Vengeance
Escrito por Bela Deville | Revisado por Any
Essa fiction é recomendada a aqueles que não se intimidam com violência. A fiction foi escrita em oneshot, por isso é curta e rápida. Se você gostaria de saber mais sobre a história dessa garota, deixe seu comentário, e peça por mais. Obrigada pela atenção, A Autora.
abriu os olhos com dificuldade, ainda tonto pela pancada na cabeça. Sua visão estava embaçada, seu corpo dolorido e... amarrado? Sim. O jovem constatou que seus braços e pernas estavam amarrados a uma cadeira, e ainda, que estava apenas de boxers. Sua respiração automaticamente acelerou, em desespero. A última coisa que lembrava era de estar em sua casa, cansado, bebendo whisky e ouvindo Jazz... E lembrava de um perfume conhecido.
O lugar em que estava mais parecia um depósito, um lugar mal-iluminado e mal-cheiroso. Ele não conseguia ouvir nenhum som do exterior, nada além do que se poderia ouvir estando em um enorme depósito sujo e fedorento. Um rato passou pelo seu pé, descoberto, fazendo cócegas. Ele tentou se soltar das cordas, mas estava muito apertada em seu corpo, deixando-o cada vez mais apreensivo. Quem quer que tivesse o sequestrado tinha muita raiva dele. Seu coração palpitou no peito e sua vontade de sair dali aumentava loucamente. Agonia, suor descendo em seu corpo definido. tentou movimentar o corpo, derrubar a cadeira de alguma forma, mas aí ele ouviu algo estranho. Passos. E não eram passos dados por sapatos quaisquer, eram passos dados de salto alto.
Perfume familiar. Doce, feminino... Como o perfume de sua namorada. E como ele sentia saudades dela, e medo. Se ele morresse ali, jamais poderia se desculpar por tê-la traído por sexo. Era tão estranha a relação dos dois. Ela tinha 16, e ele 24; enquanto ela estudava, ele trabalhava estagiando no Fórum da cidade de Monroe. Eram tantas disparidades entre os dois, mas ainda assim, amavam-se. Só que ela, de nome bonito e família rica, era virgem, e não pretendia perder tão cedo. Para ela, o momento tinha que ser perfeito, assim como toda a sua vida. era homem em sua juventude, desatinado pelo seu poder sexual e pelo prazer que aquele ato lhe dava.
Os passos de salto alto se aproximavam, mas no ambiente onde apenas poucas lâmpadas sujas davam luz, ele nada podia ver. tentou se mover mais uma vez, aquelas cordas apertavam tanto o seu corpo!
- Não adianta tentar fugir, . É tarde demais. - disse uma voz sussurrada, quase impossível de reconhecer. Isso se não fosse a voz de sua namorada.
- ? É você? - ele perguntou, procurando pela menina. Sentiu duas mãos frias tocarem seus ombros fortes.
- Sou eu, amor.
estava disperso demais para notar a ironia na última palavra. Seu corpo se aliviou do medo automaticamente. Era apenas sua menina. Mas o que estaria fazendo com ele naquele estado? A não ser... A não ser que ela finalmente achou o momento perfeito.
- , por que você não folga essas cordas um pouco, huh?
perguntou um pouco receoso, se tinha um plano, não iria querer que qualquer coisa desse errado, ou ficasse de um jeito que não fosse o planejado. Ela era meio psicopata quando se tratava de planos e vontades.
A menina deu passos lentos para frente, se mostrando ao namorado. Vestia a boxer favorita dele, uma Calvin Klein de valor sentimental - autografada pela Alessandra Ambrosio; a menina usava também o seu casaco dos Lakers, e botas de cano baixo e salto altíssimo. arregalou os olhos, seu sonho virando realidade?
carregava também um Itouch em sua mão, também propriedade do namorado, e colocou uma música para tocar. A preferida dele. Smoke on the Water - Deep Purple.
- Só faltou escolher um lugar melhor, . Um motel ou coisa assim, daí seria perfeito. - ele sorriu.
- Perfeito para quê? - ela perguntou franzindo a testa. mordeu o lábio inferior, analisando o corpo da menina; pedofilia seja perdoada. Finalmente percebia o verdadeiro resultado da disciplina da menina, que era conhecida no colégio como a capitã do time de vôlei. Tudo fazia mais sentido. Nem mesmo quando ela colocara um simples biquíni quando tomaram banho de piscina na casa de amigos, ele ainda não tinha percebido a verdadeira escultura. Seus seios eram perfeitos. E ele podia ver perfeitamente que os mamilos estavam rígidos, devido ao contato com o ar externo.
- Para...hum... Nossa primeira vez, é claro.
- Primeira vez? - ela gargalhou, maldosa. ficou sério, uma pequena onda de medo atravessara o seu corpo. - É, talvez seja uma primeira vez. A primeira vez que você vai ser sincero comigo, a primeira vez que você vai me contar a verdade.
- Verdade?
- , oh, meu querido . - suspirou, e procurou algo no bolso do casaco. Pareceu empunhar algo, mas estava muito concentrado em seus seios e olhar macabro da menina. - Por que você fez aquilo? Eu realmente não queria ter que lhe fazer mal, mas você sabe que não fico feliz quando alguém fode com meus planos.
- O quê? , do que você está falando? Eu...
- Victorine. Logo aquela gorda burra.
O coração de acelerou. Ela descobriu! Mas como?
- C-como...
- Cale-se! - gritou, furiosa. - E por sexo! Se você estava tão carente, tão precisado, era só me falar! Na minha cabeça idiota você me respeitava, , você iria esperar!
- , você está agindo como uma psicopata. Nós podemos simplesmente....
- NÓS? - ela interrompeu bruscamente, fazendo o outro se assustar. - Não existe mais 'nós'. Agora existe eu, meus planos interrompidos, e você morto. - ela abaixou o tom - Digo, você morto é uma coisa que vai acontecer daqui a pouco.
- M-m-matar? Mas... , eu te amo.
- Você ama bucetas.
- Não, e-e-eu - a gagueira era incontrolável para quem estava com medo e exarcebado - Eu te amo, como mulher.
- Eu sou uma garota, . Uma garota de 16 anos com sede de vingança e excesso de vaidade. Eu sou isso, e você me desrespeitou.
suspirou duas vezes antes de puxar uma faca do bolso do casaco. tentou desesperadamente ir contra as cordas que o prendiam, mas seu esforço era inútil. Elas estavam muito bem presas. morava com o tio ex-marinheiro, seus nós eram perfeitos. A menina testou quão afiada a faca estava, tocando-a na pele do ex-amado, em sua bochecha, e riu. Como era doce a vingança! Podia ver nos olhos deles o medo, a angústia, a subserviência. E nenhum daqueles sentimentos dele antes da morte poderiam ser equiparados ao dela, quando descobriu que o homem que amava dormia com outra; o homem que amava gemia o nome de outra; o homem que amava, dava prazer a outra, um tipo de prazer que ela jamais recebeu.
- Você não fica muito bonito chorando, .
- Sua... psicopata! Maluca, insana! Me solta! - gritava, e se contorcia.
sentou no seu colo, uma perna para cada lado. Deixou que sua intimidade úmida tocasse na dele.
- Não se preocupe, meu amor. - a menina falou com voz de anjo, olhando calmamente nos olhos dele. Sentia certa diversão envolvê-la, e a teatralidade se soltar.
beijou o queixo do garoto antes de beijar-lhe os lábios com voracidade. Suas línguas se encontraram em um atrito jamais sentido antes. Talvez agora fosse capaz de soltar veneno pela boca...
A mão dela lhe tocou o abdômen suavemente. Teria que ser um crime perfeito, e como programado. Em seu roteiro interior, tinha seu discurso feito. Havia premeditado até mesmo as reações dele. Conhecia-o a tempo o bastante. Ela fechou os olhos com mais vontade, para sentir pela última vez o gosto dele; de whisky, de Carlton. Sentiu pela última vez o seu cheiro, de nicotina e perfume francês. Tocou pela última vez a pele da sua bochecha, áspera por causa da barba.
- ... - fez-se de indefesa, baixando a cabeça. Era verdade que havia lágrimas nos seus olhos, mas ela as impedia de transbordar pelo belo rosto. Ela realmente não queria que fosse assim, mas teria de ser. Ele escolheu, não ela.
- Por favor, , eu te amo. Se você me soltar, podemos ser felizes juntos. Podemos fazer sexo aqui mesmo, nesse chão imundo. Deixe-me sentir como é dentro de você. - ele respirou com dificuldade. - Por favor, me dê uma chance.
- Meu querido amor... A vida não é um ensaio. Nosso relacionamento não foi, nem jamais será um ensaio. Aquilo foi de verdade, aquilo teve significado. - ele quis replicar, mas ela continuou, a voz intimidadora - Se você quer brincar, ensaiar, fazer rascunhos, well, deveria ter feito isso no Jardim de Infância, é tarde demais; eu já te disse, é tarde demais.
- E então é isso que você escolhe? Justiça com as próprias mãos? Por que então não vai matar estupradores, assassinos, pessoas más?
A menina riu. Gargalhou. Deixou ecoar a desgraça que remetia àquela risada. Ela tocou com vontade no pênis dele, rígido, e apertou.
- Ohh... ... Ohh... Você é tão mal! - fingiu uma voz afetada. Estava parafraseando a tal Victorine, quando recebia de o bom e velho oral. - Tanta cumplicidade, não era mesmo, ?
- Era só sexo.
- Só sexo. - ela suspirou. Segurou a faca com força e sorrateiramente. Puxou-o pelos cabelos para trás e se afastou um pouco. - E isso é só o começo.
Com a faca afiadíssima, rasgou a garganta do homem, cortando a carótida e deixando sangue jorrar em sua cara e corpo. E riu, riu como se não houvesse amanhã. Lambeu os beiços cheios do sangue vermelho dele.
- Espero que reflita bastante sobre o que fez... - riu mais uma vez - no inferno.
n/a: Pois bem, aqui está a minha one-shot vingativa, terrivelmente má, curta e grossa. Sério que eu me senti a psicopata a escrevendo. Tinha reservado uma história imensa para contar nessa história, envolvendo Criminal Minds e tudo, mas não consegui encontrar um bom final. Então, dedico essa fiction a todas as garotas que um dia tiveram vontade de matar os filhos da puta que partiram seus corações.
Lembrem-se, meninas, você tem o poder. (I mean it)
Espero que tenham gostado, se divertido, e dado boas risadas.
- Bela Deville/Panda | @itsbelabitch