — Você... Estava grávida e não me falou nada? ! , você não podia ter passado por tudo isso sozinha!
  — Eu sei, eu sei... Me perdoa... Por favor.
  O som das lágrimas desesperadas dela eram maiores do que o som da minha raiva interior. Eu não deveria culpá-la ou cobrar qualquer coisa. Eu tinha que ser a âncora. A torre que a manteria segura, ainda que estivesse sem estruturas para tal. E assim eu a abracei.

  Eu não deveria ter escondido do tudo aquilo, mas eu temia que contá-lo o faria sofrer se não desse certo. E se eu o perdesse longe dele, não teriam dois magoados, mas apenas um. Porém, maldito o dia em que eu perdi o nosso primeiro filho enquanto assistíamos a um filme. Nos braços dele que eram como torres, e naquele pior momento, eram novamente torres sobre mim.

“Pois nós estamos quebrados. O que nós devemos fazer para restaurar nossa inocência e toda a promessa que adorávamos? Nos dê a vida novamente, pois nós só queremos ser completos”.

  Já estávamos casados há um ano. Tentamos ter outro filho. Mas, as tentativas sempre tão dolorosas para ambos só nos desgastava dia após dia. Eu não queria que ela passasse por tudo aquilo para ter um bebê, mesmo que eu quisesse tanto quanto ela, um bebê.

  Já estávamos casados há um ano. Tentamos ter outro filho. Mas, eu me sentia cansada de tudo aquilo. Eu me sentia fraca e incompleta por não ter o meu bebê. não queria mais ter filhos, por culpa minha talvez. Então eu cheguei ao ponto de desistir.

•••

  Casados há um ano e meio. Ela desistiu de ter filhos. Por hora era o suficiente, e o melhor para nós. Mas, as tentativas sempre tão dolorosas para ambos, nos desgastaram demais. Em esferas inimagináveis. Do ciúme que sempre tivemos um do outro, que terminava ameno em um abraço quente, ou em um beijo molhado e apaixonado, ao ciúme que passou a terminar em brigas. Brigas que ecoavam as dores próprias de nossa alma, não dores de um para o outro ou pelo outro. Mas, dores que carregávamos em nossa culpa interior por não termos impedido chegar àquele ponto. Ela fez as malas.

  Casados há um ano e meio. Ele não mais falava em ter filhos, e estava bem com aquilo. Por muito tempo foi o suficiente para mim, mas eu não queria desistir de todas as possibilidades. E embora eu começasse a pensar em adoção, ou retomar os tratamentos, eu observava que estava indo tão bem no trabalho, na empresa, e no nosso casamento, que eu me senti um peso. Um peso não apenas para ele, mas para mim. Havia iniciado uma terapia em segredo, a fim de tirar o fantasma da maternidade que aprisionava meus pés, me impedindo de me enxergar como a mulher que eu era antes de tudo aquilo. E foi ali que o ciúme bobo que tínhamos antes, começou a dissipar entre nós como uma maldição profética. não conseguia acreditar que eu não o estava traindo. Fiz minhas malas.

•••

  Aquelas saídas furtivas, aqueles encontros “de trabalho”, demorados, as desculpas sempre tão vagas jamais poderiam me fazer imaginar que ela estava tendo terapia, e não me traindo. Eu deixei que uma única desconfiança desmoronasse tudo o que eu mais amava: meu casamento. A minha vida perfeita não era suficiente, se eu não tivesse a . Então, depois de três meses separados, eu fui atrás dela após receber o telefonema do próprio terapeuta que quebrou seu sigilo ético para salvar uma história de amor. Por que ela não disse? Por que ela me deixou achar que eu não era mais amado? Por que ela apenas assistiu eu destruir tudo? Por que eu estava cobrando alguma coisa dela? Por que eu estava culpando-a?
  — Eu estou do lado de fora e eu estou esperando pelo sol. O sol que me aquece o coração. — falei assim que a ouvi atender a minha chamada telefônica.
  — Eu não acredito que você só veio agora. — Ela respondeu abrindo a porta de sua casa.
  — Eu fui um idiota... Por favor, ... O que nós devemos fazer para restaurar nossa inocência e toda a promessa que adorávamos?
  — Entre.
  Ela disse, e eu entrei. Ela caminhava em direção à cozinha.
  — Tranque as portas.
  Ela falou após subir as escadas. Eu tranquei as portas da casa dela e a segui.

“Tranque a porta, pois, eu gostaria de capturar essa voz que veio até mim essa noite. Assim todos terão uma escolha e de baixo das luzes vermelhas, eu irei mostrar a mim mesmo que não foi forjado. Nós estamos em guerra, nós vivemos assim”.

  A reconciliação foi mais amena do que eu imaginava. Eu não queria mais ficar longe. Eu não queria mais o perder. Eu não queria me culpar, ou culpar por todos os passos mal dados. Ele estava aprendendo a amar comigo, e eu com ele. Éramos apenas duas crianças. Dois apaixonados que ainda estavam aprendendo como cessar a eterna guerra de amar descontroladamente. Sem o controle necessário dos pequenos passos. Sem a consciência das pequenas coisas que podem causar rachaduras ou construir grandes muros. O que importa, é que nós estávamos quebrados, e nada mais nos restava a não ser colar os pedaços. Porque quando se quebra, ou você se reconstrói ou desiste de si. Eu não desistiria dele e nem de mim.

  Quando subi as escadas a seguindo, eu não imaginava que iria sentir o corpo de novamente sob o meu. Eu pensei em lágrimas, dores, despedidas e finais eternos. Mas, ela me perdoou por ser tão descrente. E me pediu perdão por não ter me contado nada. E de repente percebemos a nossa ingenuidade. Estávamos sendo inocentes em buscar culpados, em erguer uma guerra de amor. Um amor que só nos salvou, por todo o tempo que nós estivemos juntos. Estávamos quebrados por nossas tentativas, como crianças aprendendo a se mover, cheios de cicatrizes e pequenos arranhões. Mas, como as crianças, quando caem e se machucam, não desistem, nós não desistiríamos. Eu não desistiria dela e nem de mim. Pois, estávamos quebrados e só nos restava colar os pedaços.

“Pois nós estamos quebrados. O que nós devemos fazer para restaurar nossa inocência e toda a promessa que adorávamos? Nos dê a vida novamente, pois nós só queremos ser completos”.



Comentários da autora


  Nota de autora: Olá amores! Espero que tenham gostado desta songfic que mostra o quanto o amor pode superar pequenas ou grandes fases em sua construção. Te vejo nos comentários, e nas minhas outras fics?

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