Wanna Be Loved

Escrito por Bruna Villanueva | Revisado por Beezus

Tamanho da fonte: |


Capítulo. 01

  A chuva caia lá fora sem cessar, enquanto eu estava sentada no sofá da minha sala, com Dougie Poynter, o cara mais insuportável do colégio.   Tudo começou quanto à senhora Walsh - nossa professora de literatura -, separou a sala em duplas para que realizássemos um trabalho ridículo o qual eu terei de fazer com o Poynter. Aquela situação era desagradável, Dougie e eu nos odiávamos desde o pré-primário. Ele sempre estragava o cabelo das minhas Barbies, e eu sempre corria atrás dele para aplicar-lhe uma punição. Brigávamos constantemente, e por isso a senhora Walsh nós pediu - lê-se obrigou-nos - a fazer o trabalho juntos. Agora, aqui está à situação, Poynter estava sentado de frente para mim com cara de tédio, pouco se importando com o trabalho que tínhamos que fazer. A maior vontade que eu tinha era de bater nele, e manda-lo contribuir, afinal quanto mais cedo terminássemos, mais cedo nós nos livraríamos um do outro.
  - Vai ficar ai parado me olhando? - perguntei impaciente. - Anda comece a fazer as perguntas, quanto mais cedo acabarmos com essa palhaçada melhor.
  - Você é tão sutil - Dougie riu irônico, - e muito educada também.
  - E você é um babaca. - revirei os olhos - anda logo.
  - Seu amor por mim é tão intenso - Disse Poynter ironicamente, tudo bem respire fundo. Mantenha a calma.
  Dougie então pegou o papel que estava em cima da mesa e começamos aquele maldito trabalho. Eu mal podia esperar para que estivesse tudo acabado. O tempo parecia passar extremamente devagar e o barulho da chuva começava me deixar com sono. Estava escrevendo a ultima linha do relatório que Poynter e eu teríamos que entregar à senhora Walsh no dia seguinte, todas as perguntas que também entregaríamos já estavam respondidas, acho que nunca fiquei tão feliz por terminar um trabalho em toda a minha vida.
  - Já acabou com isso? - ele perguntou impaciente.
  - Não, e cale a boca Poynter não me desconcentre. - retruquei já escrevendo a ultima palavra. - Pronto.
  - Graças a deus, já não aguentava mais ficar olhando pra sua cara - ele riu vitorioso, pois sabia o quanto aquele comentário me irritaria.
  - Como se fosse muito agradável olhar pra essa sua cara - rebati no mesmo tom, - agora você já pode ir pra sua casa.
  - Não vai me dar nem um beijinho de despedida amorzinho? - Poynter riu debochado.
  Tive de me controlar muito para não quebrar o vaso que estava sobre a mesa de centro na cabeça dele, embora a vontade fosse sem duvidas muito grande, e a ideia tentadora, mamãe me mataria por estragar seu vaso favorito.
  - Não brinque comigo Poynter - semi serrei os olhos tentando parecer ameaçadora, mas minha falha tentativa só o fez rir.
  Como eu disse antes, Dougie Poynter é um babaca! Ele se levantou, molhando os lábios com a língua, e quando estava perto o suficiente de mim deu-me um beijo babado e estalado na bochecha. Já mencionei o fato de Poynter ser um babaca?
  - QUE NOJO POYNTER - gritei, mas eu não estava brava, muito pelo contrario eu ria da situação - ECAAAAAAAA.
  - Ah para. Eu sei que você gostou - ele disse convencido, seus olhos tinham um brilho diferente, especial. - Todas amam os meus beijos.
  - Você é um idiota Poynter - ri passando a mão em meu rosto numa tentativa de limpar. - não faço parte do seu grupinho de "todas elas".
  Joguei uma almofada nele, que não perdeu tempo, jogando outra em mim, uma guerra de almofadas, se iniciou segundos depois, era estranho. Quer dizer eu estava tacando almofadas e realmente me divertindo com o garoto que supostamente odeio. E eu estava gostando disso, era mais interessante do que brigar com ele o tempo inteiro.
  Ao tentar correr de Dougie - que era muito mais rápido que eu e me alcançou sem dificuldades, devo dizer - eu acabei me desequilibrando, e não só caindo, mas como também trazendo Dougie comigo. Seu corpo caiu pesadamente sobre o meu e nossos rostos estavam tão próximos que sua respiração agora acelerada batia contra meus lábios, fazendo com que eu fechasse meus olhos. Eu sabia exatamente o que viria a seguir, só não fiz nada que pudesse evitar. E então fora naquela tarde chuvosa de uma quinta feira completamente estranha que eu fui beijada por Dougie Poynter pela primeira vez.

Capítulo. 02

  Sabe quando você sente que tudo está absolutamente ao contrario? Bem eu me sentia exatamente dessa forma.
  Lá estava eu na frente do espelho, com as mãos tremulas e coração palpitante me arrumando para um encontro com nada mais nada menos que Dougie Poynter. Sim, Dougie Poynter. Eu sei isso é bizarro.
  Um mês já se passou desde aquele dia na minha casa, e depois daquilo nossa maneira de agir um com o outro mudou da água para o vinho, digamos que passamos para um nível de amizade confortável, isso até Poynter me propor um encontro. E agora estou eu aqui, sentindo meu estomago revirar de tanto nervoso.
  O que estava acontecendo comigo eu não sei, a única certeza que eu tinha era que isso era uma loucura e das grandes.
  Eu estava pronta e ainda faltava exatamente meia hora para Dougie chegar aqui, sim eu esta completamente ansiosa.
  Durante todas essas duas ultimas semanas, Dougie Poynter tem mexido com a minha mente, causando-me sensações diferentes, as quais eu não tenho domínio algum e tampouco sei o que significam.
  Algum tempo depois a companhia de casa tocou e numa reação quase instantânea, meu coração acelerou ainda mais e eu me senti ainda mais nervosa. Sabendo que era ele eu desci as escadas quase que correndo e lá estava Poynter. Lindo, vestido com uma calça Jens de lavagem escura, palito e seus inseparáveis tênis de skatista.
  Quando seu olhar encontrou o meu, um sorriso tímido e ao mesmo tempo nervoso surgiu em seu rosto. Automaticamente sorri também, era praticamente impossível não sorrir também, seu sorriso era contagiante.
  - Você está linda - os olhos de Dougie tinham um brilho diferente, o mesmo brilho que percebi no dia em que nos beijamos.
  - Acho que posso dizer o mesmo sobre você - sorri e senti minhas bochechas esquentarem por admitir tal coisa em voz alta.
  - Sr. Poynter - meu pai disse chamando a atenção de Dougie, que por sua vez se encolheu como se estivesse com medo - quero minha filha em casa no Maximo à meia noite, nem mais um minuto a mais.
  - S-sim senhor - Dougie gaguejou nervoso. Eu achei isso incrivelmente fofo.
  Minutos depois, eu já estava dentro do carro junto a Dougie que me levava para um lugar misterioso. O silencio que se estabelecera entre nós era constrangedor. Eu não sabia o que dizer, parecendo tão desconfortável quanto eu, Dougie ligou o radio e então “Don’t tell me it’s over” do Blink 182 começou a tocar, era a minha musica favorita, da minha banda favorita.
  Eu sabia que era a banda favorita de Dougie também, começamos a cantar feito dois idiotas.

Capítulo. 03

  A noite estava sendo realmente muito agradável. Estar na companhia de Dougie era bom, de uma forma que eu não consigo explicar. Sabe aqueles sentimentos desconhecidos, dos quais eu não tenho controle algum mencionados antes? Eu os estava sentindo com cem por cento, mais intensidade. Deixe-me explicar o motivo:
  Dougie havia me levado a um restaurante italiano, pois magicamente descobriu que eu amo comida italiana. Lá conversamos, rimos enquanto comíamos. A cada gesto, palavra e ação - inesperada ou não - de Dougie eu sentia meu coração cada vez mais acelerado, minhas mãos soavam e dentro de mim uma enorme de vontade de que esse momento nunca acabasse quase me sufocava. Por que nunca percebe o quão bom pode ser estar com Poynter?
  Agora estávamos deitados um ao lado do outro no topo de um mirante, as luzes da cidade camuflavam-se com o brilho da cidade. Aquele era sem duvidas o lugar mais romântico para se levar uma garota, o que fez-me questionar mais uma vez, por que nunca percebemos o quão boa a companhia um do outro pode ser? Por qual motivo nos ocupávamos tanto em implicar um com outro? Tomei coragem para perguntar, então inspirei o ar profundamente e o soltei de vagar.
  - Dougie? - disse baixinho, por medo de como minha voz sairia,porem auto o suficiente para fazer com que ele me ouvisse e se virasse para me encarar - por que brigávamos tanto? Quer dizer, eu já nem lembro mais.
  Dougie congelou por um momento, como se pensasse em algo a dizer, então se sentou frente a mim e começou a falar.
  - Quando éramos pequenos, era legal implicar com você, e continuou sendo até certo tempo, - aqueles olhos azuis me encaravam com ternura, algo que vindo de Dougie não era familiar a mim – depois de um tempo, eu comecei a implicar com você por que sabia que você seria a única garota daquele colégio que eu tinha certeza que nunca seria minha, até aquela tarde em que fazíamos trabalho na sua casa.
  Eu não sabia o que dizer, eu não tinha reação alguma. Eu não sabia nem ao menos o que eu estava sentindo, eu estava feliz em ouvir aquelas palavras, como se eu sempre as quisesse ouvir, as palavras pelas quais esperei por toda a minha vida. Eu queria ser amada por Dougie?
  - Eu acho que sempre te amei, acho que sempre soube que você era feita para mim, toda a implicância fora na verdade uma forma que eu encontrei de chamar a sua atenção – Dougie disse olhando em meus olhos, eu não podia questionar a veracidade de suas palavras.
  Assim também como eu não podia negar que ouvir tudo aquilo me deixava cada vez mais feliz, como se meu peito fosse explodir em fogos de artifício, em uma noite de ano novo. Sim eu não podia negar que estava total e completamente satisfeita com o resultado daquelas palavras.
  - Eu não sei o que dizer Dougie, - disse com um sorriso – eu... Eu não tenho palavras para descrever isso que está acontecendo, eu quero ser honesta com você, assim como você está sendo comigo. – respirei fundo tomando coragem – eu estou feliz em ouvir tudo o que você me disse, eu não fazia ideia de que era isso o que você sentia, e eu não fazia ideia do que eu sentia até você me beijar naquela tarde.
  Dougie abriu o maior sorriso ao me ouvir dizer aquelas palavras, como um garotinho que acabou de ganhar um doce. O brilho de seus olhos combinados com o brilho das estrelas faria com que eu nunca me esquecesse daquela noite para o resto de minha vida.
  - Settle down with me and I'll be your safety you'll be my lady – Dougie disse próximo a meus libidos ameaçando me beijar, minha respiração ficou pesada, misturando-se com a dele que estava tão pesada quanto a minha - Kiss me like you wanna be loved.
  E fora naquela noite estrela em um mirante, longe da cidade que eu fui beijada por Dougie Poynter pela segunda vez, e fora naquela noite também que eu descobri que estava perdidamente apaixonada por Dougie Poynter.

Capítulo. 04

Dougie.

  - Eu amo essa historia, - Faith disse, - papai conta de novo?
  - Nada disse moçinha – disse pegando Faith no colo – está na hora de dormir meu anjo.
  - Mas mamãe, eu gosto tanto quando papai me conta a historia de vocês. – Faith tentou argumentar.
  - Sua mãe tem razão – disse piscando para ela, obvio que quando dormisse eu iria até lá e recontaria a historia novamente para ela – está na hora de dormir, amanhã prometo contar de novo a história antes de você ir dormir.
  Sem discutir Faith encaminhou-se para sua cama, logo em seguida a cobriu e depositou um beijo no alto de sua testa, fui em direção cama e fiz o mesmo, e eu deixamos o quarto de nosso filha depois de dizer que a amávamos como de costume, para que ela se lembrasse sempre de nossas palavras.
  - Obrigada. – disse a virando-a para mim e beijando seus lábios.
  - Pelo que? – ela perguntou com os olhos fechados e um sorriso, o sorriso que através dos anos passou a ser o motivo pelo qual eu levantava todas as manhãs felizes.
  - Por ter aceitado namorar comigo naquela noite estrelada, no alto de um mirante, por ter me dito sim naquela tarde de primavera em uma capela minúscula, por ter me dado Faith, e por me fazer te amar cada vez mais a cada dia.

FIM!



Comentários da autora


Primeiramente gostaria de dizer que essa fic é inteira e totalmente dedicada a Victória Santiago, minha Poynter chata. Segundo gostaria de dizer que essa é a minha primeira fic do McFLY e que meu deus eu amei escrevê-la, eu me realizei, enfim espero que tenha ficado a altura já que estávamos falando de um fandom onde encontramos as melhores fics EVER. PEDRO RICKARDO LAGUS VILLANUEVA, já te disse que você é o melhor irmão do mundo? Obrigada por me ajudar a escrever isso tchamo beijos tchau. Enfim cometem ali pra tia saber o que vocês acharam de Wanna Be Loved s2

Nota da Beta: Encontrou algum erro? Entre em contato comigo e estarei corrigindo o erro e entrando em contato com a autora para avisá-la do erro reclamado por você! Se preferir, entre em contato direto com a autora!




Comente aqui